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Relatório 2017 - BORA - Hansgrohe

País - Alemanha
UCI WT  Ranking - 8º

Ano de estreia da equipa alemã no World Tour e com grande expectativa, ou o campeão do mundo  não tivesse sido uma das contratações.
A temporada foi bastante positiva, acabaram num respeitável 8º lugar do ranking World Tour, mas podia ser melhor, caso Peter Sagan fizesse um ano ao seu nível e Rafal Majka não desiludisse tanto nas grandes voltas.

Principal Figura - Peter Sagan

Realizou um ano um pouco aquém daquilo que se esperava dele. No entanto, mesmo assim, obteve 11 vitórias ao longo de 2017, não contando com o campeonato do mundo, onde representou o seu país e não a equipa.
As clássicas da primavera acabaram por ser um fiasco para o eslovaco, ganhou a Kuurne-Brussels-Kuurne, foi segundo na Milão-São Remo e terceiro na Gent-Wevelgem. Na Volta à Flandres, quando perseguia Philippe Gilbert, caiu no Oude Kwaremont. Para um outro ciclista qualquer, estes resultados eram bons, mas estamos a falar de Peter Sagan.
Depois de uma primavera abaixo das expectativas, a Volta à França era o grande objetivo e acabaria por ser um pesadelo, apesar de ganhar uma etapa, o episódio com Cavendish que lhe valeu a expulsão da prova, impediu-o de ganhar a sexta camisola verde consecutiva.

Desilusão - Rafal Majka

Com o fim da Tinkoff, Majka seguiu o passos do seu companheiro de equipa e reforçou a recém chegada ao World Tour. O polaco seria o líder da equipa nas grandes voltas.
A verdade é que os resultados estiveram muito longe do desejado, no Tour abandonou e na Vuelta terminou longe dos top-10, mas conseguiu vencer a 14ª etapa da Vuelta.
Venceu a Volta à Eslovénia e uma etapa na Volta à Califórnia, acabando no segundo lugar da geral.

Principais resultados - 1ª etapa do Giro, 3ª e 20ª etapas do Tour e 14ª etapa da Vuelta

Os grandes resultados da equipa resumem-se às quatro vitórias de etapa nas grandes voltas. No Giro Lukas Postlberger surpreendeu com um ataque no final, quando toda a gente esperava um sprint.
No Tour, Peter Sagan estava a caminho da sexta camisola verde e a vitória na 3ª etapa indiciava que seria mais um ano de dominio na classificação dos pontos. Na penúltima etapa, no contrarrelógio individual, Maciej Bodnar esteve intratável.
Na Vuelta, Rafal Majka bem cedo ficou longe na geral e o objetivo passou a ser vencer etapas, que acabaria por conseguir na 14ª etapa, na chegada à Sierra de la Pandera.

Outros resultados relevantes - GP Québec

Antes dos mundiais, Peter Sagan foi ao Canadá participar na já tradicional dupla jornada e deu bons sinais, ao vencer o GP Québec.

Melhor momento - 1ª etapa do Giro

Tu se conjugava para um final ao sprint, mas o jovem austríaco, Lukas Postlberger, decidiu estragar todo o guião. A parte final na cidade de Olbia era bastante sinuoso, o austríaco estava a trabalhar para Sam Bennett, mas entre curvas, ganhou uma pequena vantagem, que seria decisiva.
Além da vitória, Postlberger foi o primeiro a vestir a mítica camisola rosa na 100ª edição da prova. Um momento inesquecível para o ciclista e para a equipa.

Pior momento - Expulsão de Peter Sagan do Tour

Foi a grande polémica da Volta à França deste ano. Sagan tinha ganho a 3ª etapa e no dia seguinte naturalmente estaria na discussão do sprint e foi isso que aconteceu. Porém as coisas não correram muito bem, numa altura em que Sagan estava em perda, Cavendish ao tentar passar o eslovaco junto às barreiras, sofre uma queda violenta, com fratura da clavícula.
O colégio de comissários atribuiu total responsabilidade a Peter Sagan e decidiu expulsá-lo da prova.

Revelação - Emanuel Buchmann

A Alemanha encontra-se orfão de um ciclista que lute pela geral nas provas por etapas. Buchmann este ano demonstrou que pode ser esse corredor.
Foi 7º no Tour of the Alps e Critérium du Dauphiné, 10º na Volta à Romandia e 15º lugar na Volta à França.
É um ciclista a acompanhar em 2017.

Avaliação
 
Positivo
  • Boa primeira temporada no World Tour;
  • Bom ano de Sam Bennett;
  • Há espaço para continuar a evoluir.
Negativo
  • Rafal Majka esteve longe dos primeiros lugares nas grandes voltas;
  • Não foi um ano fácil para Peter Sagan.
Veredicto

Temporada de estreia com alguns resultados interessantes, muito por culpa de Peter Sagan. Ao todo foram 33 vitórias, mais 23 do que em 2016 e para isso contribuiu muito o campeão do mundo, que venceu por 12 vezes e 11 delas, foram em provas do World Tour.

Sam Bennett contribuiu com 10 vitórias, somadas às 12 de Peter Sagan, fazem com que 67% das conquistas em 2017 foram obtidas por estes dois ciclistas.
23 vitórias no World Tour, é um excelente número para uma equipa que se estreia na máxima categoria do ciclismo mundial e que justifica este 8º lugar no ranking.
No entanto, o ano até podia ter sido melhor se Peter Sagan tivesse um ano ao nível dos anteriores.
 
Futuro

Quatro boas contratações, Daniel Oss foi a principal ajuda de Greg van Avermaet este ano na clássicas e um dos que mais ajudaram ao excelente ano do belga e é um grande reforço para Peter Sagan.
Peter Kennaugh, Davide Formolo e Felix Großschartner, são nomes importantes para a montanha. O britânico deixa a Sky para enfrentar novos desafios e à procura de estar no Tour. Formolo é um ciclista que pode liderar a equipa no Giro. Großschartner fez uma boa temporada pela equipa polca, CCC Sprandi Polkowice e é sobretudo um ciclista para ajudar na montanha.

Em relação a saídas destque para a de José Mendes, que sai para a nova equipa Pro-Continental espanhola, a Burgos-BH e para Jan Barta que irá correr na Elkov-Author.
No papel, a equipa está mais forte, com destaque para Oss, que pode ser fundamental para um ano de sucessos de Peter Sagan.

Entradas:
Daniel Oss (BMC Racing)
Peter Kennaugh (Team Sky)
Davide Formolo (Cannondale-Drapac)
Felix Großschartner (CCC Sprandi Polkowice)

Saídas: 
Shane Archbold (Aqua Blue Sports)
Jan Barta (Elkov - Author)
Silvio Herklotz
Jose Mendes (Burgos-BH)

Extensões: Sam Bennett, Michael Schwarzmann, Christoph Pfingsten, Rudi Selig


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