Giro d'Italia 2025 - Antevisão da 4ª etapa

Após três dias de competição na Albânia, o pelotão chega ao sul da península Itálica, mais especificamente ao "calcanhar da bota".

Alberobello (Pietramadre) - Lecce 189 Km

• Terreno: Plano
• Ganho de Elevação: ~800 metros

Esta etapa é desenhada para ser a primeira oportunidade clara para os sprinters mostrarem as suas capacidades. O percurso segue ao longo do calcanhar de Itália, numa direção geral para sul, em direção a Lecce.

A partida será dada em Alberobello, uma cidade na Apúlia (Puglia) famosa mundialmente pelos seus "trulli", construções de pedra seca com telhados cónicos, classificadas como Património Mundial da UNESCO. O percurso maioritariamente plano deverá favorecer um sprint massivo. No entanto, pequenas ondulações e o vento costeiro poderão apanhar os mais desprevenidos.

Final

A chegada será em Lecce, conhecida como a "Florença do Sul" devido à sua rica arquitetura barroca. Os ciclistas irão passar uma vez pela linha de meta antes da chegada, o circuito tem quase 12 km de extensão.

Os últimos 3 km são planos, com uma curva significativa a cerca de 1200 m da linha de meta. Estradas largas levam a um quilómetro final um pouco traiçoeiro a 350 metros, os ciclistas têm uma rotunda onde viram à esquerda para a reta da meta que tem 8 metros de largura.

Condições meteorológicas

20 a 23ºC.

Tempo seco.

Vento vai soprar moderado com períodos forte de norte (15 a 20 Km/h).

Dinâmica de corrida

Aspetos a Considerar:

• Primeira oportunidade para os puros sprinters: Esta etapa é crucial para as equipas com sprinters de ponta, que procurarão controlar a corrida para garantir uma chegada em grupo compacto.
• Possíveis Surpresas: Apesar do perfil plano, o vento costeiro na região da Apúlia (Puglia) poderá ser um fator a ter em conta.
• Final em Lecce: O final em Lecce tem as suas especificidades mas não deve evitar um final em sprint massivo.

Fuga? 

10%

Considerando o perfil da etapa, os principais favoritos à vitória serão os sprinters de ponta do pelotão.

• Controlo da Corrida: A capacidade das equipas dos sprinters controlarem a fuga do dia será crucial para garantir uma chegada em grupo.
• Posicionamento: Um bom posicionamento nos quilómetros finais será fundamental para os sprinters terem hipótese de disputar a vitória. O quilómetro final tem duas viragens, quem entrar mal colocado terá dificuldades.
• Vento: Como mencionado anteriormente, o vento costeiro poderá influenciar a etapa e até causar surpresas.

Favoritos

Olav Kooij

Um dos sprinters mais rápidos da nova geração, a Visma-LAB pode ser uma das equipas que controlarão o pelotão. No papel é o mais rápido presente neste Giro, esta é a primeira grande oportunidade.

Mads Pedersen

Duas etapas e camisola rosa, desta vez não é o maior favorito, a etapa não tem dificuldades que eliminem os puro sprinters. De qualquer forma o dinamarquês não deixa de ser um sério candidato, ainda para mais, neste momento não tem pressão, praticamente todos os objetivos já foram conseguidos.

Wout van Aert

Está bastante longe da melhor forma, se tudo correr dentro da normalidade deverá ser o lançador de Kooij.

Kaden Groves

Pensávamos que aguentasse na 1ª etapa, estávamos errados. Em teoria é um dos grandes favoritos numa etapa destas, até agora a Alpecin-Deceuninck tem passado ao lado deste Giro, o que não é nada normal.

Sam Bennett

Apesar de não estar na sua melhor forma de outrora, Bennett tem mostrado muita velocidade nas provas francesas de segunda categoria, veremos se consegue transpor para o Giro os bons sprints.

Gerben Thijssen

Temporada medíocre, após alguns anos em que mostrou um nível respeitável. 

Casper van Uden

Jovem talento com uma ponta de velocidade interessante mas que tem desapontado, por esta altura devia estar um patamar acima do que está. A Picnic precisa urgentemente de pontos para sobreviver no World Tour.

Paul Magnier

Sem Mikel Landa a Soudal_Quick Step joga quase tudo neste jovem fenómeno francês. É um ciclista muito versátil, não sendo um puro sprinter tem uma excelente ponta de velocidade.

Matteo Moschetti

Sem Jonathan Milan a esperança dos italianos para os sprinters está em Moschetti, este ano já ganhou e bateu gente importante. O problema crónico de Moschetti é o posicionamento.

Milan Fretin

Uma das confirmações nesta temporada, um excelente sprinter que subiu o nível de forma considerável. Ainda não está na elite, mas está cada vez mais perto, bastante potente e bastante inteligente a movimentar-se no pelotão.

★★★ Kooij
★★ Groves, Pedersen, Fretin
★ Van Uden, Thijssen, Moschetti, Magnier, Bennett

A nossa aposta: 
Joker: 

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