Volta à Catalunha (2.WT) - Antevisão
A primavera começa e as atenções estão nas clássicas, mas provas de etapas importantes é coisa que também não faltam. Depois do Paris-Nice e do
Tirreno-Adriático, é a vez da Volta à Catalunha, a prova por etapas mais
antiga do país vizinho e a quarta no mundo.
Em 2017, a prova Catalã comemora a sua 97ª edição com a primeira a ter
sido realizada em 1911. Os espanhóis dominam a lista de vencedores com
59 vitórias na Geral, a França com 11 e a Itália com 9 surgem a seguir.
Esta é uma das provas preferidas pelos candidatos às Grandes Voltas e as
lista de participantes nos últimos anos provam, este ano não é
diferente, com homens como Chris Froome, Alberto Contador, Alejandro Valverde, Romain Bardet, Tejay Van Garderen, Adam Yates, Geraint Thomas e Daniel Martin.
História
últimos 10 vencedores
2007 Vladimir Karpets (RUS) Caisse d'Epargne
2008 Gustavo César (ESP) Karpin–Galicia
2009 Alejandro Valverde (ESP) Caisse d'Epargne
2010 Joaquim Rodríguez (ESP) Team Katusha
2011 Michele Scarponi (ITA) Lampre–ISD
2012 Michael Albasini (SUI) GreenEDGE
2013 Dan Martin (IRL) Garmin–Sharp
2014 Joaquim Rodríguez (ESP) Team Katusha
2015 Richie Porte (AUS) Team Sky
2016 Nairo Quintana (COL) Movistar
Edição 2016 (Top-10)
1 Nairo Quintana (Col) Movistar Team 30:50:19 2 Alberto Contador (Spa) Tinkoff Team 0:00:07
3 Daniel Martin (Irl) Etixx - Quick-Step 0:00:17
4 Richie Porte (Aus) BMC Racing Team
5 Tejay Van Garderen (USA) BMC Racing Team 0:00:27
6 Romain Bardet (Fra) AG2R La Mondiale 0:00:31
7 Ilnur Zakarin (Rus) Team Katusha 0:00:42
8 Christopher Froome (GBr) Team Sky 0:00:46
9 Hugh Carthy (GBr) Caja Rural-Seguros RGA 0:01:01
10 Rigoberto Uran (Col) Cannondale Pro Cycling 0:01:16
Percurso
Etapa 1 - 20 de março - Calella › Calella (178.9 Km)Etapa 2 - 21 de março (CRE) - Banyoles › Banyoles (41.3 Km)
Etapa 3 - 22 de março - Mataró › La Molina (188.3 Km)
Etapa 4 - 23 de março - Llívia › Igualada (194.3 Km)
Etapa 5 - 24 de março - Valls › Lo Port (Tortosa) (182 Km)
Etapa 6 - 25 de março - Tortosa › Reus (189.7 Km)
Etapa 7 - 26 de março - Barcelona › Barcelona (138.7 Km)
A prova não tem etapas planas, como é habitual. Os velocistas terão dificuldades, já que todas as etapas têm alguma montanha, embora haja dias que possam ter a sua oportunidade (1ª, 4ª, 6ª e 7ª etapas), mas nesses dias uma fuga também é provável conseguir chegar.
A grande novidade da prova é o longo contrarrelógio por equipas, de mais de 40 Kms, que deve afastar alguns potenciais candidatos.
A 3ª e 5ª etapas acabam em alto, com o dia da chegada a Lo Port a ser aquele que pode definir o vencedor final.
Perfis
Etapa 1 - 20 de março - Calella › Calella (178.9 Km)
A prova começa com um dia em que os corredores terão de superar cinco contagens de montanha, duas delas de 1ª categoria, o Alt El Muntanyà (4,3 Kms a 6,9% a 67 Kms da meta) e o Collformic (7,8 Kms a 4,9% a 55 Kms da meta).
