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Guia Volta ao Algarve 2024 (2.Pro)

  


Algarvia (nome carinhoso pelo qual é tratada a Volta ao Algarve), é a prova portuguesa com maior prestígio fora de portas, apesar de não ser a mais importante e popular para os adeptos da modalidade em Portugal, para os ciclistas e equipas portuguesas, essa naturalmente é a Volta a Portugal.
A primeira edição foi em 1960, entre 1962 e 1976 a corrida não se realizou, voltando em 1977. Nesse ano a prova foi ganha por Belmiro Silva, que curiosamente venceria por mais duas vezes, o que faz com que seja o recordista de vitórias à geral. Nas últimas duas décadas, a Algarvia tem trazido constantemente algumas das melhores equipas do mundo a território nacional. E conta já com vencedores de peso na sua história, ciclistas como Geraint Thomas, Primoz Roglic, Tadej Pogacar e Remco Evenepoel, já venceram a algarvia. Remco voltará a estar à partida da Volta ao Algarve, já venceu aqui por duas vezes (2020 e 2022) e vem de uma vitória de se lhe tirar o chapéu na Figueira Champions Classic. Será que consegue repetir a graça e igualar Belmiro Silva como recordista de vitórias?



História

últimos vencedores
2013 Tony Martin (GER) Omega Pharma–Quick-Step
2014 Michał Kwiatkowski (POL) Omega Pharma–Quick-Step
2015 Geraint Thomas (GBR) Team Sky
2016 Geraint Thomas (GBR) Team Sky
2017 Primoz Roglic (SLO) Team LottoNL-Jumbo
2018 Michal Kwitakowski (POL) Team Sky
2019 Tadej Pogacar (SLO) UAE Team Emirates
2020 Remco Evenepoel (BEL) Deceuninck-QuickStep
2021 João Rodrigues (POR) W52-FC Porto
2022 Remco Evenepoel (BEL) QuickStep
2023 Daniel Martínez (COL) Ineos Grenadiers

Percurso

 14/02 Etapa 1 | Portimão - Lagos (200.8 Km)
 15/02 Etapa 2 | Lagoa - Fóia (Monchique) (171.9 Km)
 16/02 Etapa 3 | Vila Real de Santo António - Tavira (192.2 Km)
 17/02 Etapa 4 (ITT) | Albufeira - Albufeira (22.2 Km)
 18/02 Etapa 5 | Faro - Malhão (165.8 Km)

Em relação às últimas edições, o percurso não tem grandes surpresas, duas etapas para sprinters, duas para os homens da geral (finais na Fóia e Malhão, já velhos conhecidos) e um contrarrelógio individual. A única diferença em relação a 2023, é a troca entre a etapa do Malhão e o crono. Uma vez mais, o Alto do Malhão encerra a prova.

Perfis

 14/02 Etapa 1 | Portimão - Lagos (200.8 Km)


A prova abre com um dia para os velocistas, mas com um percurso ondulante. A primeira metade da etapa conta com uma 4ª categoria e outra de 3ª categoria. Mas a subida da Nave, que é a última categorizada do dia, está longe da meta e não deve fazer muitos estragos.
A chegada em Lagos é perfeita para que um comboio faça o seu trabalho e lance o seu sprinter nas melhores condições possíveis. 

 15/02 Etapa 2 | Lagoa - Fóia (Monchique) (171.9 Km)

Primeiro dia importante para a geral. São quatro contagens de montanha (três nos últimos 35 Km) com o final na Fóia, numa chegada marcada por um inicio complicado com rampas acima dos 9%, ideal para fazer a primeira seleção a sério. A subida, apesar do seu início complicado, não tem pendentes muito elevadas e habitualmente um grupo de 10 a 20 corredores discute a vitória da etapa. 
O vento ao longo da subida é um fator importante, os últimos Km estão expostos.
Os anos anteriores mostraram que não se costuma fazer grandes diferenças na Fóia, deixando a geral para ser decidida no contra-relógio e Alto do Malhão.

