Guia Giro da Lombardia 2024
Este sábado disputa-se o último monumento da temporada, la classica delle foglie morte. Será a sua 118ª edição, desde de 1905 que se corre com apenas um interregno nos anos de 1943 e 1944, devido à 2ª Guerra Mundial.
Em 1905, a corrida foi instituída com o nome de Milão-Milão, porém dois anos depois, em 1907 a prova adoptou o nome que actualmente é usado, Giro da Lombardia ou Il Lombardia. Nesse ano a Gazzetta dello Sport tomou conta da organização da prova.
A prova já teve vários trajetos, com diferentes pontos de partida e chegada:
1905–1960 Milão-Milão
1961–1984 Milão-Como
1984–1989 Como-Milão (Duomo)
1990–1994 Milão-Monza
1995–2001 Varese-Bergamo
2002 Cantu-Bergamo
2003 Como-Bergamo
2004–2006 Mendrisio (SUI)-Como
2007–2009 Varese-Como
2010 Milão-Como
2011 Milão-Lecco
2012-2013 Bergamo-Lecco
2014 Como-Bergamo
2015 Bergamo-Como
2016 Como-Bergamo
2017-2020 Bergamo-Como
2021 Como-Bergamo
2022 Bergamo-Como
2023 Como-Bergamo
2024 Bergamo-Como
A Itália domina o número de vitórias, com a Bélgica e a França a completarem o pódio das nações mais vencedoras na Lombardia:
Itália-69
Bélgica-12
França-12
Suiça-5
Rep. Irlanda-4
Holanda-4
Espanha-2
Eslovénia-3
Lituânia-1
Luxemburgo-1
Russia-1
Grã-Bretanha-1
Colômbia-1
Dinamarca-1
Fausto Coppi é o corredor mais bem sucedido na Lombardia:
Fausto Coppi-5
Alfredo Binda-4
Henri Pelissier-3
Costante Girardengo-3
Gaetano Belloni-3
Gino Bartali-3
Sean Kelly-3
Damiano Cunego-3
Tadej Pogacar-3
História
Percurso
Bergamo - Como, 252 Km
Este ano a prova inverte a rota de novo, partida em Bérgamo e chegada a Como. É a clássica dos voltistas e trepadores.
De Bérgamo os ciclistas seguem para nordeste e antes da primeira subida do dia viram para oeste. A primeira subida do dia é o Forcellino di Bianzano (6,3 Km a 5,1%) e segue-se o Passo di Ganda (9,2 Km a 7,3%). Depois de uma longa descida começa a subir o Colle di Berbenno (4,5 Km a 6,2%) e na sequência aparece o Valpiana (10,4 Km a 6,1% ).
Estes primeiros 105 Km (aproximadamente) são exigentes, acrescentam fadiga mas não são os decisivos. Do topo de Valpiana até ao sopé da Madonna del Ghisallo são cerca de 55 Km, a maioria em descida e terreno plano.
É a partir da Madonna del Ghisallo que a prova entra na sua fase mais decisiva.
O topo da Madonna del Ghisallo (8,7 Km a 5,3%), o topo está a 80 Km da meta, não deveremos ver ataques dos favoritos aqui mas de certeza que teremos endurecimento da corrida por parte das melhores equipas.
Do topo de Madonna del Ghisallo até ao inicio da Colma di Sormano (12,8 km a 6,7%) são cerca de 23 Km. Esta é a subida mais decisiva da prova, o último Km é sempre acima dos 9%.
O topo da Colma di Sormano está a 42 Km da meta, com a ausência do Civiglio o terreno até à meta é mais simpático do que o habitual. Agora a maior parte da subida está feita, pois o Civiglio não está no percurso devido a obras na estrada.
A última dificuldade do dia está dentro dos 10 Km finais, a 8 Km da meta começam a subir San Fermo della Battaglia (2,7 Km a 7,2%). Os últimos 5,3 Km são em descida e plano até à glória em Como.
