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Guia Volta à França 2021 - Equipas e Favoritos

Equipas

As 4 melhores

Ineos parece a mais forte no papel com três vencedores de grandes voltas no alinhamento. A equipa britânica não poderá continuar com o comboio de montanha, isso beneficia os eslovenos, a alternativa é usar a suposta vantagem numérica e lançar ataques longe da meta. 
Porte admitiu que está no Tour para trabalhar, no entanto em 2020 fez pódio e caso sobreviva à primeira semana, pode ser um ciclista importante na estratégia de desgaste dos eslovenos. Tao Hart também está nessa situação. Carapaz e Thomas são os líderes, o equatoriano tem a desvantagem do contrarrelógio enquanto que o galês vai ter de sobreviver na montanha. Kwiatkowski, Castroviejo, van Baarle e Rowe serão os fieis gregários.

A Jumbo-Visma apresenta um alinhamento muito forte, mas menos dominante do que em 2020. A equipa holandesa passou despercebida nos último meses. O dilema é se continuarão a controlar na montanha ou preferem uma estratégia diferente? 
Ao contrário da Ineos, aqui há um líder claro, é Roglic. Van Aert teve um contratempo na preparação, mas nos nacionais da Bélgica mostrou bom nível. Kuss é um dos melhores gregários na montanha e o mesmo pode-se dizer de Vingegaard, quanto a Kruijswijk é uma incógnita, este ano tem sido fraco.. Gesink, Tony Martin e Teunissen serão os fieis gregários.

A UAE melhorou em relação a 2020, Pogacar em principio terá mais apoio na montanha. Majka, McNulty e Formolo são ciclistas que podem dar uma importante ajuda, já Hirschi e Rui Costa deixam mais dúvidas.
Polanc e De la Cruz fora do alinhamento é uma surpresa, ciclistas em boa forma e um deles em 2020 foi o melhor gregário de Pogacar. Bjerg e Laengen são os fieis gregários para o terreno plano.

Por fim, a Movistar, uma equipa muito especial e gerida de uma forma muito ortodoxa. Lopez em principio é o líder, está a andar muito e merece apoio. Enric Mas é um plano B interessante e candidato ao top-5 como em 2020.
Porém, Unzué já veio a público dizer que Valverde também é candidato, ou seja, mais uma vez a equipa espanhola vai dar prioridade ao avôzinho em vez de concentrar as forças no Lopez. Isto é bom para a coletiva, que deve ser a prioridade nr. 2, só atrás da classificação do Valverde claro está.
Soler também está no alinhamento, isto quer dizer que a temporada 3 da série El dia menos pensado promete e muito. Verona, Cortina, Arcas e Erviti completam a equipa, destaque para o caso de Arcas que está no Tour no lugar de Carretero, Samitier ou Pedrero, incompreensível.

A desilusão

Tem de ser a Bahrain-Victorious porque não levam Mark Padun. 

A surpresa

Alpecin-Fenix, uma Pro-Team que mais parece uma World Tour Team. Van der Poel é o destaque, mas contam com um dos melhores sprinters da atualidade (Tim Merlier) e ainda com outro ciclista muito forte para as chegadas ao sprint, Jasper Philipsen.
Dillier, Meurisse, Vakoc, Sbaragli e Rickaert completam a equipa e todos eles são ciclistas para ganhar através de fugas.


Favoritos

⭐⭐⭐⭐⭐

Tadej Pogacar
Sem rodeios, os eslovenos são os principais candidatos.  Nos últimos dois anos (exceto quedas), ninguém conseguiu vencê-los nas provas por etapas que estiveram presentes. Mas o ciclismo é imprevisível e até Paris muita coisa pode acontecer, não há vencedores antecipados e quem quer ganhar tem de o demonstrar na estrada.
Pogacar este ano apenas foi batido por Roglic na Itzulia, de resto esteve intratável em quase tudo que participou, principalmente na montanha onde apresentou números bestiais, coisa que já nos habituou. A sua equipa é talvez a mais frágil das principais.

