Santos Tour Down Under (2.WT) - Antevisão
O World Tour está de volta e abre o ano, como tem sido habitual na Austrália. Em 2017, além do Tour Down Under, a Cadel Evans Great Ocean Road Race também faz parte do calendário da principal divisão do ciclismo mundial.
Enquanto na Europa, por esta altura o frio marca presença e as equipas estão concentradas nos estágios no sul do Continente. Na Austrália as temperaturas são bem mais altas e a temporada de ciclismo australiana está no auge, com a realização dos campeonatos nacionais e vários Critériums. O ciclismo é um desporto com enorme popularidade por terras australianas, com um desenvolvimento extraordinário nas últimas décadas, que lhe permite ter duas provas no World Tour, uma das melhores equipas do mundo e pode-se orgulhar de nos últimos 15-20 anos, ter fornecido à modalidade um leque de ciclistas de enorme qualidade. A UCI tem apostado na globalização da modalidade e apesar de alguns falhanços, neste caso, a aposta na Austrália, tem sido um sucesso retumbante.
O Tour Down Under já vai na 19ª edição, sendo esta a prova de ciclismo mais importante realizada no hemisfério Sul. Disputa-se na região mais a sul do país, ao redor de Adelaide.
Na lista de vencedores estão nomes como Simon Gerrans (4x), André Greipel e Michael Rodgers. Os homens da casa venceram a prova 11 vezes
Enquanto na Europa, por esta altura o frio marca presença e as equipas estão concentradas nos estágios no sul do Continente. Na Austrália as temperaturas são bem mais altas e a temporada de ciclismo australiana está no auge, com a realização dos campeonatos nacionais e vários Critériums. O ciclismo é um desporto com enorme popularidade por terras australianas, com um desenvolvimento extraordinário nas últimas décadas, que lhe permite ter duas provas no World Tour, uma das melhores equipas do mundo e pode-se orgulhar de nos últimos 15-20 anos, ter fornecido à modalidade um leque de ciclistas de enorme qualidade. A UCI tem apostado na globalização da modalidade e apesar de alguns falhanços, neste caso, a aposta na Austrália, tem sido um sucesso retumbante.
O Tour Down Under já vai na 19ª edição, sendo esta a prova de ciclismo mais importante realizada no hemisfério Sul. Disputa-se na região mais a sul do país, ao redor de Adelaide.
Na lista de vencedores estão nomes como Simon Gerrans (4x), André Greipel e Michael Rodgers. Os homens da casa venceram a prova 11 vezes
História
últimos 10 vencedores
2007 Martin Elmiger (SUI) AG2R Prévoyance
2008 André Greipel (GER) Team High Road2009 Allan Davis (AUS) Quick-Step
2010 André Greipel (GER) Team HTC–Columbia
2011 Cameron Meyer (AUS) Garmin–Cervélo
2012 Simon Gerrans (AUS) GreenEDGE
2013 Tom-Jelte Slagter (NED) Blanco Pro Cycling
2014 Simon Gerrans (AUS) Orica–GreenEDGE
2015 Rohan Dennis (AUS) BMC Racing Team
2016 Simon Gerrans (AUS) Orica–GreenEDGE
Edição 2016 (Top-10)
1 Simon Gerrans (Aus) Orica–GreenEdge 19:11:33
2 Richie Porte (Aus) BMC Racing Team 0:00:09 3 Sergio Henao (Col) Team Sky 0:00:11
4 Jay McCarthy (Aus) Tinkoff 0:00:20
5 Michael Woods (Can) Cannondale
6 Ruben Fernandez Andujar (Esp) Team Movistar 0:00:28
7 Domenico Pozzovivo (Ita) AG2R La Mondiale
8 Rafael Valls Ferri (Esp) Lotto Soudal 0:00:36
9 Steve Morabito (Sui) FDJ 0:00:49
10 Patrick Bevin (NZl) Cannondale 0:00:50
Percurso
6 etapas realizadas de 17 a 22 de janeiro.
