Chegamos ao 'monstro' deste ano, a etapa rainha com final no tenebroso Col de la Loze, uma das montanhas mais temidas do ciclismo profissional.
Vif › Courchevel Col de la Loze 171,5 km
Dia absolutamente brutal, com três monstros no menu. A etapa começa em Vif e os primeiros 40 km não são planos, ligeira subidinha até ao sopé do Col du Glandon.
Col du Glandon: Uma subida longa e desafiadora, com cerca de 21,7 km a 5,1% de inclinação média.
Quase 20 km de descida, não sendo muito técnica tem zonas pedaláveis que podem ser ideais para alguns ataques. A fuga poderá estar consolidada neste momento, os ciclistas chegam a La Chambre e começa a subir o Col de la Madeleine.
Col de la Madeleine: Outro gigante alpino, com aproximadamente 19,2 km a 7,9% de inclinação média, os ciclistas chegam aos 2000 metros de altitude.
A descida do Madeleine ée ainda mais longa do que a do Glandon, aproximadamente 25 km. Seguem-se 15 Km de terreno 'plano' até ao começo do tenebroso Col de la Loze.
Col de la Loze: Este é o ponto alto da etapa e o ponto mais alto do Tour de France 2025 com 2304 metros de altitude. A subida tem 26,2 km de extensão a 6,5% de inclinação média, mas é conhecida pelas suas rampas extremamente íngremes e irregulares, com secções que ultrapassam os 10% e até mesmo algumas descidas curtas, tornando difícil encontrar um ritmo constante.
A subida ao Col de la Loze começa suavemente mas começa a ganhar inclinação a sério no segundo km. Os primeiros quilómetros podem até apresentar algumas secções mais suaves, permitindo que os favoritos se posicionem e as equipas estabeleçam um ritmo forte para os seus líderes.
À medida que se aproximam dos últimos 10-12 km de ascensão, a estrada torna-se notoriamente mais estreita e as percentagens de inclinação aumentam dramaticamente.
Os últimos 3-4 km são particularmente cruéis. A estrada torna-se uma série de ziguezagues apertados com autênticos muros de escalada.
Não há alívio nos 3 quilómetros finais, é uma subida contínua até à meta.

Condições meteorológicas
Possiblidade de aguaceiros durante a etapa.
19ºC nos vales e 10ºC no topo do Col de la Loze.
Vento fraco.
Fuga
É quase certo que uma fuga grande e forte se formará no início da etapa. Vários tipos de ciclistas estarão interessados em integrar esta fuga:
- escaladores que já estão longe da geral;
- quem luta pela classificação da montanha (Martinez e Arensman);
- ciclistas-satélite das principais equipas (UAE e Visma-LAB).
No entanto, estamos em crer que tanto a UAE e a Visma-LAB marcaram esta etapa e por isso damos mais hipóteses aos homens da geral, mas com a fuga a ter também um pequena hipótese.
Controlo do pelotão
O controlo do pelotão será quase inteiramente ditado pelas equipas dos principais candidatos à camisola amarela. Desde o início, o foco será duplo: gerir a fuga, posicionar e proteger os líderes.
À medida que a etapa avança para o Col de la Loze, o "controlo" do pelotão transforma-se numa batalha de eliminação e a seleção natural reduzirá o grupo a um pequeno número de favoritos e os seus últimos gregários.
Favoritos
Tadej Pogacar
No Mont Ventoux passou quase toda a subida na roda de Vingegaard, ainda fez um ataque mas que não descarregou o dinamarquês.
Col de la Loze é uma montanha maldita para o esloveno, foi neste cenário que teve o dia mais complicado em cima de uma bicicleta, já em 2020 tinha perdido tempo para Roglic. A missão desta vez passa por conquistar finalmente esta subida e eliminar os fantasmas.
Jonas Vingegaard
É o único capaz de fazer comichão a Pogacar, no Mont Ventoux mostrou um excelente nível. Para vencer vai precisar de estar ainda melhor e que Pogacar tenha uma quebra coisa que não acontece no Tour desde 2023.
Felix Gall
Desiludiu no Mont Ventoux, depois de em Superbagnères ter sido o terceiro melhor. O perfil da etapa do Ventoux também não era o ideal, é um ciclista de fundo que prefere um dia com muito acumulado.
Florian Lipowitz
Parece estar a quebrar um bocado, Roglic teve de esperar por ele no Ventoux, mas pode só ter sido um dia menos bom. O pódio parece seguro, mas o Col de la Loze é conhecido por colapsar grandes ciclistas.
Thymen Arensman
Esteve na fuga no Ventoux mas mal começou a subida final e notou-se que não estava com pedalada para aguentar os melhores na fuga. Candidato novamente a estar na fuga.
Primoz Roglic
Estava forte no Ventoux, mas teve de ajudar Lipowitz. Vamos ver se a Red Bull-Bora vai-lhe dar liberdade, de qualquer forma dificilmente estará perto de Pogacar e Vingegaard.
Ben Healy
Que subida espantosa fez ao Ventoux e que Tour maravilhoso está a realizar. Para ganhar vai ter de meter-se novamente na fuga e não é descabido vê-lo outra vez lá.
Enric Mas
Fez uma subida sólida ao Ventoux, mas falta-lhe algo para vencer. Mais um candidato para a fuga.
Valentin Paret-Peintre
Vencedor do Ventoux, sem Remco Evenepoel a Soudal-QuickStep procura ganhar etapas e Paret-Peintre é um excelente caça-etapas neste tipo de cenário nas grandes voltas.
★★★★Pogacar
★★★ Vingegaard
★★ Roglic
★ Arensman, Mas, V. Paret-Peintre, Healy, Lipowitz, Gall
A nossa aposta: Tadej Pogacar
Joker: Primoz Roglic
Seguir em direto: #Tour, #TDF2025, #TDF
TV:
Eurosport 1 - 10:45 (hora de Lisboa)
RTP 2 - 14:40 (hora de Lisboa)
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