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Ciclismo de estrada nos últimos 10 anos: Evolução ou Internacionalização?

Rui Costa venceu em Setembro de 2013, os mundiais de Florença (na imagem)
Afirmou-se de forma generalizada por toda a comunicação social e contra esse facto nada poderemos argumentar, que 2014 foi a chegada ao topo para o ciclismo português, pela primeira vez na sua história, tivemos, durante um ano, o campeão do mundo de ciclismo de estrada. É uma forma simplista de olhar ao nosso ciclismo, mas com orgulho também o faço.

Contudo, olhando um pouco para trás, cingindo-me aos últimos dez anos, recorrendo às diversas bases estatísticas, recolhi alguns dados, que apesar de não muito rigorosos, são bastante interessantes. 

Ora vejamos:
Em 2004 Portugal situou-se no 14º lugar do ranking UCI, contribuindo para este ranking um total de 34 ciclistas integrando as mais diversas equipas, contando-se 9 equipas nacionais de estatuto continental.
Em 2010 Portugal situou-se no 24º lugar do ranking UCI, contribuindo um total de 43 ciclistas, existindo 5 equipas nacionais de estatuto continental.
Em 2014 Portugal ficou com a melhor classificação de sempre, um honroso 11º lugar do ranking UCI, contribuindo para este feito um total de 56 ciclistas, mas somente com 6 equipas nacionais de estatuto continental.

Rapidamente sobressaem alguns factos interessantes:
1) temos hoje menos equipas nacionais de estatuto continental profissional;
2) conquistámos um lugar mais cimeiro no ranking de nações da UCI;
3) mais ciclistas a pontuarem para os rankings.

Ranking UCI 2014 (Fonte: http://www.procyclingstats.com/rankings/UCI_Nations_2014_10_14_WorldTour) 
Podemos, através de um fácil exercício de memória, procurar razões e motivos para termos menos equipas: crise, falta de patrocínios, dificuldades de calendários, pequeno país, etc., mas como justificamos que temos mais ciclistas e melhor ranking na UCI?

Muito simples na minha opinião, estamos cada vez mais “a exportar talentos”, fruto da nossa profissionalização e aposta em formação, mas também a cativar mais praticantes para a modalidade. O ciclismo em Portugal evoluiu em qualidade e quantidade e a criação de valores tem sido bem aproveitada por equipas estrangeiras de topo, que cada vez mais recorrem a Portugal como um local de eleição para recrutamento. 

Rafael Reis foi 4º nos mundias de Ponferrada na prova de contra-relógio sub-23

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