Header Ads

Guia La Vuelta a España 2022

 

Esta sexta-feira começa última grande volta da temporada, a 77ª edição da Vuelta a Espanha em bicicleta.
Giro e Tour este ano começaram fora de portas e a Vuelta decidiu seguir o exemplo, esta edição começa nos Países Baixos, na cidade de Utrecht e as primeiras três etapas decorrerão no país das tulipas. 


Percurso


  • Disputa-se de 19 de agosto a 16 de setembro;
  • 3280,5 Km ao longo de 21 etapas;
  • 156,2 Km é a média de cada etapa;
  • 1 dia de transferência dos Países Baixos para Espanha;
  • 2 dias de descanso;
  • 2 contrarrelógios (1 deles é coletivo), 54 Km no total ;
  • 6 etapas planas;
  • 4 etapas de média montanha ou transição;
  • 2 etapas de 'unipuerto';
  • 7 etapas de alta montanha.
                       


 Etapa 1 : Utrecht > Utrecht (23.3 Km) CRE 


A prova abre com um contrarrelógio por equipas, a última vez foi em 2019. A rota é ao redor de Utrecht é plana e sem grandes dificuldades técnicas. Os homens da geral acima de tudo querem evitar azares (quedas ou avarias) que comprometam as suas hipóteses.

 Etapa 2 : 's-Hertogenbosch > Utrecht (175.1 Km)

Etapa para sprint, apenas o vento poderá baralhar as coisas e por isso as equipas dos homens da geral devem estar atentos.

 Etapa 3 : Breda > Breda (193.2 Km)


Último dia nos Países Baixos, cópia do dia anterior. Dia para sprint em pelotão massivo, o vento pode ser um problema.

22/08 : Dia de transferência Países Baixos ->Espanha

 Etapa 4 : Vitoria-Gasteiz > Laguardia (152.5 Km)


Primeiro dia em solo espanhol, por terras sagradas do ciclismo, o País Basco. Percurso irregular, destaque para a subida final, o Puerto de Herrera (7,3 Km a 4,8%), o topo está a 17 Km da meta, terreno fértil para ataques. 
Os 800 metros finais da etapa têm uma inclinação de 10%, terreno de puncheurs.

 Etapa 5 : Irun > Bilbao (187.2 Km)


Etapa dividida em duas partes, primeiros 90 Km são planos ao contrário da outra metade, que é rompe-pernas. O Alto de Gontzagarinaga abre as hostilidades, seguem-se o Balcón de Bizkaia e do Alto de Morga. No final da etapa, os ciclistas sobem duas vezes o Alto de Vivero (4,6 Km a 8%), o topo na última passagem fica a 14 Km.

 Etapa 6 : Bilbao > Ascensión al Pico Jano. San Miguel de Aguayo (181.2 Km)

Ao sexto dia temos o primeiro teste a sério para a geral. A etapa tem mais dificuldades, mas a chegada em alto domina as atenções, a meta fica no Pico del Jano, uma subida de 12,6 Km com inclinação média de 6,6%, os últimos 600 metros são particularmente duras, 15% como rampa mais dura.

 Etapa 7 : Camargo > Cistierna (190 Km)

Etapa estranha, tem uma subida dura pelo meio, o Puerto de San Glorio (22,4 Km a 5,5%), mas o resto da etapa é bastante dececionante. Parece ser um dia para a fuga.

 Etapa 8 : La Pola Llaviana/Pola de Laviana > Colláu Fancuaya. Yernes y Tameza (153.4 Km)

Dia bem durinho com seis contagens de montanha. A etapa começa logo com o Alto de la Colladona e segue com o Alto de Mozqueta, Alto de Santo Emiliano, Puerto de Tenebredo e o Puerto de Perlavia. Mas atenções estão na subida final, o Colláu Fancuaya com 10 Km a 8,5%, últimos 700 metros a 11%.

 Etapa 9 : Villaviciosa > Les Praeres. Nava (171.4 Km)

Constante sobe e desce, ascensões duras e que vai desgastar as pernas. Para finalizar o primeiro bloco de etapas, nada melhor que um autêntico muro espanhol, o final é em Les Praeres, subida de 4 Km a 12,9%, a parte inicial é a mais dura acima dos 15%.

29/08 : Dia de descanso 1

 Etapa 10 : Elche > Alicante (30.9 Km) CRI

Contrarrelógio individual de 31 Km, com a primeira meta em ligeira descida. Não há dificuldades, é terreno de roladores e os puros escaladores irão tentar perder o menos tempo possível.

 Etapa 11 : ElPozo Alimentación > Cabo de Gata (191.2 Km)


Sprint ou fuga.

 Etapa 12 : Salobreña > Peñas Blancas. Estepona (192.7 Km)


Uma etapa de 193 Km ser a mais longa da Vuelta, diz muito. Dia marcado pela subida final, Peñas Blancas tem 19 Km de extensão com uma inclinação média de 6,7%.

 Etapa 13 : Ronda > Montilla (168.4 Km)

Sprint ou fuga.

