Guia Giro da Lombardia 2022
Este sábado disputa-se o último monumento da temporada, la classica delle foglie morte. Será a sua 116ª edição, desde de 1905 que se corre com apenas um interregno nos anos de 1943 e 1944, devido à 2ª Guerra Mundial.
Em 1905, a corrida foi instituída com o nome de Milão-Milão, porém dois anos depois, em 1907 a prova adoptou o nome que actualmente é usado, Giro da Lombardia ou Il Lombardia. Nesse ano a Gazzetta dello Sport tomou conta da organização da prova.
A prova já teve vários trajetos, com diferentes pontos de partida e chegada:
1905–1960 Milão-Milão
1961–1984 Milão-Como
1984–1989 Como-Milão (Duomo)
1990–1994 Milão-Monza
1995–2001 Varese-Bergamo
2002 Cantu-Bergamo
2003 Como-Bergamo
2004–2006 Mendrisio (SUI)-Como
2007–2009 Varese-Como
2010 Milão-Como
2011 Milão-Lecco
2012-2013 Bergamo-Lecco
2014 Como-Bergamo
2015 Bergamo-Como
2016 Como-Bergamo
2017-2020 Bergamo-Como
2021 Como-Bergamo
2022 Bergamo-Como
A Itália domina o número de vitórias, com a Bélgica e a França a completarem o pódio das nações mais vencedoras na Lombardia:
Itália-69
Bélgica-12
França-12
Suiça-5
Rep. Irlanda-4
Holanda-4
Espanha-2
Lituânia-1
Luxemburgo-1
Russia-1
Grã-Bretanha-1
Colômbia-1
Dinamarca-1
Eslovénia-1
Fausto Coppi é o corredor mais bem sucedido na Lombardia:
Fausto Coppi-5
Alfredo Binda-4
Henri Pelissier-3
Costante Girardengo-3
Gaetano Belloni-3
Gino Bartali-3
Sean Kelly-3
Damiano Cunego-3
História
vencedores desde 2000
2000 Raimondas Rumšas (LTU) Fassa Bortolo
2001 Danilo Di Luca (ITA) Cantina Tollo-Acqua e Sapone
2002 Michele Bartoli (ITA) Fassa Bortolo
2003 Michele Bartoli (ITA) Fassa Bortolo
2004 Damiano Cunego (ITA) Saeco Macchine per Caffè
2005 Paolo Bettini (ITA) Quick Step-Innergetic
2006 Paolo Bettini (ITA) Quick Step-Innergetic
2007 Damiano Cunego (ITA) Lampre-Fondital
2008 Damiano Cunego (ITA) Lampre
2009 Philippe Gilbert (BEL) Silence-Lotto
2010 Philippe Gilbert (BEL) Omega Pharma-Lotto
2011 Oliver Zaugg (SUI) Leopard Trek
2012 Joaquim Rodríguez (ESP) Team Katusha
2013 Joaquim Rodríguez (ESP) Team Katusha
2014 Daniel Martin (IRL) Garmin-Sharp
2015 Vincenzo Nibali (ITA) Astana
2016 Esteban Chaves (COL) Orica-BikeExchange
2017 Vincenzo Nibali (ITA) Bahrain-Merida
2018 Thibaut Pinot (Fra) Groupama - FDJ
2019 Bauke Mollema (HOL) Trek-Segafredo
2020 Jakob Fuglsang (DEN) Astana
2021 Tadej Pogacar (SLO) UAE
Percurso
Como - Bérgamo, 239 Km
O percurso tem alternado Bergamo-Como e vice-versa, este ano cabe a Como receber o final. O que não muda é a essência da prova, é o monumento dos trepadores, são 253 Km com mais de 4500 metros de subida acumulada, que passará por alguns locais icónicos do ciclismo italiano.
A corrida começa em Bérgamo e segue para o interior antes de passar pelo Lago Como e terminar na cidade de Como. A primeira parte do percurso é muito montanhosa, com a subida de abertura, a Forcella di Bianzano, que vem depois de apenas 23 Km de corrida (são 6,4 Km a 5%). Esta subida é rapidamente seguida pelo Passo di Ganda , 9,2 Km com média de 7,3% e pela ascensão até Dossena.
Segue-se uma descida perigosa até ao inicio do Forcella di Bur (18,2 Km a 2,5%) e depois o Colle di Berbenno (4,5 Km a 6,2%).
Após essas subidas, descida até Brambilla para enfrentar o Colle di Berbenno, que se estende por 4,5 Km a 6,2%, a 130 Km da linha de meta. Os 60 Km depois do Berbenno são relativamente tranquilos, com muito terreno plano, os ciclistas contornarão as deslumbrantes paisagens do Lago di Garlate e Lago di Como até chegar a Bellagio, que marca o início das subidas finais. A Madonna del Ghisallo acaba com a monotonia, são 8,6 Km a 6,2%, com uma rampa de 14%. A partir daí, os ciclistas descem para Asso, onde entram num circuito.
