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Guia Milão-São Remo 2022

Este sábado, disputa-se o primeiro monumento da temporada. A 'clássica da primavera' que este ano chega mais tarde, é também conhecida por Classicissima, sendo um dos dois monumentos que se corre em Itália, o outro curiosamente é tradicionalmente o  último da época, o Giro da Lombardia.
Como qualquer um dos cinco monumentos, é uma prova apaixonante, com muitas histórias épicas que fazem com que esta clássica lendária seja uma das mais desejadas por qualquer ciclista. É a prova mais longa do ciclismo profissional, com perto de 300 quilómetros.
O final na Via Roma em São Remo já faz parte da história da modalidade, foi nesta avenida que Eddy Merckx venceu todas as sete edições que conta no currículo.
Será a 113ª edição, Eddy Merckx é o recordista com sete vitórias, seguido das seis vitórias de Constante Girardengo, quatro de Gino Bartali e Erik Zabel e três de Fausto Coppi, de Roger de Vlaeminck e Óscar Freire. A Itália é o país com mais triunfos, 51 no total, seguido da Bélgica com 22 e a França fecha o pódio com 14.
É a 'clássica dos sprinters' e o palmarés prova o porquê dessa alcunha, é o monumento que mais se adequa aos puro sangue da velocidade.

História

últimos 10 vencedores
2012 Simon Gerrans (AUS) GreenEDGE
2013 Gerald Ciolek (GER) MTN–Qhubeka
2014 Alexander Kristoff (NOR) Team Katusha
2015 John Degenkolb (GER) Giant–Alpecin
2016 Arnaud Dèmare (FRA) FDJ
2017 Michal Kwiatkowski (POL) Team Sky
2018 Vincenzo Nibali (ITA) Bahrain-Merida
2019 Julian Alaphilippe (FRA) Deceuninck-QuickStep
2020  Wout Van Aert (BEL) Jumbo-Visma
2021 Jasper Stuyven (BEL) Trek-Segafredo

Curiosidades em números 
7: maior número de vitórias, por Eddy Merckx.
6: o número de vitórias do segundo mais vitorioso,Costante Girardengo.
4: o número de vitórias dos terceiros mais vitoriosos, Erik Zabel e Gino Bartali
5: o número de edições vencidas por um ciclista que vestia a camisola de campeão do mundo: Alfredo Binda (1931), Eddy Merckx (1972, 1975), Felice Gimondi (1974) e Giuseppe Saronni (1983)
5.46: tempo mais rápido da subida do Poggio, por Giorgio Furlan em 1994.
9.36: tempo mais rápido da subida da Cipressa, por Francesco Casagrande em 2001.
16: é o número de estreantes que venceram na estreia – o último foi Cavendish em 2009.
20: idade do vencedor mais jovem, Ugo Agostini na edição de 1914.
23: número de curvas da descida do Poggio.
36: idade do vencedor mais velho, Andre Tchmil na edição de 1999.
45: número de corredores que venceram isolados.
45.806: velocidade média (Km/h) mais alta numa edição, por Bugno em 1990.
51: número de edições ganha por italianos (os belgas surgem em segundo com 20).
109: número de edições até 2019.
175: participantes; 25 equipas com 7 ciclistas cada uma.
300: número de quilómetros se a zona neutralizada contasse.
1907: ano da edição inaugural, o vencedor foi: Lucien Petit-Breton (France & Peugeot).
1960: ano em que a subida ao Poggio foi introduzida no percurso.
1982: ano em que a subida a Cipressa foi introduzida no percurso.
2008: ano em que um corredor venceu isolado, o autor da proeza foi Fabian Cancellara, apenas 10 anos depois Vincenzo Nibali repetia a façanha.
20 000: será o prémio em Euros, para o vencedor da prova em 2021.

Percurso

Milão - São Remo (via Roma), 293 Km




O percurso da Classicissima pouco mudou nos últimos anos, com a pandemia, a organização foi obrigada a fazer pequenas alterações porque algumas localidades optaram por evitar ter provas desportivas para evitar aglomerações. Sendo assim, a edição deste ano terá 293  quilómetros de extensão, com as dificuldades a aparecerem na parte final, as subidas ao Cipressa e Poggio, em pano de fundo, a bela vista do mar mediterrâneo.
A primeira dificuldade do dia é o Passo del Turchino que se encontra a meio do percurso e não vai fazer qualquer diferença.
A edição deste ano terá o 'tríptico de Capos' uma sequência de três subidas seguidas: Capo Mele, Capo Cervo e o Capo Berta.  Mas é na Cipressa onde se começa a fazer a seleção a sério, são 5,6 Km com 4% de inclinação média, com uma rampa a 9%.


