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Jogos Olímpicos 2020 - Antevisão prova de estrada (M)

 Prova de fundo - Masculina


O ciclismo de estrada entrou para o programa Olímpico em 1896, em Atenas, nos primeiros Jogos Olímpicos da Era moderna. Entre 1900 e 1924 não esteve presente no programa olímpico.
Em 1992, pela primeira vez foi disputada por corredores profissionais, até aí apenas os amadores participavam. O malogrado Fabio Casartelli venceu em Barcelona.

História

1992 Barcelona 
Ouro-Fabio Casartelli (ITA) 
Prata-Erik Dekker (HOL) 
Bronze-Dainis Ozols (LET)

1996 Atlanta 
Ouro-Pascal Richard (SUI) 
Prata-Rolf Sorensen (DEN) 
Bronze-Max Sciandri (GBR)

2000 Sidney 
Ouro-Jan Ulrich (GER) 
Prata-Alexander Vinokourov (CAZ) 
Bronze-Andreas Kloden (GER)

2004 Atenas 
Ouro-Paolo Bettini (ITA) 
Prata-Sérgio Paulinho (POR) 
Bronze-Axel Merckx (BEL)

2008 Pequim 
Ouro-Samuel Sanchez (ESP) 
Prata-Fabian Cancellara (SUI) 
Bronze-Alexandr Kolobnev (RUS)

2012 Londres 
Ouro-Alexander Vinokourov (CAZ) 
Prata-Rigoberto Uran (COL) 
Bronze-Alexander Kristoff (NOR)

2016 Rio de Janeiro 
Ouro-Greg van Avermaet (BEL) 
Prata-Jakob Fuglsang (DEN) 
Bronze-Rafal Majka (POL)

Percurso

Musashinonomori Park – Fuji Speedway, 234 km




Percurso muito duro com mais de 4800 metros de subida acumulada em 234 Km de extensão. Primeiros 40 Km são os mais tranquilos, mas a partir daí o terreno é brutal.
Primeira subida do dia é o Doushi Road, 4,3 Km a 6,1%, o topo está ao Km 80. A meio do percurso começa a subida de Fuji Sanroku, a mais longa do dia com 14,5 Km a 6%. A seleção  vai começar a ser feita aqui neste ponto.
Mas é a 4a Km da meta que está colocada a subida mais dura do dia, Mikuni Pass com 6,5 Km a 10,6%, uma autêntica parede japonesa que fará a seleção decisiva. O topo está a 34 Km da meta, segue-se uma zona plana, nova subida, Kagosaka Pass com 2,2 Km a 4,6% que está a 22 Km da meta.
Descida e uma parte plana até ao autódromo de Fuji Speedway, onde está a linha de chegada.

Startlist



Favoritos

Bélgica
Uma equipa fortíssima com Wout van Aert como principal nome. Evenepoel, van Avermaet, Benoot e Vansevenant completam uma seleção de sonho que pode ambicionar a tudo.
Evenepoel poderá mover-se de longe e pode obrigar as outras seleções a desgastar-se. Van Aert está em grande forma e pode ganhar a subir e ao sprint. Se não for descartado é o grande favorito.

Itália
Ao contrário da Bélgica não há nenhum que se destaca. Bettiol, Nibali, Moscon, Caruso e Ciccone são todos ciclistas de grande qualidade, mas nenhum deles está no patamar máximo.
Este percurso adaptava-se na perfeição a Nibali à umas temporadas atrás, neste momento temos dúvidas. Mas a Itália tem uma vantagem sobre outras seleções, é muito homogênea e mesmo sem o mais forte poderá ter os números a seu favor na fase adiantada da prova.

Países Baixos
Dumoulin é uma incógnita, a aposta dele é no contrarrelógio. Os holandeses têm um ciclista que costuma ser letal neste tipo de percurso, é Mollema. Vencedor da Lombardia e da Clasica de San Sebastian, é um ciclista que tem um timing de ataque muito assertivo.

Eslovénia
Só têm quatro elementos, mas todos eles a voar. Tratnik e Polanc deverão estar ao trabalho, enquanto que Roglic e Pogacar estão encarregues de causar o caos.
O duo esloveno na nossa opinião, é de longe, o mais forte do ciclismo mundial. Em condições normais no Mikuni Pass um deles irá destruir a concorrência.
Não seria de todo estranho se no final acabassem os dois com medalha.

Espanha
Esta seleção foi construída ao redor de Valverde. O murciano gosta de calor e terá isso em Tóquio, resta saber se consegue mostrar competitividade. Se tiver as pernas do inicio da temporada, pode surpreender.

Colômbia
Rigoberto Uran é um ciclista que nas provas de um dia se transforma e deixa de lado o seu vicio pela roda alheia. Lembrar que foi medalha de prata em Londres e parece ser a melhor opção dos colombianos este ano.
Quintana, Chaves e Higuita deixam-nos muitas dúvidas se serão capazes de andar com os melhores.

Portugal
Nélson Oliveira e João Almeida representam o nosso país. Se Almeida mostrar as pernas da última semana no Giro, então é um ciclista que pode andar pelos primeiros lugares. Atenção ao sprint dele num grupo reduzido.

Outros
Max Schachmann
É um ciclista muito versátil, mas o Mikuni Pass parece uma subida demasiado dura para ele. No entanto, é melhor não o descartar porque ele não é propriamente um tosco a subir.

David Gaudu
Acabou o Tour em grande forma, a França não tem muitas opções fiáveis e Gaudu parece ser a melhor hipótese. Contra si tem o calor, é um ciclista que não gosta de temperaturas elevadas.
Guillaume Martin é a opção B.

Michael Woods
O canadiano é um ciclista que neste tipo de percurso, longo, duro e de um dia, costuma brilhar. No Tour mostrou alguns momentos de boa qualidade e pode ser um ciclista a animar as coisas no Mikuni Pass.


🥇🥇🥇🥇🥇 Pogacar
🥇🥇🥇🥇 Roglic, van Aert
🥇🥇🥇 Woods, Bettiol, Valverde
🥇🥇 Schachmann, Gaudu, Evenepoel
🥇 Almeida, Carapaz, Uran, Moscon, A. Yates

A nossa aposta: Tadej Pogacar
Se mostrar as pernas do Tour, então só um o poderá parar no Mikuni Pass, o colega Primoz Roglic.
Joker: Bauke Mollema
No Tour voltou a mostrar que num grupo reduzido num percurso duro, é capaz de atacar no momento certo. 

Seguir em direto: Eurosport 1 (03:00, Lisboa), RTP1


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