Vuelta a Andalucia Ruta Ciclista Del Sol (2.Pro) - Antevisão

  

70ª edição da Ruta del Sol, uma das provas por etapas mais tradicionais e importantes do país vizinho. Tadej Pogacar, o atual campeão da prova, não estará presente, mas muitos são os nomes conhecidos que irão alinhar à partida. Entre eles, destaque para os portugueses Nelson Oliveira e Ruben Guerreiro. 

História

últimos 10 vencedores

2014 Alejandro Valverde (ESP) Movistar Team

2015 Chris Froome (GBR) Team Sky

2016 Alejandro Valverde (Spa) Movistar Team

2017 Alejandro Valverde (Spa) Movistar Team

2018 Tim Wellens (Bel) Lotto Soudal

2019 Jakob Fuglsang (Den) Astana Pro Team

2020 Jakob Fuglsang (Den) Astana Pro Team

2021 Miguel Angel Lopez (Col) Movistar Team

2022 Wout Poels (Ned) Bahrain Victorious

2023 Tadej Pogacar (Slo) UAE Team

Percurso

 14/02  Etapa 1 | Almuñecar - Cádiar (162.9 Km)

 15/02  Etapa 2 | Vélez-  Alcaudete (158.8 Km)

 16/02  Etapa 3 | Arjona - Pozoblanco (163.9 Km)

 17/02  Etapa 4 | Córdoba - Lucena (166.3 Km)

 18/02  Etapa 5 | Benhavís - La Línea (172.4 Km)

A Ruta del Sol habituou-nos a percursos duros e este ano, apesar de não ter nenhuma etapa considerada rainha, também não conta com muitas etapas planas. O mais próximo desse conceito será talvez a 3ª etapa, que apesar de bastante ondulada, tem apenas com 1 contagem de montanha de 2ª categoria. 

Perfis

 14/02  Etapa 1 | Almuñecar - Cádiar (162.9 Km)

A prova começa com uma etapa dura. Na primeira metade os ciclistas irão encontrar 2 contagens de montanha, ambas de 3ª categoria, o Alto de Itrabo (3,7 Km a 9,2%) e depois o Alto de Lanjarón (14,9 Km a 3,4%). Mas as dificuldades não se ficam por aqui. O pelotão terá ainda de enfrentar, nada mais, nada menos, do que a subida mais longa desta edição (sim, logo no primeiro dia). O Puerto de Trevélez conta com 32,9 Km a 3,2%. Pode não ser a subida com a média mais dura de que já ouvimos falar, mas irá fazer mossa nas pernas.

A parte final tem uma subida não categorizada de 3,3 Km a 7,6%, o último Km é a descer.

 15/02  Etapa 2 | Vélez-  Alcaudete (158.8 Km)

Etapa de constante sobe e desce. A contagem de 1ª categoria está quase no início da etapa, o que não deverá proporcionar grandes espetáculos. Após passarem o Puerto del Sol (17,2 Km a 4,9%), os ciclistas irão descer para logo a seguir subir até ao Puerto de los Alazores, uma subida de 3ª categoria com 3,6 Km a 4,3%.

A última contagem de montanha fica a cerca de 56 Km da meta, o Alto del Jaramillo (3 Km a 9,8%).  

O final da etapa apesar de não ser categorizado (um hábito nesta edição) é em subida, são 8,5 Km à média de 3,5%.

 16/02  Etapa 3 | Arjona - Pozoblanco (163.9 Km)

Não é uma etapa completamente plana, tem muito sobe e desce, mas os últimos 30 Km são relativamente fáceis. É uma oportunidade para os sprinters, têm de sobreviver à contagem de montanha de 2ª categoria, o Puerto del Cardo (12,9 Km a 2,2%), que fica a cerca de 45 Km da meta.

 17/02  Etapa 4 | Córdoba - Lucena (166.3 Km)

Com certeza os ciclistas com ambições à geral estarão de olho na 4ª etapa. O início não é complicado mas a segunda metade da etapa é feita num circuito com uma contagem de 3ª categoria, o Alto de la Primera Cruz (2,2 Km a 6,8%) onde irão passar quatro vezes. Atenção às bonificações, as três primeiras passagens na contagem de montanha são bonificadas com 3, 2 e 1 segundos. Este fator pode tornar a etapa mais interessante.

