Volta à França 2018 - Antevisão 17ª Etapa
Aqui está uma das etapas que gerou mais curiosidade. São apenas 65 quilómetros nos Pirenéus, com três subidas complicadas no menu e uma partida muito peculiar.
Após o segundo dia de descanso em Carcassonne, o pelotão deixou a antiga
cidade dirigiu-se para os Pirenéus para a primeira das três etapas
decisivas de montanha. Era a segunda etapa mais longa da prova.
As tentativas de fuga foram muitas, mas estava a ser muito complicado uma estabilizar.A primeira
subida categorizada veio depois dos 25 quilómetros, e assim Julian Alaphilippe e
Warren Barguil também se juntaram aos ataques. Barguil
passou no topo da Cote de Fanjeaux.A faltar 190 quilómetros da meta a etapa parou subitamente devido a um protesto dos agricultores da região, que colocaram fardos de palha na estrada. A policia decidiu retaliar os manifestantes com gás lacrimogéneo, o que levou a que alguns ciclistas tenham também sido atingidos e tiveram de ser assistidos. O diretor de prova Christian Prudhomme foi forçado a parar a corrida por 15 minutos.
Quando a corrida recomeçou, os ataques recomeçaram. Mas só com 105 quilómetros de etapa é que a fuga se formou, com mais de 40 elementos. Entre eles o líder da montanha e da juventude, o grupo foi ganhando tempo ao pelotão e ficou claro que o vencedor da etapa sairia daqui.
Philippe Gilbert foi o primeiro a atacar no grupo no Col de Portet-d'Aspet, ganhou cerca de 1 minutos, mas na descida, falhou a entrada numa curva e acabou por cair numa ribanceira. Felizmente nada de grave aconteceu ao belga, que pôde continuar em prova. Já depois da etapa foi avaliado e decidiu não abandonar.
O Col de Mente começou logo após a descida do Col de Portet-d'Aspet. O grupo ficou mais seleccionado, com 17 ciclistas. No Portillon, Gesink e Pozzovivo foram os primeiros a tentar fugir, mas foi Yates que fez o ataque mais forte, no final da subida, Alaphilippe foi em busca do britânico.
Cerca de 20 segundos o separavam, o francês estava a recuperar até que Yates cai e é ultrapassado por Alaphilippe, que nunca mais foi alcançado. O britânico não teve nada de grave e terminou em 3º.
No grupo dos homens da geral,não se passou nada de relevante.
Classificação da 16ª etapa:
1 Julian Alaphilippe (Fra) Quick-Step Floors 5:13:22
2 Gorka Izagirre (Spa) Bahrain-Merida 0:00:15
3 Adam Yates (GBr) Mitchelton-Scott
4 Bauke Mollema (Ned) Trek-Segafredo
5 Domenico Pozzovivo (Ita) Bahrain-Merida 0:00:18
6 Robert Gesink (Ned) LottoNL-Jumbo 0:00:37
7 Michael Valgren (Den) Astana Pro Team 0:00:56
8 Gregor Mühlberger (Aut) Bora-Hansgrohe
9 Marc Soler (Spa) Movistar Team 0:01:10
10 Pierre Latour (Fra) AG2R La Mondiale 0:01:18
Geral individual (Top-10):
1 Geraint Thomas (GBr) Team Sky 68:12:01
2 Chris Froome (GBr) Team Sky 0:01:39
3 Tom Dumoulin (Ned) Team Sunweb 0:01:50
4 Primoz Roglic (Slo) LottoNL-Jumbo 0:02:38
5 Romain Bardet (Fra) AG2R La Mondiale 0:03:21
6 Mikel Landa (Spa) Movistar Team 0:03:42
7 Steven Kruijswijk (Ned) LottoNL-Jumbo 0:03:57
8 Nairo Quintana (Col) Movistar Team 0:04:23
9 Jakob Fuglsang (Den) Astana Pro Team 0:06:14
10 Daniel Martin (Irl) UAE Team Emirates 0:06:54
Pontos:
1 Peter Sagan (Svk) Bora-Hansgrohe 452 pts
2 Alexander Kristoff (Nor) UAE Team Emirates 170
3 Arnaud Demare (Fra) Groupama-FDJ 133
4 Greg Van Avermaet (Bel) BMC Racing Team 130
5 John Degenkolb (Ger) Trek-Segafredo 128
Montanha:
1 Julian Alaphilippe (Fra) Quick-Step Floors 122 pts
2 Warren Barguil (Fra) Fortuneo-Samsic 73
3 Geraint Thomas (GBr) Team Sky 30
4 Bauke Mollema (Ned) Trek-Segafredo 29
5 Rafal Majka (Pol) Bora-Hansgrohe 28
Juventude:
1 Pierre Latour (Fra) AG2R La Mondiale 68:21:55
2 Guillaume Martin (Fra) Wanty-Groupe Gobert 0:02:29
3 Egan Bernal (Col) Team Sky 0:13:50
Etapa 17
Mapa da 17ª etapa |
Perfil da 17ª etapa |
Montée de Peyragudes |
Col de Val Louron-Azet |
Col de Portet |
Uma das etapas mais esperadas, a novidade não se fica apenas por ser uma das etapas em linha mais curtas da história. São apenas 65 quilómetros de alta montanha e a organização decidiu implementar uma "grelha de partida". Aqui fica uma explicação de como irá funcionar:
Os ciclistas partem da grelha e começam a subir de imediato o Peyragudes, são 14.9 quilómetros a 6.7%, uma subida muito constante, que tem apenas uma zona de descanso já perto do final. Segue-se 9 quilómetros de descida perigosa, e depois a zona mais plana de toda a etapa, muito curta, até ao inicio do Col de Val Louron-Azet. A segunda subida do dia, é muito dura, são 7,4 quilómetros a 8,3%, com rampas de dois dígitos.
