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Guia Volta a Portugal 2025

    

A prova mais amada pelos portugueses começa hoje nas ruas da Maia, 86ª edição.
A primeira edição foi à 95 anos e o vencedor foi Augusto de Carvalho, ciclista do Carcavelos, que percorreu 1965 quilómetros divididos em 18 etapas. Na altura haviam três categorias, Forte, Fracos e Militares e alguns representavam clubes.
“Foi o ciclismo, e não o futebol, que espalhou a mística dos três grandes clubes por todo o país” Guita Júnior, jornalista desportivo
A Volta regressaria 4 anos mais tarde, com José Maria Nicolau e Alfredo Trindade a encarnarem a rivalidade entre Benfica e Sporting. Nos anos 40 seria o FC do Porto a dominar a prova e assim nascia a enorme rivalidade que até aos dias de hoje existe entre os três clubes.
Os ciclistas portugueses dominam a lista de vencedores com 60 vitórias, mas na última década o domínio tem sido espanhol. Desde 2004, das 13 edições disputadas, 10 foram conquistadas por ciclistas do país vizinho, com destaque para as 5 vitórias de David Blanco, que faz dele o recordista de vitórias.

História

últimos 10 vencedores
2015 Gustavo Veloso (ESP) W52–Quinta da Lixa
2016 Rui Vinhas (POR) W52–FC Porto
2017 Amaro Antunes (POR) W52-FC Porto
2018 Jóni Brandão (ESP) Sporting/Tavira
2019 João Rodrigues (POR) W52-FC Porto
2020 /edição especial/  Amaro Antunes (POR) W52-FC Porto
2021 Amaro Antunes (POR)W52-FC Porto
2022 Mauricio Moreira (URU) Glassdrive/Q8/Anicolor
2023 Colin Stussi (Sui) Team Vorarlberg
2024 Artem Nych (RUS) Sabgal/Anicolor

Percurso



 06/08 Prólogo-Maia-Maia-3.4 Km
 07/08 Etapa 1-Viana do Castelo-Braga-162.3 Km
 08/08 Etapa 2-Felgueiras-Fafe-167.9 Km
 09/08 Etapa 3-Boticas-Bragança-185.2 Km
 10/08 Etapa 4-Bragança-Mondim de Basto-182.9 Km
 11/08 Etapa 5-Lamego-Viseu-155.5 Km
  12/08 Dia de descanso
 13/08 Etapa 6-Águeda-Guarda-175.2 Km
 14/08 Etapa 7-Sabugal-Covilhã-179.3 Km
 15/08 Etapa 8-Ferreira do Zêzere-Santarém-178.2 Km
 16/08 Etapa 9-Alcobaça-Montejunto-174.4 Km
 17/08 Etapa 10-Lisboa-Lisboa-16.7 Km

Como é tradição o percurso da Volta a Portugal não é propriamente muito dócil para os velocistas e este ano não é exceção, poucas oportunidades e mesmo as que há tem as suas ratoeiras.
A prova está dividida em duas partes, a primeira percorre a região norte do país e conta com a dureza típica da região. A segunda parte concentra-se no centro do país com a Torre, Montejunto e o contra-relógio final de Lisboa a serem os pontos cruciais.

Perfis

 06/08 Prólogo-Maia-Maia-3.4 Km
A Volta a Portugal inicia, como já é tradição, com um prólogo que irá definir quem veste a primeira camisola amarela da 86.ª edição. O percurso é plano e rápido, ideal para os especialistas, ou seja, ciclistas potentes e com uma boa capacidade de esforço individual.

Este prólogo marca o regresso da Maia como cidade de partida da Volta a Portugal, algo que não acontecia há 23 anos. A corrida começa e termina na Avenida Luís de Camões, após um percurso que passa por várias artérias da cidade, como a Avenida Dom Manuel II e a Avenida Engenheiro José Afonso Moreira de Figueiredo.

 07/08 Etapa 1-Viana do Castelo-Braga-162.3 Km

Esta não é uma etapa para velocistas. O traçado, que parte de Viana do Castelo, é bastante exigente e sinuoso, com o pelotão a enfrentar várias contagens de montanha. A chegada ao Santuário do Sameiro é a grande novidade e será decisiva para a classificação geral.

A subida final para o Sameiro é de 2ª categoria, os ciclistas terão de a enfrentar por duas vezes. O Sameiro já era uma passagem habitual em etapas que terminavam em Braga, mas nunca tinha servido como meta final que beneficia os escaladores, que terão aqui uma excelente oportunidade para ganhar tempo aos seus rivais.

 08/08 Etapa 2-Felgueiras-Fafe-167.9 Km
Etapa com 2591 metros de subida acumulada com passagem por setores de terra, que pode criar o caos e por isso os homens da geral terão de estar atentos.

