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Paris-Nice (2.WT) - Antevisão

  

Hoje começa a 84ª edição da 'corrida do Sol', uma das provas por etapas mais importante do calendário após as grandes voltas.
A prova realizou-se pela primeira vez em 1933 e foi vencida por Alfons Schepers da Bélgica.O Paris-Nice é muitas vezes referenciado como o 'verdadeiro' inicio da temporada de ciclismo, no entanto, nos últimos anos com a introdução de novas provas, cada vez menos se faz essa referência.
O ciclista com mais sucesso no Paris-Nice é o Irlandês Sean Kelly que venceu sete edições consecutivas, entre 1982-1988, um feito notável. A lista de vencedores é de autêntico luxo, sendo uma das provas com maior prestigio a seguir às Grandes Voltas, além do já referenciado Sean Kelly, outros nomes se destacam: Jacques Anquetil, Eddy Merckx, Joop Zoetemelk, Raymond Poulidor, Miguel Indurain, Tony Rominger, Laurent Jalabert e Alberto Contador, .

História

últimos vencedores
2014 Carlos Betancur (COL) Ag2r–La Mondiale
2015 Richie Porte (AUS) Team Sky
2016 Geraint Thomas (GBR) Team Sky
2017 Sérgio Henao (COL) Team Sky
2018 Marc Soler (ESP) Movistar
2019 Egan Bernal (COL) Team Sky
2020 Maximilian Schachmann (GER) Bora-Hansgrohe
2021 Maximilian Schachmann (GER) Bora-Hansgrohe
2022 Primoz-Roglic (SLO) Jumbo-Visma
2023 Tadej Pogacar (SLO) UAE
2024 Matteo Jorgenson (EUA) Visma-LAB


Percurso

Percurso variado como é costume na corrida do Sol
Ao terceiro dia há um contrarrelógio coletivo de 28 Km que será muito importante para a dinâmica da prova e fará diferenças importantes. Os sprinters este ano têm mais possibilidades em relação ao ano transato com três oportunidades claras.

Perfis

Etapa 1

Dia para sprinters, a aproximação à meta é um pouco traiçoeiro mas não estamos a ver outro desfecho do que um final em pelotão massivo.

Etapa 2


Dia para sprint. O vento poderá afetar o miolo da etapa, as estradas expostas podem complicar as coisas para alguns.

Etapa 3
Contra-relógio por equipas de 28 Km um pouco ondulado em que as melhores equipas poderão ganhar tempo considerável sobre as equipas mais frágeis. 

Etapa 4



Etapa ondulada que beneficia o sucesso de uma fuga de qualidade. O final em La Loge des Gardes tem alguma dureza, 6,7 km a 7,1%, ideal para uma seleção e diferenças entre os favoritos.

Etapa 5 

Etapa que fará as delicias dos puncheurs, com o final na impressionante parede de Côte Saint-Andre, 1,7 km a 11,1%.

Etapa 6 

A terceira oportunidade para os sprinters.

Etapa 7 



Etapa rainha da prova com final em Auron, antes disso os ciclistas passam por La Colmiane. O final em Auron é exigente e fará diferenças. São 7,3 km a 7,2%, a parte final é a mais dura com a inclinação quase sempre perto dos 9%.

Etapa 8

Clássica última etapa, 120 Km com partida e chegada em Nice. Poucos metros de terreno plano, a lista de subidas é interessante como já é hábito no último dia: Col de la Porte (7 km a 7,2%), Côte de Peille (6,5 km a 6,9%), Col d'Éze e Col des Quatre Chemins (3,6 km a 8,8%).
O topo da última ascensão está a 9 km da meta, até lá é sempre a descer até à meta no passeio dos Ingleses.

Startlist

Aqui

Favoritos

Sprinters

Tim Merlier
É o melhor sprinter em prova, apenas Milan, Philipsen e talvez Kooij possam rivalizar com ele em velocidade pura. 
Tem três oportunidades, a Soudal-QuickStep está ficada nas vitórias de etapas, apesar de terem Van Wilder para a geral.

Mads Pedersen
Em velocidade pura dificilmente concorre com Merlier, mas em chegadas mais técnica e com pequenas dificuldades pode rivalizar. A 1ª etapa entra nessa categoria, mas vai ser complicado eliminar Merlier, tem de fazer um sprint perfeito para ganhar.