Depois são cerca de 10 quilómetros de descida e os corredores deparam-se de imediato com a subida final, o Col du Portet, categoria especial, 16 quilómetros a 8,7% de média. Uma das subidas mais complicadas da edição deste ano. Subida que tem apenas uma zona mais 'suave', no sétimo quilómetro.
É um dia que se for abordado a fundo desde o inicio, pode provocar diferenças muito grandes.
Sprint intermédio
- Loudenvielle (945 m, Km 27.5).
Subidas categorizadas:
- Montée de Peyragudes (1ª Cat, 1645 m, 14.9 Km a 6.7%, Km 15),
- Col de Val Louron-Azet (1ª Cat., 1580 m, 7.4 Km a 8.3%, Km 37),
- Saint-Lary-Soulan Col du Portet (Cat. Especial, 2215 m, 16 Km a 8.7%, Km 65).
Cidade de partida: Bagnères-de-Luchon
O pelotão do Tour de France de 2014 a passar em
Bagnères-de-Luchon
|
Bagnères-de-Luchon
é uma localidade francesa situada no departamento de Haute-Garonne e na
região Languedoc-Roussillon, Midi-Pyrénées. É apelidada de "a rainha
dos Pirenéus". Não possui estância de esqui, mas através de um
teleférico é possível chegar à estância localizada na cidade vizinha de
St. Aventino.
Realiza-se
na cidade, há 18 anos, o festival de tele-filmes Luchon. Um evento que
atrai mais de 1000 profissionais credenciados, aberto ao publico em
geral e que recebe milhares de pessoas para verem os sessenta filmes
exibidos ao longo de 5 dias.
Cidade de chegada: Saint-Lary-Soulan
Centro de Saint-Lary-Soulan |
Saint-Lary-Soulan é uma cidade no departamento de Hautes-Pyrénées, no sudoeste da França e está é a 11ª vez que recebe o Tour.
É uma das portas de entrada para as principais subidas dos Pirenéus e por isso, recebe sempre muitos praticantes de ciclismo ao longo do ano.
Para além disso, é também voltada para o turismo de inverno com a estância de esqui.
Se visitar Saint-Lary-Soulan não se esqueça de ir à Igreja de Saint-Pierre de Soulan (datada do século XVII), bem bonita por sinal.
É uma das portas de entrada para as principais subidas dos Pirenéus e por isso, recebe sempre muitos praticantes de ciclismo ao longo do ano.
Para além disso, é também voltada para o turismo de inverno com a estância de esqui.
Se visitar Saint-Lary-Soulan não se esqueça de ir à Igreja de Saint-Pierre de Soulan (datada do século XVII), bem bonita por sinal.
Condições meteorológicas
Probabilidade de chuva, com temperaturas a rondar novamente os 30ºC. O vento vai soprar muito fraco.
Favoritos
⭐⭐⭐ Chris Froome
⭐⭐ Primoz Roglic, Tom Dumoulin, Geraint Thomas
⭐ Nairo Quintana, Jakob Fuglsang, Steven Kruijswijk, Mikel Landa, Romain Bardet
A nossa aposta: Chris Froome
É aquele que já provou estar em forma nos momentos certos. A questão da liderança na Sky não o deverá impedir de atacar a corrida.
No entanto, há a questão de ter o Giro nas pernas. De qualquer forma é a nossa aposta para esta etapa. Se não conseguir fazer a diferença neste dia para Thomas e Dumoulin, então fica numa situação complicada para revalidar o título.
Outsider: Tom Dumoulin
O holandês prometeu que tentaria algo nesta etapa, até porque Thomas está demasiado longe para o passar no contrarrelógio. Tal como Froome, também tem o Giro nas pernas e pode pesar.
A etapa é curta e com muita subida, o ciclista da Sunweb pode ir a ritmo a gerir o esforço, como tão bem faz.
Seguir em directo: #tdf2018, #letour, #tourdefrance, #tdf
A etapa é curta e com muita subida, o ciclista da Sunweb pode ir a ritmo a gerir o esforço, como tão bem faz.
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(a partir das 14:00, hora de Portugal Continental)
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