Volta à França 2025 - Antevisão 12ª etapa
Cá está a alta montanha, primeiro dia de três no Pirenéus com final numa subida que já nos deu momentos históricos como o fim do reinado de Miguel Indurain perante um Bjarne Riis que subiu o Hautacam de prato grande ou da exibição surreal de Wout Van Aert em 2022, a imagem dele a descarregar Pogacar é um dos momentos icónicos da última década.
Auch › Hautacam 180,6 km
Esta será a primeira das três grandes etapas nos Pirenéus e vai ser um dia importante para a classificação geral.
Os primeiros cerca de 120 km da etapa serão maioritariamente planos ou com subidas e descidas suaves. Esta fase inicial, partindo de Auch, permitirá que os ciclistas se organizem e que um grupo de fuga se estabeleça. Embora não haja grandes desafios montanhosos, esta parte servirá sobretudo para aquecer o motor.
A maior parte da escalada está concentrada nos últimos 60 km do percurso, o que significa um final exigente e onde as pernas serão mesmo testadas.
Côte de Labatmale (4ª Categoria): A primeira subida do dia, que serve como um aquecimento antes das montanhas mais exigentes. Tem 1,3 km de extensão, com uma pendente média de 6,3%.
Col du Soulor (1ª Categoria): Uma subida desafiadora de 11,8 km com uma inclinação média de 7,3%. É uma escalada consistente, com vistas deslumbrantes na parte final. É um bom teste quem passar dificuldades aqui terá enormes dificuldades em Hautacam.
Col des Bordères (2ª Categoria): Logo após o Soulor, este é um desafio mais curto, mas que continuará a desgastar as pernas dos ciclistas.
Final
A subida final coincide com a meta. Hautacam é uma das subidas mais difíceis do Tour. São 13,5 km com uma inclinação média de 7,8%. Contém rampas de até 16% e longas secções a 15%, com a parte mais difícil concentrada nos 6 km após a aldeia de Artalens. Esta subida já foi palco de momentos cruciais no Tour, como em 2022, quando Jonas Vingegaard consolidou a sua liderança depois de um massacre de Wout Van Aert.
Condições meteorológicas
31ºC no inicio e 26ºC no Hautacam.
Sol.
Vento fraco e na maior parte do dia a favor.
Dinâmica de corrida
Fuga
Como é comum em etapas de montanha, a expectativa é que uma fuga se forme nos primeiros km, aproveitando o terreno plano inicial. Ciclistas de equipas menores, ou aqueles que já perderam tempo na classificação geral e buscam uma vitória de etapa ou pontos para a camisa de bolinhas (classificação da montanha), tentarão integrar esse grupo.
Acreditamos que esta é uma etapa para os homens da geral.
Controlo do pelotão
Na primeira parte da etapa, mais plana, o ritmo do pelotão deverá ser moderado, permitindo a formação da fuga. As equipas dos sprinters podem tentar controlar um pouco, até ao sprint intermédio, mas o foco principal estará nas montanhas
À medida que a etapa se aproxima das grandes subidas do Col du Soulor e Borderes, o ritmo no pelotão aumentará drasticamente.
A Visma-LAB deverá ser a principal interessada em endurecer a corrida, estão à procura de sinais de fraqueza de Pogacar (até agora não encontraram).
Últimos quilómetros
Os últimos quilómetros, a subida final para Hautacam, serão o ponto culminante da etapa e o palco para a verdadeira ação da classificação geral.
A dureza de Hautacam fará uma seleção natural, reduzindo o grupo de favoritos a apenas os mais fortes. Os gregários mais valiosos de cada equipa reduzirão o grupo, preparando os ataques. Equipas com mais do que um homem bem posicionado da geral têm mais flexibilidade, Jorgenson tem sido utilizado para pressionar Pogacar, veremos se a Visma-LAB voltará a utilizar esta estartégia, também são precisas pernas.
A dureza de Hautacam fará uma seleção natural, reduzindo o grupo de favoritos a apenas os mais fortes. Os gregários mais valiosos de cada equipa reduzirão o grupo, preparando os ataques. Equipas com mais do que um homem bem posicionado da geral têm mais flexibilidade, Jorgenson tem sido utilizado para pressionar Pogacar, veremos se a Visma-LAB voltará a utilizar esta estartégia, também são precisas pernas.
Favoritos
Tadej Pogacar
Caiu ontem mas não parece afetado. O que mostrou nestes últimos 16 meses colocam-no como claro favorito. Só vemos um rival que pode preocupar, o mesmo que o bateu em 2022 e 2023, numa das ocasiões aqui no Hautacam.
Jonas Vingegaard
Mesmo que tenha melhorado em relação ao Dauphinè temos algumas dúvidas que possa bater o esloveno. No entanto, se tivéssemos que apostar em alguém, o único é Vingegaard.
Quando o terreno empina o resto parece amador ao lado destes dois.
Matteo Jorgenson
A Visma-LAB pode utilizá-lo taticamente e só dessa forma pode vencer uma etapa destas. Provavelmente acabará por trabalhar para Vingegaard.
Remco Evenepoel
Principal candidato ao terceiro lugar, vai tentar seguir os dois marcianos? Se ganhar a etapa será uma grande surpresa para nós.
Primoz Roglic
Notam-se melhorias, veremos se confirma hoje. Caso confirme, então pode ser um candidato ao pódio.
Florian Lipowitz
Tal como Roglic também parece melhor, é um ciclista que sobe bem mas ainda é um pouco irregular. Para sonhar com o pódio tem de ser mais constante.
Felix Gall
Este o seu terreno, as alta montanhas é o jardim. Esperamos coisas interessantes dele, um top-5 seria um bom resultado.
Tobias Johannessen
Antigo vencedor do Avenir, finalmente parece mostrar o potencial que prometeu. Tentar o top-10 não é loucura, é um corredor que sobe bem mas que nunca esteve fez a geral de uma grande volta.
Candidatos na fuga:
Lenny Martinez
Luke Plapp
Ben O'Connor
Michael Storer
Mattias Skjelmose
Simon Yates
★★★ Pogacar
★★ Vingegaard
★ Lipowitz, Evenepoel, Roglic, Jorgenson, Gall, Johannessen, Martinez, Plapp, O'Connor, Storer, Skjelmose, S. Yates
A nossa aposta: Tadej Pogacar
Joker: Tobias Johannessen
Seguir em direto: #Tour, #TDF2025, #TDF
TV:
Eurosport 1 - 12:00 (hora de Lisboa)
RTP 2 - 15:00 (hora de Lisboa)
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