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Amstel Gold Race (1.WT) - Antevisão

  


Depois do pavé chegam as Ardenas e a primeira das três famosas clássicas que fazem parte das Clássicas das Ardenas é a Amstel Gold Race. Deve o seu nome ao patrocinador, a famosa cervejaria Amstel. É a maior prova que decorre em solo neerlandês, corre-se desde 1966 no sul da província de Limburg.

O percurso tem variado, em 1966 a partida foi em Breda, de 1967 a 1970 a partida era da cidade de Helmond, 1971 a 1997 iniciava em Heereln e desde 1998 é em Maastricht (exceção do ano da pandemia que foi em Valkenburg). De 1966 até 1990 a chegada foi em Meerssen (excetuando o ano de 1968, que foi em Elsloo). De 1991 a 2002 a chegada foi em Maastricht, de 2003 até 2012 a meta estava no topo do Cauberg e de 2013 a 2016 encontrava-se 1800 metros mais à frente. O número de subidas curtas e explosivas fazem com que seja uma prova bastante exigente. 

Jan Raas é o recordista com 5 triunfos. 

História 

últimos 10 vencedores
2014 Philippe Gilbert (BEL) BMC Racing Team
2015 Michał Kwiatkowski (POL) Etixx–Quick-Step
2016 Enrico Gasparotto (ITA) Wanty-Groupe Gober
2017 Philippe Gilbert (BEL) Quick-Step Floor
2018 Michael Valgren (DEN) Astana Pro Team
2019 Mathieu Van der Poel (NED) Corendon-Circus
2020 -
2021 Wout van Aert (BEL) Jumbo-Visma
2022 Michal Kwiatkowski (POL) Ineos
2023 Tadej Pogacar (SLO) UAE Team Emirates

Percurso

Maastricht › Velkenburg (253,6 Km)






No menu estão 253 Km com 33 subida e 3.500 m de subida acumulada. Estradas estreitas, muitas curvas e subidas explosivas tornam esta prova caótica e imprevisível.
A corrida vai eliminando ciclistas, no entanto, os últimos 50 Km são os que prometem mais ação e apenas os melhores sobreviverão. A sequência de subidas mete medo, Kruisberg, Eyserbosweg, Fromberg, Keutenberg, Cauberg, Geulhemmerberg e Bemelerberg.
O Eyserbosweg impressiona, também destaque para o Keutenberg, que tem uma rampa de 22% e claro o clássico Cauberg.

