Guia Milão-São Remo 2023
Este sábado, disputa-se o primeiro monumento da temporada. A 'clássica da primavera' que este ano chega mais tarde, é também conhecida por Classicissima, sendo um dos dois monumentos que se corre em Itália, o outro curiosamente é tradicionalmente o último da época, o Giro da Lombardia.
Como qualquer um dos cinco monumentos, é uma prova apaixonante, com muitas histórias épicas que fazem com que esta clássica lendária seja uma das mais desejadas por qualquer ciclista. É a prova mais longa do ciclismo profissional, com perto de 300 quilómetros.
O final na Via Roma em São Remo já faz parte da história da modalidade, foi nesta avenida que Eddy Merckx venceu todas as sete edições que conta no currículo.
Será a 114ª edição, Eddy Merckx é o recordista com sete vitórias, seguido das seis vitórias de Constante Girardengo, quatro de Gino Bartali e Erik Zabel e três de Fausto Coppi, de Roger de Vlaeminck e Óscar Freire. A Itália é o país com mais triunfos, 51 no total, seguido da Bélgica com 22 e a França fecha o pódio com 14.
História
últimos 10 vencedores
Curiosidades em números
7: maior número de vitórias, por Eddy Merckx.
6: o número de vitórias do segundo mais vitorioso,Costante Girardengo.
4: o número de vitórias dos terceiros mais vitoriosos, Erik Zabel e Gino
Bartali
5: o número de edições vencidas por um ciclista que vestia a camisola
de campeão do mundo: Alfredo Binda (1931), Eddy Merckx (1972, 1975),
Felice Gimondi (1974) e Giuseppe Saronni (1983)
5.46: tempo mais rápido da subida do Poggio, por Giorgio Furlan em 1994.
9.36: tempo mais rápido da subida da Cipressa, por Francesco Casagrande
em 2001.
16: é o número de estreantes que venceram na estreia – o último foi Cavendish em 2009.
20: idade do vencedor mais jovem, Ugo Agostini na edição de 1914.
23: número de curvas da descida do Poggio.
36: idade do vencedor mais velho, Andre Tchmil na edição de 1999.
45: número de corredores que venceram isolados.
45.806: velocidade média (Km/h) mais alta numa edição, por Bugno em 1990.
51: número de edições ganha por italianos (os belgas surgem em segundo com 20).
109: número de edições até 2019.
175: participantes; 25 equipas com 7 ciclistas cada uma.
300: número de quilómetros se a zona neutralizada contasse.
1907: ano da edição inaugural, o vencedor foi: Lucien Petit-Breton (France & Peugeot).
1960: ano em que a subida ao Poggio foi introduzida no percurso.
1982: ano em que a subida a Cipressa foi introduzida no percurso.
2008: ano em que um corredor venceu isolado, o autor da proeza foi Fabian Cancellara, apenas 10 anos depois Vincenzo Nibali repetia a façanha.
20 000: será o prémio em Euros, para o vencedor da prova em 2022.
Percurso
Milão - São Remo (via Roma), 294 Km
O percurso da Classicissima pouco mudou nos últimos anos, com a pandemia, a organização foi obrigada a fazer pequenas alterações porque algumas localidades optaram por evitar ter provas desportivas para evitar aglomerações. Sendo assim, a edição deste ano terá 293 quilómetros de extensão, com as dificuldades a aparecerem na parte final, as subidas ao Cipressa e Poggio, em pano de fundo, a bela vista do mar mediterrâneo.
A primeira dificuldade do dia é o Passo del Turchino que se encontra a meio do percurso e não vai fazer qualquer diferença.
A edição deste ano terá o 'tríptico de Capos' uma sequência de três subidas seguidas: Capo Mele, Capo Cervo e o Capo Berta. Mas é na Cipressa onde se começa a fazer a seleção a sério, são 5,6 Km com 4% de inclinação média, com uma rampa a 9%.
O topo do Cipressa fica a cerca de 21,6 quilómetros da meta, os ciclistas descem então e têm uma zona plana até ao inicio da subida do Poggio, que só é complicado porque encontra-se bem no final e o cansaço acumulado já pesa nas pernas. São 3,7 de comprimento a 3,7% de inclinação média, com uma rampa a 8%.
A linha de meta em São Remo, situa-se na famosa Via Roma, o posicionamento no pelotão é essencial na sequência de curvas para a esquerda e direta que dá acesso à reta.
Subidas relevantes:
A edição deste ano terá o 'tríptico de Capos' uma sequência de três subidas seguidas: Capo Mele, Capo Cervo e o Capo Berta. Mas é na Cipressa onde se começa a fazer a seleção a sério, são 5,6 Km com 4% de inclinação média, com uma rampa a 9%.
O topo do Cipressa fica a cerca de 21,6 quilómetros da meta, os ciclistas descem então e têm uma zona plana até ao inicio da subida do Poggio, que só é complicado porque encontra-se bem no final e o cansaço acumulado já pesa nas pernas. São 3,7 de comprimento a 3,7% de inclinação média, com uma rampa a 8%.
