Guia Giro da Lombardia 2018
Este sábado disputa-se o último monumento da temporada, la classica delle foglie morte. Será a sua 112ª edição, desde de 1905 que se corre, com apenas um interregno nos anos de 1943 e 1944, devido à 2ª Guerra Mundial.
Em 1905, a corrida foi instituída com o nome de Milão-Milão, porém dois anos depois, em 1907 a prova adoptou o nome que actualmente é usado, Giro da Lombardia ou Il Lombardia. Nesse ano a Gazzetta dello Sport tomou conta da organização da prova.
A prova já teve vários trajetos, com diferentes pontos de partida e chegada, sendo eles os seguintes:
1905–1960 Milão-Milão
1961–1984 Milão-Como
1984–1989 Como-Milão (Duomo)
1990–1994 Milão-Monza
1995–2001 Varese-Bergamo
2002 Cantu-Bergamo
2003 Como-Bergamo
2004–2006 Mendrisio (SUI)-Como
2007–2009 Varese-Como
2010 Milão-Como
2011 Milão-Lecco
2012-2013 Bergamo-Lecco
2014 Como-Bergamo
2015 Bergamo-Como
2016 Como-Bergamo
2017-2018 Bergamo-Como
A Itália domina o número de vitórias, com a Bélgica e a França a completarem o pódio das nações mais vencedoras na Lombardia, a lista é a seguinte:
Itália-69
Bélgica-12
França-11
Suiça-5
Rep. Irlanda-4
Holanda-3
Espanha-2
Lituânia-1
Luxemburgo-1
Russia-1
Grã-Bretanha-1
Colômbia-1
Fausto Coppi é o corredor mais bem sucedido na Lombardia, a lista dos maiores vencedores é a seguinte:
Fausto Coppi-5
Alfredo Binda-4
Henri Pelissier-3
Costante Girardengo-3
Gaetano Belloni-3
Gino Bartali-3
Sean Kelly-3
Damiano Cunego-3
História
vencedores das últimas 20 edições
1998 Oscar Camenzind (SUI) Mapei-Bricobi
1999 Mirko Celestino (ITA) Team Polti
2000 Raimondas Rumšas (LTU) Fassa Bortolo
2001 Danilo Di Luca (ITA) Cantina Tollo-Acqua e Sapone
2002 Michele Bartoli (ITA) Fassa Bortolo
2003 Michele Bartoli (ITA) Fassa Bortolo
2004 Damiano Cunego (ITA) Saeco Macchine per Caffè
2005 Paolo Bettini (ITA) Quick Step-Innergetic
2006 Paolo Bettini (ITA) Quick Step-Innergetic
2007 Damiano Cunego (ITA) Lampre-Fondital
2008 Damiano Cunego (ITA) Lampre
2009 Philippe Gilbert (BEL) Silence-Lotto
2010 Philippe Gilbert (BEL) Omega Pharma-Lotto
2011 Oliver Zaugg (SUI) Leopard Trek
2012 Joaquim Rodríguez (ESP) Team Katusha
2013 Joaquim Rodríguez (ESP) Team Katusha
2014 Daniel Martin (IRL) Garmin-Sharp
2015 Vincenzo Nibali (ITA) Astana
2016 Esteban Chaves (COL) Orica-BikeExchange
2017 Vincenzo Nibali (ITA) Bahrain-Merida
Edição 2016
Vincenzon Nibali no pódio (Bettini Photo) |
1 Vincenzo Nibali (Ita) Bahrain-Merida 6:15:29
2 Julian Alaphilippe (Fra) Quick-Step Floors 0:00:28
3 Gianni Moscon (Ita) Team Sky 0:00:38
4 Alexis Vuillermoz (Fra) AG2R La Mondiale
5 Thibaut Pinot (Fra) FDJ
6 Domenico Pozzovivo (Ita) AG2R La Mondiale
7 Fabio Aru (Ita) Astana Pro Team
8 Mikel Nieve (Spa) Team Sky 0:00:40
9 Nairo Quintana (Col) Movistar Team 0:00:42
10 Sergei Chernetski (Rus) Astana Pro Team 0:00:47
Percurso
Bergamo - Como, 241 Km
Mapa |
Perfil |
O
percurso tem alternado Bergamo-Como e vice-versa, mas este ano a
organização decidiu manter e a chegada será novamente em Como. O que não
muda é a essência da prova, que é ideal para trepadores. É uma clássica longa e dura (são mais de 4000 metros de subida acumulada), que passará por alguns locais icónicos do ciclismo italiano.
