Guia Milão-São Remo 2025
Este sábado, disputa-se o primeiro monumento da temporada. A 'clássica da primavera' que este ano chega mais tarde, é também conhecida por Classicissima, sendo um dos dois monumentos que se corre em Itália, o outro curiosamente é tradicionalmente o último da época, o Giro da Lombardia.
Como qualquer um dos cinco monumentos, é uma prova apaixonante, com muitas histórias épicas que fazem com que esta clássica lendária seja uma das mais desejadas por qualquer ciclista. É a prova mais longa do ciclismo profissional, com perto de 300 quilómetros.
O final na Via Roma em São Remo já faz parte da história da modalidade, foi nesta avenida que Eddy Merckx venceu todas as sete edições que conta no currículo.
Será a 115ª edição, Eddy Merckx é o recordista com sete vitórias, seguido das seis vitórias de Constante Girardengo, quatro de Gino Bartali e Erik Zabel e três de Fausto Coppi, de Roger de Vlaeminck e Óscar Freire. A Itália é o país com mais triunfos, 51 no total, seguido da Bélgica com 22 e a França fecha o pódio com 14.
História
Vencedores desde 2000:
2000 Erik Zabel (Ger) Team Telekom
2001 Erik Zabel (Ger) Team Telekom
2002 Mario Cipollini (Ita) Acqua & Sapone-Cantina Tollo
2003 Paolo Bettini (Ita) Quick Step-Davitamon
2004 Óscar Freire (Esp) Rabobank
2005 Alessandro Petacchi (Ita) Fassa Bortolo
2006 Filippo Pozzato (Ita) Quick Step-Innergetic
2007 Óscar Freire (Esp) Rabobank
2008 Fabian Cancellara (Sui) Team CSC
2009 Mark Cavendish (GBr) Team Columbia-High Road
2010 Óscar Freire (Esp) Rabobank
2011 Matthew Goss (Aus) HTC-Highroad
2012 Simon Gerrans (Aus) GreenEdge
2013 Gerald Ciolek (Ger) MTN Qhubeka
2014 Alexander Kristoff (Nor) Team Katusha
2015 John Degenkolb (Ger) Giant-Alpecin
2016 Arnaud Démare (Fra) FDJ
2017 Michal Kwiatkowski (Pol) Team Sky
2018 Vincenzo Nibali (Ita) Bahrain-Merida
2019 Julian Alaphilippe (Fra) Deceuninck-Quickstep
2020 Wout van Aert (Bel) Jumbo-Visma
2021 Jasper Stuyven (Bel) Trek-Segafredo
2022 Matej Mohoric (Slo) Bahrain Victorious
2023 Mathieu Van der Poel (Ned) Alpecin-Deceuninck
2024 Jasper Philipsen (Bel) Alpecin-Deceuninck
Percurso
Pavia - São Remo (via Roma), 289 Km

Jayco-Alula
Curiosidades em números
7: maior número de vitórias, por Eddy Merckx.
6: o número de vitórias do segundo mais vitorioso,Costante Girardengo.
4: o número de vitórias dos terceiros mais vitoriosos, Erik Zabel e Gino
Bartali
5: o número de edições vencidas por um ciclista que vestia a camisola
de campeão do mundo: Alfredo Binda (1931), Eddy Merckx (1972, 1975),
Felice Gimondi (1974) e Giuseppe Saronni (1983)
5.46: tempo mais rápido da subida do Poggio, por Giorgio Furlan em 1994.
9.36: tempo mais rápido da subida da Cipressa, por Francesco Casagrande
em 2001.
16: é o número de estreantes que venceram na estreia – o último foi Cavendish em 2009.
20: idade do vencedor mais jovem, Ugo Agostini na edição de 1914.
23: número de curvas da descida do Poggio.
36: idade do vencedor mais velho, Andre Tchmil na edição de 1999.
45: número de corredores que venceram isolados.
45.806: velocidade média (Km/h) mais alta numa edição, por Bugno em 1990.
51: número de edições ganha por italianos (os belgas surgem em segundo com 20).
109: número de edições até 2019.
175: participantes; 25 equipas com 7 ciclistas cada uma.
300: número de quilómetros se a zona neutralizada contasse.
1907: ano da edição inaugural, o vencedor foi: Lucien Petit-Breton (France & Peugeot).
1960: ano em que a subida ao Poggio foi introduzida no percurso.
1982: ano em que a subida a Cipressa foi introduzida no percurso.
2008: ano em que um corredor venceu isolado, o autor da proeza foi Fabian Cancellara, apenas 10 anos depois Vincenzo Nibali repetia a façanha.
