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Guia Volta a Portugal 2021

 

A prova mais amada pelos portugueses está prestes a começar.
A primeira edição foi à 92 anos e o vencedor foi Augusto de Carvalho, ciclista do Carcavelos, que percorreu 1965 quilómetros divididos em 18 etapas. Na altura haviam três categorias, Forte, Fracos e Militares e alguns representavam clubes.
“Foi o ciclismo, e não o futebol, que espalhou a mística dos três grandes clubes por todo o país” Guita Júnior, jornalista desportivo
A Volta regressaria 4 anos mais tarde, com José Maria Nicolau e Alfredo Trindade a encarnarem a rivalidade entre Benfica e Sporting. Nos anos 40 seria o FC do Porto a dominar a prova e assim nascia a enorme rivalidade que até aos dias de hoje existe entre os três clubes.
Os ciclistas portugueses dominam a lista de vencedores com 59 vitórias, mas na última década o domínio tem sido espanhol. Desde 2004, das 13 edições disputadas, 10 foram conquistadas por ciclistas do país vizinho, com destaque para as 5 vitórias de David Blanco, que faz dele o recordista de vitórias.

História

últimos 10 vencedores
2010 David Blanco (ESP) Palmeiras Resort–Prio
2011 Ricardo Mestre (POR) Tavira–Prio
2012 David Blanco (ESP) Efapel–Glassdrive
2013 Alejandro Marque (ESP) OFM–Quinta da Lixa
2014 Gustavo Veloso (ESP) OFM–Quinta da Lixa
2015 Gustavo Veloso (ESP) W52–Quinta da Lixa
2016 Rui Vinhas (POR) W52–FC Porto
2017 Amaro Antunes (POR) W52-FC Porto
2018 Jóni Brandão (ESP) Sporting/Tavira
2019 João Rodrigues (POR) W52-FC Porto
2020 /edição especial/  Amaro Antunes (POR) W52-FC Porto

Edição 2020 (Top-15)
 

Percurso

 4 Agosto: Prólogo: Lisboa - Lisboa, 5,4 km (CRI)
 5 Agosto: 1.ª Etapa: Torres Vedras - Setúbal, 175,8 km
 6 Agosto: 2.ª Etapa: Ponte de Sor - Castelo Branco, 162,1 km
 7 Agosto: 3.ª Etapa: Sertã - Torre, 170,3 km
 8 Agosto: 4.ª Etapa: Belmonte - Guarda, 181,6 km
 9 Agosto: Descanso
 10 Agosto: 5.ª Etapa: Águeda - Senhora da Assunção (St.º Tirso), 171,3 km
 11 Agosto: 6.ª Etapa: Viana do Castelo - Fafe, 182,4 km
 12 Agosto: 7.ª Etapa: Felgueiras - Bragança, 193.2 km
 13 Agosto: 8.ª Etapa: Bragança - Serra do Larouco, 160,7 km
 14 Agosto: 9.ª Etapa: Boticas - Senhora da Graça, 145,5 km
 15 Agosto: 10.ª Etapa: Viseu - Viseu, 20,3 km (CRI)
Total: 1568 Km

Percurso duro, com poucas oportunidades para os velocistas e muitas etapas para os trepadores e puncheurs. Começa em Lisboa com um prólogo e termina em Viseu com um contrarrelógio individual de 20,3 Km.
Pelo meio temos a Torre, Senhora da Assunção, Larouco e Senhora da Graça como finais que podem fazer diferenças importantes.

Perfis

 4 Agosto: Prólogo: Lisboa - Lisboa, 5,4 km (CRI)

A prova abre com um prólogo de 5,4 Km em Lisboa, na zona de Belém. Não são esperadas diferenças significativas.

 5 Agosto: 1.ª Etapa: Torres Vedras - Setúbal, 175,8 km

A etapa começa em Torres Vedras, aproveitando a presença da Volta, o Museu do Ciclismo Joaquim Agostinho será inaugurado. A etapa de 176 Km muito marcada pela subida da serra da Arrábida a 13 Km da meta, que promete uma seleção restrita como aconteceu nas últimas chegadas a Setúbal.

