De Brabantse Pijl - La Flèche Brabançonne (1.Pro) - Antevisão
A De Brabantse Pijl é o último capítulo da primavera na Flandres. Com o fim das clássicas de pavé, chegam as Ardenas, os ciclistas 'pesados' e de força bruta dão lugar aos que adoram as subidas curtas, mas explosivas. A De Brabantse Pijl serve de transição e de preparação para clássicas das Ardenas.
Antes de 2010 situava-se no período das clássicas do pavé, com a reestruturação do calendário passou a ser disputada depois do Paris-Roubaix, fazendo com que o calendário fique organizado de forma lógica, servindo de despedida da Flandres e piscando o olho às Ardenas.
A primeira edição, realizou-se em 1961, nomes famosos a vencê-la não faltam, Eddy Merckx, Freddy Maertens, Roger De Vlaeminck, Claude Criquelion, Johan Museeuw, Óscar Freire, Michele Bartoli, Philippe Gilbert e Peter Sagan estão entre eles.
História
últimos 10 vencedores
2014 Philippe Gilbert (BEL) BMC Racing Team
2015 Ben Hermans (BEL) BMC Racing Team
2016 Petr Vakoc (CZE) Etixx-Quick-Step
2017 Sonny Colbrelli (ITA) Bahrain-Merid
2018 Tim Wellens (BEL) Lotto-Soudal
2019 Mathieu Van der Poel (HOL) Corendon-Circus
2020 Julian Alaphilippe (FRA) Deceuninck-QuickStep
2021 Tom Pidcock (GBR) Ineos
2022 Magnus Sheffield (USA) Ineos Grenadiers
2023 Dorian Godon (FRA) AG2R Citroen Team
Percurso
Leuven › Overijse (195,2 Km)
Apesar de contar com sectores em pavé, a Brabantse Pijl é mais conhecida pelos seus muros asfaltados, por essa razão é que foi colocada neste período do calendário, serve de antecâmera das Ardenas.
São 22 Subidas curtas e explosivas, a seleção vai sendo feita conforme os quilómetros passam. O perfil dos últimos 90 Km é um serrote, constante sobe e desce que vai moendo as pernas dos ciclistas.
A meta está situada num pequeno topo, Brusselsesteenweg são 1300 metros a 3,7% de inclinação média, não parece muito, mas com a dureza que ficou para trás é um fator importante numa decisão ao sprint num grupo seleto.
1. Chausee d'Alsemberg (122 m, 1.6 Km a 2.5%)
2. Sollenberg (57 m, 0.5 Km a 5.5%)
3. Bruine Put (102 m, 1.2 Km a 4.7%)
4. Eigenbrakelsesteenweg (105 m, 0.9 Km a 4.4%)
5. Rue de Nivelles (138 m, 2.0 Km a 4.0%)
6. Rue François Dubois (92 m, 0.9 Km a 3.9%)
7. Hertstraa (90 m, 0.7 Km a 3.9%)
8. Moskesstraa (72 m, 0.5 Km a 6.7%)
9. Holstheide (87 m, 1.0 Km a 5.2%)
10. 1ª passagem pela meta - Brusselsesteenweg (106 m, 1.3 Km a 3.7%)
11. Hertstraa (90 m, 0.7 Km a 3.7%)
12. Moskesstraa (72 m, 0.5 Km a 6.9%)
13. Holstheide (87 m, 1.0 Km a 5.2%)
14. Volta 1 - Brusselsesteenweg (106 m, 1.3 Km a 3.7%)
15. Hertstraa (90 m, 0.7 Km a 3.7%, Km 167.8)
16. Moskesstraa (72 m, 0.5 Km a 6.9%, Km 172.9)
17. Holstheide (87 m, 1.0 Km a 5.2%, Km 175.8)
18. Volta 2 - Brusselsesteenweg (106 m, 1.3 Km a 3.7%)
19. Hertstraa (90 m, 0.7 Km a 3.7%)
20. Moskesstraa (72 m, 0.5 Km a 6.9%)
21. Holstheide (87 m, 1.0 Km a 5.1%)
22. FINAL - Brusselsesteenweg (106 m, 1.3 Km a 3.7%)
Startlist
Condições meteorológicas
Dia solarengo.