Etapa: 1 - 17 Janeiro : Unley - Lyndoch 145.00 km
Etapa: 2 - 18 Janeiro : Stirling - Paracombe 148.50 kmEtapa: 3 - 19 Janeiro : Glenelg - Victor Harbor 144.00 km
Etapa: 4 - 20 Janeiro : Norwood - Campbelltown 149.50 km
Etapa: 5 - 21 Janeiro : McLaren Vale - Willunga Hill 151.50 km
Etapa: 6 - 22 Janeiro : Adelaide CRIT 90.00 km
Total: 828,5 Kms
Desde
que passou a fazer parte do World Tour, a prova evoluiu
gradualmente de uma competição que beneficiava os sprinters para favorecer corredores mais versáteis.
Nos últimos quatro anos, a organização apostou um formato fixo com três
etapas para sprinters, duas para os homens da geral e uma com um final explosivo, para puncheurs.
Este ano, a organização decidiu beneficiar um pouco mais os trepadores e puncheurs, com 2 etapas com alguma montanha, 1 etapa de transição e 3 etapas adequadas a sprinters.
Como é costume a corrida começa com uma etapa para sprinters, mas no segundo dia temos uma etapa crucial para a luta pela geral. A chegada a Paracombe, que desempenhou um papel crucial na sua estreia
em 2015, está de volta, mas desta vez numa versão ainda mais difícil. Os sprinters voltam à ação nas 3ª e 4ª etapa (atenção ao vento na 3ª etapa, a etapa disputa-se ao longo da costa). A 5ª etapa é a clássica subida a Willunga Hill, o perfil da tirada mantém-se igual ao dos anos anteriores.
E para terminar, no último dia, desenrola-se o habitual circuito em Adelaide, onde haverão bonificações em jogo, caso a geral esteja apertada, podem ser importantes.
Por fim, referir que o calor pode ser um dos principais adversários para os corredores. O verão no Sul da Austrália é quente e seco.
Perfis
Etapa: 1 - 17 Janeiro : Unley - Lyndoch 145.00 km
A prova abre com uma etapa ideal para os sprinters. Será disputada nos subúrbios de Adelaide, os primeiros Kms são calmos, por volta do Km 20, os corredores começam a subir até à única subida categorizada do dia, a Humbug Scrub, que se situa aos 38,5 Kms.
Após a subida, os ciclistas dirigem-se para a meta, onde passam-na pela primeira vez aos 65,5 Kms. Serão 3 voltas ao circuito em Lyndoch, sem grande dificuldades a realçar.
** Caleb Ewan
* Sam Bennett
A etapa é um constante sobe e desce, com os primeiros 105,5 Kms a serem realizados num circuito de 21,1 Kms de extensão.
Depois do circuito, os últimos 43 Kms, terão uma descida seguido de uma zona plana, até que aparece a subida final, que coincide com a meta, em Paracombe. A subida a Torrens Hill Road, destaca-se pelos últimos 1200 metros a 9%.
** Jay McCarthy
* Simon Gerrans
A 3ª etapa, é de transição,ou seja, não é completamente plana, mas também não é demasiado dura para fazer diferenças entre os candidatos à classificação geral.
A etapa irá se desenrolar ao longo da costa, com uma chegada mais uma vez realizada num circuito na cidade de Victor Harbor. O vento pode ser um fator a ter em conta.
A grande dificuldade do dia aparece aos 43,3 Kms de prova, Selloks Hill. Aos 92,3 Kms os corredores passam pela primeira vez pela linha de meta. Serão 4 voltas a circuito com 12,9 Kms de extensão, onde contempla duas pequenas subidas, os 3 últimos Kms são planos.
A grande dificuldade do dia aparece aos 43,3 Kms de prova, Selloks Hill. Aos 92,3 Kms os corredores passam pela primeira vez pela linha de meta. Serão 4 voltas a circuito com 12,9 Kms de extensão, onde contempla duas pequenas subidas, os 3 últimos Kms são planos.
** Peter Sagan
* Edward Theuns
Depois o terreno é plano, com pequenas subidas e descidas, mas sem grande importância, até que a 25 Kms da meta, os corredores descem em direção à meta.
** Caleb Ewan
* Peter Sagan
Etapa: 5 - 21 Janeiro : McLaren Vale - Willunga Hill 151.50 km
A partida será em Mclaren Vale e os primeiros 120 Kms são praticamente planos, realizados em mais um circuito de 39,7 Kms, que será percorrido 3 vezes.