A última contagem de montanha, é o Alt de Collsacreu (3ª categoria, 2,5 Kms a 5,2%, a 18 Kms da meta).
À primeira vista, os sprinters podem ter uma oportunidade, já que as subidas mais duras ainda se situam longe da meta e a última subida não é dura o suficiente para os eliminar. Mas uma fuga também não é de descartar.
** Nacer Bouhanni, André Greipel
* Kristian Sbaragli, Daryl ImpeyEtapa 2 - 21 de março (CRE) - Banyoles › Banyoles (41.3 Km)
O segundo dia de prova é um dos mais importantes, onde podem haver grandes diferenças entre os favoritos. O contrarrelógio é longo e longe de ser plano, o trabalho das equipas terá de ser bem planeado e oleado.
A BMC é claramente a favorita, apresenta um elenco de luxo. A Movistar no papel também tem uma equipa muito forte para esta especialidade e em 'casa' habitualmente faz bons resultados. A Sky também tem uma das equipas mais fortes na Catalunha para o CRE.
** BMC
* Movistar, Sky
Etapa 3 - 22 de março - Mataró › La Molina (188.3 Km)
Esta é uma das etapas raínhas e na nossa opinião a mais dura. A subida final é menos agressiva e dura que a Lo Port, onde termina a 5ª etapa, mas são os 65 Kms são brutais, com três contagens de montanha de 1ª categoria:
- Al de Toses (9,5 Kms a 6,5%, topo aos 134,5 Kms);
- La Masella (9,4 Kms a 6,1%, topo aos 162 Kms), aos 164,8 Kms primeira passagem pela linha de meta.
- La Molina (12,7 Kms a 4,3%, linnha de chegada);
A subida final não é dura o suficiente para fazer muitas diferenças, mas se a corrida for atacada numa das subidas anteriores, a coisa muda de figura.
** Alejandro Valverde, Daniel Martin
* Alberto Contador, Chris Froome, Geraint Thomas, Adam Yates, Ilnur Zakarin, Romain Bardet
Etapa 4 - 23 de março - Llívia › Igualada (194.3 Km)
Depois da primeira etapa de montanha, a 4ª jornada é de transição. Com duas contagens de montanha, a tirada é relativamente tranquila.
A segunda contagem de montanha, situa-se a 13 Kms da meta e é de segunda categoria, o que pode eliminar algum sprinter. No entanto acreditamos que Bouhanni e mesmo Greipel conseguirão passar.
Outra hipótese, é uma fuga ter sucesso.
** Nacer Bouhanni, André Greipel
* Kristian Sbaragli, Daryl Impey
Etapa 5 - 24 de março - Valls › Lo Port (Tortosa) (182 Km)
Este é o dia que em principio se decidirá o vencedor final, já que as duas etapas finais, não têm a dureza para se fazerem diferenças consideráveis entre os favoritos. A etapa tem apenas duas contagens de montanha. A primeira é de 2ª categoria e está bem longe do final, Coll de Fatxes (14,9 Kms a 2,8%).
Depois há um longo caminho até à subida final, na maioria plano. A subida final é a mais dura de toda a prova, Lo Port, que tem uma extensão de 13,3 a uma inclinação média de 7%. Os últimos 8,4 Kms são a 8,8%. Uma verdadeira parede.
** Alberto Contador, Chris Froome
* Romain Bardet, Adam Yates, Geraint Thomas, Daniel Martin, Tejay Van Garderen
Etapa 6 - 25 de março - Tortosa › Reus (189.7 Km)
Esta etapa não é fácil, mas também não é muito complicada. O terreno é de constante sobe e desce, com quatro contagens de montanha. A última é de 1ª categoria, Alt de la Musara (10,6 Kms a 5,2%) e situa-se a 36 Kms da linha de chegada. Se alguém quiser fazer diferenças, terá de atacar de longe.
Achamos que este dia é perfeito para uma fuga ter sucesso.