 18/02  Etapa 5 | Benhavís - La Línea (172.4 Km)

Apesar de classificada como etapa de montanha, a 5ª etapa pode muito bem ser discutida ao sprint. Tudo dependerá da forma como os candidatos à geral encarem esta etapa.

A parte mais dura está na primeira metade, com a contagem de 1ª categoria a aparecer ao Km 23. O Puerto del Madroño é longo, conta com 20 Km a 4,8% . Depois irão descer para a bela cidade de Ronda e haverá algumas subidas não categorizadas até aparecer o Puerto del Espino (7,6 Km a 5,9%). E aí terminam as dificuldades do dia, a 80 Km para a meta.

Startlist

Aqui

Favoritos

Sprinters

Poucas hipóteses para os sprinters e as que há tem dificuldades pelo o meio que tornam a vida deles complicada. Por essa razão, não há nenhum puro 'sprinte' na lista, o mais que se aproxima a esse conceito é Max Kanter.

Geral

Praticamente todas as etapas tem as suas ratoeiras, mas as etapas 1, 2 e 4 serão aquelas à partida que farão diferenças maiores. Existem dois blocos que se destacam, UAE e Bahrain, estas duas equipas terão os números a seu favor.

UAE

Equipa de luxo que tem Juan Ayuso como principal cabeça de cartaz, o jovem espanhol não começou mal em Jáen, trabalhou bastante para os colegas, neste percurso é candidato a ganhar.

Tim Wellens como é tradição começou o ano muito forte e está cada vez melhor, sem alta-montanha é um candidato a estar entre os melhores, tem diversas etapas à sua medida.

Marc Soler é um daqueles ciclistas capazes do incrivel e do horrendo em poucos dias, esta é uma das poucas provas que pode ter liberdade, mais uma carta a ser jogada pela UAE.

Bahrain

Santiago Buitrago foi 3º em 2023 e quer melhorar esse resultado este ano, em teoria é o líder da equipa depois do 2º lugar na Valenciana. 

Damiano Caruso é outro nome importante, é um ciclista regular, mas as subidas demasiado explosivas não lhe beneficiam, no entanto a sua classe e experiência fazem dele um perigo. 

Jack Haig abriu a temporada com uma exibição sólida no Tour Down Under, veremos o que pode fazer nas estradas andaluzas, mais uma carta que a Bahrain pode jogar.

Por fim, temos de destacar o vencedor da edição de 2022, Wout Poels, que gosta bastante destas estradas e mesmo para a idade que tem, ainda possui alguma explosividade.

Movistar

Ruben Guerreiro andou bem na Figueira, neste percurso é um sério candidato, tem diversas chegadas para brilhar. Gonzalo Serrano também algumas chegadas ao seu gosto, mas para a geral não nos parece a melhor opção.

Javier Romo começou bem o ano, veremos se estará a gregariar ou tem liberdade.

Nélson Oliveira também estará presente.

Maxim Van Gils

Ciclista explosivo com uma boa ponta final, ou seja, o percurso parece perfeito para as suas qualidades. Mas não sabemos como está, abre a temporada aqui, pelo o que em teoria será um dos favoritos mas pouco se sabe da sua forma.

Felix Gall

Uma das surpresas de 2023, mostrou-se ambicioso antes desta prova, o que quer dizer que estará em boa forma. Não temos a certeza é se este percurso é o adequado às suas características, falta-lhe um pouco de explosividade, mas é claro candidato ao top-5 .

Lorenzo Fortunato

Estreia na Astana, um trepador que preferia um percurso um pouco mais montanhoso e menos explosivo. Mas o top-10 é possível.

Axel Laurance

Ao contrário de Gall e Fortunato, Laurance é extremamente explosivo e preferia um percurso com menos dificuldades. Está em grande forma como mostrou em Besseges, mas temos dúvidas que possa estar todos os dias entre os melhores esta semana.

Mark Donovan

11º em Múrcia e 17º em Jáen, bom inicio de temporada.

★★★ Ayuso, Buitrago

★★ Wellens, Gall

★ Guerreiro, Van Gils, Poels, Caruso, Soler, Haig

A nossa aposta: Juan Ayuso

Joker: Maxim Van Gils

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