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Guia Paris-Roubaix 2023

      

For some, it's only a dirt track. For us, it's the gate of hell.
Para alguns, é apenas uma percurso sujo. Para nós, é a porta do inferno.


A rainha das clássicas, a clássicas das clássicas, o inferno do norte, o infame Paris-Roubaix celebra este domingo a sua 120ª edição.
A sua grandeza e misticismo é algo único no ciclismo mundial, que apaixona ciclistas e milhões de adeptos da modalidade. O Tour é provavelmente a única prova que concorre com o Paris-Roubaix em termos de popularidade e importância.
Desde 1896 que se corre a prova no norte de França, apesar de se chamar Paris-Roubaix desde 1968 que a partida não sai de Paris, mas sim de uma cidade a norte da cidade Luz, Compiègne, que pertence à região de Picardie.

História

Não há prova igual a esta e é uma das mais antigas. Criada em 1896, quando Théodore Vienne e Maurice Perez, construíram o velódromo em Roubaix e propuseram ao editor da Le Vélo, Louis Minart, a realização de uma prova que começaria em Paris e terminaria nele. Minart deixou a decisão final para o director da publicação, Paul Rousseau. A abordagem foi no sentido da prova ser de preparação para o Bordéus-Paris, uma das provas mais importantes dessa altura.
Paul Rousseau mostrou-se a favor da ideia e para definir o percurso, pediu ao editor de ciclismo Victor Breyer que o fizesse. Breyer foi reconhecer o percurso e chegou imundo e completamente de rastos a Roubaix, a intenção era enviar por carta uma recomendação a Minart para desistir da ideia, porém, tal não aconteceu e Breyer concordou em dar o seu aval à realização da prova. Definindo um percurso por meio de florestas, campos agrícolas e com muito pavé à mistura.
O primeiro vencedor da prova foi o alemão, Josef Fischer.
Desde aí, a prova realiza-se até aos dias de hoje, apenas teve dois interregnos, durante a primeira e segunda grande guerra.

Em termos de vitórias, Roger de Vlaeminck e Tom Boonen são os recordistas com quatro vitórias. Aqui fica a lista dos mais vitoriosos:
4 - Roger De Vlaeminck, BEL
4 - Tom Boonen, BEL 
3 - Octave Lapize, FRA 
3 - Gaston Rebry, BEL 
3 - Rik Van Looy, BEL 
3 - Eddy Merckx, BEL
3 - Francesco Moser, ITA 
3 - Johan Museeuw, BEL 
3 - Fabian Cancellara, SUI

Roger de Vlaeminck, é conhecido por Monsieur Paris-Roubaix, nãosó pelas vitórias mas também pela quantidade de pódios, foram 9. Aqui fica a lista dos que fizeram mais pódios na prova:
9 - Roger De Vlaeminck, BEL
7 - Francesco Moser, ITA 
6 - Rik Van Looy, BEL 
6 - Johan Museeuw, BEL 
6 - Tom Boonen, BEL 
6 - Fabian Cancellara, SUI

A prova é francesa, mas é a Bélgica a grande dominadora da prova:
1 - Bélgica 57
2 - França 28
3 - Itália 14
4 - Holanda 7
5 - Suíça 4
6 - Irlanda 2
6 - Alemanha 2
7 - Luxemburgo 1
7 - Suécia 1
7 - Ucrânia 1
7 - Austrália 2

2010 Fabian Cancellara (SUI) Team Saxo Bank
2011 Johan Vansummeren (BEL) Garmin–Cervélo
2012 Tom Boonen (BEL) Omega Pharma–Quick-Step
2013 Fabian Cancellara (SUI) RadioShack–Leopard
2014 Niki Terpstra (NED) Omega Pharma–Quick-Step
2015 John Degenkolb (GER) Giant–Alpecin
2016 Matthew Hayman (AUS) Orica-GreenEdge
2017 Greg Van Avermaet (BEL) BMC
2018 Niki Terpstra (NED) Quick-Step Floors
2019 Philippe Gilbert (BEL) Deceuninck-QuickStep
2020 Não se realizou
2021 Sonny Colbrelli (ITA) Bahrain  
2022 Dylan van Baarle (NED) Ineos Grenadiers

Percurso

Compiègne> Roubaix (257 Km)