Já no circuito enfrentam o San Fermo della Battaglia, uma subida de 2,7 Km a 7,2% e passam pela primeira na meta. Na volta final os ciclistas têm um desafio, Civiglio, uma das subidas mais populares de Itália, 4,2 Km a 9,8%, este poderá ser o ponto-chave.
Descida rápida e perigosa do Civiglio e o San Fermo della Battaglia é a última ascensão do dia. Os últimos 5 Km são a descer até Como.
Condições meteorológicas
Dia com algumas nuvens, principalmente na parte final, mas sem chuva.
23ºC.
Vento fraco.
Startlist
Favoritos
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Tadej Pogacar
Depois do Canadá parecia lançado para um grande final de temporada, acabou por desiludir no mundial, entretanto no Giro dell'Emilia foi descarregado por Enric Mas e a meio da semana venceu a Tre Valli Varesine ao sprint.
É o campeão em título, está em forma mas este ano parece humano, continua a ser a o maior favorito mas longe de ser imbatível. A UAE apresenta um conjunto de luxo para o apoiar
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Enric Mas
Enric Mas
Está a ter um final de ano muito forte, bateu Pogacar em San Lucca no mano a mano e a meio da semana esteve ao serviço de Valverde na Tre Valli Varesine e voltou a mostrar um nivel muito elevado.
É o homem em forma, claro candidato a vencer mas para isso terá de descarregar a concorrência porque não tem ponta de velocidade, o Civiglio parece ser o local ideal para ele. As descidas são uma das suas fraquezas.
Jonas Vingegaard
Regressou à estrada na Croácia, onde venceu duas etapas e esteve a ponto de conquistar a geral. A concorrência na Croácia não era de ponta, mas de qualquer forma o dinamarquês mostrou um nível decente, resta saber se é suficiente para ganhar hoje contra Pogacar e companhia.
Regressou à estrada na Croácia, onde venceu duas etapas e esteve a ponto de conquistar a geral. A concorrência na Croácia não era de ponta, mas de qualquer forma o dinamarquês mostrou um nível decente, resta saber se é suficiente para ganhar hoje contra Pogacar e companhia.
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Alejandro Valverde
É despedida de Valverde e pelas declarações antes da prova, é ambicioso. A meio da semana mostrou muito boa forma e a Movistar poderá ter vantagem sobre os adversários, já que com duas cartas as opções alargam-se.
Alejandro Valverde
É despedida de Valverde e pelas declarações antes da prova, é ambicioso. A meio da semana mostrou muito boa forma e a Movistar poderá ter vantagem sobre os adversários, já que com duas cartas as opções alargam-se.
Adam Yates
Num dia inspirado é capaz de lutar pelo pódio, o problema é a sua inconsistência. A Ineos apresenta um conjunto forte, mas não tem um claro candidato a ganhar.
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Rigoberto Uran
O colombiano está a ter um final de temporada bastante decente em Itália, terminou sempre no top-10 nas três provas que correu.
Aleksandr Vlasov
Até ao Tour estava a realizar uma temporada muito boa, mas depois apareceu o típico Vlasov. É um ciclista capaz de andar com os melhores, mas falta-lhe algo para estar consistentemente com eles. De qualquer forma, esta é uma prova de um dia e Vlasov não precisa de ser regular.
Em 2020 fez pódio.
Romain Bardet
Parece com uma forma decente e este percurso adequa-se, além das subidas tem descidas técnicas, Bardet é um dos melhores a descer.
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Domenico Pozzovivo
Domenico Pozzovivo
5º na Agostoni, 3º no Giro dell'Emilia e 8º na Tre Valli Varesine, a pulga de Policoro preparou-se muito bem para esta fase da temporada e o grande objetivo é a Lombardia.
Sergio Higuita
Foi 10º no ano passado e mostrou sinais encorajadores a meio da semana.
Vincenzo Nibali
Tal como Valverde, despede-se aqui. Esta é uma das provas fetiches do tubarão, é um corredor que sempre mostra bom nível aqui e com a motivação extra da despedida, não será estranho vê-lo entre os primeiros lugares.
Outros: Bauke Mollema, Mikel Landa, Matej Mohoric, Jay Vine, João Almeida, Julian Alaphilippe, Guillaume Martin, Neilson Powless, Ruben Guerreiro, Daniel Martinez, Ilan Van Wilder, Warren Barguil, Bauke Mollema, Mattias Skjelmose
Outros: Bauke Mollema, Mikel Landa, Matej Mohoric, Jay Vine, João Almeida, Julian Alaphilippe, Guillaume Martin, Neilson Powless, Ruben Guerreiro, Daniel Martinez, Ilan Van Wilder, Warren Barguil, Bauke Mollema, Mattias Skjelmose
A nossa aposta: Tadej Pogacar
Joker: Vincenzo Nibali
Seguir em directo: @Il_Lombardia, #IlLombardia
Eurosport 1 (a partir das 10:00, hora de Portugal Continental)
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