Guia Giro da Lombardia 2025
Este sábado disputa-se o último monumento da temporada, la classica delle foglie morte. Será a sua 118ª edição, desde de 1905 que se corre com apenas um interregno nos anos de 1943 e 1944, devido à 2ª Guerra Mundial.
Em 1905, a corrida foi instituída com o nome de Milão-Milão, porém dois anos depois, em 1907 a prova adoptou o nome que actualmente é usado, Giro da Lombardia ou Il Lombardia. Nesse ano a Gazzetta dello Sport tomou conta da organização da prova.
A prova já teve vários trajetos, com diferentes pontos de partida e chegada:
1905–1960 Milão-Milão
1961–1984 Milão-Como
1984–1989 Como-Milão (Duomo)
1990–1994 Milão-Monza
1995–2001 Varese-Bergamo
2002 Cantu-Bergamo
2003 Como-Bergamo
2004–2006 Mendrisio (SUI)-Como
2007–2009 Varese-Como
2010 Milão-Como
2011 Milão-Lecco
2012-2013 Bergamo-Lecco
2014 Como-Bergamo
2015 Bergamo-Como
2016 Como-Bergamo
2017-2020 Bergamo-Como
2021 Como-Bergamo
2022 Bergamo-Como
2023 Como-Bergamo
2024 Bergamo-Como
2025 Como-Bergamo
A Itália domina o número de vitórias, com a Bélgica e a França a completarem o pódio das nações mais vencedoras na Lombardia:
Itália-69
Bélgica-12
França-12
Suiça-5
Rep. Irlanda-4
Holanda-4
Espanha-2
Eslovénia-4
Lituânia-1
Luxemburgo-1
Russia-1
Grã-Bretanha-1
Colômbia-1
Dinamarca-1
Fausto Coppi é o corredor mais bem sucedido na Lombardia:
Fausto Coppi-5
Alfredo Binda-4
Henri Pelissier-3
Costante Girardengo-3
Gaetano Belloni-3
Gino Bartali-3
Sean Kelly-3
Damiano Cunego-3
Tadej Pogacar-4
História
vencedores desde 2000
2000 Raimondas Rumšas (LTU) Fassa Bortolo
2001 Danilo Di Luca (ITA) Cantina Tollo-Acqua e Sapone
2002 Michele Bartoli (ITA) Fassa Bortolo
2003 Michele Bartoli (ITA) Fassa Bortolo
2004 Damiano Cunego (ITA) Saeco Macchine per Caffè
2005 Paolo Bettini (ITA) Quick Step-Innergetic
2006 Paolo Bettini (ITA) Quick Step-Innergetic
2007 Damiano Cunego (ITA) Lampre-Fondital
2008 Damiano Cunego (ITA) Lampre
2009 Philippe Gilbert (BEL) Silence-Lotto
2010 Philippe Gilbert (BEL) Omega Pharma-Lotto
2011 Oliver Zaugg (SUI) Leopard Trek
2012 Joaquim Rodríguez (ESP) Team Katusha
2013 Joaquim Rodríguez (ESP) Team Katusha
2014 Daniel Martin (IRL) Garmin-Sharp
2015 Vincenzo Nibali (ITA) Astana
2016 Esteban Chaves (COL) Orica-BikeExchange
2017 Vincenzo Nibali (ITA) Bahrain-Merida
2018 Thibaut Pinot (Fra) Groupama - FDJ
2019 Bauke Mollema (HOL) Trek-Segafredo
2020 Jakob Fuglsang (DEN) Astana
2021 Tadej Pogacar (SLO) UAE
2022 Tadej Pogacar (SLO) UAE
2023 Tadej Pogacar (SLO) UAE
2024 Tadej Pogacar (SLO) UAE
Percurso
Como - Bergamo, 241 Km
Este ano a prova inverte novamente, partida de Como e chegada à bela Bérgamo, mas a essência da prova continua a mesma. É uma clássica para ciclistas que sobem bem, mais adequado para voltistas e trepadores.
A primeira dificuldade aparece aos 30 Km, é a tradicional subida a Madonna del Ghisallo, que servirá para aquecer os motores. Mais meia centena de quilómetros e chega a segunda dificuldade do dia, o Roncola, 9,4 Km a 6,6%, é uma subida muito irregular, a parte intermédia da subida (6,5 Km são sempre acima dos 8%). Após a descida do Roncola aparece nova subida, o Berbenno, uma das mais fáceis do dia com 6,8 Km a 4,6%.
A fase decisiva é a sequência Zamba Alta e Passo di Ganda. Zamba Alta é uma ascensão muito longa e irregular, com mais de 24 Km de extensão. Podemos dividir em 2 partes, Dossena (primeiros 11 Km, a 6,2%) e Zamba Alta (a restante subida, mais suave).
20 Km de descida antecedem a principal dificuldade do dia, o Passo di Ganda, subida desafiante com 9,2 Km de extensão a 7,3%, os últimos 2,7 Km são a 9,8%.

