Grand Prix Cycliste de Québec (1.WT) - Antevisão

O World Tour chega ao continente americano para as já habituais rondas canadianas. A primeira é o Grand Prix de Quebéc, prova que se realiza desde 2010. Tanto esta clássica como a próxima em Montréal foram criadas com o objetivo de preencher o calendário com provas fora do continente europeu e dar alguma variedade geográfica ao World Tour.
Trata-se de uma clássica realizada num circuito, o australiano Michael Matthews é o recordista com três triunfos, o último no ano passado e este ano regressa para defender a coroa.
História
últimos vencedores
2011 Philippe Gilbert (BEL) Omega Pharma-Lotto
2012 Simon Gerrans (AUS) Orica-GreenEDGE
2013 Robert Gesink (NED) Belkin Pro Cycling
2014 Simon Gerrans (AUS) Orica-GreenEDGE
2015 Rigoberto Uran (COL) Etixx - Quick Step
2016 Peter Sagan (SVK) Tinkoff
2017 Peter Sagan (SVK) BORA-Hansgrohe
2018 Michael Matthews (AUS) Team Sunweb
2019 Michael Matthews (AUS) Team Sunweb
2020 não se realizou
2021 não se realizou
2022 Benoît Cosnefroy (FRA) AG2R Critroen Team
2023 Arnaud De Lie (BEL) Lotto Dstny
2024 Michael Matthews (AUS) Team Jayco-AlUla
Percurso
Circuito de 12 Km, 18 voltas, 216,3 Km no total


O percurso conta com algumas alterações beneficiando Pogacar, a subida é um pouco mais longa. O circuito tem 12 km de extensão com um ganho de elevação de 145 m e será percorrido 18 vezes, totalizando 2610 m.
Apesar do endurecimento do percurso, os 'sprinters' versáteis não perdem todas as hipóteses.
O percurso é relativamente plano nos primeiros 10 km, ao contrário dos 2 km finais no centro da cidade que têm alguma dificuldade e é provável que a corrida seja decidida aqui. Côte de la Montagne tem apenas 600 metros de extensão mais conta com rampa de 13%.
A linha de chegada fica na Avenue George-VI após a subida da Montée Rue Saint-Louis (1 km a 3%), o esforço será mais longo comparando com o percurso anterior.
Startlist
Condições meteorológicas
17-20ºC.
Vento fraco.
Não é esperada chuva.
A meteorologia não deverá ser um fator decisivo.
Cenários
Habitualmente um grupo de 40 a 50 ciclista discutem a vitória, o vencedor costuma ser um ciclista que se dá bem em subidas curtas e com uma boa ponta final. Apesar da alteração do percurso, acreditamos que os favoritos serão praticamente os mesmos, os sprinters versáteis poderão ter um pouco menos de favoritismo mas não será de todo surpreendente vê-los nos primeiros lugares. O pelotão vai-se reduzindo conforme as voltas passam, estamos em final de temporada e a fadiga é um fator importante nas provas neste período do ano.
Um ataque tardio pode ser bem sucedido, Benoit Cosnefroy e Rigoberto Uran venceram dessa forma.
Um cenário bem provável é que Pogacar mexa na corrida de longe.
Favoritos
Michael Matthews
Recordista e chega com ambições legitimas a ganhar novamente. A alteração do percurso não o beneficia mas também não é elimina.
É um corredor que adora a prova e o histórico acompanha esse gosto.
Tadej Pogacar
Já tentou ganhar a prova duas vezes, mas nunca foi capaz de fazer a diferença. Este ano a organização decidiu desenhar um percurso mais simpático para o esloveno.
Não temos dúvidas que irá mexer corrida, resta saber se vai ser perto do fim ou então de longe. A UAE ainda tem Mcnulty, Narvaez e Welens, ciclistas que podem aproveitar o jogo tático.
Arnaud De Lie
Está de regresso à boa forma e tem apresentado resultados. No ano passado apenas foi batido por Matthews e regressa com o objetivo de melhorar o resultado de 2024.
A alteração no percurso faz com que a balança penda um pouco mais para Pogacar, mas o belga não deve ser subestimado.
Wout Van Aert
Em 2025 houve apenas um ciclista que descarregou Pogacar, foi Wout Van Aert. O belga entra na ronda canadiana com ambições elevadas. O percurso assenta-lhe bem.
Corbin Strong
Subiu de nível este ano e são precisamente este tipo de percursos que lhe assentam bem. Venceu na Noruega precisamente em chegadas mais explosivas, nessa altura bateu Pidcock.
Biniam Girmay
A alteração do percurso vem prejudicar Girmay. Algumas dúvidas que consiga estar na decisão como em outros anos.
Axel Laurance
Um puncheur e portanto este perfil é onde ele navega bem. Tem realizado um ano inconsistente mas com alguns momentos de qualidade. Talento não lhe falta.
Neilson Powless
Está no América do Norte ou seja em casa. Outro ciclista que prospera neste tipo perfil de percurso e que é bastante ativo quando se encontra em forma.
Desiludiu um pouco em Maryland mas também teve bastante azar.
Julian Alaphilippe
Mostrou excelente forma no Tour of Britain, onde disputou a vitória.
Pello Bilbao
Na Alemanha andou bem e no Tour of Britain teve um papel um pouco mais de apoio a Afonso Eulálio. No ano passado andou bastante bem nestas clássicas canadianos e é provável que lidere a equipa novamente aqui.
Será interessante ver como se sairão Eulálio, Zambanini, Mohoric e Fred Wright.
Dorian Godon
Está de saída da equipa francesa para a Ineos, esta é uma das últimas provas na estrutura. Tem realizado um ano de grande nível e o seu sprint em grupos reduzidos não pode ser subestimado.
Está em excelente forma, Paul Lapeira também merece uma menção porque é um dos melhores puncheurs franceses da atualidade.
Alex Aranburu
A mudança para a Cofidis não mudou muito a performance de Aranburu, que continua a ser bastante irregular.
Sabemos que ele gosta de um percurso deste género e caso consiga estar no grupo principal, é uma ameaça.
★★★★★ De Lie, Pogacar
★★★★ Van Aert
★★★ Strong, Matthews
★★ Godon, Powless, Alaphilippe
★ Bilbao, Laurance, Girmay
A nossa aposta: Tadej Pogacar
Joker: Julian Alaphilippe
Eurosport 1 (a partir das 17h, Portugal Continental)

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