1 ::: Maasberg (0,3 Km @ 5,1%) – a 241 Km
2 ::: Adsteeg (0,7 Km @ 4,7%) – a 222 Km
3 ::: Bergseweg (2,5 Km @ 3,3%)  – a 205 Km
4 ::: Korenweg (0,9 Km @ 5,7%) – a 203 Km
5 ::: Nijswillerweg (1,3 Km @ 2,7%) – a 198 Km
6 ::: Rijksweg N278 (3 Km @ 2,9%)- a 189 Km
7 ::: Wolfsberg (0,9 Km @ 3,4%)  – a 168 Km
8 ::: Loorberg (1,4 Km @ 5,3%) – a 165 Km
9 ::: Schweibergerweg (2,3 Km @ 4,6%)  – a 154 Km
10 ::: Camerig (3,7 Km @ 4,2%) – a 147 Km
11 ::: Drielandenpunt (3 Km @ 3,8%) – a 135 Km
12 ::: Gemmenich (0,9 Km @ 6%) – a 130 Km
13 ::: Vijlenerbos (1,4 Km @ 5,5%) – a 127 Km
14 ::: Eperheide (2,4 Km @ 4,7%) – a 118 Km
15 ::: Gulperberg vanuit Partij (0,5 Km @ 9,8%) – a 109 Km
16 ::: Plettenberg (1 Km @ 3,5%) – a 105 Km
17 ::: Eyserweg (2 Km @ 4,6%) – a 103 Km
18 ::: St ::: Remigiusstraat (1,4 Km @ 5,2%) – a 99 Km
19 ::: Vrakelberg (0,5 Km @ 7,6%) – a 94 Km
20 ::: Sibbergrubbe (1,8 Km @ 4%) – a 86 Km
21 ::: Cauberg (0,8 Km @ 6,6%) – a 81 Km
22 ::: Geulhemmerberg (0,7 Km @ 6,6%) – a 76 Km
23 ::: Keerderberg (1,8 Km @ 3,6%) – a 70 Km
24 ::: Bemelerberg (1 Km @ 4,4%) – a 66 Km
25 ::: Loorberg (1,4 Km @ 5,3%) –  a 51 Km
26 ::: Gulperberg vanuit Gulpen (0,9 Km @ 5,5%) – a 43 Km
27 ::: Kruisberg (0,7 Km @ 7,3%) – 9 38 Km
28 ::: Eyserbosweg (1,1 Km @ 7,6%) – a 37 Km
29 ::: Fromberg (1,7 Km @ 3,8%) – a 33 Km
30 ::: Keutenberg (1,6 Km @ 5,2%) – a 29 Km
31 ::: Cauberg (0,8 Km @ 6,6%) – a 18 Km
32 ::: Geulhemmerberg (0,7 Km @ 6,6%) – a 13 Km
33 ::: Bemelerberg (1 Km @ 4,4%) – a 7 Km

O final da prova não tem grandes surpresas, Cauberg seguido de passagem pela linha de meta e uma volta pelas redondezas onde sobem o Geulhemmerberg e Bemelerberg que podem ser lugar para movimentos decisivos.

Startlist


Condições meteorológicas


15ºC.
Céu nublado, mas seco.
Vento fraco a moderado de oeste (14 Km/h).

Favoritos

Isto é um van der Poel versus o resto do mundo e arredores. Os adversários têm de ser criativos para bater o neerlandês, que está numa forma tão absurda que mesmo que uma equipa seja perfeita taticamente, poderá não ser suficiente para o bater.

Mathieu van der Poel
Venceu a Flandres e o Roubaix com uma superioridade avassaladora. Chega aqui com um favoritismo esmagador, ainda por cima a sua equipa está a correr perto da perfeição. Não há muito a dizer sobre ele, a grande questão é saber quando vai atacar e se alguém será capaz de o seguir.
Em 2019 venceu a prova com um dos finais mais emblemáticas da história.

Mattias Skjelmose
Foi batido por Ayuso no País Basco, mas mostrou que a forma é boa e as Ardenas são um dos grandes objetivos do dinamarquês. No ano passado foi um dos melhores nestas provas, a sua explosividade adequa-se perfeitamente.
A Lidl-Trek tem uma das melhores equipas, com Toms Skuijns e Andrea Bagioli como planos B.

Benoit Cosnefroy
Está numa forma superlativa e demonstrou isso na Brabantse Pijl, o seu sprint está bem afinado. As Ardenas são o grande objetivo deste ano para ele e a preparação foi perfeita.
Esta é uma das provas que mais aprecia, foi 2º em 2022 com um final icónico entre ele e Kwitakowski.

Juan Ayuso 
Venceu a Itzulia com uma etapa final de bom nível, onde a UAE também esteve bem.  O espanhol poderá andar neste tipo de percursos, mas se as subidas fossem um pouco mais longas adequavam-se mais para ele.
A UAE tem uma das equipas mais fortes, além de Ayuso conta com Marc Hirschi e Brandon McNulty, o suíço focou a preparação para as Ardenas, mas tem brilhado pouco, o americano pelo contrário, tem estado muito forte, no entanto, temos dúvidas que as Ardenas sejam o perfil ideal para ele.
João Almeida desde que está no WT pouco mostrou nas provas de 1 dia, além disso a sua colocação que é fulcral nestas provas, é um dos pontos fracos. Veremos como será utilizado.
É a equipa com mais possibilidade para usar vantagem numérica.