 Etapa 14 : Montoro > Sierra de La Pandera (106.3 Km)

Mais uma chegada em alto. O segundo terço da etapa é onde está a dureza, com o primeiro pico do dia, o Puerto de Siete Pililla. Uma descida leva o pelotão a duas subidas: a primeira uma subida de 1,6 Km a 6,9% e a segunda de 4 Km a 4,7%. 
A subida final é dividida em duas partes: 10,4 Km a 5,5% (Los Villares) e 8,4 Km a 7,8% (La Pandera).

 Etapa 15 : Martos > Sierra Nevada. Alto Hoya de la Mora. Monachil (149.6 Km)

Dia com mais de 4000 metros de subida acumulada com chegada a mais de 2500 metros de altitude na Sierra Nevada. Terreno ondulado nos primeiros 100 Km, a montanha está nos últimos 50 Km. Começa com o Alto del Purche, 9,1 Km a 7,6%,.
A subida final será realizada pelo o infame Alto de Hazallanas, 7,3 Km a 9,8%, eles continuam a subir a Sierra Nevada até ao Alto Hoya de la Mora, 12 Km a 6,8%. 

05/09 : Dia de descanso 2

 Etapa 16 : Sanlúcar de Barrameda > Tomares (189.4 Km)


Última semana começa com nova oportunidade para os sprinters.

 Etapa 17 : Aracena > Monasterio de Tentudía (162.3 Km)

Dia para fuga. 
A subida final ao Monasterio de Tentudía tem 10,3 Km a 5%, os últimos 2 Km são mais duros, a 7%.

 Etapa 18 : Trujillo > Alto de Piornal (192 Km)

A primeira etapa do Triptico final de montanha. Mais uma vez a parte inicial da etapa é demasiado fácil. Os últimos 80 Km concentram a dificuldade, começando com a segunda categoria Alto de la Desperá, uma subida de 3,7 Km a 9,4%. Segue-se a primeira passagem pelo Alto de Piornal com 13,5 Km a 5%. A subida final ao Piornal são 13,3 Km a 5,6%, a fadiga pode fazer vitimas.

 Etapa 19 : Talavera de la Reina > Talavera de la Reina (138.3 Km)


Etapa com duas voltas a um circuito ao redor de Talavera de la Reina, com a subida de Puerto de Piélago como estrela, são 9,3 Km a 5,6%.
Uma fuga deve prevalecer, o topo final está a mais de 40 Km da meta.

 Etapa 20 : Moralzarzal > Puerto de Navacerrada (181 Km)

Última oportunidade, 181 Km com cinco contagens de montanha, duas de 2ª categoria e as restantes de 1ª. A mítica Navacerrada abre a festa e seguem-se: o Puerto de Navafria (9,8 Km a 5,5%), Puerto de Canencia (7,5 Km a 4,9%), Puerto de la Morcuera (9,4 Km a 6,9%). A subida final é o Puerto de Cotos, 10,3 Km a 6,9%.
Do topo à meta, os ciclistas ainda percorrem 7 Km planos.

 Etapa 21 : Las Rozas > Madrid. Paisaje de la Luz (96.7 Km)

Etapa de consagração. Sprint.


Favoritos

★★★★★

-

★★★★

Primoz Roglic
Quebrou duas vertebras no Tour e por isso deixa-nos muitas dúvidas. Está em condições para vencer a quarta Vuelta consecutiva? Se estiver recuperado e em boas condições físicas é o favorito número 1 e tinha 5 estrelas.
Tem uma equipa poderosa para o apoiar.

Richard Carapaz
É um dos voltistas mais consistentes, normalmente quando aponta um objetivo acaba entre os primeiros lugares. Está de saída da Ineos e poderá ser prejudicado por isso, mas em condições normais é um candidato sólido aos primeiros lugares.
Tem uma equipa forte ao dispôr.

Jai Hindley
Venceu o Giro de uma forma brilhante, é um dos melhores escaladores da atualidade. Tem ao seu dispôr uma equipa poderosa, à imagem do Giro.
Tem montanha para brilhar e fazer a diferença.

★★★

João Almeida
O ioiô está de regresso. Pensamos que a Vuelta é a grande volta que melhor lhe assenta, é um diesel mas que também tem explosão para os finais como se viu em Burgos. É dos que preferia mais quilómetros de crono individual.
A UAE apresenta-se com muitos 'espíritos livres', veremos como abordarão a prova.

★★

Simon Yates
Capaz do melhor e do pior. Uma incógnita, como sempre.

Pavel Sivakov
Foi o melhor dos outros em San Sebastian e venceu em Burgos. Está em grande forma, mas é um ciclista que ainda não nos deu garantias que poderá discutir o pódio das grandes voltas como prometia quando apareceu. Veremos se é nesta Vuelta que finalmente se afirma.


Enric Mas
Está a ter um ano para esquecer, procura salvar a temporada na Vuelta. Não esquecer que o maiorquino já foi duas vezes 2º classificado nesta prova. Também é muito importante que faça uma boa prova, a Movistar precisa de pontos.