** Fuga
* Nacer Bouhanni, André Greipel, Kristian Sbaragli Etapa 7 - 26 de março - Barcelona › Barcelona (138.7 Km)
Última etapa, como sempre marcada com o final em Barcelona. O tradicional circuito de Montjuic marca esta etapa, a subida ao Alt de Montjuic será ultrapassado por 8 vezes pelos ciclistas.
Habitualmente a subida ao Montjuic é muito atacada, inclusive por candidatos à geral, quando as diferenças entre os primeiros são mínimas.
Um ataque em Montjuic pode ter sucesso, mas o normal seria um final ao sprint.
** Nacer Bouhanni, André Greipel
* Kristian Sbaragli, Nathan Haas, Daryl Impey
Startlist
Aqui
Favoritos
Na nossa opinião o grande favorito é Alejandro Valverde. O ciclista espanhol deverá beneficiar de um bom contrarrelógio colectivo da sua equipa. Não deve perder muito tempo para a BMC, a grande favorita nesse dia. Na montanha estará com os melhores, ou pelo menos próximo.
A Sky tem uma equipa muito forte para todos os terrenos e leva um ciclista em grande forma, Geraint Thomas, mostrou-o no Tirreno-Adriático. A grande dúvida no entanto é a condição de Chris Froome, habitualmente apresenta-se muito longe do melhor na Catalunha. Quem será o líder da equipa?
A Trek-Segafredo terá de limitar as perdas no contrarrelógio colectivo para que Alberto Contador tenha hipóteses de lutar pela vitória. O espanhol perdeu o Paris-Nice por 2 segundos e já tinha perdido a Vuelta a Andaluzia por 1 para Valverde. Está em boa forma e em condições normais atacará na montanha. Bauke Mollema e Jarlinson Pantano estão no alinhamento da equipa americana.
A BMC no papel parece ser a equipa mais forte da prova, com um quarteto de luxo. Paradoxalmente sendo a equipa mais forte, não é aquela que tem alguém que seja um claro favorito. Tejay Van Garderen não esteve muito forte no Tirreno-Adriático, mas já é norma. O americano costuma estar forte na Catalunha. Ben Hermans começou o ano em grande estilo, foi 2º em Valência atrás de Quintana e venceu no Omã. Em relação a Rohan Dennis, esteve forte no Tirreno-Adriático, no entanto, o percurso da prova Catalã é ainda mais duro que o do Tirreno-Adriático, temos dúvidas que conseiga ser o melhor da equipa. Por último, o veterano Samuel Sanchez, que corre no seu país, que o motiva sempre.
A Orica-Scott será liderada por Adam Yates, que abandonou no Tirreno-Adriático, quando estava em 2º da geral. A prestação da equipa no contrarrelógio colectivo será fundamental, já que acreditamos que na montanha estará entre os primeiros.
Ilnur Zakarin será naturalmente o líder da Katusha. O russo é um dos voltistas mais regulares do último ano, em quase todas as provas por etapas que entra, está nos primeiros lugares. Não deverá ser excepção na Catalunha, apesar do contrarrelógio colectivo que o vai penalizar.
Outro ciclista que será severamente penalizado no contrarrelógio colectivo será, Romain Bardet. A Ag2R-La Mondiale não é conhecida pelos seus dotes na especialidade. O francês depois terá alguma liberdade para ganhar uma etapa e subir na classificação geral.
Cinco ciclistas portugueses estarão presentes na prova. Serão eles:
José Gonçalves e Tiago Machado da Katusha, que apoiarão Ilnur Zakarin. Se tiverem oportunidade de estar em fugas, também serão nomes a ter em conta para vitórias de etapa.
Nélson Oliveira da Movistar terá a importante missão de ser um dos motores da equipa no contrarrelógio colectivo. É um elemento fundamental para que Alejandro Valverde beneficie de um bom crono colectivo.
O campeão nacional José Mendes da Bora-Hansgrohe, apoiará o melhor que puder, Rafal Majka. Mas tal como no Paris-Nice poderá entrar em fugas.
