Relatório 2017 - Trek-Segafredo
País - Estados Unidos
UCI WT Ranking - 5º
A Trek-Segafredo iniciou o ano com expectativas elevadas, muito por culpa, dos seus dois novos recrutas, Alberto Contador e John Degenkolb. O alemão chegava para substituir Fabian Cancellara nas clássicas de pavé e o espanhol era a aposta no Tour, no ano que foi o da sua despedida.
Principal Figura - Alberto Contador
Apenas ganhou uma etapa em 2017 e que etapa, porém, foi o ciclista que mais contribuiu para a subida no ranking equipa, cerca de 25% dos pontos foram obtidos pelo espanhol.
Foi uma temporada marcada pelos segundos lugares. Começou o ano a ser 2º na Andaluzia, repetiu a proeza no Paris-Nice, onde ficou apenas a 2 segundos do vencedor. Na Catalunha voltou a ser segundo, atrás de Valverde e o mesmo aconteceu no País Basco.
Na Volta à França nunca esteve na luta pelo pódio, mas no seu estilo inconformado, foi dando espectáculo e acabou no 9º lugar.
A decisão surgiu então, a Vuelta seria a última grande volta da carreira do Pistolero. Bem cedo perdeu algum tempo, mas mais uma vez, não deixou de tentar e conseguiu por diversas vezes partir a corrida, deixando em dificuldades toda a gente. A recompensa surgiu na última etapa de montanha, no mítico Angliru, onde já tinha, ganho.
Em Madrid foi justamente homenageado, é um dos ciclistas mais marcantes da história da modalidade, marcou uma década.
Foi uma temporada marcada pelos segundos lugares. Começou o ano a ser 2º na Andaluzia, repetiu a proeza no Paris-Nice, onde ficou apenas a 2 segundos do vencedor. Na Catalunha voltou a ser segundo, atrás de Valverde e o mesmo aconteceu no País Basco.
Na Volta à França nunca esteve na luta pelo pódio, mas no seu estilo inconformado, foi dando espectáculo e acabou no 9º lugar.
A decisão surgiu então, a Vuelta seria a última grande volta da carreira do Pistolero. Bem cedo perdeu algum tempo, mas mais uma vez, não deixou de tentar e conseguiu por diversas vezes partir a corrida, deixando em dificuldades toda a gente. A recompensa surgiu na última etapa de montanha, no mítico Angliru, onde já tinha, ganho.
Em Madrid foi justamente homenageado, é um dos ciclistas mais marcantes da história da modalidade, marcou uma década.
Alberto Contador dá o último disparo no Angliru (Imagem de AFP/Jose Jordan) |
Desilusão - John Degenkolb
Foi contratado para suprimir a perda de Fabian Cancellara e no primeiro ano na equipa americana, desiludiu em toda a linha. Apenas conseguiu uma vitória, logo na primeira prova, na 3ª etapa do Dubai Tour.
Na primavera fez uma campanha de clássicas, longe daquilo que se pedia, apesar de ter conseguido top-10 em todas as clássicas que participou, já não é suficiente para um ciclista como ele. No Tour, ainda cheirou a vitória numa etapa e outra etapa, mas de resto também não foi uma performance boa.
Acabou o ano afectado por diversos problemas de saúde, um deles obrigou-o mesmo a abandonar a Vuelta.
Principais resultados - 15ª etapa da Volta à França, 20ª etapa da Vuelta a Espanha
A equipa não obteve grandes vitórias, as principais foram as duas etapas conquistadas nas grandes voltas. A 15ª etapa ganha por Bauke Mollema no Tour, foi importante não só por ter sido obtida na maior prova de ciclismo do mundo, mas também porque a prova não estava a correr de feição à equipa americana.
A 20ª etapa da Vuelta, ganha por Alberto Contador no mítico Angliru, teve um simbolismo enorme para o ciclista e também para a equipa, já que se tratou do último dia de montanha na carreira profissional de Alberto Contador.
Outros resultados relevantes - Volta à Dinamarca
Foi um resultado importante para o jovem dinamarquês, Mads Pedersen, não só porque, ganhou em casa, mas porque para um jovem que na altura tinha 21 anos, ganhar uma prova com um pelotão de grande qualidade, é muito encorajador.
A equipa trabalhou para ele e o jovem ciclista correspondeu da melhor forma, numa forma, que roçou a perfeição para a Trek-Segafredo.
Melhor momento - 20ª etapa da Vuelta
Já muito foi dito dobre este momento, é não só um dos momentos mais marcantes da Trek-Segafredo, mas também do ano na modalidade.