14ºC.
Vento fraco a moderado de sudoeste e oeste.
Não afetará a corrida.
Favoritos
Decathlon-Ag2r
Contam com o campeão em título, Dorion Godon, que este ano já mostrou boa forma, nomeadamente na Catalunha e é um sério candidato a vencer este ano. A sua ponta final é uma vantagem, a maioria não vai querer ir com ele para a linha de meta.
A outra carta da equipa francesa é Benoit Cosnefroy, que este ano tem andado muito e neste percurso é um sério candidato a vencer, é feito para ele.
Alpecin-Deceuninck
É a equipa do momento.
Com Axel Laurance e Quentin Hermans, a equipa belga é séria candidata a vencer mais uma vez. Laurance é um dos puncheurs mais promissores do pelotão, a sua descomunal explosão é perfeita para esta prova.
Hermans é bem mais experiente, mas também perfeitamente adaptado a estes terrenos, vem de ganhar uma etapa na Itzulia, mas também foi dos que abandonou a prova devido a queda.
A temporada de Kragh Andersen tem sido péssima, veremos se melhora aqui.
UAE
Uma das equipas mais forte no papel.
António Morgado tem aqui um percurso feito à sua medida, com subidas explosivas e um cheirinho de empedrado.
Tim Wellens também está presente, é um dos que já ganhou esta prova. Está a fazer uma temporada de clássicas muito regular, esta é uma excelente chance de vencer uma.
Por fim, Marc Hirschi, ciclista que nas provas fora do WT costuma estar entre os melhores. Este é o seu terreno predileto, subidas curtas e encadeadas.
Jayco-Alula
A aposta é clara em Michael Matthews e percebe-se porquê. Está em boa forma, mostrou na Flandres e o historial dele nesta prova impressiona: DNF-10-2-2-5-11-4-DNF-7.
Ou seja, quando não desisti o pior que fez foi 11º, será este o ano que finalmente vai vencer?
Arkea
Vincenzo Albanese é um daqueles ciclistas que começaram a carreira como sprinters e evoluíram para puncheurs. Em teoria este percurso deve-lhe assentar bem, fez uma boa campanha de empedrado, foi 9º na E3 por exemplo.
Israel-Premier Tech
Apresentam uma equipa de luxo com Dylan Teuns que está em grande forma e conhece muito bem esta prova, já tem diversos top-10 no curriculo.
Stephen Williams é outra carta, veremos comos e dá neste terreno, sabemos que é um ciclista explosivo, mas resta saber se a mescla empedrado/alcatrão não o incomoda.
Se a prova for muito endurecida, temos dúvidas que Corbin Strong aguente, mas é mais uma opção da equipa para uma prova mais calma e com uma chegada num grupo grande.
Por fim Joe Blackmore merece uma menção, tem brilhado no pelotão pro-conti, mas aqui tememos que seja complicado repetir a gracinha.
Lotto-DSTNY
Têm Andreas Kron, que apesar da irregularidade pode sacar uma exibição e lutar com os melhores neste terreno. Mas também têm Jenno Berckmoes, que pode ser um desconhecido mas tem feito bons resultados, venceu a última etapa na Coppi-Bartali, mas já tinha andado muito bem em Besseges e Omã.
EF
A aposta é em Marijn van der Berg, que vem de vencer a Région Pays de la Loire Tour. O problema é que poucos vão querer sprintar contra ele, se a prova for endurecida temos algumas dúvidas que consiga sobreviver com os melhores. Mas está em boa forma e é um ciclista a ter em conta.
Uno-X
A temporada de Tobias Johannessen até tinha começado bem até que fraturou a clavícula nos Alps-Maritimes e desde aí tem passado ao lado. Veremos se esta prova poderá ser de recuperação das melhores pernas.
★★★★★ Cosnefroy
★★★★ Matthews, Laurance
★★★ Wellens, Morgado, Teuns
★★ Hirschi, Williams, Godon, Albanese
★ Hermans, van der Berg, Kron, Berckmoes, Strong
A nossa aposta: Benoit Cosnefroy
Joker: Jenno Berckmoes
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