A
primeira dificuldade aparece aos 47 quilómetros, é o Colle Gallo. Mais
meia centena de quilómetros e chega a segunda dificuldade do dia o
Colle Brianza, que tem uma rampa máxima de 20%.
Mas é a partir dos 170 quilómetros que a prova torna-se muito dura,
com a ascensão a Madonna Ghisallo, logo seguido do temível Muro di
Sormano, curto mas extremamente duro. Depois vem uma descida técnica e
uma zona plana, antes do Civiglio, que tem o seu topo a 13,6 quilómetros
da meta.
O final em Como conta com uma subida que está colocada a pouco mais de 3 quilómetros da meta, o Monte Olimpino.
O final em Como conta com uma subida que está colocada a pouco mais de 3 quilómetros da meta, o Monte Olimpino.
Subida | Distancia da meta(topo) |
---|---|
Colle Gallo (7,4 Km at 6%) | 186,3 Km |
Madonna de Ghisallo (8,6 Km a 6.2%) | 60,8 Km |
Muro di Sormano (1,9 Km a 15.8%) | 47,4 Km |
Civiglio (4,2 Km a 9.7%) | 13,6 Km |
Monte Olimpino (1,7 Km at 5.7%) | 3,25 Km |
Colle Gallo |
Madonna del Ghisallo |
Muro di Sormano |
Civiglio |
Monte Olimpino |
Condições meteorológicas
Céu com algumas nuvens, probabilidade baixa de chuva, temperatura a rondar os 22ºC. O vento soprará fraco.
Startlist
Favoritos
Alejandro Valverde
O campeão do mundo depois do mundial, correu em Itália para preparar o último monumento do ano e apesar de não ter ganho, mostrou estar em forma e é o grande candidato a ganhar. Tem uma motivação extra, nunca ganhou a prova.
Vincenzo Nibali
Depois do Tour, a sua recuperação foi lenta, mas nos últimos dias tem mostrado estar a caminho da melhor forma. Nunca se pode descartar o tubarão, venceu duas edições, 2015 e 2017.
Este ano venceu a Milão-São Remo de forma brilhante e contra todas as probabilidades.
Rigoberto Uran e Michael Woods
A EF tem dois ciclistas em grande forma, Rigoberto Uran e Michael Woods. O colombiano já foi 3 vezes 3º classificado e este ano voltou a centrar as atenções na Lombardia.
O canadiano por sua vez está a viver um momento de forma extraordinário e é uma carta importante no baralho que a equipa americana pode jogar.
Thibaut Pinot
Venceu com autoridade a Milão-Turim e conta com um gregário, David Gaudu, que está num momento muito bom.
O problema para o francês é que tem de se desfazer de homens com boa ponta final e também as descidas na Lombardia não lhe são favoráveis.
Romain Bardet
No campeonato do mundo apenas foi batido por Alejandro Valverde, está em boa forma e ao contrário de Pinot, desce bem.
Daniel Martin, Fabio Aru e Rui Costa
Três nomes importantes da mesma equipa, não é comum na Lombardia, mas acontece este ano. No entanto, podia-se pensar que seria uma vantagem para a UAE, mas não é. A equipa árabe não consegue trabalhar unida, cada um corre por si.
Daniel Martin mostrou melhorias na Milão-Turim, mas ainda não convence. Fabio Aru fez uma boa Milão Turim e tem aqui a oportunidade limitar os estragos de uma temporada desastrosa. Em relação a Rui Costa, foi 10º no mundial, entretanto esteve em Itália e pouco se mostrou, é uma incógnita a sua real condição.
Jakob Fuglsang
Sem Miguel Angel Lopez, o dinamarquês é a aposta clara da Astana. Teve um inicio do ano brilhante, mas desapareceu por completo no Tour. Na Milão-Turim regressou à boa forma e bons resultados.
⭐⭐⭐⭐⭐ Alejandro Valverde
⭐⭐⭐⭐ Rigoberto Uran, Thibaut Pinot, Romain Bardet
⭐⭐⭐ Michael Woods, Vincenzo Nibali, Jakob Fuglsang
⭐⭐ Rui Costa, Domenico Pozzovivo, Daniel Martin, Adam Yates
⭐ Gianni Moscon, Fabio Aru, Egan Bernal, Primoz Roglic, Wilco Kelderman
A nossa aposta: Alejandro Valverde
Outsider: Romain Bardet
Seguir em directo: @Il_Lombardia, #IlLombardia
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