 16/02 Etapa 3 | Vila Real de Santo António - Tavira (192.2 Km)

Reza a história que a chegada a Tavira termina num sprint massivo entre os puro sangue da velocidade. Mas a edição passada mostrou-nos que é possível fazer diferente. O dinamarquês Magnus Cort atacou com um grupo na fase final da etapa, foi apanhado mas manteve-se na frente com um sprint longo e poderoso, levando a vitória para casa.
O percurso tem algumas subidas, mas nada que mereça destaque.

 17/02 Etapa 4 (ITT) | Albufeira - Albufeira (22.2 Km)

Contrarrelógio de 22,2 Km de extensão (mais curto do que o do ano passado, que por sua vez já era mais pequeno do que o de 2022), ideal para os verdadeiros especialistas. Não é completamente plano, mas também não se pode dizer que tem muita subida, as diferenças serão consideráveis entre os ciclistas.

 18/02 Etapa 5 | Faro - Malhão (165.8 Km)

O Alto do Malhão volta a ser o encerrar do pano da Volta ao Algarve. A etapa é dura, como já é tradição, com cinco contagens de montanha, todas elas curtas e empinadas mas que vão moendo os ciclistas e a fadiga acumula-se. O Alto do Malhão é a ascensão mais emblemática do Algarve e que normalmente faz diferenças importantes, são apenas 2600 metros mas a 9,5% e será ultrapassado duas vezes nos últimos 25 Km, a última coincide com a linha de meta.

Startlist

Aqui

Favoritos

Sprint

Duas oportunidades para o sprint, chegada no primeiro dia a Lagos e ao terceiro a Tavira. O leque de velocistas presentes é variado e com qualidade.

Casper Van Uden
Brilhou no AlUla Tour, onde esteve sempre entre os melhores lugares no sprint e venceu a primeira etapa. Com Degenkolb, Bittner e Welten para o lançar, o neerlandês é um sério candidato a vencer etapas nesta Algarvia.

Gerben Thijssen
Venceu o Trofeo Palma, em Almeria o posicionamento não foi o melhor e foi 5º. É um sprinter poderoso que terá Teunissen para o lançar. O resto do comboio é de luxo com Hugo Page, Herregodts e Adrien Petit.

Arnaud Démare
As coisas não estão fáceis para o sprinter francês. A Arkea leva para o Algarve uma equipa toda focada nele com Biermans, Senechal e McLay no lançamento.
Não há desculpas, tem de mostrar que ainda é capaz de ganhar contra alguns dos melhores.

Jordi Meeus
Foi 8º em Almeria, ao contrário da maioria dos rivais não tem comboio, vai ter de se desenrascar sozinho. A equipa germânica estará focada na luta pela geral.

Wout Van Aert
Ganhar uns segundos de bonificações nos sprints pode ser importante para a luta pela geral. Em Almeria fez um lançamento de luxo para Kooij, desta vez a responsabilidade do sprint recai nele.

★★★ Van Uden, Thijssen
★★ Démare, Meeus, Van Aert
★ van den Berg, Trentin, Teunissen, Page, Askey, Theuns, Dainese

Geral

O percurso é semelhante aos anos anteriores, a luta pela vitória estará entre os contrarrelogistas e os voltistas. 

O contra-relógio tem um peso enorme, as diferenças vão ser grandes nesse dia, pelo contrário a etapa da Fóia não costuma fazer grandes diferentes, homens como Ganna e Kung aguentaram-se no ano passado, lembrar que a etapa em 2023 foi ganha por Magnus Cort. É verdade que a etapa da Fóia este ano tem uma aproximação final diferente, mas a dificuldade das duas subidas anteriores à Fóia não são muito diferentes de 2023 (Pomba vs Picota e Alferce vs subida não categorizada de 2,7 Km a 7.9%).

O Malhão fará mais diferenças que a Fóia, mas será suficiente para recuperar as perdas do contra-relógio?