Por último, temos Ricardo Vilela da Manzana-Postobon, que teoricamente será o líder da equipa. Será interessante ver o que pode fazer Vilela a liderar uma equipa num nível tão elevado.
A Sky tem uma equipa muito forte para todos os terrenos e leva um ciclista em grande forma, Geraint Thomas, mostrou-o no Tirreno-Adriático. A grande dúvida no entanto é a condição de Chris Froome, habitualmente apresenta-se muito longe do melhor na Catalunha. Quem será o líder da equipa?
A Trek-Segafredo terá de limitar as perdas no contrarrelógio colectivo para que Alberto Contador tenha hipóteses de lutar pela vitória. O espanhol perdeu o Paris-Nice por 2 segundos e já tinha perdido a Vuelta a Andaluzia por 1 para Valverde. Está em boa forma e em condições normais atacará na montanha. Bauke Mollema e Jarlinson Pantano estão no alinhamento da equipa americana.
A BMC no papel parece ser a equipa mais forte da prova, com um quarteto de luxo. Paradoxalmente sendo a equipa mais forte, não é aquela que tem alguém que seja um claro favorito. Tejay Van Garderen não esteve muito forte no Tirreno-Adriático, mas já é norma. O americano costuma estar forte na Catalunha. Ben Hermans começou o ano em grande estilo, foi 2º em Valência atrás de Quintana e venceu no Omã. Em relação a Rohan Dennis, esteve forte no Tirreno-Adriático, no entanto, o percurso da prova Catalã é ainda mais duro que o do Tirreno-Adriático, temos dúvidas que conseiga ser o melhor da equipa. Por último, o veterano Samuel Sanchez, que corre no seu país, que o motiva sempre.
A Orica-Scott será liderada por Adam Yates, que abandonou no Tirreno-Adriático, quando estava em 2º da geral. A prestação da equipa no contrarrelógio colectivo será fundamental, já que acreditamos que na montanha estará entre os primeiros.
Ilnur Zakarin será naturalmente o líder da Katusha. O russo é um dos voltistas mais regulares do último ano, em quase todas as provas por etapas que entra, está nos primeiros lugares. Não deverá ser excepção na Catalunha, apesar do contrarrelógio colectivo que o vai penalizar.
Outro ciclista que será severamente penalizado no contrarrelógio colectivo será, Romain Bardet. A Ag2R-La Mondiale não é conhecida pelos seus dotes na especialidade. O francês depois terá alguma liberdade para ganhar uma etapa e subir na classificação geral.
Cinco ciclistas portugueses estarão presentes na prova. Serão eles:
José Gonçalves e Tiago Machado da Katusha, que apoiarão Ilnur Zakarin. Se tiverem oportunidade de estar em fugas, também serão nomes a ter em conta para vitórias de etapa.
Nélson Oliveira da Movistar terá a importante missão de ser um dos motores da equipa no contrarrelógio colectivo. É um elemento fundamental para que Alejandro Valverde beneficie de um bom crono colectivo.
O campeão nacional José Mendes da Bora-Hansgrohe, apoiará o melhor que puder, Rafal Majka. Mas tal como no Paris-Nice poderá entrar em fugas.
Por último, temos Ricardo Vilela da Manzana-Postobon, que teoricamente será o líder da equipa. Será interessante ver o que pode fazer Vilela a liderar uma equipa num nível tão elevado.
***** Alejandro Valverde
**** Chris Froome, Alberto Contador, Geraint Thomas
*** Tejay Van Garderen, Adam Yates, Daniel Martin
** Ilnur Zakarin, Romain Bardet, Ben Hermans
* Rafal Majka, Rohan Dennis, Samuel Sanchez
A nossa aposta: Alejandro Valverde
Outsider: Daniel Martin
Seguir em directo: #VoltaCatalunya, @VoltaCatalunya, Eurosport 1 (a partir das 14:30 hora de Portugal Continental)
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