A linha de meta em São Remo, situa-se na famosa Via Roma, o posicionamento no pelotão é essencial na sequência de curvas para a esquerda e direta que dá acesso à reta.
Subidas relevantes:
271,4 Km - Cipressa (5.7 Km a 4.0%)
287,5 Km - Poggio di Sanremo (3.6 Km a 3.6%)
287,5 Km - Poggio di Sanremo (3.6 Km a 3.6%)
Meteorologia
O vento irá soprar moderado, na parte final será de este, isto quer dizer vento de costas o que beneficia os ciclistas atacantes.
Tadej Pogacar
Começou o ano como sempre, a voar. No ano passado tentou no Poggio mas nunca esteve perto de descarregar toda a gente, aliás nem foi o mais forte, houve um ciclista mais forte no Poggio que o pôs em dificuldades.
★★★★★ Van Aert, Pogacar
Startlist
Aqui
Chegada massiva ou seletiva?
Esta é a principal questão, as últimas edições têm sido marcadas pela seleção no Poggio ao contrário do que era norma.
É muito provável que a UAE e a Jumbo imponham um ritmo demolidor desde a Cipressa e por essa razão a probabilidade de um sprint massivo baixa drasticamente, uma chegada de um grupo reduzido é o mais provável ou então alguém isolado.
Aqui
Favoritos
Chegada massiva ou seletiva?
Esta é a principal questão, as últimas edições têm sido marcadas pela seleção no Poggio ao contrário do que era norma.
É muito provável que a UAE e a Jumbo imponham um ritmo demolidor desde a Cipressa e por essa razão a probabilidade de um sprint massivo baixa drasticamente, uma chegada de um grupo reduzido é o mais provável ou então alguém isolado.
Jumbo-Visma
As abelhas apresentam uma equipa poderosa para apoiar Wout Van Aert. O belga sabe o que é preciso para vencer esta prova, já a ganhou. Mas atenção que a equipa neerlandesa não é só Van Aert, Christophe Laporte é um ciclista capaz de estar entre os melhores neste percurso e será menos vigiado que o seu líder.
Tadej Pogacar
Começou o ano como sempre, a voar. No ano passado tentou no Poggio mas nunca esteve perto de descarregar toda a gente, aliás nem foi o mais forte, houve um ciclista mais forte no Poggio que o pôs em dificuldades.
Este ano, certamente ele estará mais preparado, mas o Poggio não é propriamente a subida mais seletiva do mundo. A sua equipa tem de endurecer a corrida na Cipressa.
Alpecin-Deceuninck
A estrela é Mathieu van der Poel, mas a equipa belga tem várias opções para diferentes cenários. Jasper Philipsen para o sprint e Soren Kragh Andersen para ser uma alternativa a van der Poel, o dinamarquês no ano passado no Poggio esteve extremamente forte e deixou toda a gente de língua fora, incluindo Pogacar.
Trek-Segafredo
Jasper Stuyven venceu em 2021 num final caótico e este ano volta a estar na lista de participantes, no ano passado não pôde defender o título. Mas a grande figura da equipa americana é Mads Pedersen, o dinamarquês começou o ano forte e tem subido relativamente bem, o que é importante para o Poggio.
Se estiver no grupo que decide a vitória, o seu sprint é uma arma letal. A distância não é um problema, ou não fosse um ex-campeão do mundo.
Julian Alaphilippe
Temos algumas dúvidas sobre a sua forma, o melhor Alaphilippe era menino para voar no Poggio. No Tirreno teve alguns momentos interessantes, mas foram poucos e pouco convincentes, não é um super favorito como noutros anos.
Matej Mohoric
Se chega no topo do Poggio com os melhores, então agarrem-no na descida ou teremos nova vitória do esloveno. Está em boa forma, começou a temporada de clássicas com boas pernas.
Biniam Girmay
A grande dúvida é a mesma que temos de outros, será ele capaz de passar o Poggio com os melhores? Se o fizer, a sua velocidade final faz dele um favorito claro para ganhar.
Lotto-Dstny
Caleb Ewan aguentará o Poggio? Temos sérias dúvidas, o australiano não tem estado brilhante. A jovem estrela Arnaud de Lie estará entre os melhores? Também temos algumas dúvidas mas não o descartamos, começou o ano a voar mas dececionou um pouco no Paris-Nice.
Arnaud Démare
Venceu uma edição, será difícil repetir, até porque este ano ainda não mostrou muito.
Outros: Aranburu, Ganna, Cort Nielsen, Turgis, Sheffield, Bennett, Cosnefroy, Coquard
★★★★★ Van Aert, Pogacar
★★★★ van der Poel, Pedersen
★★★ Alaphilippse, Girmay, Mohoric
★★ SK Andersen, Laporte
★ Aranburu, Ewan, De Lie, Démare, Cort, Ganna, Sheffield, Turgis
A nossa aposta: Wout Van Aert
Joker: Magnus Cort
Seguir em direto: #MilanoSanremo, #MSR, @Milano Sanremo
A nossa aposta: Wout Van Aert
Joker: Magnus Cort
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Eurosport 2 (a partir das 08:30)
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