20 000: será o prémio em Euros, para o vencedor da prova em 2025.
Percurso
Pavia - São Remo (via Roma), 289 Km

O percurso da Classicissima pouco mudou nos últimos anos, muita marcado por 250 Km de sonolência e um final frenético com as subidas ao Cipressa e Poggio e em pano de fundo, a bela vista do mar mediterrâneo.
A primeira dificuldade do dia é o Passo del Turchino que se encontra a meio do percurso e não vai fazer qualquer diferença.
A edição deste ano terá o 'tríptico de Capos' uma sequência de três subidas seguidas: Capo Mele, Capo Cervo e o Capo Berta. Mas é na Cipressa onde se começa a fazer a seleção a sério, são 5,6 Km com 4% de inclinação média, com uma rampa a 9%.
O topo do Cipressa fica a cerca de 21,6 quilómetros da meta, os ciclistas descem então e têm uma zona plana até ao inicio da subida do Poggio, que só é complicado porque encontra-se bem no final e o cansaço acumulado já pesa nas pernas. São 3,7 de comprimento a 3,7% de inclinação média, com uma rampa a 8%.
A linha de meta em São Remo, situa-se na famosa Via Roma, o posicionamento no pelotão é essencial na sequência de curvas para a esquerda e direta que dá acesso à reta.
Subidas relevantes:
A edição deste ano terá o 'tríptico de Capos' uma sequência de três subidas seguidas: Capo Mele, Capo Cervo e o Capo Berta. Mas é na Cipressa onde se começa a fazer a seleção a sério, são 5,6 Km com 4% de inclinação média, com uma rampa a 9%.
O topo do Cipressa fica a cerca de 21,6 quilómetros da meta, os ciclistas descem então e têm uma zona plana até ao inicio da subida do Poggio, que só é complicado porque encontra-se bem no final e o cansaço acumulado já pesa nas pernas. São 3,7 de comprimento a 3,7% de inclinação média, com uma rampa a 8%.
A linha de meta em São Remo, situa-se na famosa Via Roma, o posicionamento no pelotão é essencial na sequência de curvas para a esquerda e direta que dá acesso à reta.
Subidas relevantes:
271,4 Km - Cipressa (5.7 Km a 4.0%)
287,5 Km - Poggio di Sanremo (3.6 Km a 3.6%)
287,5 Km - Poggio di Sanremo (3.6 Km a 3.6%)
Meteorologia
Possibilidade de chuva, a descida do Poggio em condições molhadas é ainda mais importante.
9 a 13ºC.
Vento moderado com períodos soprando forte de leste. A descida do Poggio deverá ser feita com vento a favor, ideal para ataques.
Startlist
Aqui
Chegada massiva ou seletiva?
Esta é a principal questão, as últimas edições têm sido marcadas pela seleção no Poggio ao contrário do que era norma.
No ano passado a UAE impôs um ritmo demolidor na Cipressa, que acabaram por pagar, Pogacar ficou com poucos gregários no Poggio. Este ano é provável que a UAE repita a estratégia, correndo o mesmo risco do ano passado, mas não têm outra alternativa, só uma corrida dura pode abrir possibilidades para Pogacar. Por essa razão a probabilidade de um sprint massivo é baixa, uma chegada de um grupo reduzido é o mais provável ou então alguém isolado.
Aqui
Favoritos
Chegada massiva ou seletiva?
Esta é a principal questão, as últimas edições têm sido marcadas pela seleção no Poggio ao contrário do que era norma.
No ano passado a UAE impôs um ritmo demolidor na Cipressa, que acabaram por pagar, Pogacar ficou com poucos gregários no Poggio. Este ano é provável que a UAE repita a estratégia, correndo o mesmo risco do ano passado, mas não têm outra alternativa, só uma corrida dura pode abrir possibilidades para Pogacar. Por essa razão a probabilidade de um sprint massivo é baixa, uma chegada de um grupo reduzido é o mais provável ou então alguém isolado.
A descida também tem decidido vencedores (Nibali e Mohoric).
Apostamos no cenário de um grupo seleto/ciclista isolado.
Alpecin-Deceuninck
Contam com um ciclista que em 2023 dominou a prova e no ano passado fez um trabalho perfeito de gregário para Philipsen, chama-se Mathieu van der Poel e se há alguém que pode seguir Pogacar no Poggio é ele. O campeão em título (Jasper Philipsen) caiu durante a semana na Nokere Koerse e não parecia bem tratado, temos dúvidas que este ano possa estar na disputa pela vitória porque para ganhar a Milão-São Remo é preciso estar a 110%.
