Guia Giro da Lombardia 2023
Este sábado disputa-se o último monumento da temporada, la classica delle foglie morte. Será a sua 116ª edição, desde de 1905 que se corre com apenas um interregno
nos anos de 1943 e 1944, devido à 2ª Guerra Mundial.
Em 1905, a corrida foi instituída com o nome de Milão-Milão, porém dois anos
depois, em 1907 a prova adoptou o nome que actualmente é usado, Giro da
Lombardia ou Il Lombardia. Nesse ano a Gazzetta dello Sport tomou conta da
organização da prova.
A prova já teve vários trajetos, com diferentes pontos de partida e chegada:
1905–1960 Milão-Milão
1961–1984 Milão-Como
1984–1989 Como-Milão (Duomo)
1990–1994 Milão-Monza
1995–2001 Varese-Bergamo
2002 Cantu-Bergamo
2003 Como-Bergamo
2004–2006 Mendrisio (SUI)-Como
2007–2009 Varese-Como
2010 Milão-Como
2011 Milão-Lecco
2012-2013 Bergamo-Lecco
2014 Como-Bergamo
2015 Bergamo-Como
2016 Como-Bergamo
2017-2020 Bergamo-Como
2021 Como-Bergamo
2022 Bergamo-Como
2023 Como-Bergamo
A Itália domina o número de vitórias, com a Bélgica e a França a
completarem o pódio das nações mais vencedoras na Lombardia:
Itália-69
Bélgica-12
França-12
Suiça-5
Rep. Irlanda-4
Holanda-4
Espanha-2
Eslovénia-2
Lituânia-1
Luxemburgo-1
Russia-1
Grã-Bretanha-1
Colômbia-1
Dinamarca-1
Fausto Coppi é o corredor mais bem sucedido na Lombardia:
Fausto Coppi-5
Alfredo Binda-4
Henri Pelissier-3
Costante Girardengo-3
Gaetano Belloni-3
Gino Bartali-3
Sean Kelly-3
Damiano Cunego-3
História
vencedores desde 2000
2000 Raimondas Rumšas (LTU) Fassa Bortolo
2001 Danilo Di Luca (ITA) Cantina Tollo-Acqua e Sapone
2002 Michele Bartoli (ITA) Fassa Bortolo
2003 Michele Bartoli (ITA) Fassa Bortolo
2004 Damiano Cunego (ITA) Saeco Macchine per Caffè
2005 Paolo Bettini (ITA) Quick Step-Innergetic
2006 Paolo Bettini (ITA) Quick Step-Innergetic
2007 Damiano Cunego (ITA) Lampre-Fondital
2008 Damiano Cunego (ITA) Lampre
2009 Philippe Gilbert (BEL) Silence-Lotto
2010 Philippe Gilbert (BEL) Omega Pharma-Lotto
2011 Oliver Zaugg (SUI) Leopard Trek
2012 Joaquim Rodríguez (ESP) Team Katusha
2013 Joaquim Rodríguez (ESP) Team Katusha
2014 Daniel Martin (IRL) Garmin-Sharp
2015 Vincenzo Nibali (ITA) Astana
2016 Esteban Chaves (COL) Orica-BikeExchange
2017 Vincenzo Nibali (ITA) Bahrain-Merida
2018 Thibaut Pinot (Fra) Groupama - FDJ
2019 Bauke Mollema (HOL) Trek-Segafredo
2020 Jakob Fuglsang (DEN) Astana
2021 Tadej Pogacar (SLO) UAE
2022 Tadej Pogacar (SLO) UAE
Percurso
Como - Bérgamo, 238 Km
Este ano a prova inverte novamente, partida de Como e chegada à bela
Bérgamo, mas a essência da prova continua a mesma. É uma clássica para ciclistas que sobem bem, mais adequado para voltistas
e trepadores.
A edição deste ano não tem o Muro di Sormano nem o Civiglio na rota, as
subidas são mais longas.
A primeira dificuldade aparece aos 30 Km, é a tradicional subida Madonna
del Ghisallo, que servirá para aquecer o motores. Mais meia centena de
quilómetros e chega a segunda dificuldade do dia, o Roncola, 9,4 Km a 6,6%,
é uma subida muito irregular, a parte intermédia da subida (6,5 Km são
sempre acima dos 8%). Após a descida do Roncola, aparece nova subida, o
Berbenno, uma das mais fáceis do dia com 6,8 Km a 4,6%.
A fase decisiva é a sequência Zamba Alta e Passo di Ganda. Zamba Alta é uma
ascensão muito longa e irregular, com mais de 24 Km de extensão. Podemos
dividir em 2 partes, Dossena (primeiros 11 Km, a 6,2%) e Zamba Alta (a
restante subida, mais suave).
20 Km de descida antecedem a principal dificuldade do dia, o Passo di Ganda, subida desafiante com 9,2 Km de extensão a 7,3%, os
últimos 2,7 Km são a 9,8%.
A descida do Passo di Ganda é traiçoeira. Antes da chegada a Bérgamo, ainda há
uma pequena subida, o Colle Aperto, são 1250 metros a 7,9% (12% máx.).
Os últimos 3 Km são a descer até Bérgamo, onde está a linha de meta.