Visma
Têm Wout Van Aert que neste percurso é um claro candidato à geral. A etapa da Foia não costuma fazer diferenças e um ciclista como Van Aert pode aguentar, o contra-relógio é perfeito para ele, o grande problema poderá ser o Malhão, mas se um ciclista como Ganna conseguiu limitar perdas, Van Aert também é capaz. Em Almeria fez um belo lançamento, em Jaen teve azar, não sabemos muito bem o estado de forma, mas em teoria por esta altura já deve ter um bom nível porque não falta muito para as clássicas, caso contrário pode ser preocupante.
Sepp Kuss começou o ano em grande forma, excelente sinais que deu em Múrcia e sobretudo em Jáen. O grande problema é o contra-relógio, a Fóia não é uma subida para ganhar tempo e o Malhão não tem a extensão suficiente para compensar as perdas do crono, um Top-5 é um objetivo realista.

Soudal-QuickStep
Remco Evenepoel depois da demonstração na Figueira, é o homem a bater. Fóia, contra-relógio e Malhão adequam-se a ele e até as pode vencer, aliás, só lhe falta vencer no Malhão para completar o grand-slam Algarvio.
Mikel Landa neste percurso dificilmente fará grande coisa, no contra-relógio perderá o nome, apenas o Malhão adequa-se, mas nesse dia se nada de anormal acontecer, estará ao serviço de Remco.

Ineos
Dominaram a edição 2023, este ano Pippo Ganna regressa, resta saber se com as mesmas pernas. Tal como Van Aert com a aproximação das clássicas o italiano já deverá ter um nível decente. Com um contra-relógio de 22 Km, é um candidato aos primeiros lugares, mas não é o único da Ineos.
Tom Pidcock venceu a etapa do Malhão no ano passado, o grande problema dele é o contra-relógio. Outro nome interessante é Thymen Arensmann, o neerlandês estreia-se na temporada, no ano passado não fez grande coisa no Algarve, o percurso em teoria assenta-lhe bem, é um contrarrelogista decente.
E finalmente Geraint Thomas, que já venceu a Algarvia por duas vezes, no entanto nos últimos anos o galês começa as temporadas sem exuberância, acreditamos que trabalhará para Pidcock e companhia.

Bora-Hansgrohe
Têm o vencedor do ano passado, Daniel Martinez, que começou o ano a dar sinais positivos. Sobe bem, é explosivo e defende-se bem no contra-relógio. Apesar disso, o grande problema poderá estar nas perdas no contra-relógio para ciclistas como Evenepoel e Van Aert, se for a rondar os 45s, será complicado recuperar isso tudo no Malhão. Candidato ao pódio.
Sérgio Higuita é o plano B, mas o que vai perder no contra-relógio é irrecuperável, no ano passado ficou às portas do top-10.

Tao Geoghegan Hart
Vem de uma recuperação muita longa da lesão, mudou de equipa. Não esperamos que lute pela vitória, se estiver no top-10, será excelente.

Stefan Kung
Tentar sobreviver na Fóia, voar no contra-relógio e defender-se como pode no Malhão. Este é o plano de Kung para ficar no top-10.
Tal como Van Aert e Ganna, o foco são as clássicas e a Algarvia pode ser um bom teste.

Ben Healy
Andou bem em França, mas o nível aqui é superior, se fizer um bom contra-relógio então pode sonhar com o top-10. A EF não tem um líder destacado, contam também com Rui Costa no alinhamento, que correndo em casa tem liberdade.

Equipas portuguesas
Não espero grande coisa das equipas da casa. 

★★★ Evenepoel
★★ Van Aert,  Martinez
★ Pidcock, Arensman, Kung, Ganna, Higuita, Kuss, Healy

A nossa aposta: Remco Evenepoel
Joker: Ben Healy

Seguir em direto: #Valgarve2024
RTP 1
Eurosport

2 comentários:

  1. Atenção que a primeira Volta ao Algarve disputou-se em 1936, vencendo o Joaquim Fernandes.

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    Respostas
    1. A organização da Volta ao Algarve não considera a edição de 1936.
      https://voltaaoalgarve.com/pt/historico/

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