Paris-Roubaix é sinónimo de pavé, o primeiro sector surge aos 96 Km de prova e depois serão mais 29 que farão a seleção e separará o trigo do joio. Todos eles são avaliados entre uma a cinco estrelas, definindo a dificuldade dos mesmos. Se o sector for de cinco estrelas isso significa que tem a dificuldade máxima e se tiver apenas uma, dificuldade mínima. A definição da dificuldade é dado pela qualidade do pavé e extensão do sector.
Entre todos os sectores, destacam-se claramente dois: a mítica floresta de Arenberg, que este ano aparece ao quilómetro 162,4 (sector 19) e o Le Carrefour de l’Arbre (sector 4), que está a 17 Km da meta, sendo este o sector que pode decidir a corrida, por estar tão próximo do final.
Há quatro anos foi introduzido outro sector com a máxima dificuldade, é o número 11, Mons-en-Pévèle, que está situado a 48,6 Km da meta. Este setor é crucial na seleção.
Como já é habitual, o inicio da prova será nos arredores de Paris, em Compiègne e terminará num dos palcos mais míticos e importantes do ciclismo mundial, o velódromo de Roubaix. O pavé e a extensão, fazem do Paris-Roubaix um dos testes mais duros, fisicamente e mentalmente para qualquer ciclista e também para as máquinas.

Setores de pavé



Startlist



Condições Atmosféricas

Tempo seco, mas durante a semana choveu, os sectores poderão ainda ter alguma lama.
17ºC.
Vento fraco de sudeste pela manhã, mas vai aumentando conforme as horas passam e os ciclistas seguem para norte.

Previsão: Epic Ride Weather


Favoritos

O Paris-Roubaix é a prova mais imprevisível de todo o calendário, praticamente impossível de prever, é selvagem, infame, bárbara, indomável, cruel, atroz... 
Resumindo: é a melhor prova. 

Esta lista podia ser maior, mas tivemos que fazer escolhas.

Soudal-QuickStep
Esta é a grande oportunidade dos lobos salvarem a temporada de empedrado. Kasper Asgreen deu excelentes sinais na Flandres, pela primeira vez este ano vimos um lobo a correr para os primeiros lugares e a confiança subiu no pupilo do tio Pat. Yves Lampaert é outra excelente opção, o belga adora esta prova, foi feito para ela e o historial comprova.
Por outro lado, Florian Senechal este ano não mostrou absolutamente nada e não nos dá confiança.

Jumbo-Visma
Dylan van Baarle é o campeão em título, mas não teve uma preparação correta e não sabemos como estará. Christophe Laporte tem feito uma primavera de sonho e parte como número 2 da equipa. O líder é Wout Van Aert, depois da desilusão da Flandres, procura retificar no Roubaix, sem as subidas explosivas da Flandres as suas hipóteses num mano a mano com van der Poel aumentam.
A grande fortaleza desta equipa é a superioridade numérica.

Trek-Segafredo
Mads Pedersen esteve muito forte na Flandres, aqui o terreno é ainda melhor para ele. Com o sprint que tem, ninguém vai querer levá-lo para a meta.
Jasper Stuyven é o plano B da equipa italo-americana, a sua primavera está longe de ser boa.

Pippo Ganna
Ninguém lhe pode dar 5 metros de vantagem, o italiano é a grande esperança da Ineos para lhe salvarem esta campanha de empedrado.
Na Milão-São Remo mostrou estar em forma, resta saber se depois de algumas semanas continua com aquelas pernas.

Mathieu van der Poel
Está em grande forma, venceu a Milão-São Remo e apenas foi batido por Pogacar na Flandres. Pode ganhar isolado como ao sprint, mas o facto de não haverem subidas diminui a superioridade em relação aos adversários.

Stefan Kung
O problema do suiço é que tem de descarregar todos para ganhar. É um dos melhores classicomanos da atualidade.

Alexander Kristoff
Eterno Kristoff, adora distâncias longas, basicamente tem as mesmas características de Pedersen, se não for descartado será um problema para os rivais no final.

Matej Mohoric
Kung 2.0. Para ganhar terá de descarregar toda a gente, é um dos melhores no empedrado.

★ van der Poel, Van Aert
★ Ganna, Pedersen
★ Asgreen, Laporte, Kung
★ van Baarle, Lampaert, Mohoric
★ Stuyven, Kristoff

A nossa aposta: Wout Van Aert
Joker: Florian Vermeersch

TV: Eurosport 1 (09:30, Lisboa)

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