 6 Agosto: 2.ª Etapa: Ponte de Sor - Castelo Branco, 162,1 km

Terceiro dia com 162,1 Km entre Ponte de Sor e Castelo Branco no menu. Esta é uma das poucas oportunidades para os velocistas, a subida do Retaxo está a 13 Km, mas é uma ascensão suave que não deve eliminar muitos sprinters.

 7 Agosto: 3.ª Etapa: Sertã - Torre, 170,3 km


Uma das etapas mais importantes com final na Torre pela vertente da Covilhã. A etapa não é muito dura até à Covilhã, depois os ciclistas sobem até ao ponto mais alto de Portugal continental, uma ascensão com 19 Km a 6,4%. É uma subida longa, que a esmagadora maioria do pelotão conhece de olhos fechados e sabem quais são as zonas mais duras (Covilhã, Sanatório, Penhas da Saúde e últimos 4 Km).

 8 Agosto: 4.ª Etapa: Belmonte - Guarda, 181,6 km

Começo em Belmonte e termina na Guarda, num terreno rompe-pernas. Os últimos 30 Km são difíceis com: Videmonte e 2 passagens pela Guarda, a última a coincidir com a meta. Últimos 3 Km a 6,3%.

 9 Agosto: Descanso

 10 Agosto: 5.ª Etapa: Águeda - Senhora da Assunção (St.º Tirso), 171,3 km

171,3 Km a ligar uma das capitais da bicicleta, Águeda, a Santo Tirso. O final é no alto da Senhora da Assunção, com 6,8 Km a 5,9%, uma subida que não deve fazer diferenças grandes mas pode eliminar quem não estiver num bom dia.


 11 Agosto: 6.ª Etapa: Viana do Castelo - Fafe, 182,4 km

Etapa entre Viana do Castelo e Fafe, com 182,4 Km. Dia para velocistas, no entanto a subida curta e explosiva de Golães está colocada a menos de 3 Km da meta e poderá surpreender os sprinters.

 12 Agosto: 7.ª Etapa: Felgueiras - Bragança, 193.2 km


Etapa mais longa da prova com 193,2 Km de extensão pelas serras transmontanas. A 13 Km da meta está o topo da Serra da Nogueira, que dificulta a vida dos velocistas, por essa razão esta é uma etapa perfeita para que uma fuga tenha sucesso.

 13 Agosto: 8.ª Etapa: Bragança - Serra do Larouco, 160,7 km


Trás-os-Montes tem um importante destaque nesta edição, a oitava etapa percorre a região, começa em Bragança e termina na serra do Larouco, segundo ponto mais alto de Portugal Continental. É uma etapa dura com as subida da Bolideira e de Torneiros a prepararem o final. O Larouco tem 11,3 Km a 5%, não é uma subida extremamente exigente, mas pode fazer vitimas e as condições atmosféricas fazem diferença nesta subida por ser tão exposta.


 14 Agosto: 9.ª Etapa: Boticas - Senhora da Graça, 145,5 km


Etapa rainha no penúltimo dia. 
Etapa relativamente curta, com cinco contagens de montanha, as duas últimas de 1ª categoria. É pena que entre o topo do Barreiro e o inicio da Senhora da Graça estão 30 Km de estrada, pode desencorajar ataques de longe.
A subida final não tem segredos, é a montanha mais lendária do ciclismo português, a Senhora da Graça.




 15 Agosto: 10.ª Etapa: Viseu - Viseu, 20,3 km (CRI)


Contrarrelógio individual na capital das rotundas, Viseu. São 20,3 quilómetros com poucas dificuldades, ideal para os especialistas.

Etapas-chave
- 3ª etapa, chegada à Torre, primeiro teste na montanha.
- 5ª etapa, chegada à Senhora da Assunção após o dia de descanso.
- A sequência da 8ª e 9ª etapas, chegadas em alto e a fadiga acumulada é uma combinação perigosa.
- Contrarrelógio individual final.

