Expulsão de Peter Sagan justa ou injusta?
Sagan e Cavendish na 4ª etapa (foto de EPA) |
Desde o final da 4ª etapa, ontem à tarde, que não se fala de outra coisa. Será que Peter Sagan foi bem excluído do Tour?
Quero realçar que o que vou escrever é apenas a minha opinião, de adepto de ciclismo, então vamos a isto. Depois de ver muitas imagens e repetições, a resposta é inequívoca, Não.
Fui daqueles que ao ver as primeiras imagens e vídeo, considerou que o único caminho era a expulsão imediata. Mas depois de ver várias repetições e imagens do sucedido, mudei de opinião, tentarei ser breve e claro na explicação daquilo que vi.
Primeiro ponto: Cavendish quer passar por onde não pode, ou seja, não tem espaço.
Segundo ponto: É o britânico que toca primeiro no eslovaco. Podem ver aqui:
https://t.co/wavNU2fUwq Cavendish is trying to knock Sagan away with his head -and tumble. Way before he sticks out his elbow. #Bsalert #UCI— Michael Rasmussen (@MRasmussen1974) 4 de julho de 2017
Terceiro ponto: Sagan apenas abre o cotovelo, quando sente o toque de Cavendish, parecendo um movimento meramente instintivo. Algo que se vê frequentemente em sprints.
Quarto ponto: Também parece óbvio que Sagan não vê Cavendish a tentar ultrapassá-lo, só sabe que ele está ali, quando é tocado e até perde o equilíbrio.
A conclusão que retiro destes quatro pontos, é que Sagan não teve qualquer intenção de derrubar Cavendish. No máximo levava uma penalização menor (curiosamente foi a primeira decisão do colégio de comissários!), por aquele gesto com o cotovelo.
O que também é incomprensível é que esta situação não é clara e a prova disso é a discussão que provocou e provoca com muita gente a não concordar com esta decisão, um exemplo foi André Greipel, que depois de ver a repetição (coisa que o colégio de comissários tem acesso) mudou de opinião:
Sometimes I should watch images before I say something. Apologies to @petosagan as I think that decision of the judge is too hard.— Andre Greipel (@AndreGreipel) 4 de julho de 2017
Num caso destes, que gera tantas dúvidas, é contraproducente um castigo tão drástico, abre um precedente. Veremos se a partir de agora este critério será aplicado coerentemente, é que no passado houve situações bem mais graves do que estas, nomeadamente envolvendo Mark Cavendish e não foram aplicadas penalizações. Por exemplo:
Para reflectir.
Eu penso que na análise falta ver uns segundos antes. Cavendish tem a posição da extrema direita e Sagan tenta ocupa-la. É Sagan quem vai sobre o espaço no qual vem Cavendish e nesse deslocamento á direita, Sagan faz contacto com Cavendish
ResponderEliminar(e não ao contrário). Se apenas virmos o momento da queda, a análise ficará incompleta.
Otto Gómez, Colômbia.
Ok, aceito. Mas a questão principal é se isso, justifica uma decisão drástica e pesada. No artigo, refiro que uma penalização é aceitável, a expulsão, não posso concordar e considero uma decisão absurda e que roça o surreal.
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