Campeonato do mundo 2025 - Prova de fundo Elites masculinos
O mundial encerra com a coroação do novo campeão do mundo de fundo Elites masculino. Tadej Pogacar parte como grande favorito, vai tentar redimir-se do contra-relógio e renovar o título mundial.
Campeões
Kigali > Kigali 267,5 Km
Horário: 09:45 ~ 16:45
A maior parte do percurso acontecerá num circuito de 15,1 km em Kigali com 15 voltas na totalidade. Ao contrário das edições anteriores os ciclistas largarão diretamente circuito. Este circuito apresenta duas subidas curtas: o Côte de Kigali Golf (800 metros a 8,1%) e o Côte de Kimihurura em empedrado (1,3 km a 6,3%).
A meio da prova (após nove voltas) os ciclistas farão uma volta de 42,5 km pelos arredores de Kigali onde encontram a Côte de Péage (1,8 km a 5,9%), o Monte Kigali (5,9 km a 6,9%) e o Muro de Kigali (400 metros a 11%). O Monte Kigali é a subida mais longa do dia mas o Muro de Kigali é a mais icônica, íngreme e empedrada, que todos os anos fornece imagens apoteóticas dos ciclistas do Tour du Rwanda a serem aplaudidos por milhares de ruandeses.
Esta fase da prova termina com outra subida pela Côte de Kimihurura. Esta subida também encerra o circuito de Kigali que será passado por 6 vezes depois da incursão pelos arredores de Kigali.
Condições meteorológicas
Possibilidade elevada de chuva de tarde.
Temperatura a rondar os 26ºC.
Vento fraco.
Startlist
Eslovénia
A única seleção com 9 elementos. O grande favorito é Tadej Pogacar, apesar do contra-relógio não ter sido brilhante o esloveno mostrou-se confiante para a prova em linha e tem um percurso onde poderá impor a sua lei. Primoz Roglic também está no alinhamento, mas na antevisão não criou muitas expectativas, deu a entender que está no Ruanda para apoiar Pogacar, no entanto é sempre um ciclista a ter em conta, a sua classe é indiscutível.
Bélgica
Depois da exibição catalítica no crono, Remco Evenepoel subiu na hierarquia e passou a ser o principal adversário de Pogacar, resta saber se na estrada irá confirmar. O foguete belga sabe como ganhar este tipo de provas, aliás especializou-se nelas, dominou as olímpiadas no ano passado e foi campeão mundial na Austrália.
A Bélgica tem outro ciclista em grande forma, Ilan Van Wilder surpreendeu no contra-relógio e sacou a medalha de bronze, pode ser um elemento a jogar taticamente.
Países Baixos
Este ano os neerlandes apresentam um conjunto mais modesto ao que nos acostumou. Thymen Arensman talvez seja a melhor hipótese para uma grande resultado mas temos algumas dúvidas se neste percurso possa surpreender os principais candidatos.
Itália
Os transalpinos têm um ciclista que se destaca, Giulio Ciccone terminou a Vuelta a dar boas indicações e neste tipo de provas é candidato aos primeiros lugares. Este ano deu um salto competitivo, a forma como derrotou a UAE em San Sebastian e depois como dominou Del Toro nas subidas de Burgos demonstram que é um ciclista que em forma pode ser uma dor de cabeça para os rivais.
Como plano B, Andrea Bagioli pode ser um nome interessante.
França
Os gauleses têm uma equipa de enorme qualidade mas que individualmente não brilham tanto quanto outras. Julian Alaphilippe brilhou no Québec mas depois colapsou no circuito mais exigente em Montreal, deixando dúvidas para este perfil em Kigali, que se assemelha mais a Montreal.
Pavel Sivakov é um ciclista irregular, num dia inspirado pode lutar pelo pódio e este circuito é bastante adequado para ele.
Valentin Madouas costuma brilhar neste tipo de competições, mas não está a fazer uma boa temporada.
Dinamarca
Parece que a Dinamarca tem um claro líder: Mathias Skjelmose. Não esquecer que Skjelmose foi dos poucos que derrotou Pogacar (Amstel Gold Race).
É um percurso que adequa-se perfeitamente a ele,
Grã-Bretanha
Empedrado e subidas explosivas, terreno perfeito para Tom Pidcock tentar um brilharete. Depois da brilhante Vuelta que fez o britânico chega ao mundial motivado e em boa condição física (informação do próprio Pidcock).
Os britânicos ainda têm Oscar Onley, ciclistas que terminou às portas do pódio no Tour, depois disso no Canadá esteve discreto mas não colapsou.
Estados Unidos
A ausência de Brandon McNulty e de Neilson Powless fragiliza um bastante a equipa americana. Quinn Simmons parece ser o líder, mas o percurso está no limite das suas capacidades, tem de ter um dia inspirado para estar na luta pelas medalhas.
Espanha
Equipa bastante discreta para o que estávamos habituados. O líder é Juan Ayuso que foi anunciado na Lidl-Trek e vai querer mostrar que a equipa americana fez uma boa aposta.
Na Vuelta teve dias inspirados, resta saber se consegue replicar aqui no mundial contra Pogacar e companhia.
Austrália
Uma equipa cheia de nomes interessantes. Jay Vine acabadinho de ser prata no contra-relógio mas que nunca mostrou alguma coisa em provas de um dia. Jai Hindley fez uma boa Vuelta, mas também não costuma brilhar nas clássicas. Michael Matthews tem aqui um desafio complicado, temos dúvidas que consiga aguentar com os melhores com tanta dureza. Michael Storer deu sinais de vida nas clássicas italianas e é um nome interessante para este perfil. Luke Plapp também é um ciclista que pode surpreender num percurso tão duro.
Portugal
Temos particular curiosidade para ver a prestação de António Morgado, é um ciclista que pode perfeitamente surpreender, a sua estreia no Tour de Flandres em 2024 ainda nos vem à memória.
Afonso Eulálio andou bem na temporada de estreia no WT, mas será complicado andar pelos primeiros lugares. Tiago Antunes e Ivo Oliveira podem ser um apoio para Morgado ou então podem ser lançados na fuga inicial.
Outros
O equatoriano Richard Carapaz está em boa e é um ciclista com muita tarimba, foi campeão olimpico em Tóquio numa prova tática, onde aproveitou a marcação entre os favoritos para dar o golpe decisivo.
Outro nome importante é o rival de Carapaz no Giro, o mexicano Isaac Del Toro está a terminar o ano cheio de força, com muitas vitórias e sempre com exibições vistosas.
Ben Healy é um dos ciclistas mais ofensivos do pelotão, tem uma capacidade única para colocar os adversários a sofrer. Não tem uma grande ponta final, mas tem uma enorme capacidade em quase todos os terrenos.
O suíço Marc Hirschi não está a fazer uma grande temporada mas após o Tour melhorou bastante e tem mostrado melhores pernas. Resta saber se num perfil tão exigente aguenta com os melhores. Ao seu dispor terá um dos melhores gregários da história, Jan Christen.
★★★★★ Pogacar
★★★★ Evenepoel, Del Toro
★★★ Pidcock, Healy, Skjelmose
★★ Carapaz, Sivakov, Ciccone
★ Alaphilippe, Madouas, Hirschi
Aposta: Tadej Pogacar
Joker: Giulio Ciccone
Seguir em direto: #Kigali2025
TV: Eurosport
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