Lista de participantes 

WorldTeam
Movistar Team (ESP)

ProTeam
Bingoal Pauwels Sauces WB (BEL)
Burgos-BH (ESP)
Caja Rural-Seguros RGA (ESP)
Equipo Kern Pharma (ESP)
Euskaltel-Euskadi (ESP)
Rally Cycling (EUA)
Vini Zabu (ITA)

Continental
Antarte-Feirense (POR)
Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel (POR)
Efapel (POR)
Israel Cycling Academy (ISR)
Kelly-Simoldes-UDO (POR)
LA Alumínios-LA Sport (POR)
Louletano-Loulé Concelho (POR)
Rádio Popular-Boavista (POR)
Swift Carbon Pro Cycling (GBR)
Tavfer-Measindot-Mortágua (POR)
W52-FC Porto (POR)

Favoritos

Geral Individual:

W52-FC Porto
Tem sido a grande dominadora das últimas edições, dando-se ao luxo de colocar vários corredores nos dez primeiros. Este ano não deve ser exceção, a equipa azul e branca é a que apresenta o melhor conjunto, com uma série de ciclistas capazes de estar nos primeiros lugares, o que constitui uma vantagem táctica sobre as restantes equipas.
João Rodrigues, vencedor da edição 2019, e importante em 2020 para a vitória de Amaro Antunes, parte para esta edição como um dos principais favoritos. Este ano venceu a Volta ao Algarve, uma conquista muito importante.
Amaro Antunes regressou ao pelotão nacional e venceu a Volta do ano passado. Excelente trepador e com um percurso destes certamente irá estar na luta novamente.
Jóni Brandão trocou a Efapel pelo W52-FC Porto, o que torna a equipa portista ainda mais poderosa. O percurso é duro e adequa-se na perfeição às suas características.
Ricardo Mestre, Samuel Caldeira, Ricardo Vilela e Daniel Mestre completam a equipa demasiado forte e que deve controlar a corrida.

Efapel 
Com a saída de Jóni Brandão, a equipa será liderada por:
António Carvalho, um dos ciclistas mais completos do pelotão nacional, bom contrarrelogista e defende-se bem na montanha. No entanto é um pouco irregular.
Frederico Figueiredo é um dos melhores trepadores nacionais, mas sofre bastante no contrarrelógio. O percurso é duro e isso é bom para ele.
Luís Mendonça, André Cardoso e Javi Moreno são os gregários, qualquer um deles pode surpreender numa chegada mais complicada. Rafael Reis tem oportunidade de brilhar no prólogo e contrarrelógio. O uruguaio Maurício Moreira tem sido a revelação este ano, mas a Volta é outro campeonato e deverá ser gregário.

Atum General - Tavira
Equipa reforçada para este ano, apesar de terem perdido Fred Figueiredo.
Gustavo Veloso e Alejandro Marque encontram-se novamente numa equipa, mas desta vez não na equipa mais forte. Os dois velhotes terão dificuldades estar no pódio final, ainda por cima num percurso como o deste ano.
Emanuel Duarte é um grande talento, que em 2020 teve muito azar, procura confirmar a Volta de 2019. 
Em termos gerais a equipa algarvia não terá capacidade de controlar a corrida, os líderes terão de seguir a roda dos adversários.

Rádio Popular - Boavista 
A equipa de José Santos  parte para mais uma Volta com um conjunto forte e com ambições de colocar gente no top-5.
João Benta é o líder da equipa, ciclista que sobe bem mas que no contrarrelógio perderá tempo. Luis Fernandes é outro que sobe bem e pode ser um bom gregário na montanha.
Daniel Freitas foi a sensação na Volta do ano passado, subiu como nunca e ainda esteve na disputa em alguns finais. Este ano tem várias chegadas explosivas para brilhar.
Gonçalo Carvalho é um jovem talento e será interessante ver o que faz este ano, em 2020 realizou uma Volta decente.
Hugo Nunes, Tiago Machado e Afonso Silva estão na Volta para estar nas fugas e ajudar os líderes.

