Cadel Evans Great Ocean Race (1.WWT) - Antevisão

Na pitoresca região de Geelong, Austrália, a Cadel Evans Great Ocean Race tornou-se um marco no calendário do ciclismo feminino. Sob o céu azul e a brisa do oceano, ciclistas extraordinárias convergem para enfrentar não apenas uma competição acirrada, mas um desafio que transcende as pedaladas e se torna numa celebração da destemida determinação das mulheres no ciclismo de elite. Neste cenário deslumbrante, a prova não testa apenas a resistência física, mas também destaca a elegância e a habilidade técnica das atletas que competem por vitória e reconhecimento num evento que ecoa além das estradas australianas.

História

vencedoras
2016 Amanda Spratt (Aus) Orica - AIS
2017 Annemiek Van Vleuten (Ned) Orica - Scott
2018 Chloe Hosking (Aus) Alé Cipollini
2019 Arlenis Sierra (Cub) Astana

2020 Liane Lippert (Ger) Team Sunweb

2023 Loes Adegeest (Ned) FDJ - Suez

Percurso

Geelong - Geelong, 143 Km

A prova decorre na região costeira de Geelong, com as ciclistas a terem como pano de fundo uma paisagem de grande beleza. O percurso tem uma parte que é comum àquele que serviu para a prova em linha dos mundiais de 2010 e é parecido ao das quatro edições anteriores. Os primeiros 113 Km são ao redor de Geelong, até entrar no circuito de 16,7 Km de extensão (mais curto do que nas edições anteriores), onde darão 2 voltas. Os primeiros Km são na zona norte, depois seguem para o sul ao longo da costa, onde encontrarão as principais dificuldades. No ponto mais setentrional, as corredoras irão para o interior, onde pequenas subidas e descidas marcam a maior parte do percurso. Depois seguem para norte, até encontrarem o circuito. Os primeiros 7 Km são planos, até encontrarem a subida de Challambra Cres, são apenas 1100 metros a 8% de inclinação média. 

Startlist

Aqui

Meteorologia

Tempo seco.
Temperatura a rondar os 20°C.

O vento soprará moderado (~22 Km/h) de Oeste com períodos de rajadas fortes.

Favoritos

Com uma starlist muito semelhante à do Tour Down Under, seria fácil sugerir que as mesmas protagonistas estariam em primeiro plano. Mas, como mostram os resultados do ano passado, pode não ser assim tão linear como parece no papel.

FDJ-Suez

A vencedora da edição anterior, Loes Adegeest, não estará presente para tentar renovar o título. Dessa forma, na FDJ-Suez queremos destacar Cecilie Uttrup Ludwig. A vencedora da 2ª etapa do Tour Down Under e 9ª classificada da geral, é uma ciclista com a capacidade de aproveitar a subida e aí fazer a diferença. É verdade que ela teve muitos problemas na subida final do TDU, quando tentou seguir Sarah Gigante, mas na Cadel Evans as subidas não são tão duras. Dessa forma, a ciclista dinamarquesa coloca-se assim no topo da lista de favoritas para vencer pela FDJ-SUEZ. A equipa conta também com Grace Brown, que apesar de não ter estado no seu melhor no TDU, é uma ciclista australiana e como tal, deverá tentar um bom resultado.

AG-Insurance-Soudal Team

Sarah Gigante prometeu um bom resultado no TDU e cumpriu. A ciclista australiana parece ter ultrapassado os maus momentos do passado e vive uma fase feliz, chegou à equipa, viu e venceu. Mas o percurso da Cadel Evans é bem diferente do Tour Down Under e pode ser bastante difícil para ela.  

Por outro lado, a sua colega de equipa Ally Wollaston, pode ser muito feliz nesta prova. A ciclista neozelandesa venceu a 1ª etapa do TDU, já mostrou que consegue finalizar bem e com certeza irá querer juntar a vitória na Cadel Evans ao palmarés. 

Liv-AlUla-Jayco

A equipa australiana irá querer sair da Cadel Evans com um bom resultado. Para tal conta com Ruby Roseman-Gannon, Alexandra Manly, Georgia Baker e a jovem Ella Wyllie, qualquer uma delas pode ter um papel de destaque, dependendo de como a corrida se desenrola e seja (ou não) atacada.

Ruby Roseman-Gannon foi 7ª na edição do ano passado e acreditamos que poderá fazer novamente um bom resultado este ano.

Lidl-Trek

Amanda Spratt não esteve no seu melhor durante o TDU, sofreu e acabou por ficar fora do pódio, em 4º lugar. Mas a 2ª classificada da Cadel Evans 2023 não se deverá dar por vencida e irá apresentar-se forte na edição deste ano.

UAE Team ADQ

Dominika Wlodarczyk teve um óptimo início temporada pela equipa dos Emirados Árabes Unidos, ficando em 5º lugar da geral no Tour Down Under. Achamos que o percurso final da Cadel Evans pode muito bem servir para ela, a subida não lhe deverá causar muitos problemas e poderá conseguir um bom resultado.

Mas dentro da equipa dos Emirados, outro nome se destaca - Sofia Bertizzolo. A italiana de 26 anos terminou duas etapas do Tour Down Under em 3º lugar, mostrando estar em boa forma e motivada. A UAE tem assim duas peças com as quais poderá jogar.

DSM-firmenich PostNL

No Tour Down Under, Francesca Barale e Nienke Vinke, conseguiram bons resultados para a equipa. Vinke fez uma excelente subida em Willunga e terminou em 2º da geral. Barale também esteve bastante bem, aguentou-se na última etapa e conseguiu óptimos resultados nas etapas mais planas (4º e 6º lugar), terminando a prova em 11º. Na Cadel Evans, a subida poderá não ser dura o suficiente para Vinke repetir o desempenho, podendo ser mais adequado para a italiana, Francesca Barale.

Canyon/SRAM

Soraya Paladin conseguiu um bom desempenho nas etapas mais planas do TDU, tendo mesmo feito pódio na 2ª etapa. A italiana tem boa finalização e deverá conseguir ultrapassar a subida. Quem sabe não será rápida o suficiente para subir ao pódio?

Neve Bradbury vem de um 3º lugar no TDU, mas a jovem ciclista australiana necessita de um pouco mais de dureza para fazer diferenças para as adversárias. Não irá encontrar essa dureza na Cadel Evans, mas é sempre um nome a ter em conta.

Human Powered Health

Ruth Edwards mostrou estar bem no TDU e deverá ser a aposta principal da equipa. Mas à Human Powered Health não lhe faltam cartas no baralho. De destacar Krista Doebel-Hickok, Audrey Cordon-Ragot e Katia Ragusa. Ragusa foi a vencedora da montanha no Tour Down Under.

St Michel-Mavic-Auber93

A nova contratação da equipa, Victorie Guilman, teve um forte desempenho no Tour Down Under, terminando em 6º da classificação geral, depois de também terminar nessa posição na última etapa. Se o final for ao sprint em grupo compacto, Roxanne Fournier deverá ser a ciclista melhor colocada para a disputa da vitória. Fournier foi 7º na 1ª etapa do TDU.

★★★★★ Paladin, Ludwig

★★★★ Wollaston, Roseman-Gannon

★★★ Brown, Bertizzolo, Spratt, Gigante

★★ Vinke, Manly, Cordon-Ragot

★ Fournier, Edwards, Wlodarczyk, Barale, Ragusa

A nossa aposta: Cecilie Uttrup Ludwig

Joker: Nienke Vinke


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