Outros ciclistas a seguir

Alejandro Valverde
Será a última Vuelta da carreira, quer uma despedida em grande e não nos surpreenderá se acabar entre os 10 primeiros. Vencer uma etapa deverá ser o primeiro objetivo e depois o que vier é bónus.

Remco Evenepoel/Julian Alaphilippe
Temos dúvidas da capacidade de Evenepoel aguentar três semanas ao mais alto nível, faltam-nos referências. Se conseguir replicar o que fez em San Sebastian regularmente e sem dias maus, então o belga é favorito ao pódio.
Julian Alaphilippe aparece na Vuelta depois de uma época muito complicada devido a lesões. Tem algumas etapas que lhe assentam bem.

Sérgio Higuita/Wilco Kelderman
A Bora-Hansgrohe tem um elenco de luxo, Higuita e Kelderman são ciclistas que podem ser alternativas a Hindley. O colombiano ainda não provou fiabilidade em três semanas mas este ano com a mudança de equipa subiu de nível, o neerlandês tem outra experiência, mas está de saída da equipa.

Miguel Angel Lopez/Vincenzo Nibali
Superman Lopez apesar do reconhecido talento é outra incógnita, nas últimas quatro participações em grandes voltas abandonou sempre. 
Vincenzo Nibali regressou à Astana e no ano da despedida volta a andar bem, realizou um Giro muito interessante. Para o pódio é complicado, mas se acabar no top-10 não será surpresa.

Ben O'Connor
Chegava ao Tour com legitimas ambições, mas as quedas ditaram o fim das mesmas. É um escalador de grande qualidade, que tem evoluído consistentemente.

Gino Mader/Mikel Landa
Mikel Landa afirmou que a preparação para a Vuelta não foi a melhor, a única ambição que tem é uma vitória de etapa. O suíço Gino Mader deverá liderar a equipa, no ano passado realizou uma excelente Vuelta, este ano tenta melhorar o resultado (5º).

Carlos Rodriguez/Tao Hart/Ethan Hayter
Rodriguez tem estado a fazer um ano de afirmação, esta será a primeira abordagem dele a prova de três semanas, temos alguma expectativa sobre o que pode fazer na montanha.
Tao Hart poderá ser um gregário importante para os líderes, temos sérias dúvidas que seja líder. Ethan Hayter é outro que se estreia nas grandes voltas, é um ciclista que pode brilhar em vários terrenos.

Juan Ayuso/Brandon McNulty/Marc Soler
Um estreia-se com 19 anos, o outro chegou da Movistar com ambições de liderar a equipa na Vuelta e o outro é um americano talentoso que é capaz de fazer exibições monumentais mas é muito irregular.
A UAE está cheia de espíritos livres, veremos como funciona.

Michael Woods
Um dos reis do punch, que sempre adorou a Vuelta precisamente por causa das chegadas explosivas. 

Hugh Carthy/ Rigoberto Uran / Esteban Chaves
Acreditamos que o homem principal para a geral da equipa americana é Hugh Carthy, o britânico no Giro começou mal mas acabou como um dos mais fortes. Rigoberto Uran estará na Vuelta para etapas, mas nunca se sabe o que irá na cabeça do colombiano.
Esteban Chaves parece renovado nesta nova etapa na EF, etapas ou geral eis a questão.

Jan Hirt/Domenico Pozzovivo/Louis Meintjes
Jan Hirt e Pozzovivo estiveram muito bem no Giro e Meintjes parece renovado. Esta é uma das equipas do ano, enorme progressão em todos os aspetos da equipa belga.
Etapas e ter alguém no top-10 no final é perfeitamente realista.

Sprinters

⭐⭐⭐
Tim Merlier
Em teoria deve ser o sprinter a bater. Esta é uma das últimas provas do belga na Alpecin-Deceuninck, para o próximo ano estará nos rivais, a QuickStep.
Tem um comboio decente ao dispôr.

⭐⭐ 
Mads Pedersen
Em velocidade pura provavelmente não é dos melhores, mas tem outros atributos que o tornam um velocista bastante fiável.

Kaden Groves
Este foi o ano da afirmação do australiano, que para o ano irá para a Alpecin-Deceuninck. É um sprinter bastante potente, que deverá ser um dos principais adversários de Merlier.

Sam Bennett
Tem sido um regresso à Bora-Hansgrohe azedo, não tem mostrado nível para bater os melhores sprinters e muitas vezes é incapaz de segurar a roda do próprio lançador. Danny van Poppel este ano foi várias vezes superior a Bennett.

 Gerben Thijssen, Danny van Poppel, Bryan Coquard, Jake Stewart

 As nossas apostas

Top-10 (sem ordem)
Carapaz, Hindley, Almeida, E. Mas, Carthy, Sivakov, Yates, Valverde, Hirt, Roglic

Verde
Mads Pedersen

Classificação da montanha

Santiago Buitrago

Classificação da juventude
João Almeida

Classificação por equipas
Ineos

Sem comentários

Com tecnologia do Blogger.