Giro d'Italia 2025 - Antevisão da 8ª etapa
Depois do primeiro embate entre os homens da geral na montanha, hoje a etapa é ondulada e perfeita para os especialistas da 'fuga de la fuga'.
Esta etapa nos Apeninos apresenta um perfil ondulado e exigente, com um ganho de elevação significativo, estimado em cerca de 3800 metros. Após uma curta aproximação plana desde a costa, o percurso entra no interior montanhoso, com uma sucessão de subidas categorizadas e não categorizadas, além de descidas técnicas.
As principais dificuldades incluem:
- Croce di Casale (Categoria 3): Uma subida de 7.7 km com uma inclinação média de 4.6%, localizada a cerca de 61 km do início.
- Valico di Santa Maria Maddalena (Sassotetto) (Categoria 1): Uma ascensão mais longa e exigente, com 13.1 km a uma média de 7.4%, atingindo o ponto mais alto da etapa a 1455 metros de altitude, a cerca de 105 km do início.
- Montelago (Categoria 3): Uma subida de 5.6 km com uma inclinação média de 6.8%, situada a cerca de 152 km da partida.
- Gagliole (Categoria 4): Uma subida curta mas íngreme de 0.8 km com uma média de 11.9%, localizada perto do final, a cerca de 190.5 km.

Aspetos a Considerar:
Esta etapa, com as suas múltiplas subidas e um final sinuoso e exigente, é propícia a ataques e à formação de uma fuga forte.
- Início: Uma luta pela fuga é esperada, com muitos ciclistas a tentarem antecipar-se ao pelotão nas primeiras colinas.
- Meio da Etapa: A longa subida de primeira categoria ao Valico di Santa Maria Maddalena será um ponto crucial para a seleção e poderá ver os primeiros movimentos entre os candidatos à geral. As equipas com trepadores fortes tentarão controlar o ritmo e desgastar os adversários.
- Final: O circuito final com as suas curtas e íngremes subidas e a descida técnica antes da chegada em subida favorece os puncheurs com boas capacidades de escalada e descida. Ataques nos últimos quilómetros são quase certos, tanto para a vitória na etapa como para ganhos na classificação geral.
Favoritos
O número de candidatos para estar numa fuga não tem fim, mas aqui ficam alguns nomes que podem vencer esta etapa através da 'fuga de la fuga':
Marco Frigo
Se ontem não esteve na fuga, então hoje estará, será uma desilusão não o ver. Ciclista que se especializou na bela arte 'caça-etapas' e é competente nesse papel. Procura a primeira vitória numa grande volta.
Wout Poels
O neerlandês está neste Giro com uma missão, ganhar etapas e por conseguinte arrecadar preciosos pontos para a Astana. Está longe na geral e liberdade terá para fazer das suas, mostrou na Turquia que está preparado para a montanha.
Pello Bilbao
Perdeu tempo propositadamente nos primeiros dias para ter liberdade nestes dias de montanha.
Pippo Zana
Está a mais de 14 minutos, está claro que este Giro para Zana trata-se de caçar etapas. Este é o seu terreno, onde pode fazer diferença, tem de estar no movimento correto.
Mathias Vacek
Roglic não pareceu muito interessado em ter a rosa nesta fase e por isso a Lidl-Trek recuperá-la será uma boa notícia para a Red Bull-Bora. Está a 37 segundos e não é uma ameaça para a geral, já que na alta montanha naturalmente perderá tempo.
Andrea Vendrame
Diego Ulissi
Um dos maiores especialistas do Giro, já leva nada mais nada menos que 8 vitórias de etapa. Uma das armas da Astana para ganhar etapas e sacar valiosos pontos.
Mattia Cattaneo
A Soudal-Deceuninck chegou ao Giro com um propósito, levar Mikel Landa ao pódio, esse propósito ficou desfeito logo no primeiro dia. Agora é tentar atacar etapas e Cattaneo é uma das armas mais fiaveis que eles têm para este tipo de percurso.
Brandon Rivera
A Ineos mudou a abordagem, tornou-se numa equipa bem mais ofensiva e esperamos que tenha homens na fuga, Riovera é uma das melhores opções, é um ciclista que também tem um ponta final interessante.
Edoardo Zambanini
Apenas batido por Perdersen em Matera, Zambanini tem um obejtivo claro para este Giro, vencer uma etapa. Este perfil de etapa está no seu limite mas está em grande forma e por isso tem de ser um nome a ter em conta para este tipo de etapa.
Marco Brenner
Quando apareceu no ciclismo de base era o "Remco alemão" mas nunca cumpriu com as expectativas. Ainda é bastante jovem e tem imensa qualidade, estas etapas é onde pode realmente brilhar, tem de estar no movimento certo.
Quentin Hermans
Um puncheur clássico, corredor de imensa classe.
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