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Relatório 2017 - Katusha - Alpecin


País - Suiça
UCI WT  Ranking -11º

A Katusha-Alpecin entrou em 2017 com novo patrocinador, a Alpecin e também com licença suiça em vez de russa.
Em termos gerais a equipa teve uma temporada muito complicada, com poucas vitórias em relação a anos anteriores. Para 2018 a equipa tem uma contratação de peso, Marcel Kittel que substitui Alexander Kristoff, que sai da equipa.

Principal Figura - Ilnur Zakarin

Foi a principal figura da equipa, muito por culpa da confirmação nas grandes voltas. Com a saída de Joaquim Rodriguez, Zakarin ficava como o líder da equipa nas grandes voltas.
Foi para o Giro como um dos outsiders e lutou pelo o pódio até à última etapa, acabando no 5º lugar da geral. Mas foi na Vuelta que o russo confirmou em definitivo que é um dos nomes a ter em conta para lutar pelas grandes voltas nos próximos anos, acabou em 3º, partilhou o pódio com Froome e Nibali.
Apesar de não ter sido o ciclista que contribuiu com mais pontos para o ranking da equipa, esse foi Kristoff, as prestações do russo foram mais impressionantes do que as do norueguês, que esteve bem em provas de menor prestígio.

Desilusão - Tony Martin

A mudança da Quick-Step Floors para a Katusha-Alpecin não correu bem ao alemão. Venceu apenas duas vezes em 2017.
Na sua especialidade, Tony Martin apenas ganhou o contrarrelógio dos campeonatos alemães e isso diz muito da temporada que realizou. Nas clássicas da primavera não foi um factor, ao contrário de 2016, onde teve bastante influência em algumas, principalmente no Paris-Roubaix.

Principais resultados - Volta à Suiça, 3º e 5º lugares de Zakarin na Vuelta e no Giro

O pódio de Zakarin na Vuelta e o 5º lugar no Giro, foram os grandes resultados da equipa em 2016. Com a saída de Purito, a Katusha apostou as fichas em Zakarin e por enquanto o russo não defraudou as expectativas.
O outro grande resultado de 2017 foi a vitória de Simon Spilak na Volta à Suiça e a forma como o fez, também é digno de registo. O esloveno dominou como quis a 7ª etapa da prova e as duas etapas seguintes foram uma mera formalidade.
Simon Spilak vence a 7ª etapa na Volta à Suiça (Foto de Tim de Waele/TDWsport.com)

Outros resultados relevantes - Ride London Classic, Eschborn-Frankfurt

Alexander Kristoff não teve uma temporada muito boa, mas também não foi má. Conseguiu duas vitórias no World Tour, ambas ao sprint, a Ride London Classic e a Eschborn-Frankfurt.
As duas provas subiram à categoria máxima em 2017 e desta forma ajudou o norueguês arrecadar pontos importantes para ele e para a equipa.

Melhor momento - Pódio de Ilnur Zakarin na Vuelta

Depois do 5º lugar do Giro, onde lutou até ao fim pelo pódio, Zakarin procurava na Vuelta o tão ambicionado pódio. Só o garantiu na 20ª etapa no Angliru, onde segurou o 3º lugar da geral por poucos segundos em relação a Alberto Contador.

Pior momento - Paris-Roubaix

Alexander Kristoff chegava ao Paris-Roubaix deste ano motivado e segundo ele, nunca tinha chegado a sentir-se tão bem quanto este ano. Para ajudar, ainda contava com a precisosa ajuda de Tony Martin, que em 2016 fez uma prova sensacional na ajuda aos seus lideres.
No entanto, a prova foi uma sequência de azares para os dois, mas principalmente para o norueguês. Furou à entrada da floresta de Arenberg, conseguiu recuperar até ao grupo de líderes, mas o esforço despendido na recuperação deixou marcas, tendo depois ficado num grupo atrasado. Já perto do final, ao tentar fazer a ponte para o grupo da frente, numa curva num dos sectores de pavé, o ciclista norueguês foi em frente, acabou por cair com consequências físicas que obrigaram-no a abandonar.

