Guia Giro da Lombardia 2021
Este sábado disputa-se o último monumento da temporada, la classica delle foglie morte. Será a sua 115ª edição, desde de 1905 que se corre com
apenas um interregno nos anos de 1943 e 1944, devido à 2ª Guerra
Mundial.
Em 1905, a corrida foi instituída com o nome de Milão-Milão,
porém dois anos depois, em 1907 a prova adoptou o nome que actualmente é
usado, Giro da Lombardia ou Il Lombardia. Nesse ano a Gazzetta dello Sport tomou conta da organização da prova.
A prova já teve vários trajetos, com diferentes pontos de partida e chegada,
sendo eles os seguintes:
1905–1960 Milão-Milão
1961–1984 Milão-Como
1984–1989 Como-Milão (Duomo)
1990–1994 Milão-Monza
1995–2001 Varese-Bergamo
2002 Cantu-Bergamo
2003 Como-Bergamo
2004–2006 Mendrisio (SUI)-Como
2007–2009 Varese-Como
2010 Milão-Como
2011 Milão-Lecco
2012-2013 Bergamo-Lecco
2014 Como-Bergamo
2015 Bergamo-Como
2016 Como-Bergamo
2017-2020 Bergamo-Como
2021 Como-Bergamo
A Itália domina o número de vitórias, com a Bélgica e a França a
completarem o pódio das nações mais vencedoras na Lombardia, a lista é a
seguinte:
Itália-69
Bélgica-12
França-12
Suiça-5
Rep. Irlanda-4
Holanda-4
Espanha-2
Lituânia-1
Luxemburgo-1
Russia-1
Grã-Bretanha-1
Colômbia-1
Dinamarca-1
Fausto Coppi é o corredor mais bem sucedido na Lombardia, a lista dos
maiores vencedores é a seguinte:
Fausto Coppi-5
Alfredo Binda-4
Henri Pelissier-3
Costante Girardengo-3
Gaetano Belloni-3
Gino Bartali-3
Sean Kelly-3
Damiano Cunego-3
História
vencedores das últimas 20 edições
2000 Raimondas Rumšas (LTU) Fassa Bortolo
2001 Danilo Di Luca (ITA) Cantina Tollo-Acqua e Sapone
2002 Michele Bartoli (ITA) Fassa Bortolo
2003 Michele Bartoli (ITA) Fassa Bortolo
2004 Damiano Cunego (ITA) Saeco Macchine per Caffè
2005 Paolo Bettini (ITA) Quick Step-Innergetic
2006 Paolo Bettini (ITA) Quick Step-Innergetic
2007 Damiano Cunego (ITA) Lampre-Fondital
2008 Damiano Cunego (ITA) Lampre
2009 Philippe Gilbert (BEL) Silence-Lotto
2010 Philippe Gilbert (BEL) Omega Pharma-Lotto
2011 Oliver Zaugg (SUI) Leopard Trek
2012 Joaquim Rodríguez (ESP) Team Katusha
2013 Joaquim Rodríguez (ESP) Team Katusha
2014 Daniel Martin (IRL) Garmin-Sharp
2015 Vincenzo Nibali (ITA) Astana
2016 Esteban Chaves (COL) Orica-BikeExchange
2017 Vincenzo Nibali (ITA) Bahrain-Merida
2018 Thibaut Pinot (Fra) Groupama - FDJ
2019 Bauke Mollema (HOL) Trek-Segafredo
2020 Jakob Fuglsang (DEN) Astana
Edição 2020
Percurso
Como - Bérgamo, 239 Km
Este ano a prova inverte novamente, partida de Como e chegada à bela Bérgamo, mas a essência da prova continua a mesma. É uma clássica para ciclistas que sobem bem, mais adequado para voltistas e trepadores.
A edição deste ano não tem o Muro di Sormano nem o Civiglio na rota, as subidas são mais longas.
A primeira dificuldade aparece aos 30 Km, é a tradicional subida Madonna del Ghisallo, que servirá para aquecer o motores. Mais
meia centena de quilómetros e chega a segunda dificuldade do dia, o Roncola, 9,4 Km a 6,6%, é uma subida muito irregular, a parte intermédia da subida (6,5 Km são sempre acima dos 8%). Após a descida do Roncola, aparece nova subida, o Berbenno, uma das mais fáceis do dia com 6,8 Km a 4,6%.
A fase decisiva é a sequência Zamba Alta e Passo di Ganda. Zamba Alta é uma ascensão muito longa e irregular, com mais de 24 Km de extensão. Podemos dividir em 2 partes, Dossena (primeiros 11 Km, a 6,2%) e Zamba Alta (a restante subida, mais suave).
