Relatório 2018 - Ag2r La Mondiale
País - França
UCI WT Ranking -12º
A Ag2r-La Mondiale para 2018 concentrou as atenções em duas figuras: Romain Bardet e Oliver Naesen. O primeiro realizou um ano agridoce, se por um lado teve bons momentos por outro falhou rotundamente no grande objetivo, o Tour. Em relação ao belga, também teve um ano irregular, com muitos azares à mistura como já é tradição.
Principal Figura - Romain Bardet
Foi a figura da equipa apesar de ter realizado um Tour onde nunca deu sinais que podia lutar pelo pódio, depois de ter sido 2º e 3º em 2016 e 2017, respectivamente.
A brilhante Strade Bianche que realizou, onde terminou em 2º, o 3º lugar na Liège-Bastogne-Liège, um dos monumentos e também no Critérium do Dauphiné, a medalha de prata no mundial, tudo isto pesa.
Desilusão - Romain Bardet
Bardet não fez uma temporada fraca, mas falhou no grande objetivo do ano dele e da equipa. Fez um Tour muito aquém do que se esperava dele, ficou fora do top-5 e por essa razão é a desilusão do ano da equipa.
O francês deu sinais de estar a regredir em provas de 3 semanas, já tinha terminado o Tour de 2017 em dificuldades e este ano deu seguimento deixou uma imagem ainda mais fragil.
Principais resultados - 7ª e 12ª etapas da Vuelta
As principais conquistas da equipa foram na última grande volta do ano. Duas etapas, a primeira ao sétimo dia por Tony Gallopin que fez uma Vuelta muito positiva, acabou em 11º da geral a 1 minuto do 10º.
Na 12ª etapa, Geniez aproveitou uma fuga para conseguir a segunda vitória de etapa para a equipa francesa.
Outros resultados relevantes - Bretagne Classic, pódios na Strade Bianche, Paris-Roubaix e Liège-Bastogne-Liège
Em relação a outros resultados relevantes destacamos a vitória de Oliver Naesen na Bretagne Classic, numa das provas mais interessantes do ano, muito por culpa das condições meteorológicas terríveis.
Outro resultado de destaque foi o surpreendente 2º lugar de Romain Bardet na Strade Bianche, uma performance brilhante nas estradas enlameadas da Toscânia. O mesmo Bardet também conseguiu o lugar mais baixo do pódio no mais antigo monumento da modalidade, a Liège-Bastogne-Liège.
Por fim, não podemos deixar de fora o 2º lugar de Silvan Dillier no Paris-Roubaix, o suiço aproveitou-se de uma fuga, apenas Peter Sagan o alcançou e bateu-o no velódromo de Roubaix.
Melhor momento - Paris-Roubaix
A exibição de Silvan Dillier no Paris-Roubaix foi na nossa opinião o grande momento da equipa em 2018. A aposta era em Oliver Naesen, mas o suiço aproveitou bem as circunstâncias da corrida para fazer um resultado histórico para ele.
Pior momento - Nenhum
Apesar de ter sido uma temporada cinzenta para a equipa francesa, não houve um momento que se destaque como o pior.
Revelação - Ninguém
Avaliação
Números
Menos 5 vitórias no total mas mais 4 vitórias no WT, traduziu-se numa descida de dois lugares no ranking.
Curiosamente o número de pódios cresceu, de 47 para 56, foi uma das melhores temporadas para equipa neste particular. Com mais vitórias no WT e pódios, a descida de dois lugares é estranha, só pode ser justificada com uma subida de nível das outras equipas.
Romain Bardet e Oliver Naesen representaram 47,6% é uma parcela importante, mas já vimos uma dependência de 1 ou 2 ciclistas maior noutras equipas.
Pierre Latour fez um ano bastante interessante e contribuiu com 12,5% dos pontos, os top-10 na Catalunha, Romandia e Dauphiné ajudaram. Silvan Dillier também fez um ano positivo com 7,2% dos pontos.
Alexis Vuillermoz e Tony Gallopin deveriam ter arrecadado mais pontos, têm condições para isso.
Positivo
- Evolução da equipa nas provas de um dia (Strade Bianche, LBL, Paris-Roubaix...);
- Romain Bardet cada vez mais um ciclista capaz de lutar por outro tipo de corridas e não só provas por etapas.
Negativo
- Romain Bardet fora no pódio do Tour;
- Poucas vitórias;
Futuro
É uma das equipas que menos se mexeu no mercado. Perderam 4 e foram buscar outrso 4. Bouchard, Godon, Warbasse e o medalha de bronze da prova sub-23 dos mundiais, Jaako Hänninen, são as caras novas. Nenhum deles é propriamente um nome sonante, serão homens de trabalho. O maior destaque vai para o jovem finlandês que surpreendeu tudo e todos nos mundiais, mas que em 2019 vai-se adaptar a uma nova realidade.
Das saídas, Bakelants é o nome mais importante, porém desde o acidente da Lombardia em 2017 que desapareceu do radar e vai tentar relançar a carreira na Sunweb. Montaguti e Gautier são dois trabalhadores incansáveis e a outra saída é a de Rudy Barbier, um bom finalizador com bons resultados na Taça de França.
No papel a equipa não muda muito, no entanto, Bakelants se encontrasse novamente a forma é um ciclista de grande valor. Gautier é um bom gregário e Barbier assegurava resultados na Taça de França. Em conclusão, a equipa parece um pouquinho mais frágil.
Entradas:
Geoffrey Bouchard (Cr4C, 2020)
Dorian Godon (Cofidis Credit Solutions, 2020)
Larry Warbasse (Aqua Blue Sport, 2019)
Jaako Hänninen (Team ECSEL Saint-Etienne Loire)
Geoffrey Bouchard (Cr4C, 2020)
Dorian Godon (Cofidis Credit Solutions, 2020)
Larry Warbasse (Aqua Blue Sport, 2019)
Jaako Hänninen (Team ECSEL Saint-Etienne Loire)
Saídas:
Rudy Barbier (Israel Cycling Academy)
Jan Bakelants (Team Sunweb)
Matteo Montaguti (Androni-Sidermec)
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