Louletano - Loulé Concelho
Sem Vicente Garcia de Mateos a equipa algarvia aposta nos talentos da América do Sul.
Roniel Campos venceu a Vuelta a Táchira no inicio do ano e chega à Volta com ambições a fazer um resultado entre os 10 primeiros, uma tarefa complicada já que o nível desta corrida é elevado. Bom trepador, mas com problemas no contrarrelógio.
Tomas Contte é um ciclista com boa ponta final e os restantes tentarão infiltrar-se nas fugas.

Antarte-Feirense
Equipa totalmente focada em Vicente Garcia de Mateos. O ciclista espanhol desiludiu muito na edição do ano passado, este ano não tem estado a fazer uma boa temporada e com este percurso não é expectável que lute pelo pódio.
A restante equipa está talhada para fugas.

Kelly-Simoldes / UD Oliveirense
Um conjunto muito interessante que mistura experiência e juventude.
Henrique CasimiroLuís Gomes procuram um lugar no top-10 final. Este último foi uma das sensações da edição de 2020.
O restante alinhamento tem qualidade e certamente estarão ativos nas fugas.

Tavfer-Measindot-Mortágua
Esta equipa procurará homenagear da melhor forma um dos seus mentores, Pedro Silva.
Joaquim Silva é a melhor opção para a geral individual, um ciclista que nunca confirmou o potencial que prometeu. 
Mas é Iuri Leitão aquele que gera mais expectativas, um ciclista com um poderoso sprint, porém há poucas oportunidades para ele brilhar.
É uma das equipas que tentarão colocar gente nas fugas todos os dias.

L.A. Aluminios 
Um projeto assente na juventude, que procura lançar jovens no pelotão profissional, esse é o grande objetivo desta equipa.
Vencer uma etapa seria um sonho, para isso estarão muito ativos nas fugas.

Movistar
Há muitos anos que uma equipa do escalão máximo não comparecia na Volta a Portugal. A equipa espanhola como era de esperar não traz uma super-equipa.
Sergio Samitier, Adner Gonzalez e Hector Carretero são os ciclistas mais fortes, principalmente este último, que é um trepador exímio. Mas nesta prova é preciso estar em boa forma e duvidamos que a Movistar lute pelo pódio.

Outros ciclistas a seguir:

Jelle Vanendert - A lenda das Ardenas estreia-se na Volta a Portugal. Se estivesse no auge tinha várias etapas à sua medida, mas no estado atual vai ser complicado ganhar uma etapa contra um pelotão que nesta época do ano voa.

Enrique Sanz - Um dos melhores sprinters em prova. Tem um histórico muito interessante em Portugal com diversas vitórias, mas este percurso dá-lhe poucas oportunidades, tem de as aproveitar para brilhar.

Gavin Mannion - A rally apresenta um conjunto bastante bom e um dos melhores é Gavion Mannion. Ciclista que anda bem na montanha.

Keegan Swirbul - Uma das pérolas da Rally, um ciclista explosivo mas que também gosta de alta-montanha. No ano passado foi dos poucos que andou perto das equipas portuguesas, mas mesmo assim ficou um pouco longe.

Garikoitz Bravo - Uma das figuras da Euskadi. Um ciclista explosivo que tem algumas oportunidades neste percurso.

Jhojan Garcia - Um trepador puro que este ano tem andado muito bem na montanha. Veremos se consegue acompanhar os torpedos tugas na montanha. No contrarrelógio deve apanhar uma bela tareia de metade do pelotão.

Orluis Aular - Um bom finalizador, tal como Enrique Sanz terá poucas oportunidades e quando as tiver tem de aproveitar, o segredo é posicionar-se bem para depois aplicar a sua ponta de velocidade.

⭐⭐⭐⭐⭐ Brandão
⭐⭐⭐⭐ Rodrigues, Antunes
⭐⭐⭐ Carvalho
⭐⭐ Figueiredo
⭐ Benta, Garcia de Mateos

Seguir em direto: #eugostodavolta, #voltaportugal, RTP1


Nota: Não haverão antevisões das etapas, estaremos de Férias.


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