20 Km de descida antecedem a principal dificuldade do dia, o Passo di Ganda, subida desafiante com 9,2 Km de extensão a 7,3%, os últimos 2,7 Km são a 9,8%.
A descida do Passo di Ganda é traiçoeira. Antes da chegada a Bérgamo, ainda há uma pequena subida, o Colle Aperto, são 1250 metros a 7,9% (12% máx.).
Os últimos 3 Km são a descer até Bérgamo, onde está a linha de meta.
Os últimos 3 Km são a descer até Bérgamo, onde está a linha de meta.
Condições meteorológicas
Dia nublado, com possibilidade de chuva em alguns momentos.
15ºC.
Vento fraco.
Startlist
Favoritos
⭐⭐⭐⭐⭐
Primoz Roglic
Está numa forma absurda, venceu o Giro dell'Emilia e a Milano-Torino com uma facilidade desconcertante. Mas um monumento é outro tipo de corrida, mais longa e imprevisível.
Primoz Roglic
Está numa forma absurda, venceu o Giro dell'Emilia e a Milano-Torino com uma facilidade desconcertante. Mas um monumento é outro tipo de corrida, mais longa e imprevisível.
É o ciclista em forma e parte naturalmente como o principal favorito depois das exibições assustadores desta última semana.
A Jumbo-Visma leva uma equipa forte, Jonas Vingegaard é também um ciclista a ter em conta.
⭐⭐⭐⭐
Tadej Pogacar
Não parece estar no topo da forma, mas nunca se deve subestimar Pogacar, ainda para mais se chover. Parece estar em crescendo, na Milano-Torino mostrou melhorias apesar de ter sido descarregado. O jovem esloveno é um especialista em programar o pico de forma.
Tadej Pogacar
Não parece estar no topo da forma, mas nunca se deve subestimar Pogacar, ainda para mais se chover. Parece estar em crescendo, na Milano-Torino mostrou melhorias apesar de ter sido descarregado. O jovem esloveno é um especialista em programar o pico de forma.
Tem um bom sprint em grupos reduzidos, venceu a Liège-Bastogne-Liège a bater Alaphilippe.
Adam Yates
Esteve muito forte na Milano-Torino, mas deparou-se com um Roglic intratável. Está bem e deve ser a aposta número 1 da Ineos.
⭐⭐⭐
João Almeida
Está com boas pernas e é uma das cartas da Deceuninck-QuickStep. Tem uma boa ponta final em grupos reduzidos.
Remco Evenepoel
A grande questão é a quantos quilómetros o belga irá atacar. Está em grande forma e deverá ser a primeira carta da DQT a mover-se.
João Almeida
Está com boas pernas e é uma das cartas da Deceuninck-QuickStep. Tem uma boa ponta final em grupos reduzidos.
Remco Evenepoel
A grande questão é a quantos quilómetros o belga irá atacar. Está em grande forma e deverá ser a primeira carta da DQT a mover-se.
Os rivais não lhe podem dar muito espaço.
⭐⭐
Michael Woods
Um dos melhores puncheurs do mundo. Está em boa forma como mostrou nas clássicas italianas, mas falta-lhe sempre algo para ganhar.
Michael Woods
Um dos melhores puncheurs do mundo. Está em boa forma como mostrou nas clássicas italianas, mas falta-lhe sempre algo para ganhar.
David Gaudu
Continua a ser irregular, é o grande problema de Gaudu. Tem talento e num dia inspirado pode ambicionar aos primeiros lugares.
⭐
Julian Alaphilippe
Julian Alaphilippe
Será que a forma que mostrou no mundial é suficiente para ganhar a Lombardia? Temos algumas dúvidas, a montanha aqui é diferente, mais longa, ele prefere subidas mais curtas e explosivas.
Outros: Alejandro Valverde, Vincenzo Nibali, Bauke Mollema, Nairo Quintana, Romain Bardet, Simon Yates, Diego Ulissi, Jonas Vingegaard, Benoit Cosnefroy, Aleksandr Vlasov, Matej Mohoric, Neilson Powless, Rigoberto Uran, Thibaut Pinot, Gianni Moscon.
Outros: Alejandro Valverde, Vincenzo Nibali, Bauke Mollema, Nairo Quintana, Romain Bardet, Simon Yates, Diego Ulissi, Jonas Vingegaard, Benoit Cosnefroy, Aleksandr Vlasov, Matej Mohoric, Neilson Powless, Rigoberto Uran, Thibaut Pinot, Gianni Moscon.
A nossa aposta: Primoz Roglic
Joker: Gianni Moscon (tiro no escuro desta vez)
Seguir em directo: @Il_Lombardia, #IlLombardia
Eurosport 1 (a partir das 09:15, hora de Portugal Continental)
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