Tour de France Femmes (2.WWT) - Antevisão
Começa a 3ª edição do Tour de France Femmes, logo após os Jogos Olímpicos de Paris e conta com as melhores atletas do pelotão feminino para se baterem na última Grande Volta de 2024.
O Tour parte dos Países Baixos, irá passar pela Bélgica e depois claro, muda-se para França, o seu país de origem e terá o seu final na histórica subida do Alpe d’Huez.
2023 Demi Vollering (NED) Team SD Worx
2022 Annemiek van Vleuten (NED) Movistar
Percurso
Perfis
12/08 Etapa 1 - Rotterdam - The Hague - 123 Km
Não parece, mas existe ali uma contagem de montanha de 4ª categoria (1 Km a 3,1%) que irá permitir atribuir a primeira camisola do sarampo.
Esta será a primeira de três possíveis oportunidades para as sprinters.
13/08 Etapa 2 - Dordrecht - Rotterdam - 69.7 Km
Este dia conta com duas etapas. Da parte da manhã teremos uma etapa totalmente plana com apenas 70Km de extensão. Deverá ser bastante rápida e intensa. A etapa não conta com contagens de montanha ou sprints intermédios e o único fator que poderá surpreender talvez seja o vento que poderá (ou não) aparecer.
13/08 Etapa 3 (CRI) - Rotterdam - Rotterdam - 6.3 Km
De regresso a Roterdão, teremos a segunda etapa do dia, um contra-relógio individual de 6.3 Km de extensão.
O percurso começa junto ao rio Nieuwe Maas, depois as ciclistas irão seguir para o centro da cidade de Roterdão e retornam para o lado norte do rio. O ponto intermédio localiza-se ao Km 3,9.
14/08 Etapa 4 - Valkenburg - Liège - 122.7 Km
A 4ª etapa é a primeira das mais desafiadoras. O dia começa nos Países Baixos, onde o pelotão irá percorrer uma parte do percurso da Amstel Gold Race, com subidas como Bemelberg, Cauberg e Geulhemmerberg. Depois, mais ou menos ao Km 43, irão cruzar a fronteira para a Bélgica e enfrentar algumas das subidas icônicas da Liège-Bastogne-Liège como Côte de la Redoute, Côte des Forges e Côte de la Roche aux Faucons.
E à 5ª etapa, o pelotão entrará em território francês.
Embora o percurso do dia não seja totalmente plano, contando com algum sobe e desce, 5 subidas categorizadas, esta deverá ser a última oportunidade para as velocistas. Embora não seja de descartar a possibilidade de um grupo forte na fuga conseguir a vantagem necessário para disputar a vitória.Nota para o último quilómetro que é feito em subida.
16/08 Etapa 6 - Remiremont - Morteau - 159.2 Km
O dia começa com uma subida de 3ª categoria, que servirá como trampolim para as ciclistas que desejam fazer parte da fuga inicial. Em seguida, teremos alguns quilómetros de terreno plano, que pode trazer estabilidade e tranquilidade à corrida antes do pelotão enfrentar os últimos 60km do percurso, que incluem quatro subidas categorizadas, sendo a mais desafiadora a La Roche du Prêtre, de 2ª categoria (5,5 Km a 5,6%). Essa subida aparece a 25 Km da linha da meta, mas o percurso continua em subida, existindo ainda uma outra contagem, esta de 3ª categoria, onde está localizado o ponto de bónus que atribui alguns segundos de bonificação.
17/08 Etapa 7 - Champagnole - Le Grand-Bornard - 166.4 Km
A 7ª etapa é a mais longa da edição do Tour de France Femmes 2024 e concentra uma quantidade significativa de dificuldades ao longo dos seus 166,4 Km.
Decorridos cerca de 45 Km da etapa, o pelotão enfrentará a subida mais difícil da corrida até agora – o Col de la Croix de la Serra, que conta com 12 Km de extensão e uma inclinação média de 5,1%.
Mas não pensem que haverá descanso depois de ultrapassarem o Col de la Croix de la Serra, pois existem mais quatro subidas categorizadas que separam as ciclistas da vitória na etapa.
O dia termina com a ascensão a Montée du Chinaillon, que coincide com a linha de meta. São 7 Km a 5,1% de média, que deverão dar uma ideia mais clara de quem estará a disputar a vitória no último dia.
18/08 Etapa 8 - Le Grand-Bornard - Alpe d'Huez - 149.9 Km
Etapa rainha da corrida, que termina com o lendário Alpe d’Huez, uma estreia no Tour de France Femmes e a melhor forma para encerrar mais uma edição.
O dia será duro, pois antes de enfrentarem as míticas 21 curvas em cotovelo, as ciclistas ainda terão de ultrapassar uma contagem de 2ª categoria, o Col du Tamié (9,5 Km a 4%) e depois o monstruoso Col du Glandon (19,7 Km a7,2%) que levará as ciclistas a quase 2000 metros de altitude.
Depois da ascensão, uma descida e alguns quilómetros de plano para as ciclistas se prepararem para o fecho com a cereja no topo do bolo, que é como quem diz, o Alpe d’Huez (13,8 Km a 8,1%).
Se a classificação geral ainda não tiver sido decidida, então estaremos prestes a testemunhar um confronto incrível nas encostas daquela que é, sem dúvida, a subida mais famosa do ciclismo.
