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Relatório 2018 - Team Sunweb


País - Alemanha
UCI WT  Ranking - 9º

A Sunweb foi construída à volta de um ciclista:Tom Dumoulin. No entanto, há vida para além do holandês, a temporada de Michael Matthews também merece destaque, no polo oposto esteve Wilco Kelderman que este uma sombra do que foi em 2017.
A equipa realizou um ano mais modesto que o anterior, desceu 5 lugares no ranking em relação a 2017.

Principal Figura - Tom Dumoulin

Foi o ano dos segundos lugares para Dumoulin. Foi 2º nos três grandes objetivos do ano, Giro, Tour e no mundial de contrarrelógio.
Apesar de tudo foi uma grande temporada para o holandês, além dos segundos lugares, foi 4º na prova de fundo do mundial, venceu uma etapa no Giro e outra no Tour, ambos cronos.

Desilusão - Wilco Kelderman

Vinha de ser 4º na Vuelta 2017 e até começou o ano em bom plano, foi 2º no Abu Dhabi Tour. O grande objetivo seria o Tour, onde teria um papel de ajuda a Dumoulin mas sem descurar objetivos pessoais. Mas tudo descarrilou na prova em linha dos nacionais da Holanda, quando Kelderman caiu, teve de ser operado ao ombro direito e não pôde estar no Tour.
Regressou na Vuelta onde terminou em 10º da geral, a culminar um ano muito complicado.

Principais resultados - Pódio no Giro e Tour

O último a conseguir vencer Giro e Tour no mesmo ano foi Marco Pantani em 1998. Desde aí que alguns tentaram a dobradinha, entre eles, Alberto Contador e Nairo Quintana, nenhum deles conseguiu. O espanhol ganhou o Giro nas duas tentativas, mas ficou fora do pódio no Tour.
Dumoulin conseguiu a proeza de não ganhar Giro nem Tour, mas ficou em 2º nas duas. É verdade que este ano tanto ele como Froome (também tentou a dobradinha, fez 1º e 3º no Giro e Tour) beneficiaram das provas estarem separadas por mais uma semana. Mas os dois mostraram que é possível nos dias de hoje fazer a dobradinha.

Outros resultados relevantes - Paris-Tours, GP Montreal e GP Quebec

A parte final da temporada foi pródiga para a equipa alemã, com três vitórias muito importantes. No Canadá, Michael Matthews que vinha de ter sido 2º no Binckbank Tour dominou a concorrência ao vencer os dois 'Grand Prix'.
No Paris-Tours foi a vez de Sore Kragh Andersen ter realizado uma prova de sonho, num percurso com setores em terra batida, que tornou a corrida muito diferente do habitual.

Melhor momento - O doblete no Canadá

Matthews salvou a sua temporada no Canadá, depois de um Tour complicado onde abandonou. A pesarem de serem provas relativamente recentes, o GP Montreal e o GP Québec além de serem do WT, são provas com alinhamentos de luxo e muito importantes.
O australiano já tinha mostrado estar com boas pernas, chegou ao Canadá com ambições e justificou plenamente.

Pior momento - Lesão de Kelderman antes do Tour

Era a principal ajuda de Dumoulin no Tour e também tinha ambições, sendo o plano B da equipa caso o líder falhasse.
Mas o azar bateu à porta de Kelderman na prova em linha dos campeonatos nacionais, quando uma queda teve como consequência, fratura da clavícula e respectiva intervenção cirúrgica, impedindo a presença no Tour.

Revelação - Soren Kragh Andersen

O jovem dinamarquês tem evoluído consistentemente e em 2018 não foi diferente. Ganhou duas vezes, uma etapa na Volta à Suiça e o Paris-Tours, esta última uma vitória muito importante de uma das clássicas mais importantes do calendário, mesmo não fazendo parte do WT.

Avaliação
 
Números
A equipa alemã teve uma forte quebra no número total de vitórias, de 21 para 11. Nas vitórias WT também houve uma quebra de 4 vitórias. Isto é refletiu-se no ranking com uma queda de 5 lugares, de 4º para 9º.

O número de pódios também baixou, de 54 para 41. A performance global da equipa foi mais modesta em comparação a 2017, onde a equipa esteve genericamente melhor.
Tom Dumoulin e Michael Matthews sem surpresa foram os que mais contribuíram em pontos para a equipa. Os dois combinados fizeram 60,1% dos pontos.
Kelderman apesar da temporada mais apagada foi o 3º com 8,8%, seguido de Oomen, Teunissen e Kragh Andersen. Os sprinters da equipa contribuíram pouco.

Positivo
  • Tom Dumoulin e Michael Matthews não fizeram temporadas perfeitas, mas sem eles a equipa alemã tinha passado ao lado em 2018;
Negativo
  • Dependência de Dumoulin e Matthews, mais de 60% dos pontos;
  • O bloco das clássicas;
  • Dumoulin continua muito sozinha na montanha.
Futuro

É uma das equipas com maior número de alterações com 9 entradas e 7 saídas. Das entradas temos 3 que sobem da equipa de desenvolvimento com grande destaque para o campeão do mundo de sub-23, o suiço Marc Hirschi.
Jan Bakelants, Robert Power e Nicolas Roche são os nomes mais sonantes, mas nenhum deles é o que necessita Dumoulin para a montanha.

Em relação às saídas, Edward Theuns não se adaptou ao regime da Sunweb e regressa à Trek-Segafredo. Mike Teunissen é uma perda muito importante no bloco das clássicas, que já não era famoso. Simon Geschke era um dos melhores gregários de Dumoulin e também sai, assim como Laurens Ten Dam. Para o sprint a equipa perde Phil Bauhaus.

Na nossa opinião, a equipa alemã está bem mais fraca. As perdas de Geschke, Theuns, Teunissen e Bauhaus não têm substitutos à altura. É verdade que Bakelants pode ser um reforço importante, se voltar aos melhores tempos. Robert Power e Nicolas Roche não têm sido consistentes e os restantes são demasiado jovens para terem impacto imediato.

Entradas:
Cees Bol (SEG Racing Academy, 2020)
Joris Nieuwenhuis (Development Team Sunweb, 2020)
Max Kanter (Development Team Sunweb, 2020)
Nicolas Roche (BMC)
Robert Power (Mitchelton-Scott, 2020)
Casper Pedersen (Aqua Blue Sport, 2021)
Marc Hirschi (Development Team Sunweb, 2021)
Jan Bakelants (AG2R La Mondiale, 2019)
Asbjørn Kragh Andersen (Team Waoo, 2019)

Saídas:
Phil Bauhaus (Bahrain Merida)
Lennard Hofstede (Team Jumbo)
Simon Geschke (BMC Racing Team)
Mike Teunissen (Team Jumbo)
Laurens Ten Dam (CCC)
Edward Theuns (Trek-Segafredo)
Tom Stamsnijder (fim de carreira)





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