A descida do Passo di Ganda é traiçoeira. Antes da chegada a Bérgamo, ainda há uma pequena subida, o Colle Aperto, são 1250 metros a 7,9% (12% máx.).
Os últimos 3 Km são a descer até Bérgamo, onde está a linha de meta.
Os últimos 3 Km são a descer até Bérgamo, onde está a linha de meta.
Condições meteorológicas
Tempo nublado, poderão surgir aguaceiros de tarde.
19ºC.
Vento fraco.
Startlist
Jogo tático
A UAE é a equipa mais forte com um ciclista dominante, a equipa árabe vai controlar para lançar o seu líder que pode fazer mais uma cavalgada solitária até à meta.
As outras equipas não podem fazer muito, neste momento Pogacar e a UAE estão uns furos acima. Tentar pressionar a equipa árabe lançando homens para a fuga pode ser uma solução, o que é certo é que para ganhar têm de arriscar e serem bastante criativos.
Favoritos
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Tadej Pogacar
Dominou como quis o mundial e o europeu, entretanto foi esticar as pernas à Tre Valli Varesine e venceu com meia perna. A superioridade é escandalosa, se não vencer será a maior surpresa do ano até porque é a prova perfeita para as características do esloveno, que venceu as últimas 4 edições e quase sempre com muita facilidade.
A UAE está construída para ele demolir a concorrência, Isaac Del Toro é a segunda carta para o pódio.
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Remco Evenepoel
Foi claramente o segundo mais forte no europeu e mundial e é o grande candidato a repetir esse mesmo lugar aqui.
Tem memórias horríveis da Lombardia, foi neste cenário que se deu a grave queda que colocou a sua carreira em risco. A forma é boa, mas ainda não é suficiente para rivalizar com Pogacar, mas nunca se sabe.
Isaac Del Toro
Tem estado 'on fire', mas este desafio é um pouco diferente, como se viu no mundial o mexicano ainda tem de melhorar neste tipo de distâncias, acima do 220 km o desporto passa a ser outro.
De qualquer forma, pelo o que tem demonstrado merece o estatuto de candidato ao pódio.
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Ben Healy
Deu um salto importante este ano, está cada vez melhor e neste tipo de percurso é um ciclista muito competente como mostrou no mundial onde terminou com o bronze. Tem energia para dar e vender e é um ciclista muito ofensivo.
Tom Pidcock
Esperava mais dele no mundial, acabou por fraquejar na parte final o que dá a entender que estas distâncias passam-lhe fatura.
No Giro dell'Emilia esteve bastante bem mas foi impotente perante um super Del Toro.
Mattias Skjelmose
Mais um ciclista que se especializou neste género de provas, este ano foi dos poucas a bater Pogacar.
No mundial acabou por fraquejar no final, perdeu a medalha para Healy e o mesmo aconteceu no Europeu. Não são boas indicações para a luta pelo pódio, mas o ponto positivo é que ele esteve na luta, não colapsou.
Primoz Roglic
Fez um mundial decente, mas na semana passada na subida que dominou durante anos esteve longe de ganhar desta vez, fazer 5º no Giro dell'Emilia é uma desilusão. Não são sinais positivos, diria que é um candidato ao top-10, mas Roglic habituou-nos a surpreender, resta saber se o 'velho' Rogla ainda tem motivação e pernas para um brilharete.
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Lenny Martinez
Boa subida no Giro dell'Emilia, resta saber se pode estar com os melhores depois de 220 km. É um escalador de grande qualidade e esta é a clássica que melhor lhe convém.
Vai ser interessante ver o que faz Afonso Eulálio depois do bom mundial que fez. Também na Bahrain está Gianmarco Garafoli, que fez um excelente europeu e tem andado bem.
Paul Seixas
O que mostrou no Europeu foi brilhante e aqui volta a ter a oportunidade de brilhar. Candidato ao top-5.
Egan Bernal
Sinais positivos nos últimos dias, que o coloca na luta pelo top-5.
Romain Gregoire
Um percurso um pouco acima do limite dele, mas fez um europeu bastante decente num percurso bastante exigente.
Richard Carapaz
No mundial tentou seguir Pogacar e pagou caro. Temos algumas reservas sobre ele, não transmite muita confiança ultimamente.
Neilson Powless
Boas pernas em Montreal e na Tre Valli Varesine terminou no top-10. Está em boa forma e costuma andar bem nestas clássicas.
Christian Scaroni
Como era de esperar esteve forte no europeu, veremos se consegue repetir aqui a boa atuação. No Gran Piemonte esteve vários furos abaixo.
Ben Tulett
6º no Giro dell'Emilia e 11º na Tre Valli Varesine, parece ser a melhor opção da Visma-LAB. É um ciclista talentoso que está cada vez melhor na montanha.
A nossa aposta: Tadej Pogacar
Joker: Gianmarco Garafoli
Seguir em directo: @Il_Lombardia, #IlLombardia
Eurosport 2 (a partir das 09:30, hora de Portugal Continental)
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