Um dos pontos de maior destaque do percurso é a passagem pelo troço de rali da Casa do Penedo em Fafe, um setor em terra batida de 4,5 km que os ciclistas enfrentarão a cerca de 28 km da meta.
A combinação de subidas, descidas e o troço de rali torna esta etapa imprevisível e pode favorecer ataques de ciclistas que se sintam à vontade neste tipo de terreno, prometendo uma chegada emocionante.

 09/08 Etapa 3-Boticas-Bragança-185.2 Km

Etapa mais longa da prova com mais de 185 km de extensão. O dia começa logo com a subida a Alturas do Barroso, de 3ª categoria. Mas ao longo dos 185 km várias são as dificuldades que o pelotão terá de ultrapassar.

Em Bragança, os ciclistas terão de passar uma primeira vez pela linha de chegada, onde estará instalada uma meta volante, entrando num circuito final. Uma chegada ao sprint em pelotão massivo é uma possibilidade mas o terreno é bastante ondulado e uma fuga ou mesmo um ataque na parte final pode ter sucesso.

 10/08 Etapa 4-Bragança-Mondim de Basto-182.9 Km

Segundo dia mais longo da Volta e é a etapa rainha da prova. O percurso está repleto de subidas: Alto do Pópulo (8,4 km a 4,3%),  Leirós (6,2 km a 4,2%) e a Serra do Alvão (10,3 km a 6,8%).

O ponto alto da etapa é, sem dúvida a chegada à Senhora da Graça, a subida mais mítica do ciclismo português, não sendo a mais complicada, todo o ambiente criado e a história faz com que tenha um lugar muito especial no coração dos portugueses. São 8,4 km a 7,2%.

NOTA: A zona do Alvão tem sofrido com os incêndios, esta etapa irá percorrer esta região.



 11/08 Etapa 5-Lamego-Viseu-155.5 Km

O percurso da etapa é mais curto do que o dia anterior e apresenta um perfil menos acidentado, o que a torna ideal para as equipas de sprinters controlarem a corrida e prepararem a chegada. A cidade histórica de Lamego será o ponto de partida para esta etapa, que culminará em Viseu.

A chegada em Viseu, conhecida por ser a cidade de Viriato e das rotundas não é tão simples quanto aparenta. O pelotão fará um circuito final antes da segunda e última passagem pela linha de chegada, o que pode trazer alguma incerteza e aumentar a tensão nos últimos km. Esta etapa será também a última antes do dia de descanso.

  12/08 Dia de descanso

 13/08 Etapa 6-Águeda-Guarda-175.2 Km

Após o dia de descanso, os ciclistas partirão de Águeda e chegarão à Guarda, com um percurso de 175,2 km de média montanha, a chegada é particularmente explosiva e tem dado bons momentos de ciclismo nas últimas edições.

Os ciclistas vão enfrentar uma subida logo no início, o Moinho do Pisco, um prémio de montanha de 2ª categoria. Os últimos 35 km tem no menu: Prados (6,1 km a 6,2%) e a Videmonte (3,7 km a 7,4%).
A etapa culmina com a chegada à cidade da Guarda, com uma subida final explosiva e que tem dado belos momentos de ciclismo nas últimas edições, Luís Angel Maté domou este final duas vezes.

 14/08 Etapa 7-Sabugal-Covilhã-179.3 Km
Chegada à Torre, podia ser a etapa rainha mas não é porque além da subida final não há muita dureza antes disso, apenas a subida de Sarzedo que servirá apenas para preparar as pernas.

A subida final é um desafio enorme, as diferenças deverão ser importantes, o vento também é um fator importante, há diversas secções expostas que podem inibir ataques. São 20,3 km a 6,4%, a parte inicial do centro da Covilhão (zona empedrada) até ao hotel de Carquejais é bastante dura, antes das Penhas da saúde e os últimos 6 km são também exigentes.




 15/08 Etapa 8-Ferreira do Zêzere-Santarém-178.2 Km

Etapa com um perfil predominantemente plano, o que a torna uma excelente oportunidade para os sprinters 

O percurso atravessa o Ribatejo, o calor poderá ser o grande inimigo.

 16/08 Etapa 9-Alcobaça-Montejunto-174.4 Km

Chegada ao topo do Montejunto, que regressa ao traçado da Volta a Portugal 42 anos depois. Etapa 'unipuerto'.

A subida ao Montejunto é exigente, no GP Joaquim Agostinho Jesus David Peña bateu Alexis Guerin. São 5 km a 8,4%, o último km é particularmente penoso. É uma etapa pensada para os escaladores, pois é a última oportunidade para os ciclistas da geral fazerem a diferença antes do contra-relógio final. 



 17/08 Etapa 10-Lisboa-Lisboa-16.7 Km

Contra-relógio com partida e chegada na Praça do Império, em Lisboa, é maioritariamente plana. Este tipo de traçado favorece os especialistas.