Primoz Roglic
Depois do drama da edição 2020, Roglic decidiu abordar esta edição de forma diferente. Chega ao Tour com poucos dias de competição, mas os que fez foram sempre em alta rotação.
Ele espera estar mais fresco, a sua equipa é menos dominante do que no ano passado, mas mesmo assim é poderosa.

⭐⭐⭐⭐

Geraint Thomas
Chega ao Tour com mais de 30 dias de competição, tem melhorado ao longo da temporada. No entanto, será que consegue estar com os melhores na alta-montanha? 
Os contrarrelógios beneficiam-no, mas mesmo nesse aspeto não deve ganhar muito tempo. 

⭐⭐⭐

Richard Carapaz
Poderia ter quatro estrelas, mas o percurso não tem tanta montanha para que ele faça a diferença e os contrarrelógios jogam contra ele. No entanto pode ser a chave da Ineos e utilizado como a Movistar o usou no Giro que venceu, lançando-o de longe.

⭐⭐

Miguel Angel Lopez
Está a realizar uma boa temporada, a subir muito bem e surpreendentemente integrou-se bem numa equipa que desprezava.
Os contrarrelógios prejudicam-no e tal como Carapaz preferia mais montanha, será também interessante ver a dinâmica dele com a equipa, nomeadamente com Mas e Valverde.


Enric Mas
Foi 5º em 2020 e este ano procura um resultado semelhante. A liderança da Movistar será mais uma vez partilhada, desta vez com Superman Lopez e claro com Valverde.
Os contrarrelógios penalizam-no também.

Rigoberto Uran
Voou no contrarrelógio da Volta à Suiça, mas será que dá continuidade no Tour? É um ciclista muito conservador, que se chegar aos primeiros lugares irá defender esse posicionamento.
Também é muito irregular no contrarrelógio, capaz do melhor como do pior.

Richie Porte / Tao Hart
Um deles será o plano C da Ineos. Porte assumiu que seria gregário, mas caso passe a primeira semana sem problemas pode beneficiar taticamente da marcação entre os líderes.
O mesmo pode ser dito de Tao, pode ser uma carta importante para a estratégia da equipa britânica.

David Gaudu
Na Itzulia mostrou um nível sensacional na montanha, mas aqui as subidas são diferentes. Talento não é problema, Gaudu é um ciclista com um potencial tremendo na montanha, mas como uma boa parte dos candidatos tem problemas no contrarrelógio.

Wilco Kelderman
Um dos poucos que gosta do contrarrelógio, mas que sofre mais na montanha. É um ciclista irregular e que  costuma sofrer na terceira semana.


Outros ciclistas a seguir

Julian Alaphilippe
Tem várias etapas para ele logo na primeira semana, as duas primeiras principalmente. Procura vestir a amarela e repetir 2019, aguentar o mais possível a liderança. 

Wout Van Aert
Teve a preparação afetada por uma cirurgia à apendicite, mas no campeonato belga mostrou um nível aceitável. Provavelmente terá mais dificuldades na parte inicial e vai melhorar ao longo da prova.
É também um gregário muito importante para Roglic.

Mathieu Van der Poel
Quer fazer aquilo que o seu avô nunca conseguiu, vestir a amarela. As duas primeiras etapas são boas para ele e na Suiça mostrou um nível muito elevado.

Alejandro Valverde
Unzué já veio a público dizer que Valverde pode fazer um bom lugar na geral. Tem também algumas etapas à sua medida, o problema poderá ser a concorrência.

Nairo Quintana
Confirmou que irá apostar em etapas e não na geral. A camisola da montanha poderá ser um objetivo, a forma é que é uma incógnita.

Guillaume Martin
Tal como Quintana, a aposta é nas etapas e na classificação da montanha. No Dauphiné desiludiu.

