Giro d'Italia 2022 - Antevisão da 4ª etapa

Depois de um dia sem competição, a prova chega a território italiano mais concretamente à Sicília. Como já faz parte da tradição, quando a prova visita a ilha tem de haver subida ao Etna.

Avola - Etna, 172 Km

Etna desde que regressou ao percurso em 2011, tem sido usado e abusado, em 11 anos foi utilizado 5 vezes (2011, 2017, 2018, 2020 e 2022). 

Os primeiros 50 Km são ondulados, perfeitos para a formação de uma fuga forte. A 40 Km da meta a estrada começa a subir ligeiramente mas a 23 Km é que a coisa começa a apertar e damos ínicio ao verdadeiro Etna. 

Etna

Vertente idêntica à usada em 2018, onde Simon Yates deixou os rivais para trás, com uma diferença, desta vez vão até ao Rifugio Sapienza, como em 2011. São 23.6 Km a 5.7%, uma subida que é muito exposta e desencoraja ataques de longe.

A fuga tem uma boa taxa de sucesso no Etna. Polanc venceu em 2017, Chaves em 2018 e Caicedo em 2020.

Condições meteorológicas

Poderá chover. 

14ºC nos vales, 7ºC na chegada. 

Vento moderado de leste.

Favoritos

A fuga

Tem possibilidade de sucesso, é um dia muito complicado de prever e veremos o comportamento das principais equipas.

Candidatos da fuga:

Lennard Kamna

Alessandro De Marchi

Harm Vanhoucke

Simon Carr

Jonathan Caicedo

Felix Gall 

Jakko Haninnen

Joe Dombrowski

Wout Poels

Alexander Cepeda

Eduardo Sepulveda

Merhawi Kudus

Lorenzo Fortunato

Rein Taaramae

Antonio Pedrero

Geral

Mathieu van der Poel

Subida demasiado longa para ele. 

Ineos

A equipa tem um líder claro, é Richard Carapaz, no entanto Richie Porte e Pavel Sivakov estão perto na geral e podem ser importantes na estratégia.

Esta subida é demasiado longa e exposta para ataques de longe dos favoritos, mas se uma equipa tiver vantagem numérica, pode usar isso a seu favor.

UAE

Davide Formolo atacou em Visegrad quando João Almeida não estava bem posicionado. Mas aqui acreditamos que o italiano não fará isso e estará ao trabalho para o seu líder.

João Almeida afirmou que nunca é cedo para assumir a rosa, num sprint entre os homens da geral é dos mais fortes.

Bahrain

Perderam um super-gregário, Jan Tratnik, mas continuam a ter uma equipa poderosa. Mikel Landa e Pello Bilbao são ciclistas que têm de estar no grupo dos favoritos e Wout Poels será um ajudante de luxo.

Se a decisão for num sprint reduzido entre os favoritos, Bilbao é o maior candidato.

Bora-Hansgrohe

Wilco Kelderman como sempre começa as grandes voltas a voar, é um candidato a vencer caso haja sprint entre os GC's. Não sabemos o que esperar de Emanuel Buchmann e Jai Hindley.

A equipa alemã tem muitas opções neste dia, até porque ainda conta com o caça-etapas do momento, Lennard Kamna.

Astana

Vincenzo Nibali defendeu-se bem no contrarrelógio, noutros tempos seria candidato a ganhar o Giro, hoje em dia está aqui para ajudar Miguel Angel Lopez. O colombiano preferia uma subida mais dura, o Etna tem extensão mas a inclinação é amigável.

DSM

Thymen Arensmann e Romain Bardet estão muito bem, a equipa neerlandesa tem duas cartas para jogar na montanha, sabendo que Bardet é fiável em três semanas e Arensmann ainda tem de provar que é ciclista de grandes voltas.

Os dois deverão estar no grupo de favoritos.

BikeExchange

A equipa australiana tem um problema, o seu bloco para a montanha não é forte. Simon Yates corre o risco de ficar isolado muito cedo. Hamilton, Sobrero e Howson serão capazes de ajudar o seu líder?

Yates conhece bem esta subida:

2018- descarregou todos os favoritos e deu-se ao luxo de oferecer a vitória a Chaves;

2020- descarregado a meio da subida, perdeu quase 3 minutos para os rivais.

Trek-Segafredo

Giulio Ciccone é um outsider e isso pode ser vantajoso. É um trepador de grande qualidade, que se lhe derem espaço pode surpreender.

Interessante saber qual será o papel de Bauke Mollema hoje.

★★★ Taaramae, Kamna, De Marchi

★★ Yates, Carapaz, Almeida, Bilbao

★ Kelderman, Lopez, Landa, Ciccone, Bardet

A nossa aposta: Alessandro De Marchi

Lennard Kamna e Rein Taaramae estão demasiado perto na Geral, por isso apostamos por De Marchi. O italiano perdeu propositadamente tempo na Hungria.

Joker: Giulio Ciccone

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