Tour Down Under (2.WWT) - Antevisão
Para felicidade de muitos (incluindo a minha), o ciclismo está de volta! Estavam com saudades?
Começamos assim com a primeira prova World Tour, o Tour Down Under para as senhoras, uma prova que tem proporcionado alguns momentos icónicos, principalmente para as ciclistas da casa, Amanda Spratt é a recordista com três vitórias e Sarah Gigante no ano passado confirmou o enorme talento.
História
últimas vencedoras
2012 Judith Arndt
2013 Kimberley Wells
2014 Loes Gunnewijk
2015 Valentina Scandolara
2016 Katrin Garfoot
2017 Amanda Spratt
2018 Amanda Spratt
2019 Amanda Spratt
2020 Ruth Edwards
2023 Grace Brown
2024 Sarah Gigante
Percurso
17/01 Etapa 1 Brighton -Sanpper Point (101.9 Km)
18/01 Etapa 2 Unley -Willunga Hill (115 Km)
19/01 Etapa 3 Stirling - Stirling (105.9 Km)
Total: 322.8 Km
Três etapas: sprint, Willunga Hill e um circuito sobe e desce em Stirling. Como é tradição, a corrida deverá ser decidida em Willunga Hill. A última etapa em Sirling tem potencial para ser caótica, mas temos dúvidas que seja tão decisiva como a anterior.
Perfis
17/01 Etapa 1 Brighton -Sanpper Point (101.9 Km)
O Women's Tour Down Under começa com uma etapa de 101,9 km de Brighton a Snapper Point. O pelotão irá andar ao longo da costa, num dia que tem apenas uma dificuldade de registo, mesmo a meio do percurso, Heatherdale Hill, com mais de 9 Km a 3,6%. O topo está a 50 km da meta e até lá não é que hajam muito mais complicações, o terreno também não é completamente plano mas o dia é claramente para as velocistas.
18/01 Etapa 2 Unley -Willunga Hill (115 Km)
O segundo dia da corrida é mais decisivo, com o pelotão percorrendo 115 km de Unley até o topo de Willunga Hill. O dia começa logo com uma subida sobre Windy Point, que tem uma média de 6% mas também tem uma rampa de 20%, boa forma de aquecer os motores para o resto da etapa.
Mas a parte decisiva são os últimos 30 Km, com duas passagens em Willunga Hil a última das quais coincide com o final. São 3 Km a 7,4%, com algumas rampas acima dos 15%, toda a gente conhece muito bem esta subida, é o primeiro teste a sério de 2025.
19/01 Etapa 3 Stirling - Stirling (105.9 Km)
Dia final e a organização pegou na etapa do ano passado e deu-lhe um pouco mais de dificuldade, mas será suficiente para fazer mais diferenças?
É um percurso 'serrote', constante sobe e desce sem muitas zonas planas, este tipo de perfil costuma dar bons espetáculos, já que convida a uma corrida ofensiva.
AG-Insurance-Soudal Team
A equipa belga não apresenta a atual campeã, Sarah Gigante não defenderá o seu título, para a geral a equipa deve apostar em Justine Ghekiere. A ciclista belga fez uma temporada bastante boa no ano passado, por exemplo venceu uma das etapas de montanha no Tour.
Para a 1ª e 3ª etapas têm Alexandra Manly, a australiana em 2023 venceu uma etapa com semelhanças com as que teremos aqui.
Lidl-Trek
No papel são a equipa mais forte, com destaque para Amanda Spratt e Niamh Fisher-Black. Spratt é a recordista de vitórias e mais uma vez chega como candidata sólida aos primeiros lugares e em relação a Fisher-Black a nossa expectativa é ainda maior, a neo-zeolandesa estreia-se na equipa e tem aqui um percurso bastante adequado para si, uma das candidatas a vencer o dia de Willunga Hill.
Para o sprint têm Clara Copponi, uma ciclista ainda inconsistente mas que num dia bom pode ganhar contra esta concorrência.
Liv-AlUla-Jayco
Equipa da casa.
Ella Wyllie foi 8ª e 7ª em 2023 e 2024 respetivamente, espera continuar a melhorar a classificação, é uma das candidatas ao pódio este ano. Para as etapas (1ª e 3ª) a equipa australiana tem Georgia Baker e Ruby Roseman-Gannon, são ciclistas que conhecem bem estas estradas e sabem como ganhar aqui.
É uma equipa bastante interessante, contam ainda com Silke Smulders, uma jovem talentosa que sobe muito bem.
Canyon/SRAM
Neve Bradbury é uma das principais escaladoras da atualidade e chega aqui com enorme ambições. Willunga Hill é um pouco curta para ela, é uma ciclista para subidas longas, mas se não ganhar exige-se que pelo menos esteja entre as melhores. Temos expectativas elevadas para ela aqui.
Chloe Dygert tem duas etapas que pode brilhar, é uma ciclista que tem vindo a trabalhar para as clássicas e a sua ponta final está cada vez mais refinada, Willunga Hill é um pouco duro para ela.
FDJ-Suez
Uma das grandes equipas este ano, Demi Vollering ainda não se vai estrear aqui mas a equipa francesa apresenta uma bela equipa. Elise Chabbey estreia-se com a liderança da equipa, Willunga Hill é um bom desafio para ela.
Para as etapas menos exigentes têm Ally Wollaston, vencedora da primeira etapa em 2024.
UAE
Sofia Bertizzolo brilhou no ano passado nesta prova, candidata aos primeiros lugares em todas etapas exceto no dia de Willunga Hill.
Outra ciclistas a ter em conta são a neerlandesa Karlijn Swinkels corredora na linha de Bertizzolo. Para a geral têm a polaca Dominika Wlodarczyk, que no ano passado fez top-5 em Willunga Hill.
EF
Kim Cadzow foi uma das boas revelações de 2024, excelente escaladora, uma das melhores aqui presentes. Willunga Hill talvez seja curta para ela, mas dada a sua classe e nível, é uma clara candidata a ganhar nesse dia.
Naomi Ruegg deve ser a aposta da equipa americana para os outros dias.
★★★★★ Fisher-Black
★★★★ Bradbury, Cadzow
★★★ Spratt, Chabbey
★★ Wlodarczyk, Wyllie
★ Ghekiere, Swinkels
★ Ghekiere, Swinkels
A nossa aposta: Niamh Fisher-Black
É uma ciclista com alguma explosividade, Willunga Hill deve-lhe assentar na perfeição. Equipa fortíssima.
Joker: Dominika Wlodarczyk
Não será surpresa vê-la nos primeiros lugares, no ano passado brilhou aqui e adora de correr na Austrália. Talentosa.
Seguir em direto: @tourdownunder; #TDU
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