Revelação - José Gonçalves

Não é propriamente uma revelação, mas como fez o seu primeiro ano no World Tour e realizou uma temporada interessante, decidimos escolher o ciclista barcelense, até porque não haviam mais escolhas, porque das jovens promessas nenhuma se realçou este ano na Katusha.
O grande momento do ano para José Gonçalves foi a vitória na geral individual da Ster ZLM, onde bateu de forma convincente Primoz Roglic. Outro resultado bem interessante foi o 11º lugar na Strade Bianche, num dia que esteve muitos quilómetros em fuga e demonstrou o seu caráter combativo. 
Não fez uma temporada excelente, mas teve um ano interessante e demonstrou que o seu lugar, é neste nível.

Avaliação

Positivo
  • Simon Spilak na Volta à Suiça;
  • Ilnur Zakari;
  • José Gonçalves.
Negativo
  • A temporada de clássicas de Alexander Kristoff;
  • Tony Martin;
  • Tirando Gonçalves, mais nenhuma contratação mostrou sinais positivos.
Veredicto
No ano passado a equipa já tinha caído bastante em números de vitórias, não se refletiu muito no ranking, foram 6º. Este ano a queda doeu, foram 11º, ou seja, fora das 10 melhores equipas.
A saída de Joaquim Rodriguez e a não substituição por um ciclista de valor semelhante, feriu a equipa. Ilnur Zakarin conseguiu compensar um pouco a ausência de Purito, mas não foi suficiente.
 


Foram menos 8 as vitórias em relação a 2016. Em relação a etapas, foram menos 10, isso tem a ver com o facto de Kristoff não ter estado tão forte como em anos anteriores. Em relação a vitórias no World Tour, a diferença foi mínima.


O número de pódios também baixou, foram menos 10 em relação a 2016. Em 2015 a equipa conseguiu 103 pódios e foi 2ª do ranking. Dois anos depois, a equipa perdeu 46% dos pódios, a queda mais acentuada foi de 2015 para 2016, onde perderam cerca de 37% dos pódios (de 103 para 65).
A Katusha-Alpecin encontra-se numa curva descendente e em 2018 procura travar essa tendência, para isso, foram buscar Marcel Kittel.

Futuro

A equipa decidiu abdicar de Alexander Kristoff e apostar forte em Marcel Kittel, que foi contratado com ajuda do patrocinador alemão, Alpecin. O sprinter alemão em 2017 teve praticamente imbatível neste departamento.
Nathan Haas e Ian Boswell são ciclistas interessantes para a montanha, experientes que poderão ajudar Ilnur Zakarin, sendo que Haas também pode ser aposta para as clássicas das Ardenas.
Matteo Fabbro e Steff Cras são dois jovens de grande qualidade. Alex Dowsett reforça a equipa para o contrarrelógio, um factor importante no Tour de 2018.
Em termos de saídas, além da já falada (Kristoff), não há nenhuma que deixa a equipa muito desfalcada. Taaramäe, Morkov, Vicioso e Bystrøm eram gregários experientes, mas nenhum deles era intocável. Matvey Mamykin é um dos jovens valores russos, que irá correr na Burgos-BH, equipa que acaba de subir para o nível Pro Continental, em principio liderará a equipa espanhola.
Em teoria, a equipa parece mais forte, sobretudo com Kittel, que em condições normais garante muitas vitórias, algumas delas nas grandes voltas.

Entradas:
Nathan Haas (Dimension Data)
Ian Boswell (Katusha-Alpecin)
Matteo Fabbro (Friuli Cycling Team)
Marcel Kittel (QuickStep-Floors)
Alex Dowsett (Movistar)
Stef Crass (BMC Development)
Willie Smit

Saídas: 
Angel Vicioso Arcos (Retirou-se)
Alexander Kristoff (UAE Team Emirates)
Rein Taaramäe (Direct Energie)
Michael Morkov (QuickStep-Floors)
Sven Erik Bystrøm (UAE Team Emirates)
Matvey Mamykin (Burgos-BH)
 
Extensões: Ilnur Zakarin, Simon Spilak, Tiago Machado, José Gonçalves, Reto Hollenstein, Jhonatan Restrepo, Pavel Kochetkov, Maxim Belkov




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