Os últimos 3 Km são a descer até Bérgamo, onde está a linha de meta.
Condições meteorológicas
Dia solarengo.
18 a 24ºC.
Vento fraco.
Startlist
Jogo tático
A UAE tem o alinhamento mais forte, com diversas cartas que podem jogar, mas
sabemos que a equipa árabe não costuma ser muito criativa e por isso
acreditamos que irão endurecer a corrida para Pogacar. Mas com Adam
Yates e Hirschi em forma, o ideal seria eles mexerem a corrida de longe,
obrigando á resposta das outras equipas e o posterior isolamentos dos seus
líderes.
Uma das equipas mais ativas nos últimos dias tem sido a Soudal-QuickStep, com
Bagioli e Van Wilder em grande forma, juntando-se Evenepoel, os belgas têm
aqui uma equipa forte mas que deverá correr para a sua estrela.
Favoritos
🍂🍂🍂🍂🍂
Tadej Pogacar
Rei do Lombardia, ganhou as últimas duas edições, é uma prova que lhe assenta
na perfeição. Quase 240 Km e muita subida acumulada.
Tem uma super equipa para o apoiar, mas como vimos na Emilia, muitas vezes
correm de forma conservadora.
Ao contrário do Giro dell'Emilia, caso seja decidido por um grupo reduzido, o
sprint é totalmente plano o que o beneficia.
🍂🍂🍂🍂
Primoz Roglic
Primoz Roglic
Last dance de Primoz com as cores da Jumbo-Visma.
Está em grande forma, Pogacar tem sido incapaz de o descarregar nestas
semi-clássicas italianas. Mas desta vez caso haja sprint, o favorito é o seu
colega esloveno, Roglic prefere sprints em subida. Por essa razão, acreditamos
que Roglic vai tentar algo no Passo di Ganda, se tiver forças obviamente.
Remco Evenepoel
Não competiu nas semi-clássicas italianas, por isso não sabemos bem o nível a que está neste momento. Mas é um ciclista que pode fazer enormes estragos neste percurso, se tiver pernas vai mexer a corrida de longe.
Não competiu nas semi-clássicas italianas, por isso não sabemos bem o nível a que está neste momento. Mas é um ciclista que pode fazer enormes estragos neste percurso, se tiver pernas vai mexer a corrida de longe.
Melhorou muito no sprint.
🍂🍂🍂
Enric Mas
Ciclista que nesta fase da época anda sempre bem e este ano não é exceção. No entanto, parece em pior forma em relação ao ano passado, fazer um top-5 seria bom perante as circunstâncias.
Enric Mas
Ciclista que nesta fase da época anda sempre bem e este ano não é exceção. No entanto, parece em pior forma em relação ao ano passado, fazer um top-5 seria bom perante as circunstâncias.
Para ganhar terá de chegar isolado à meta, o que é complicado até porque não é
conhecido por ser um ciclista ofensivo.
Simon Yates
Mostrou boas pernas no Giro dell'Emilia, este percurso ainda lhe assenta
melhor com mais acumulado. Se tiver pernas vai mexer, ou não fosse dos mais
ofensivos.
🍂🍂
Richard Carapaz
Teve um ano desastroso e tenta salvar a sua época neste final do ano. Na
Tre Valli Varesine mostrou umas super pernas, mas no Giro dell'Emilia
quebrou no final.
Poderá aproveitar a marcação entre os favoritos, como aconteceu nos
jogos olímpicos.
Aleksandr Vlasov
Um ciclista que anda muito mais neste tipo de provas do que nas grandes
voltas, onde limita-se a sobreviver no top-10. Na Tre Valli Varesine foi o
melhor no sprint do grupo principal.
Adam Yates
No Canadá esteve impressionante, incompreensivelmente no Giro dell'Emilia a
equipa utilizou-o apenas como gregário em vez de o utilizar como fator
desestabilizador. É um ciclista que em forma pode fazer muitos estragos num
percurso como este.
🍂
Carlos Rodriguez
Carlos Rodriguez
É o melhor ciclista da Ineos, muito consistente. Não tem estado brilhante, mas
também não está mal e num percurso duro como este, Carlitos deverá estar entre
os 10 melhores.
Michael Woods
Em outros anos estaria melhor colocado nesta lista. Este ano venceu uma etapa
do Tour no Puy de Dôme, vem de fazer 5º e 6º em Emilia e Tre Valli Varesine, o
que indica que está em boa forma.
Ben Healy
O homem dos ataques longínquos, que quando se apanha na frente depois é um
problema para apanhá-lo. É o nosso joker.
Marc Hischi
O Hirschi da Sunweb parece ter regressado, está em grande forma.
Outros: Mikel Landa, Ben O'Connor, Felix Gall, Santiago Buitrago, Jai Hindley, Pavel Sivakov, Giulio Ciccone, Sergio Higuita, Guillaume Martin, Ion Izagirre, Mikel Landa, Lenny Martinez, Pavel Sivakov, Rui Costa, Romain Bardet
A nossa aposta: Tadej Pogacar
Joker: Ben Healy
Seguir em directo: @Il_Lombardia, #IlLombardia
Eurosport 1 (a partir das 09:20, hora de Portugal Continental)
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