Foi o último disparo do Pistolero e foi certeiro. Antes da subida final, o imponente Angliru, na descida do Cordal, Contador e Pantano atacaram a corrida, ganharam uma pequena vantagem. A subida foi um momento único, ou não estivéssemos a assistir a última subida de um dos grandes do ciclismo, que acabou a sua carreira em grande, ao ganhar no mítico Angliru.
Uma bela despedida.
Pior momento - O 'caso André Cardoso'
Este é um caso que até ao dia de hoje, ainda não está resolvido. Aqui fica a cronologia do mesmo:
Dia 18 de junho:
André Cardoso foi alvo de uma recolha fora de competição, numa altura que se estava a preparar para o Tour;
Dia 27 de junho:
Dia 27 de agosto:
Dia 25 de dezembro:
André Cardoso na sua conta de Instagram publica uma foto com uma legenda enigmática.
Ao fim de 6 meses, a UCI inexplicavelmente continua sem dizer nada sobre este assunto.
A segunda metade da temporada de Mads Pedersen foi excepcional. Venceu o Poitou-Charentes e a Volta à Dinamarca. Antes disso, em junho tornou-se campeão dinamarquês de estrada de Elites, na prova em linha.
Isto tudo foi conseguido por um jovem de 21 anos. Estamos perante uma das grandes promessas do ciclismo.
Avaliação
Positivo
- Mads Pedersen e Rúben Guerreiro são valores de futuro;
- A despedida digna de Alberto Contador.
Negativo
- Não conseguiram pódio numa grande volta;
- John Degenkolb esteve longe das expectativas;
- A forma como abordaram tacticamente algumas das clássicas de pavé;
- Esperava-se mais de Jarlinson Pantano.
A equipa nas últimas cinco temporadas tem variado muito na performance. Em 2012, 2014 e 2015, ficaram em 12º, 13º e 13º lugar respectivamente. Já em 2013, 2016 e 2017, foram 4º, 9º e 5º lugar respetivamente no ranking World Tour.
Este ano a equipa beneficiou do desempenho de Alberto Contador, que apesar das poucas vitórias, obteve muitos segundos lugares, foram quatro segundos lugares na geral individual de provas por etapas.
Em relação ao número de vitórias, foram menos 2 no total, mas mais 2 no World Tour.
Em relação aos pódios a equipa conseguiu bem mais em relação a 2016. Aliás, 2017 foi o ano com mais pódios dos últimos cinco anos.
O 2º lugar foi onde a equipa ganhou mais pódios em relação aos anos anteriores, foram nada mais nada menos do que 33.
Foi um ano mais positivo em relação ao anterior. No entanto, em termos de vitórias, não houve um aumento, sendo que a equipa conseguiu disputar mais vezes as provas, sem no entanto, ganhar muitas vezes.
Futuro
A grande aquisição da equipa é Gianluca Brambilla, um ciclista interessante para provas por etapas de uma semana e também para clássicas tipo Ardenas ou Strade Bianche. Das outras contratações, destaque para mais um jovem talentoso trepador dinamarquês, Niklas Eg, que foi 3º classificado no último Tour d'Avenir.
Em relação às saídas, o destaque obviamente é o fim de carreira de Alberto Contador, que deixa um buraco na equipa, que deve ser tapado em 2019, com a contratação de um líder para as grandes voltas. Edward Theuns é a outra saída importante, um ciclista capaz de lutar nas clássicas do pavé, mas também é um bom finalizador.
Entradas:
Ryan Mullen (Cannondale-Drapac)
Alex Frame (JLT Condor)
Gianluca Brambilla (QuickStep-Floors)
Niklas Eg (Team Veloconcept)
Tsgabu Grmay (Bahrain-Merida)
Nicola Conci (Neo-Pro)
Saídas:
Haimar Zubeldia (Retirou-se)
Alberto Contador (Retirou-se)
Jesús Hernández (Retirou-se)
Edward Theuns (Team Sunweb)
Marco Coledan (Trek-Segafredo)
Alex Frame (JLT Condor)
Gianluca Brambilla (QuickStep-Floors)
Niklas Eg (Team Veloconcept)
Tsgabu Grmay (Bahrain-Merida)
Nicola Conci (Neo-Pro)
Saídas:
Haimar Zubeldia (Retirou-se)
Alberto Contador (Retirou-se)
Jesús Hernández (Retirou-se)
Edward Theuns (Team Sunweb)
Marco Coledan (Trek-Segafredo)
Fabio Felline, Julien Bernard, Kiel Reijnen, Michael Gogl
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