★★★ Merlier
★★ Pedersen
★ Lund Andersen, van Poppel, Dainese, Kristoff, Jeannière, Démare, Molano

Geral

Jonas Vingegaard
A Visma-LAB não está a realizar uma boa temporada, no Algarve salvaram os móveis no último dia com uma excelente prestação de Vingegaard. O dinamarquês chega como grande favorito, até porque deve estar melhor em relação ao Algarve. O contra-relógio coletivo deve ser um bom dia para eles, a equipa neerlandesa deu sinais na Algarvia que está de regresso ao topo da especialidade.
A equipa conta com o vencedor do ano passado, Matteo Jorgenson. Na abertura das clássicas mostrou boa forma, sempre atento e a seguir o grupo principal. Com Vingegaard formam um combo poderoso, resta saber se irá ter liberdade ou terá de trabalhar para o dinamite dinamarquês.

João Almeida
A UAE é a grande rival da Visma-LAB, com João Almeida à cabeça. No Algarve deu excelentes sinais a subir mas no contra-relógio desiludiu. A forma é boa e em teoria é o grande rival de Vingegaard.
A UAE bateu Vingegaard na Fóia utilizando o jogo de equipa e aqui a solução passa pela mesma receita, mas temos algumas dúvidas que Brandon McNulty e Pavel Sivakov sejam consistentes para isso. Sivakov venceu a Andaluza, mas aqui o nível é bem superior e para pressionar Vingegaard e companhia terá de estar a 200% todos os dias.

Mathias Skjelmose
Boa estreia no fim de semana passado nas provas francesas. A forma parece interessante e tem algumas etapas que lhe assentam muito bem.
Lidera a Lidl-Trek, que é uma das grandes favoritas para o contra-relógio coletivo, se ganhar tempo aos rivais nesse dia estará no bom caminho para estar no pódio.

Santiago Buitrago
Começou o ano a voar, o contra-relógio coletivo pode ser um problema mas se estiver a subir bem é candidato ao pódio.
É um ciclista explosivo, a 5ª etapa parece perfeita para ele, bom treino para as Ardenas.

Ben O'Connor
Começou o ano a meio gás, mas esperamos que esteja bastante melhor aqui. É um ciclista que é capaz de subir com os melhores em certos dias e costuma andar bem nas provas de 1 semana.
A Jayco-Alula deverá defender-se bem no contra-relógio coletivo e por isso O'Connor parece ser um candidato sólido ao top-5.

Felix Gall
O problema é o contra-relógio coletivo, mas deve conseguir recuperar na montanha de forma a estar no top-10. É um escalador puro e ofensivo, se perder tempo significativo no crono, depois terá alguma liberdade.

Neilson Powless
Começou o ano bastante bem, foi 6º no Algarve e 4º no Trofeo Laigueglia. A EF normalmente defende-se bem no contra-relógio coletivo.
No Algarve mostrou bom nível na montanha, por isso acreditamos que é um sólido candidato ao top-10.

Ivan Romeo
Uma das revelações deste inicio de época, sobretudo a subir. A Movistar tem um bloco poderoso para o contra-relógio (Romeo, Barta, Milesi e Castrillo), resta saber como se vai portar na montanha, no UAE Tour mostrou bom nível mas aqui serão mais dias 'difíceis' e a variedade das subidas é maior.
Pablo Castrillo também tem confirmado o que mostrou em 2024, ciclista que anda bem em praticamente todos os terrenos, além de ser dos mais combativos. Jefferson Cepeda é a terceira carta dos espanhóis.

Aleksandr Vlasov
O russo costuma iniciar as temporadas a voar, mas este ano não aconteceu isso. Em teoria lidera a equipa, mas o que mostrou na Valenciana foi demasiado frágil para o colocarmos como candidato ao pódio. De qualquer forma, não será surpreendente vê-lo bem melhor aqui e a fazer-nos engolir as palavras.
A Red Bull-Bora ainda tem Florian Lipowitz, ciclista que sorri de cada vez que a estrada empina, este ano ainda não mostrou nada, não sabemos se fisicamente está bem. 

Ilan Van Wilder
Não deve perder muito contra-relógio coletivo e depois é tentar sobreviver entre os melhores na montanha. Candidato ao top-10.

Thymen Arensman
Entrou no ano em grande na Valenciana, quase conseguiu o pódio, chegou à Algarvia e flopou por completo. 
Ao seu dispor um bloco portentoso para o contra-relógio, mas é tão errático que não conseguimos prever onde irá terminar na geral.

★★★★★  Vingegaard
★★★★ Almeida
★★★Skjelmose, Jorgenson
★★ Buitrago, O'Connor
★ Gall, Powless, Sivakov, McNulty, Romeo, Vlasov, Arensman, Van Wilder

A nossa aposta: Jonas Vingegaard
Joker: Neilson Powless

Seguir em direto: @ParisNice, #ParisNice
Eurosport (consultar programação do canal)


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