Kaden Groves é o segundo sprinter da equipa, sobreviver ao Poggio é um desafio.
UAE
All-in para Tadej Pogacar como é óbvio. A equipa árabe tem um elenco pornográfico para o apoiar, pelas imagens dos reconhecimentos que fizeram, é provável que Narvaez seja o último homem do esloveno para o lançar, mas antes ainda têm Wellens e Del Toro que estão em grande forma.
A grande questão é saber se irá atacar na Cipressa ou espera pelo Poggio.
Visma-LAB
Sem Wout Van Aert e Christophe Laporte, a equipa neerlandesa apresenta um elenco bastante mais modesto. A aposta é em Olav Kooij, mas passar o Poggio com o grupo da frente é um desafio enorme.
Axel Zingle pode ser um plano B interessante, em teoria sobe melhor que Kooij e a forma não parece ser nada má.
Para uma edição seletiva ao extremo, a opção é Ben Tulett que está a andar muito bem este ano.
Ineos
Pippo Ganna está numa forma monstruosa, a performance no Tirreno-Adriático mostra que o italiano chega a esta edição no pico. Está a subir e a sprintar como nunca o vimos.
A equipa britânica ainda conta com Axel Laurance, um talento brutal que falta dar o passo definitivo para a elite mundial neste tipo de provas.
Bahrain
Aposta em Matej Mohoric e na descida do Poggio, resta saber se consegue chegar lá bem posicionado. Fred Wright deve ser o plano B.
Lidl-Trek
Têm um dos eternos potenciais vencedores dos monumentos, Mads Pedersen, o problema é que o dinamarquês tem sempre um dos monstrinhos pelo caminho e acaba invariavelmente por não ganhar. Está em grande forma, a receita para vencer é simples, aguentar no Poggio e estar no grupo seleto que disputa a vitória. Se estiver a chuva, as probabilidades aumentam bastante para ele.
A equipa norte-americana tem um ex-vencedor, Jasper Stuyven que também é um outsider, começou o ano irregular
A opção para o sprint é Jonathan Milan, mas com Pogacar e van der Poel em prova temos algumas dúvidas que consiga estar no grupo certo no Poggio.
Red Bull-Bora
Equipa germano-austríaco apresenta uma série de ciclistas que extrema qualidade entre eles, Maxim Van Gils que no passado conseguiu estar no grupo da frente no pódio. Começou o ano algo irregular mas sendo uma prova de um dia esperamos grandes coisas dele aqui.
Para um final num grupo maior, a esperança é que Laurance Pithie aguente.
Por fim há Roger Adrià, o espanhol tem vindo a subir de patamar e paulatinamente está a chegar à elite mundial. Na Strade Bianche estava a fazer uma enorme prova, até que rebentou por completo nos últimos km.
Astana
A equipa da moda em 2025, a perseguição por pontos está a colocá-las na ribalta. Alberto Bettiol é a melhor hipótese deles aqui, no ano passado fez top-10, mas este ano parece em pior forma.
Intermarchè-Wanty
Biniam Girmay lidera a equipa belga, mas está naquele grupo que poderá ter dificuldades em aguentar os melhores no Poggio, até porque não começou a temporada propriamente em boa forma.
Michael Matthews, que é um corredor inconstante e que ganha muito pouco para o talento. Em teoria a MSR é um percurso perfeito para Matthews, em 11 participações fez top-10 em 6 delas e três vezes foi ao pódio.
No ano passado apenas foi batido por Philipsen num sprint apertado na via Roma.
Q36.5
Tom Pidcock mudou de equipa, parece mais feliz e os resultados também têm aparecido. A esperança do britânico é estar no grupo da frente no topo do Poggio e fazer uma descida demoníaca.
Tudor
O historial de Julian Alaphilippe nesta prova fala por si, mesmo estando bastante longe do melhor sempre andou bem aqui.
É um candidato ao top-10.
Uno-X
Magnus Cort tem historial nesta prova e como começou este ano a voar acreditamos que é um outsider.
Caso esteja no grupo da frente, o seu sprint após uma prova longa é um problema para os rivais.
★★★★★ Pogacar, Van der Poel
★★★★ Pedersen, Ganna
★★★ Pidcock, Matthews
★★ Mohoric, Pidcock, Cort, Van Gils
★ Philipsen, Milan, Alaphilippe, Pithie, Bettiol, Kooij
A nossa aposta: Tadej Pogacar
Joker: Magnus Cort
Seguir em direto: #MilanoSanremo, #MSR, @Milano Sanremo
A nossa aposta: Tadej Pogacar
Joker: Magnus Cort
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Eurosport 2 (a partir das 08:30)
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