O topo do Cipressa fica a cerca de 21,6 quilómetros da meta, os ciclistas descem então e têm uma zona plana até ao inicio da subida do Poggio, que só é complicado porque encontra-se bem no final e o cansaço acumulado já pesa nas pernas. São 3,7 de comprimento a 3,7% de inclinação média, com uma rampa a 8%.
A linha de meta em São Remo, situa-se na famosa Via Roma, o posicionamento no pelotão é essencial na sequência de curvas para a esquerda e direta que dá acesso à reta.

Subidas relevantes:  
271,4 Km - Cipressa (5.7 Km a 4.0%)
287,5 Km - Poggio di Sanremo (3.6 Km a 3.6%)


Meteorologia

Não é esperada chuva. Temperatura a rondar os 15ºC durante toda a prova.
O vento irá soprar forte de nordeste, ou seja vento de costas na maioria da subida do Poggio e descida para São Remo o que beneficia ataques.

Startlist

Aqui

Favoritos

Chegada massiva ou seletiva?
Esta é a principal questão, as últimas edições têm sido marcadas pela seleção no Poggio ao contrário do que era norma.
A UAE e a Jumbo irão apertar o ritmo desde a Cipressa e a probabilidade de um sprint massivo é baixa, uma chegada de um grupo reduzido é o mais provável ou então alguém isolado. 
As ausências de Ewan, Alaphilippe e Stuyven afetam a edição deste ano, são ciclistas que podiam alterar o curso da prova.

Wout Van Aert
Está em grande forma, fez um Paris-Nice de grande nível e tem à sua disposição Roglic e Laporte que também podem ser cartas táticas da equipa neerlandesa. A Jumbo-Visma deve endurecer a corrida desde a Cipressa para que no Poggio, a corrida elimine os sprinters que sobreviveram até aí.
Wout Van Aert pode ganhar em qualquer cenário, num sprint em massa, num sprint reduzido e até isolado, é a carta mais segura.

Tadej Pogacar
Começou o ano numa forma estratosférica, depois do Tirreno teve alguns dias com uma constipação e isso afetou-lhe o treino. No entanto, não esperamos menos do que um ataque demolidor no Poggio, se não der para se isolar, deverá pelo menos para selecionar o grupo.
O sprint dele no final de uma corrida dura é muito bom.

Mathieu Van der Poel
A grande surpresa, o regresso do Alien. Não sabemos a sua condição, mas é melhor não menosprezar o bicho neerlandês.

Os outros:

Mads Pedersen
Está a subir como nunca e mantém um sprint poderoso. Essa é a combinação perfeita para se ganhar a Milão-São Remo.
O grande desafio para ele será aguentar os ataques no Poggio, se conseguir então num sprint reduzido é um dos principais favoritos.

Tom Pidcock e Pippo Ganna
A Ineos não quer uma chegada em grupo, para isso terá de mexer a corrida no Poggio, tanto na subida como na descida. Pidcock e Ganna são as melhores opções, na descida os adversários não podem dar muito espaço ao locomotora italiana.

Quick-Step
Sem Alaphilippe, não há muitas opções para os lobos.  Duvidamos que Jakobsen consiga passar o Poggio com os melhores.

Soren Kragh Andersen
Um dos ciclistas que gosta de atacar na descida do Poggio, já o fez mais do que uma vez, por exemplo na edição passada.
Está em boa.

Jasper Philipsen
Dos puros sprinters é dos que sobe melhor. Os adversários têm de o eliminar no Poggio, caso contrário, terão um grave problema na Via Roma. 

Peter Sagan
Começou o ano gordo e sem nível. Entretanto emagreceu e melhorou, será que é suficiente? Temos dúvidas, mas merece ser mencionado.

Alex Aranburu
Nas duas últimas edições foi 7º colocado. Este ano procura melhorar o resultado, deu bons sinais no Tirreno-Adriático.
É um dos melhores descedores do pelotão, pode tentar a sorte na descida do Poggio.

Michael Matthews
Começou o ano sem muito gás, resta saber se andou a guardar forças para o primeiro monumento do ano. De qualquer forma, a sua ponta de velocidade é cada vez menor e isso é um problema, mas tal como Sagan merece uma menção.

Outros: Nizzolo, Coquard, Girmay, Van Avermaet, Turgis

★★★★★ Van Aert
★★★★ Pogacar, Pedersen
★★★ van der Poel, Philipsen
★★ Pidcock, Ganna, SK Andersen
★ Aranburu, Sagan, Matthews

A nossa aposta: MWout Van Aert
Joker: Alex Aranburu

Seguir em direto: #MilanoSanremo#MSR, @Milano Sanremo
Eurosport 2 (a partir das 08:30)

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