Volta à França 2023 - Antevisão da 6ª etapa

O espetáculo continua nos Pirenéus.

Tarbes - Cauterets-Cambasque, 144,9 Km

Os primeiros 66 Km não tem grande dureza, há uma subida pelo meio mais está longe de ser exigente, é apenas um aquecimento e também vai servir para que a fuga se consolide.

A primeira subida a sério é uma das lendárias, o Col de Aspin, começa em Arreau e são 12 Km a 6,5%, não vamos ver ataques aqui, mas é uma subida de desgaste, a fuga vai ter de ganhar tempo aqui para ter hipóteses.

Descida de 12 Km até ao sopé da única subida que disputa com o Alpe d'Huez o título de montanha mais icónica de França, o gigante Tourmalet. A subida vai-se fazer pela vertente de Campan, 17,1 Km a 7,3%, a partir do 9º Km a coisa complica-se para os ciclistas.

A longo do descida do Tourmalet é outra imagem de marca, são mais de 30 Km sempre a descer. A subida final de Cauterets é relativamente ´fácil' em comparação com às anteriores, mas atenção aos últimos 5 Km, três deles acima dos dois digitos.

Condições meteorológicas

Céu nublado e possibilidade de chuveiros.

20ºC nos vales e 17ºC no topo do Tourmalet.

Vento fraco.

Cenários

Fuga?

30%.

A Jumbo ainda não ganhou qualquer etapa e depois da demonstração de forma de Vingegaard, acreditamos que a equipa neerlandesa vai querer controlar a fuga para não dar muita vantagem. A Bora-Hansgrohe previsivelmente controlará a parte inicial da etapa, mas a partir do Tourmalet a coisa poderá mudar de figura.

O que a UAE irá fazer? Pogacar mostrou fragilidades, num dia negro para a equipa árabe.

Há muitos candidatos para ganhar desde a fuga:

Guerreiro, Jorgenson, Gall, Chaves, Powless, Uran, Lafay, Martinez, Pinot, Johannessen...

Favoritos

Jai Hindley

Não se deve subestimar um vencedor do Giro, deu um passo importante para o pódio. Mas por enquanto continuamos a ver como muito complicada a missão de ganhar este Tour, Vingegaard está noutro nível.

Será interessante ver se Hindley aguenta os ataques de Vingegaard.

Jonas Vingegaard

Assustador o que fez em Marie Blanque, está a um nível completamente diferente do resto. No entanto, Paris ainda está longe e basta um mau momento para as coisas mudarem de figura.

O dinamarquês viu as fragilidades de Pogacar e vai querer explorá-las, a parte dura do Cauterets é perfeita para ele voltar a dinamitar a corrida. Sepp Kuss mostrou um nível estratosférico, pode voltar a ser uma peça fundamental na engrenagem da Jumbo. 

Tadej Pogacar

Não está no seu melhor, vai procurar não perder tempo para Vingegaard. O esloveno no final da etapa confessou que espera melhorar ao longo do Tour.

A UAE não pode cometer erros, tem de ser criativa, a Jumbo é uma equipa bem oleada e com um líder que neste momento não tem debilidades. Hindley também passou a ser uma preocupação.

Adam Yates

A UAE tem de o utilizar de forma inteligente. Pode ser útil para pressionar a Jumbo e a Bora.

Simon Yates

Está bem, mas continua a ser impossível de prever.

Mattias Skjelmose

Continua a mostrar o seu valor, é uma estrela emergente. Ele e Ciccone formam uma bela dupla.

Carlos Rodriguez

Vai continuar a ser o melhor Ineos. Está a correr para o top-10.

★★★ Vingegaard

★★ Hindley, Pogacar

★ Guerreiro, Jorgenson, Gall, Chaves, Powless, Uran, Lafay, Martinez, Pinot, Johannessen

A nossa aposta: Jonas Vingegaard

Joker: Thibaut Pinot

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