Ben Healy
Mais um que se focou nas Ardenas e no ano passado andou muito neste tríptico. Não tem a explosão da maioria dos rivais, mas tem uma capacidade incomum de aguentar ritmos loucos por muitos Km neste terreno 'rompe-pernas'.
Marijn van der Berg está em grande forma, mas este terreno talvez esteja um pouco acima dos seus limites.

Maxim Van Gils
Um ciclista espetacular, que tem confirmado todo o potencial. É mais um que tem as Ardenas como grande objetivo, nas entrevistas pré-prova, disse que o objetivo e estar no top-5.
A distância não é problema, na Milão-São Remo chegou no grupo principal e na Strade Bianche foi juntamente com Skuijns o melhor dos humanos.

Tom Pidcock
Esta é uma das provas do calendário que melhor assentam a Pidcock. Já teve muito perto de a vencer, quando ele e Van Aert em 2021 sprintaram para a vitória e ainda hoje o photo-finish gera dúvidas.
Foi 4º na Strade-Bianche, 11º na Milão-São Remo e 17º no Paris-Roubaix, não se pode dizer que tenha estado brilhante, mas também não foi mal, mas dele espera-se mais.
Michal Kwiatkowski adora esta prova, tem um historial muito bom aqui, deve ser o plano B da Ineos.

Michael Matthews
Infelizmente Matthews é um dos ciclistas mais 'chatos' do WT, é com pena que o digo, mas chega a ser frustrante vê-lo correr. Passa praticamente todas as provas na roda, raramente toma a inciativa e muitas vezes só o vemos no sprint final, depois de 200 Km escondido.
A meio da semana disse que ía tentar algo na Brabantse Pijl e na corrida fez o que sempre faz, seguiu rodas e acabou a vencer o sprint do segundo grupo.
Mesmo assim, é um corredor a ter conta, é bem provável que termine entre os 10 melhores e se tiver sorte, o pódio não é totalmente descabido, até porque costuma ter bons resultados aqui.

Dylan Teuns
Um dos ciclistas em forma, chegaram as Ardenas e Teuns está nas suas sete quintas. Explosivo e que em forma é bastante ofensivo.
Na Flandres, apesar do resultado não refletir isso, foi juntamente com bettiol, o melhor dos humanos.

Tiesj Benoot
A Visma é uma equipa delicerada pelas lesões, Benoot também teve problemas no inicio da temporada que o limitou bastante nos primeiros meses. Mas melhorou e acabou o empedrado como a melhor abelhas. Este terreno é perfeito para ele, subidas curtas encadeadas é onde ele brilha mais. 
Matteo Jorgenson começou o ano a voar, na Flandres parecia o melhor dos outros, tentou seguir van der Poel e rebentou por completo, mostrando fragilidade. Em teoria este terreno é bom para ele, mas depois da Flandres, deixou-nos dúvidas.

Valentin Madouas
Mais um que tem nas Ardenas um dos principais objetivos, a Amstel Gold Race é das provas que melhor se adaptam a ele. Não tem feito uma época propriamente brilhante, veremos se está bem aqui.
O jovem adolescente Romain Gregoire é uma das curiosidades da prova, vem de vencer uma etapa na Itzulia.

Max Schachmann
Na Itzulia mostrou que está de regresso à boa forma. Em 2021 foi 3º.

★★★★★ van der Poel
★★★★ Cosmefroy, Skjelmose
★★★ Van Gils, Healy
★★ Pidcock, Ayuso, Teuns
 Benoot, Jorgenson, Madouas, Matthews, Schachmann

A nossa aposta: Mathieu van der Poel
Joker: Romain Gregoire

Seguir em directo: @Amstelgoldrace, #AGR
 Eurosport 1 (13:00, Lisboa)

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