Após nove etapas em linha, com as chegadas em montanha a terem um peso significativo, este contra-relógio será a última oportunidade para os ciclistas que ainda lutam pela classificação geral. O mais provável é que o resultado defina o pódio final da 86.ª edição da Volta a Portugal.


Lista de participantes 

Aqui


Favoritos/Ciclistas a seguir


Alexis Guérin
Tem sido um dos dominadores do circuito nacional e chega à Volta como grande favorito. O francês encontrou em Portugal a motivação que tanto procurou, está a fazer um ano muito bom, na montanha tem estado forte e no contra-relógio deve-se defender.
Tem também uma das melhores equipas da prova, mas em Portugal isso por vezes é um problema.

Jesus David Peña
Talentoso escalador que veio do World Tour, na Jayco-Alula apresentou resultados interessantes e foi com surpresa que acabou numa equipa portuguesa.
O percurso é bastante do seu agrado, muita dureza, mas será na Sª da Graça e na Torre onde veremos o colombiano a tentar descarregar a concorrência, até porque o contra-relógio é uma debilidade e vai ter de ganhar uma almofada de tempo antes de Lisboa.

Artem Nych
Campeão em título, o russo é um ciclista versátil que anda bem em quase todos os terrenos, mas que na alta-montanha tem sempre problemas contra os escaladores. Irá tentar perder pouco tempo para em Lisboa arrumar com a concorrência à imagem do ano passado.

Ruben Fernandez
Foi uma das maiores promessas do ciclismo espanhol, campeão do Tour de l'Avenir. Nesta passagem por Portugal tem andado bem, entre ele, Nych e Guerin, a Anicolor-Tien 21 tem diversas opções.

António Carvalho
Não tem realizado uma boa temporada, mas já sabemos que quando chega à Volta transforma-se. Diz que se preparou especificamente para Volta e portanto espera um bom resultado. No ano passado estava a realizar uma boa prova, mas nas últimas etapas colapsou.

Pau Marti
Jovem talentoso, no ano passado foi 3º no Baby Giro, este ano não está tão consistente na montanha mas chega à Volta com a ambição de ser dos melhores jovens.

Jesus Del Pino
Foi 7º no ano passado, este ano volta a entrar na competição com ambição de estar nos primeiros lugares. É o líder do Louletano, a equipa algarvia não é dos conjuntos mais fortes.

Outros ciclistas a seguir:

Lucas Lopes
Jovem de qualidade que está a realizar uma temporada interessante. 

Nicolas Tivani
O argentino tem algumas etapas que lhe podem assentar bem, é um bom finalizar, longe de ser um sprinter puro. 

Afonso Silva
Bom trepador, deverá ser a principal ajuda de Jesus David Peña e com isso poderá andar pelos primeiros lugares. Tem realizado uma temporada bastante interessante.

Tiago Antunes
Ciclista forte na média-montanha mas que falha constantemente na alta-montanha. A Efapel perdeu Mauricio Moreira, veremos se ele consegue defender melhor na subidas longas de forma a conseguir um bom resultado na geral.

Jonathan Caicedo
Bom escalador, este ano não tem impressionado mas conhece a prova, esteve presente no ano passado, acabou por abandonar.

Alejandro Callejas
Venceu uma etapa de montanha no Giro d'Abruzzo, o problema é que é um ciclista muito irregular e bastante fraco no contra-relógio.

Rafael Reis
Candidato a ganhar o prólogo (assumiu que se não ganhar será uma enorme desilusão). É também um ciclista que costuma vencer etapas através de fugas, o contra-relógio de Lisboa também está na lista de objetivos.

João Matias/Leangel Linarez
Os sprinters terão poucas oportunidades, a chega a Viseu e a etapa ribatejana com final em Santarém são as únicas que no papel devem dar chegada em pelotão massivo. Matias e Linarez é uma dupla muito forte e com um historial interessante na Volta.

Byron Munton
Corredor com características muito interessantes, sobe bem e defende-se no contra-relógio. 

Tyler Stites
Corredor que no passado andou em algumas fugas mas sem grande sucesso. Objetivo é fazer aquilo que não conseguiu em 2024, ou seja, vencer uma etapazinha.

Iuri Leitão
Tentar vencer o prólogo e estar na disputa dos sprints (que não são muitos).

Brady Gilmore
Ciclista bastante talentoso, que pode ser uma surpresa. Tem realizado uma temporada engraçada.

Adrian Bustamante
Já sabe o que é vencer uma etapa da Volta e está cá para mais.


★ Guerin, Peña
★ Nych
★ R. Fernandez
★ Marti, A. Carvalho
★ Del Pino, Munton, Callejas, Caicedo, Bustamante, A. Silva

A nossa aposta: Jesus David Peña
Joker: Byron Munton


Seguir em direto: #eugostodavolta, #voltaportugal, RTP1
TV: https://www.rtp.pt/play/direto/rtp1


Nota: Não haverão antevisões das etapas.


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