Quem irá escrever o seu nome no histórico Alpe d’Huez? Façam as vossas apostas.
Sprint
Lorena Wiebes
Tem diversas etapas para brilhar, a prova começa em casa e é mais uma motivação. Se a normalidade imperar deverá ganhar mais do que uma etapa e é a principal candidata a vestir a primeira camisola amarela.
Marianne Vos
A melhor ciclista da história. Esteve na disputa do ouro em Paris, acabou por conquistar a prata e chega ao Tour com o claro objetivo de vencer etapas e se possível vestir a camisola amarela nas primeiras etapas.
Ela avisou que o vento poderá fazer estragos nos primeiros dias, isso indica vontade de mexer na corrida.
Charlotte Kool
No ano passado conseguiu bater Lorena Wiebes algumas vezes, este ano em todos os confrontos saiu derrotada, está num patamar inferior em relação à neerlandesa, mas ainda é das poucas a dar alguma luta.
Elisa Balsamo
A italiana é provavelmente a única capaz de igualar Wiebes em potência. Não tem sido um ano fácil, várias quedas deixaram-na fora algum tempo e a preparação não tem sido a ideal, de qualquer forma a equipa confia nela para ganhar etapas e com Longo-Borghini fora, as vitórias de etapas ganham importância extra para a Lidl-Trek.
★★★ Wiebes
★★ Vos, Kool, Balsamo
★ Dygert, Pikulik, Ahtosalo, Henttala, Coles-Lyster, Confalonieri, Bertizzolo, BarbieriGeral
Demi Vollering
Não tem sido uma temporada tão perfeita quanto a do ano passado, mesmo assim já ganhou: Vuelta, Itzulia, Vuelta a Burgos e Volta à Suíça.
Ela afirmou que chega ao Tour mais forte do que em 2023 e tendo em conta isso e o domínio que tem exercido nas provas por etapas temos de a colocar como clara favorita a vencer esta edição.
O percurso adequa-se a ela, deve fazer a diferença nas duas etapas finais.
Como é habitual tem uma grande equipa à disposição, Niamh Fisher-Black para a montanha e Blanka Vas para terreno ondulado, a húngara acaba de realizar uma prova olímpica de enorme nível.
Kasia Niewiadoma
A eterna candidata, será muito complicado bater Vollering mas o pódio é perfeitamente possível. Faz parte de uma das melhores equipas, a Canyon-SRAM ainda tem Neve Bradbury que tem brilhado nas provas de etapas nomeadamente na montanha. Elise Chabbey é outra ciclista interessante mas menos consistente na montanha.
Juliette Labous
Ciclista cada vez mais fiável nas provas por etapas, vejamos: 4ª na Valencia e Vuelta, 3ª na Itzulia e 5ª na Suíça e Giro.
Nos JO's fez um magnifico contra-relógio mas depois na prova de fundo desiludiu um pouco, mas nada de preocupante. O pódio é um objetivo, no passado foi 5ª.
Riejanne Markus
Foi 2ª na Vuelta deste ano e no ano passado ficou às portas do top-10 aqui. O contra-relógio é demasiado curto para ela fazer diferenças, mas é uma corredora que melhorou muito na montanha, não é explosiva mas um diesel cada vez mais refinado.
Mais uma candidata ao pódio.
Evita Muzic
Das poucas que este ano bateu Vollering na montanha. Excelente escaladora que vai gostar das duas últimas etapas, a escassez de contra-relógio também lhe agrada.
Contra si está a falta de consistência, num dia está capaz de bater a Vollering numa chegada, como no dia a seguir é descarregada com alguma facilidade.
Candidata ao top-5, se for consistente, ao pódio.
Gaia Realini
A pulga italiana tem tudo para ser a melhor escaladora do pelotão mundial. Tem um grande problema, as primeiras etapas nos Países Baixos, o vento é o grande adversário de Realini.
Com a ausência de Longo-Borghini, a Lidl-Trek vai ter de a proteger muito bem nos primeiros dias, se quiser atacar o pódio na geral.
A Lidl-Trek ainda tem a Shirin van Anrooij, que pode ser uma excelente alternativa a Realini para a geral. É uma ciclista que tem brilhado mais em provas de um dia, mas é a atual campeã do Tour de l'Avenir.
Pauline Rooijakkers
Este ano foi 9ª na Vuelta e 4ª no Giro. Impressionou muito Giro sobretudo na montanha, mas o pódio no Tour pode ser um objetivo demasiado ambicioso.
Top-5?
Silvia Persico
Uma das decepções da temporada, tem passado ao lado e temos algumas dúvidas que neste Tour consiga fazer alguma coisa relevante. No entanto é uma ciclista talentosa e explosiva que em boas condições deveria disputar algumas chegadas.
Mavi Garcia
Não tem realizado uma temporada inspiradora, mas melhorou nas últimas semanas, deu sinais encorajadores na prova de fundo nos JO's.
O principal objetivo deve ser o top-10, mais do que isso será surpreendente.
★★★★★ Vollering
★★★★ Niewiadoma, Labous
★★★ Markus, Muzic, Realini
★★ Rooijakkers, Bradbury, Ludwig
★ van Anrooij, Fisher-Black, Persico, Garcia
A nossa aposta: Demi Vollering
Joker:
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