A primeira ascensão a Willunga Hill, que irá estar repleto de público, situa-se a cerca de 30 Kms da meta. Segue-se uma zona plana e descida de 10 Kms, até voltarem a subir pela segunda e última vez a Willunga Hill.
A subida é dura são 3 Kms no total a 7,5%! Os primeiros 1300 metros variam entre os 7,9% e 9,1% de inclinação média. Depois estabiliza e nos últimos 1200 metros, a inclinação média é de 6,5%.
** Richie Porte
* Sérgio Henao
Para terminar a prova, realiza-se o habitual circuito em Adelaide, em forma de Critérium. É a forma de consagrar os vencedores em frente ao fiel e entusiasta público australiano.
** Caleb Ewan
* Peter Sagan
Startlist
Favoritos
A prova deste ano deu mais um passo em frente, ao decidir endurecer o percurso, com a inclusão de duas etapas onde os candidatos à geral podem fazer a diferença. Em tempos, o Tour Down Under foi dominado por ciclistas como Greipel e Stuart O'Grady. Robbie McEwen por exemplo chegou a fazer 2º lugar.
Agora vivem-se outros tempos, com a classificação geral da prova a ser disputada por ciclistas mais versáteis e por voltistas. Devido à dureza deste ano, na nossa opinião é a edição mais dura de sempre, Colocamos homens como Richie Porte, Sérgio Henao e Esteban Chaves como os principais favoritos à frente do recordista de vitórias, Simon Gerrans. Na nossa opinião a prova é demasiado dura para Gerrans, no entanto, não deixa de ser um candidato.
Jay McCarthy e Rohan Dennis também são nomes a ter em conta, principalmente porque correm em casa. McCarthy no ano passado venceu uma etapa e acabou nos primeiros lugares, já Dennis foi o vencedor da edição 2015.
Domenico Pozzovivo costuma dar-se bem nesta prova e habitualmente começa o ano muito bem, possivelmente não irá lutar pela vitória final, mas esperamos que esteja entre os primeiros lugares.
Outro australiano a ter em conta é Lachlan Morton, excelente trepador e é um dos que beneficia pelo endurecimento do percurso.
Michael Woods no ano passado foi um dos que brilhou, ao ser 5º. É uma das apostas da Cannondale-Drapac que além dele, tem Tom-Jelte Slagter.
A UAE Abu Dahbi, tem Diego Ulissi, enquanto a Movistar deve apostar em Jesus Herrada e a Astana apresenta Luis Léon Sanchez como principal figura. Além de Sérgio Henao, a Sky tem Geraint Thomas, no entanto, na nossa opinião, as chegadas, principalmente a de Willunga Hill, adequa-se a Henao e não tanto a Thomas.
Em relação aos portugueses, Tiago Machado e José Gonçalves, devem ser as referências da Katusha-Alpecin. Não será de pôr de parte um deles atingir o top-10.
Em relação ao talentoso Rúben Guerreiro, será a primeira prova no World Tour com a Trek-Segafredo. A equipa deverá se concentrar em apoiar Edward Theuns para as chegas ao sprint e também Jarlinson Pantano, nas etapas com chegada em alto. No entanto, não será de estranhar, se Rúben Guerreiro, conseguir fazer alguma gracinha.
***** Richie Porte
**** Sérgio Henao, Esteban Chaves
*** Rohan Dennis, Jay McCarthy
** Diego Ulissi, Domenico Pozzovivo, Michael Woods
* Jarlinson Pantano, Lachlan Morton, Geraint Thomas
A nossa aposta: Richie Porte
Tem este ano a grande oportunidade de finalmente vencer a maior prova do seu país. O percurso é o mais duro de sempre, o que o beneficia, perante ciclistas como Simon Gerrans.
No ano passado perdeu a prova devido às bonificações.
Outsider: Sérgio Henao
O colombiano em forma, é um puncheur temível e um dos melhores do pelotão. Habitualmente dá-se bem com os ares australianos, no ano passado foi 3º, a 11 segundos de Gerrans.
Terá de dividir a liderança com Thomas, mas dado o histórico e as características do percurso, apontamos para que Sérgio Henao acabe por se destacar.
Seguir em directo: @tourdownunder; #TDU
Post a Comment