Michael Woods / Dan Martin
Woods irá perder muito tempo no contrarrelógio e na montanha poderá andar bem, mas não nos parece suficiente para lutar pelo pódio. Dan Martin está no Tour para ganhar etapas.

Vincenzo Nibali / Bauke Mollema
Os dois homens da Trek confirmaram que estão na prova à procura de vitórias de etapas, nenhum deles está pela geral.

Jack Haig / Pello Bilbao / Wout Poels
A Bahrain é a equipa da moda, mas neste Tour não tem um claro candidato à geral. Haig é a aposta mais fiável, enquanto que Poels e Bilbao deverão apostar nas vitórias de etapas.

Lucas Hamilton / Esteban Chaves / Simon Yates / Michael Matthews
Hamilton para a geral, Chaves e Yates para etapas e Matthews para a verde. Este é o plano maestro da BikeExchange, parece simples, mas será muito complicado de concretizar todas elas. A mais simples deve ser a vitória de etapa de Yates.

Jakob Fuglsang / Ion Izagirre / Alexey Lutsenko
Mais três candidatos a vitórias de etapas, todos eles mostraram excelente forma nas provas de preparação (Dauphiné e Suiça).
Não sabemos se a novela Vinokourov irá prejudicar o rendimento da equipa. 

Rúben Guerreiro / Sergio Higuita / Stefan Bissegger
Guerreiro e Higuita poderão ser bons gregários de Uran, mas também são ciclistas ofensivos e tentar etapas é uma hipótese. Bissegger é um dos principais candidatos a ganhar os contrarrelógios, também é um ciclista que gosta de estar presente nas fugas.

Rui Costa
Vai gregariar ou caçar etapas? Provavelmente a resposta está no meio.


Sprinters

⭐⭐⭐
Caleb Ewan
É o melhor sprinter da atualidade e tem uma equipa totalmente dedicada para ele neste Tour. A grande questão é se o joelho irá aguentar.

⭐⭐ 
Tim Merlier
Arranque portentoso e sprints longos, são estas a imagens de marca de Merlier. Este foi o ano de afirmação do belga e está entre os três melhores da atualidade na especialidade.

Sonny Colbrelli
Está na forma da sua vida, como quase todos na Bahrain. Num sprint puro em condições normais dificilmente bate Merlier, Ewan ou Démare, a sua versatilidade faz com que possa discutir chegadas mais complexas e para puncheurs.

Arnaud Démare
Quer ganhar etapas e a camisola verde. Tem um comboio decente, mas para bater Ewan e Merlier tem de fazer tudo na perfeição.

Peter Sagan
Mais do que etapas, quer a verde e para isso vai ter de estar em todos os sprints além de chegadas para puncheurs. É o mestre da colocação e isso é uma característica que muitas vezes compensa a falta de capacidade para bater sprinters mais poderosos.
 
Mark Cavendish
Chegou à DQT morto e um milagre aconteceu, renasceu qual Fénix. Está no Tour a substituir Sam Bennett e tem à sua disposição o melhor lançador do mundo.

  Cees Bol, Jasper Philipsen, Bryan Coquard, Nacer Bouhanni, Danny van Poppel, André Greipel, Mads Pedersen


 As nossas apostas

Vencedor:
CR: Tadej Pogacar
BD: Tadej Pogacar

Restante pódio (sem ordem)
CR: Roglic, Thomas
BD: Roglic, Carapaz

Restante Top-10 (sem ordem)
CR: Lopez, Gaudu, Uran, Mas, Kelderman, Alaphilippe, Kuss
BD: Lopez, Gaudu, Uran, Porte, Mas, Kelderman, Alaphilippe  

Verde
CR: Démare
BD: Sagan

Classificação da montanha

CR: N. Quintana
BD: G. Martin

Classificação da juventude
CR: Pogacar
BD: Pogacar

Classificação por equipas
CR: Ineos
BD: Movistar

  

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