Tour Down Under (2.WT) - Antevisão
Já é tradição, a temporada de ciclismo World Tour inicia-se na Austrália com o Tour Down Under. Enquanto o inverno na Europa está no seu pico, na Austrália acontece o oposto e a temporada de ciclismo está no auge, com a realização dos campeonatos nacionais e vários Critériums. Esta será a 24ª edição, sendo esta a prova de ciclismo mais importante do hemisfério Sul.
Na lista de vencedores estão nomes como Simon Gerrans (4x), André Greipel, Michael Rodgers e Richie Porte. Os homens da casa venceram a prova 12 vezes.
História
últimos vencedores
2012 Simon Gerrans (AUS) GreenEDGE2013 Tom-Jelte Slagter (NED) Blanco Pro Cycling
2014 Simon Gerrans (AUS) Orica–GreenEDGE
2015 Rohan Dennis (AUS) BMC Racing Team
2016 Simon Gerrans (AUS) Orica–GreenEDGE
2017 Richie Porte (AUS) BMC Racing Team
2018 Daryl Impey (RSA) Mitchelton-Scott
2019 Daryl Impey (RSA) Mitchelton-Scott
2020 Richie Porte (AUS) Trek-Segafredo
2023 Jay Vine (AUS) UAE Team Emirates
2024 Stephen Williams (GBR) Israel-PremierTech
Percurso






Total: 819.9 Km
21/01 Etapa 1: Prospect - Gumeracha, 150.7 km
22/01 Etapa 2: Tanunda - Tanunda, 128.8 km
23/01 Etapa 3: Norwood - Uraidla, 147.5 km
24/01 Etapa 4: Glenelg - Victor Harbor, 157.2 km
25/01 Etapa 5: McLaren Vale - Willunga Hill, 145.7 km
26/01 Etapa 6: Adelaide - Adelaide, 90 km
O percurso tem oportunidades para os velocistas, a etapa de abertura, a quarta e a última são os dias onde devem brilhar. O percurso tem algumas novidades, Menglers Hill e a estreia de Knotts Hill são as principais, mas a vitória deverá ser decidida na dupla subida de Willunga Hill no penúltimo dia.
Dados:
- 820 quilómetros;
- 3 etapas para puros sprinters (possivelmente 4);
- 2 etapas para os homens da geral.
Perfis

A prova abre com uma etapa que em teoria é para os velocistas. O percurso é basicamente um cirtuito que será percorrido duas vezes, a grande dificuldade é a subida de Berry Hill (1,4 km a 6,9%). Mas a última passagem pelo topo de Berry Hill está a 30 Km da meta, o que permitirá que os sprinters e as suas equipas se reorganizem.


O segundo dia decorre ao redor de Tanunda. Pouco menos de 130 km onde a subida de Menglers Hill se destaca e será ultrapassada por três vezes a última a cerca de 20 Km da meta.
Esta é uma etapa onde os sprinters, principalmente os mais versáteis, não podem ser colocados de parte, até porque a subida apesar de ter alguma dureza não é extrema, são 2,8 Km a 6,6%.

Etapa de 147,5 km entre Norwood e Uraidla, mais um dia acidentado e inclui uma das novidades dsta edição, Knotts Hill que é bem exigente, são 2,6 km a 8%, com rampas de dois dígitos. Este é um dia para os puncheurs, Knotts Hill será passada por duas vezes, a última o topo está apenas a 6 km da meta.
Este é o primeiro dia para os homens da geral.

Etapa mais longa deste edição, são 157,2 km. Os corredores terão que cruzar duas vezes a Nettle Hill, são 2 Km a 8%. É um perfil de etapa que está entre os sprinters e os puncheurs, a última passagem por Nettle Hill está a 20 Km.

Chegamos à tradicional etapa de Willunga Hill, se há um lugar que se associa ao Tour Down Under é este. A etapa não é muito diferente das dos outros anos, tudo será decidido na dupla passagem de Willunga Hill (3,4 km a 7,4%).
A geral será decidida aqui.

