Clasica San Sebastian (1.WT) - Antevisão
Com o Tour fresco na memória, aparece uma das clássicas mais relevantes desta fase do calendário, a mais importante do país vizinho. A Clássica de San Sebastian apesar de ser ainda relativamente jovem (42ª edição em 2022), a primeira foi disputada em 1981, conta com um prestigio único no ciclismo espanhol, com um naipe notável de vencedores ao longos dos anos.
A Espanha domina com 13 vitórias, seguido da Itália com 7 e a França com 5. Um basco detém o maior número de vitórias, Marino Lejarreta, vencedor das duas primeiras edições, com três vitórias é o recordista.
História
últimos vencedores
2010 Luis León Sánchez (ESP) Caisse d'Epargne2011 Philippe Gilbert (BEL) Omega Pharma–Lotto
2012 Luis León Sánchez (ESP) Rabobank
2013 Tony Gallopin (FRA) RadioShack–Leopard
2014 Alejandro Valverde (ESP) Movistar Team
2015 Adam Yates (GBR) Orica–GreenEDGE
2016 Bauke Mollema (NED) Trek–Segafredo
2017 Michał Kwiatkowski (POL) Team Sky
2018 Julian Alaphilippe (Fra) Quick-Step Floors
2019 Remco Evenepoel (Bel) Deceuninck-QuickStep
2020 Não se realizou
2021 Neilson Powless (EUA) EF
2022 Remco Evenepoel (Bel) Quick-Step
2023 Remco Evenepoel (Bel) Soudal Quick-Step
Percurso
San Sebastian › San Sebastian (236 Km)
Clássica muito exigente com mais de 230 Km e muros bascos a massacrarem as pernas dos ciclistas e este ano com uma surpresa na parte final. A primeira metade da prova conta com quatro dificuldades importantes: Andazarrate, Azkarate, Urraki e Alkiza, não irão fazer estragos mas as pernas vão sentir no final este esforço.
Os últimos 80 Km são os decisivos e os mais duros, com as três subidas mais clássicas da zona de San Sebastian. A primeira é a Jaizkibel, que este ano apenas será passada uma vez, são 7,4 Km a 5,9%.
Depois do Jaizkibel, chega o Erlaitz terrivelmente íngreme (3,8 Km a 10,6%). O topo da subida fica a cerca de 40 Km da chegada, aqui poderá ser feita a primeira seleção a sério.
Depois de uma longa descida aparece a grande novidade desta edição, o Pilotegi (2 Km a 11,7%), um pesadelo de 2 Km, é um muro bizarro de 11,7% de média e com uma secção de 27%, o vencedor vai sair daqui. Depois do topo são 10 Km (uma boa parte em descida) até à tradicional meta em San Sebastian.
Startlist
Aqui
Condições meteorológicas
22 a 30ºC.
Dia de Sol.
Vento fraco, não será fator.
Favoritos
Jonas Vingegaard
Regressa depois de um Tour desgastante, assume que teve de parar uns dias para recuperar mas que quando regressou aos treinos sentiu-se muito bem.
Já participou na Klasikoa e terminou no top-10, é um corredor que estando em condições é o claro favorito, está clássica é para escaladores e com a introdução do Pilotegi os ciclistas mais levezinhos terão ainda mais vantagem.
Sepp Kuss vem de vencer em Burgos, a forma é boa e a preparação para a Vuelta parece estar a decorrer bem. Aqui poderá ser gregário mas não é descabido que tenha liberdade, as subidas não são muito longas mas a sequência e os gradientes acabam por também o beneficiar.
Mikel Landa
Tem a motivação de correr no seu País Basco, depois do que mostrou no Tour temos de o considerar como um candidato para um percurso destes.
Sem Remco mas com Landa e Alaphilippe, a Soudal-QuickStep apresenta um conjunto bastante forte e com ambições.
Julian Alaphilippe vem aqui como um outsider, mas o que tem mostrado ultimamente tem sido positivo e num percurso como este pode surpreender.
Marc Hirschi
Dominou de forma clara na República Checa, onde bateu um pelotão interessante mas que não era de topo. Aqui a concorrência é outra, mas o suíço está em boa forma e o percurso não é totalmente mau para ele, até porque está a subir bem.
A UAE tem várias cartas, desde o miúdo Isaac del Toro que prefere subidas mais longas mas que pode perfeitamente estar entre os melhores aqui e Brandon McNulty que costuma brilhar no inicio das temporadas e menos nesta altura. Jan Christen é outro ciclista interessante, mas o nível aqui pode estar um pouco acima do que ele é capaz de produzir.
Simon Yates
O percurso assenta-lhe muito bem, este ano ainda mais com o Pilotegi. Ainda não conseguiu um top-5 nesta prova, mas já fez top-10 duas vezes e numa delas foi o que mais aguentou Evenepoel numa das subidas.
O problema é a sua consistência, mas confiamos que aqui esteja a carburar a todos os cilindros.
Maxim Van Gils
O Pilotegi poderá ser um pouco empinado demais para ele, este ano mostrou fortaleza em provas de um dia mas por outro lado demonstrou fraquezas na montanha, as subidas aqui são mais curtas o que o beneficia, mas mesmo assim temos dúvidas que consiga estar com os melhores.
A outra aposta da Lotto-Dstny é Lennert Van Eetvelt, o belga começou o ano a voar mas depois foi atropelado em treino e começou um calvário. Esteve bem no Sibiu Tour em julho, mas o nível é outro.
Daniel Martinez
Foi o melhor dos humanos no Giro, aqui tem um percurso que lhe deve agradar e estar entre os 10 melhores é uma obrigação, até porque a Red Bull-Bora precisa de resultados, não estão a ter um ano fácil.
Sergio Higuita é a outra aposta da equipa alemã, em Burgos terminou no top-10, esperavamos mais dele.
Santiago Buitrago
O colombiano tem evoluído constantemente, neste momento é um excelente escalador e safa-se muito bem em percursos com subidas curtas e explosivas, ou seja este percurso é bastante simpático para ele. Fez uma prova de fundo nos JO's bastante interessante, a forma é bastante encorajadora.
Giulio Ciccone
O italiano deu um salto competitivo este ano, já era um excelente escalador mas em 2024 passou a ser um ciclista muito mais fiável.
O percurso explosivo adequa-se muito bem, vem do Tour onde terminou perto do top-10 e criou uma nova rivalidade com Buitrago.
★★★★★ Vingegaard
★★★★ Hirschi, Landa
★★★ S. Yates, Buitrago, Martinez, Ciccone
★★ Alaphilippe, Kuss, Van Gils
★ McNulty, Del Toro, Van Eetvelt
A nossa aposta: Jonas Vingegaard
Joker: Isaac Del Toro
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TV: EiTB
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