Campeonato do mundo 2024- Prova de fundo Elites masculinos
O mundial encerra com a coroação do novo campeão do mundo de fundo Elites masculino. Mathieu van der Poel quer defender o título conquistado em Glasgow num percurso seletivo e onde os rivais procuram roubar-lhe a camisola mais icónica do pelotão.
Campeões
Winterthur> Zurique 273,9 Km
Horário: 09:30 ~ 15:45
Percurso 'rompe-pernas' como era de esperar na Suíça, são 273,9 Km e 4470 m de ganho de elevação.
A corrida começa em Winterthur, daí até ao incio do circuito em Zurique são 70 Km, até lá passam por algumas subidas que não vão fazer diferenças, apenas servirão para a consolidação da fuga do dia:
-Buch am Irchel (5 Km a 4,2%)
-Kyburg (1,2 Km a 12%)
-Suessblatz (1,7 Km a 8,5%)
Circuito em Zurique (7x 27 Km)
O circuito tem duas subidas:
- Zurichbergstrasse (1.1 Km a 8%) - Witikon (2.3 Km a 5.7%)
... e são os pontos-chave do circuito da cidade de Zurique e como se viu nas provas juniores e sub-23 tiveram um papel decisvo, no entanto não esquecer as descidas que são técnicas e que por exemplo Whitten-PhilipsenMuitos compararam o percurso a um clássico de primavera montanhoso, como Liège-Bastogne-Liège Femmes, que tem um ganho de elevação semelhante.
- Witikon (2.3 Km a 5.7%)
Aqui
Favoritas
Condições meteorológicas
Não é esperada chuva.
10 a 14ºC.
Vento moderado com períodos forte de nordeste (15 a 33 Km/h)
Startlist
Países Baixos
Têm o atual campeão do mundo e apesar do percurso não ser perfeito para ele não o devemos subestimar. Mathieu van der Poel preparou especificamente para este dia, as subidas podem esatr no limite dele mas como são explosivas podemos vê-lo a dar espetáculo, resta saber se o desgaste do circuito acabará por o eliminar.
A seleção dos Países Baixos é decente mas ao lado de outras tem poucas opções, basicamente é all-in em van der Poel.
Bélgica
A Bélgica apresenta-se como uma equipa forte como é tradição, onde uma estrela brilha mais que outras, Remco Evenepoel chega sem pressão depois de se tornar bi-campeão mundial de contra-relógio. Este percurso é bastante bom para ele, mas para vencer terá de se livrar de van der Poel e Pogacar, porque no sprint contra eles as hipóteses diminuem.
A Bélgica tem também Maxim Van Gils que neste percurso tem obrigação de andar bem, veremos se confirma a boa temporada.
Ainda têm Tim Wellens, Tiesj Benoot e Jasper Stuyven, um autêntico luxo.
Eslovénia
O grande favorito é Tadej Pogacar, pelo o que mostrou este ano e porque o percurso assenta-lhe bem. Não há muito mais a dizer sobre ele, as prestações em 2024 falam por si, pode-se juntar a Eddy Merckx e Stephen Roche no restrito grupo do Triple Crown (Giro+Tour+Mundial).
Primoz Roglic também marca presença, mas temos algumas dúvidas sobre ele, depois do contra-relógio afirmou que está cansado e numa prova de 280 Km isso é um fator importante a ter em conta.
Itália
Uma seleção bastante mais modesta que noutros anos, depois de brilhar no Luxemburgo em perfis de etapas com algumas parecenças a este, Antonio Tiberi é provavelmente a melhor opção dos transalpinos.
França
Mais uma equipa de luxo com várias opções. Começamos por Julian Alaphilippe que este ano conseguiu regressar a um bom nível, na antevisão mostrou-se extremamente confiante, referiu que está na sua melhor forma deste ano.
Outro que regressou aos bons resultados foi David Gaudu, fez uma Vuelta de bom nível e no Luxemburgo regressou à vitórias de etapa.
Valentin Madouas é aquele ciclista que quando se espera muito dele, desilude e quando ninguém espera grande coisa, surpreende. Nos Jogos Olímpicos surpreendeu, voltamos a não ter grandes expectativas, será que...
Dinamarca
O percurso é demasiado duro para Mads Pedersen, é verdade que Niklas Behrens é mais pesado que Pedersen e venceu a corrida sub-23, mas aqui estão Pogacar, Evenepoel e van der Poel, o nível é completamente diferente.
A aposta lógica é Mattias Skjelmose que na Vuelta mostrou que está cada vez mais 'durável' e fiável. Abandonou no Luxemburgo mas pelas informações não ficou demasiado afetado.
Grã-Bretanha
A nossa confiança em Tom Pidcock está tão baixa que só o vamos colocar por respeito. Não temos muito mais a acrescentar sobre ele.
Os britânicos têm Stephen Williams, o campeão mundial não-oficial dos puncheurs que aqui poderá estar perto do seu limite.
Os irmãos Yates também fazem parte da equipa, Adam terminou a Vuelta de rastos e Simon no Canadá não foi brilhante mas também não foi desastroso.
Estados Unidos
Os norte-americanos têm uma das melhores equipas, destaque para Matteo Jorgenson que se mostrou muito ambicioso. Fez uma temporada brilhante e este tipo de perfil é precisamente onde ele pode brilhar.
Brandon McNulty é outra carta dos americanos, é um ciclista que adora uma corrida caótica e num percurso destes pode ter isso mesmo, foi prata em Tóquio dessa forma.
A terceira carta é Neilson Powless, que teve uma temporada modesta até agora mas que nas provas canadianos mostrou sinais positivos.
Espanha
Os espanhóis apresentam uma equipa de enorme qualidade, estão entre as três melhores. O problema é que não têm um líder tão forte como outra equipas.
Pello Bilbao esteve muito forte nas provas canadianas, onde apenas Pogacar foi superior. O basco é um dos ciclistas mais inteligentes a correr e atenção às descidas, um dos melhores nesse departamento.
Juan Ayuso terá a liberdade que tanto deseja, a irregularidade faz com que a confiança nele não seja alta, mas é daqueles que num dia inspirado pode surpreender.
A Espanha ainda tem Enric Mas, Mikel Landa e Carlos Rodriguez, qualquer um deles pode andar nos grupos da frente.
Portugal
Portugal vai depender muito do que pode fazer João Almeida. No contra-relógio as sensações que transmitiu não foram boas, mas na antevisão da prova o ciclista das Caldas assumiu ambição e quer estar entre os melhores.
Outros
A Suiça tem um homem em forma, o percurso foi desenhado à medida de Marc Hirschi que tem andado em grande forma nos últimos tempos. A sua explosividade é especial, pouca gente no pelotão é superior.
A temporada de Ben Healy não foi nada de especial, preparou este mundial e espera fazer uma boa prova. Este é um ciclista que num dia bom pode ser um pesadelo para qualquer um. O percurso em teoria é excelente para ele.
Ao contrário de Healy, Tom Skujins tem feito uma temporada muito boa e aqui espera estar entre os melhores. No Canadá voltou a andar muito bem, é um corredor que neste tipo de subidas costuma sair-se muito bem.
★★★★★ Pogacar
★★★★ Evenepoel, van der Poel
★★★ Alaphilippe, Hirschi, Jorgenson
★★ Roglic, Skjelmose, Bilbao
★ Pidcock, Healy, Gaudu, Tiberi, Skujins; Van Gils, Ayuso
Aposta: Tadej Pogacar
Joker: Pello Bilbao
Seguir em direto: #Zurich2024
TV: Eurosport
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