Condições meteorológicas
Dia com algumas nuvens com possibilidade de aguaceiros.
12 a 16ºC.
Vento fraco.
Startlist
Jogo tático
A UAE é a equipa mais forte com um ciclista dominante, a equipa árabe vai controlar para lançar o seu líder, que poderá fazer mais uma cavalgada solitária até à meta.
As outras equipas não podem fazer muito, neste momento Pogacar e a UAE estão uns furos acima. Tentar pressionar a equipa árabe lançando homens para a fuga pode ser uma solução, o que é certo é que para ganhar têm de arriscar e serem bastante criativos.
Favoritos
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Tadej Pogacar
Se ganhar fecha uma temporada história, uma das melhores de sempre de um ciclista. Entra como único favorito, tem uma equipa forte e é de longe o mais forte, só algo incomum o fará perder mas no ciclismo não faltam coisas incomuns.
A grande pergunta é saber onde vai atacar, a nossa aposta vai para um ataque na Colma di Sormano na rampa de 13%.
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Enric Mas
Enric Mas
Termina o ano bastante bem, é um ciclista que preferia um pouco mais de dureza na parte final, Colma di Sormano tão longe da meta não o beneficia.
Todavia é um candidato ao pódio, a prova continua a ser dura o suficiente para ser seletiva e o maiorquino deverá estar entre os melhores.
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Remco Evenepoel
Está com 3 folhas pela sua classe, está a ter um final de temporada complicado. Admitiu que se encontra cansado e por isso as nossas expectativas não são muito elevadas para ele aqui.
Por outro lado, está na lista de participação e não o subestimamos.
Ciclista que redescobriu as melhores pernas depois de alguns anos meio perdido, está de saída da UAE e acreditamos que terá um papel mais livre do que Adam Yates por exemplo.
Pela forma e neste percurso parece-nos um candidato ao top-5.
Simon Yates
Esteve bastante bem no Giro dell'Emilia o que pode ser um sinal que programou o pico para a Lombardia. Esta é a despedida de Simon Yates da equipa australiana (vai ser estanho vê-lo noutra estrutura) e certamente vai querer sair em grande.
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Toms Skujins
Excepcional ano para o letão, a Lombardia em teoria não seria terreno para ele brilhar mas depois das performances este ano em provas longas e com acumulado elevado, temos de o colocar aqui.
O percurso desta edição também é bastante simpático para ele.
Matteo Jorgenson
Parece que perdeu gás neste final de temporada. De qualquer forma é um ciclista que num percurso destes deveria estar entre os melhores, a sua versatilidade impressiona, capaz de andar com os melhores nas clássicas da primavera e na montanha do Tour.
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Roger Adriá
Roger Adriá
Tem realizado uma segunda parte da temporada de enorme qualidade, em teoria este seria um percurso perto do seu limite mas no mundial quase terminou no top-10 num terreno com muita subida.
Aleksandr Vlasov
Ao contrário de Adriá, o russo não está a realizar uma segunda parte de temporada boa mas costuma andar bem na Lombardia.
Michael Woods
Outro que adora as estradas lombardas e tem dado sinais positivos enquanto à forma. Tem vários top-10 na Lombardia, estas subidas são feitas à sua medida.
Neilson Powless
Depois de um ano bastante pobre, o norte americano parece voltar a voar, venceu o Gran Piemonte com grande classe numa cavalgada de 42 Km.
Giulio Ciccone
Depois de uns meses incógnito, no Gran Piemonte mostrou algum nível, resta saber se numa distância superior e mais dureza confirma o regresso da boa forma.
Ben Healy
Temporada complicada, com pouco momentos de brilhantismo, o maior deles foi no campeonato do mundo.
Lennert Van Eetvelt
Ciclista muito talentoso mas que ainda sofre com alguma falta de consistência.
A nossa aposta: Tadej Pogacar
Joker: Roger Adriá
Seguir em directo: @Il_Lombardia, #IlLombardia
Eurosport 2 (a partir das 09:20, hora de Portugal Continental)
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