Header Ads

Como será o World Tour em 2017?


Com a situação com a ASO ainda por resolver, a UCI na semana passada, anunciou que 21 provas apresentaram a candidatura ao World Tour. A organização que gere o ciclismo mundial, não revelou que provas apresentaram a sua candidatura, sendo que segundo as novas regras para 2017, a licença World Tour tanto para as equipas como para as corridas, serão de 3 anos, segundo a UCI, esta decisão é para dar mais estabilidade financeira à modalidade.
A entidade organizadora do Tour de France, a ASO, está contra estas reformas, o que implica que as suas provas presentes no World Tour, que incluem além do Tour, a Vuelta, La Flèche Wallone, Liège-Bastogne-Liège, Paris-Nice, Critérium du Dauphiné e Paris-Roubaix, desçam de categoria para, .HC.

Actualmente o World Tour conta com 28 provas, com a saída de 7, o número passará para 21. No entanto fala-se nos meandros da modalidades, que existem novas provas que se candidataram ao estatuto de World Tour, nomeadamente algumas organizadas pela rival da ASO, a italiana RCS, organizadora do Giro d'Italia. Entre elas estão a Strade Bianche, a Volta à Turquia, a clássica Tre Valli Varesine e o recente Abu Dhabi Tour.
Um dos grandes objectivos da UCI nos últimos anos, tem sido a globalização da modalidade. A criação de provas noutras partes do globo para depois integrar algumas delas no circuito World Tour, faz parte da estratégia. Porém esta política já tem um fracasso, o Tour of Beijing, que curiosamente era organizado pela ASO.
Brian Cookson acredita que a expansão do World Tour será benéfico para a modalidade: "A expansão do UCI World Tour ajudarão a captar a atenção dos adeptos da modalidade espalhados pelo mundo durante o ano e trará mais visibilidade não só aos novos eventos do World Tour, mas aos já existentes, que também terão uma licença de 3 anos."

Mas a ASO parece inflexível e com a possível saída do World Tour, a verdade é que a principal categoria do ciclismo mundial ficará bastante afectada. Alguém consegue imaginar o World Tour sem a Volta à França ou sem o Paris-Roubaix e a Volta à Espanha? 
O World Tour ficará com um buraco enorme, não terá a maior prova de ciclismo do mundo e um dos eventos desportivos mais importantes realizados anualmente. A importância do Tour é tão grande, que não é exagerado afirmar-se que é maior do que a própria modalidade, é o Santo Graal do ciclismo. Com a 'despromoção' para .HC, a ASO ficaria com mais liberdade para controlar quem convidará para a corrida.
A ASO este ano organizará a Volta à Califórnia, outra das provas que poderiam estar na calha para passar para o World Tour, mas com esta nova situação, esse cenário está fora questão. Curiosamente não há ainda nenhuma prova do World Tour a disputar-se nos Estados Unidos, uma situação bastante estranha, já que se trata de um dos mercados mais importantes. Curiosamente mais a norte, no Canadá, foram criadas há poucos anos duas clássicas que neste momento fazem parte do World Tour,  o GP de Montreal e o GP do Quebec.
Outro player, no meio desta embrulhada entre a UCI e ASO, são as equipas e os seus interesses. A organização Velon, que representa 11 equipas do World Tour, já manifestou estar contra a posição dominante que a ASO tem na modalidade. A Velon acabou de assinar um contrato com a Infront Sports, para a exploração dos direitos de imagem. 
Juntando a isso, há o facto da ASO poder ter um maior controlo dos convites às equipas para as suas provas, o que desagrada a organização Velon. 

Dos novos candidatos à licença World Tour, quem tem mais possibilidades de estar no circuito World Tour em 2017, é claramente a Strade Bianche. E a ambição é bem descrita por Mauro Vegni, director da RCS, "Fizemos um pedido para a Strade Bianche ser adicionada ao WorldTour em 2017. Fomos informados de que está na lista e por isso esteve em observação este ano. Esperamos que se possa tornar parte do WorldTour. Achamos que a Strade Bianche tem tudo o que é necessário para ser uma das grandes clássicas do WorldTour." 

Sem comentários

Com tecnologia do Blogger.