Etapa final em Adelaide, são 20 voltas de 4,5 km de extensão. Dia para os puro sangue do sprint.
Startlist
Favoritos
Sprinters
★★★ Welsford
★★ Bauhaus, Lund Andresen
★ Brennan, Strong, D. Van Poppel, R. Oliveira, Coquard, Uhlig, Dehairs, Teutenberg
Sam Welsford
Conta com Pithie e Danny Van Poppel para o lançar, mostrou que está grande forma no Critérium e na clássica de Villawood. Além disso corre em casa e no ano passado dominou os sprints do Tour Down Under, por estas razões todas parece ser a aposta mais racional para os sprints.
Phil Bauhaus
O comboio da Bahrain não é tão forte quanto o da Red Bull-Bora, parte com alguma desvantagem nesse aspeto. Em velocidade pura não perde nada para o australiano, mas temos algumas dúvidas sobre o estado de forma, os principais objetivos estarão mais para a frente enquanto que para Welsford esta prova é um dos principais objetivos do ano.
Tobias Lund Andresen
É um dos sprinters mais fortes nesta lista de participação, mas ainda muito inconsistente. O comboio dele não tem a fiabilidade, Julius van den Berg, Patrick Eddy e Alex Edmondson têm potencial mas ainda falta-lhes demonstrar consistência.
Corbin Strong
É um dos velocistas mais versáteis em prova, tem algumas etapas que lhe assentam bastante bem. Não possui a velocidade pura de Welsford ou Bauhaus, mas em dias com algum desgaste tem as suas hipóteses.
Matthew Brennan
Extremamente talentoso e versátil, começou o ano a mostrar isso mesmo com o 3º lugar em Villawood. É um velocista muito versátil.
Rui Oliveira
É a melhor hipótese da UAE para os sprints, o português é um ciclista que ano após ano tem evoluído consistentemente.
Bryan Coquard
Nesta lista é um dos principais velocistas presentes, as chegadas um pouco mais exigentes é onde poderá brilhar.
Danny Van Poppel
Principal lançador de Welsford mas que se por alguma razão tiver de sprintar também pode estar entre os melhores, principalmente contra esta concorrência.
Henri Uhlig/Simon Dehairs
Quem será a aposta da Deceuninck, diria que pelo o que mostrou em Villawood será Uhlig, mas Dehairs é um sprinter que em traçados completamente planos pode surpreender.
Tim Torn Teutenberg
A jovem esperança da Lidl-Trek, um sprinter que está destinado a ser dos melhores no futuro. Muitos cavalos tem naquele motor para descarregar, veremos se começa cedo a brilhar no World Tour.
Geral
Stephen Williams
Muito incerteza no estado dos favoritos, é o habitual, a primeira prova do ano é das mais complicadas de prever. Mas Stephen Williams chega como campeão em titulo, com um percurso bastante bom para repetir e certamente não está na Austrália para apenas fazer número. Tem de ser considerado um dos principais candidatos, até porque é um atual campeão do mundo dos Puncheurs.
Luke Plapp
A forma é boa, demonstrou isso nos nacionais australianos, o problema de Plapp é a sua inconsistência a subir e alguma falta de explosão, neste tipo de subidas tem algum punch ajuda bastante. Mesmo tendo isso em conta, para nós é um claro candidato ao pódio.
Jonathan Narvaez
Foi 2º no ano passado e este ano chega aqui como um sério candidato e a principal arma da UAE. O equatoriano vai querer estrear-se na nova equipa em grande.
O percurso é interessante para ele, não é um escalador mas defende-se bem em subidas curtas deste tipo e a sua explosão é um fator a ter em conta. Tem um bom sprint, as bonificações poderão jogar a seu favor.
Jay Vine
Desiludiu no contra-relógio dos nacionais da Austrália e este tipo de subidas não são bem a sua praia, prefere as mais longas. Outro problema é a sua irregularidade, capaz de coisas impressionantes como de passar completamente ao lado, além de ter enormes dificuldades técnicas.
Mesmo assim, é um daqueles ciclistas que perante esta concorrência e no topo, pode ganhar este TDU.
Oscar Onley
Vencedor de 2024 em Willunga Hill. No ano passado cheirou o pódio e este ano vai querer melhorar a prestação.
Esperamos que continue a evoluir esta temporada, o desenvolvimento tem sido consistente e sólido.
Finn Fisher-Black
Nova equipa e começa o ano como líder, pelo menos é o que nos parece. É um ciclista que no ano passado estava a fazer um bom TDU, foi 10º em Willunga na ajuda a Isaac Del Toro mas uma queda na última etapa deitou tudo a perder.
O percurso é bastante bom para ele, tem um bom punch e é bastante ofensivo.
★★★★★ Williams
★★★★ Narvaez
★★★ Onley, Plapp
★★ Fisher-Black, Vine
★ Nerurkar, Sheffield, Woods, Lecerf, Schmid, Higuita, I. Izagirre, Torres
A nossa aposta: Stephen Williams
O campeão do mundo puncheur vai querer bisar.
Joker: Pablo Torres
Novo monstrinho do laboratório da UAE,
Seguir em direto: @tourdownunder; #TDU
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