Giro d'Italia 2021 - Antevisão da 4ª etapa

A prova muda-se de Piemonte para a Emilia-Romagna e teremos o primeiro teste para os homens da geral, chegada a Sestola num final duro e seletivo.

Piacenza - Sestola, 187 Km

A etapa começa em Piacenza, os primeiros 80 km são planos pelo vale do Pó. Em Parma os ciclistas viram para sul em direção aos Apeninos.

Entre os 80 e os 11 Km as subidas sucedem-se, curtas mas que vão moendo as pernas dos ciclistas. A 45 Km da meta surge a subida de Montemolino, 8,6 Km a 5,7%.

O terreno não dá tréguas e a 18 Km da meta está colocada uma subida não categorizada prepara os ciclistas para a escalada mais difícil do dia. O Colle Passerino começa em Fasano (sprint intermédio), é uma subida de 4,3 Km de extensão a 9,9% terreno fértil para ataques.

Do topo do Colle Passerino até Sestola são 2,5 Km de sobe e desce.

Condições meteorológicas

Dia de chuva.

10ºC na montanha, 15ºC no vale do Pó.

Vento moderado frontal na primeira parte da etapa.

Favoritos

Dia para os velocistas versáteis, a etapa não é dura mas a parte final pode massacrar as pernas dos ciclistas. Na parte final os comboios serão essenciais na colocação do sprinter, o último Km tem algumas armadilhas.

Fuga

O percurso é convidativo à formação de uma fuga forte, no entanto a primeira parte com vento frontal joga contra os fugitivos.

Já há vários caça-etapas com tempo perdido na geral, ou seja, têm liberdade destaque para estes:

Bora- Grossscharner

EF- Carr

Bahrain- Tratnik

Lotto- Goosens, De Gendt

Cofidis- Rochas

Androni- Cepeda

Geral

DQT

Evenepoel ou Almeida? A equipa belga trabalhou para Remco na bonificação da 2ª etapa, isso é sinal que neste inicio de Giro o líder é ele, com Almeida como plano B.

Masnada também é um nome importante, mas terá de abdicar de ambições pessoais em detrimento dos líderes.

Para este dia Evenepoel e Almeida podem fazer estragos na subida final, principalmente o belga.

Ineos

Bernal é o líder e Sivakov o plano B. O colombiano tem andado ativo nos finais das etapas, sempre bem colocado para evitar problemas.

Martinez será um gregário de luxo e já nesta etapa poderá ser importante para Bernal. Noutros tempos Bernal preferia uma subida mais longa.

Bahrain

Landa, Bilbao, Mader e Caruso, este quarteto sobe muito e faz da equipa árabe uma das mais fortes na montanha. No primeiro teste veremos se Bilbao terá liberdade ou terá de trabalhar para Landa.

Landa e Bilbao perderam tempo importante no crono e têm aqui a primeira oportunidade para recuperar uns segundos.

Simon Yates

Chega ao Giro em grande forma, está muito seco. Será que vai atacar já na 4ª etapa? Depois do que lhe aconteceu em 2018, o britânico poderá querer guardar forças para as 3 semanas.

Esta etapa é feita para ele.

Aleksander Vlasov

O russo fez um contrarrelógio muito bom, o que indica que está em grande forma. A Astana é conhecida por ser uma equipa ofensiva e este perfil de etapa assenta-lhes bem.

Veremos o que fará a equipa cazaque e como Vlasov irá abordar este primeiro teste.

Hugh Carthy

Adora pendentes elevadas e na última subida terá isso mesmo. É um ciclista que se desenvolveu bem e está cada vez mais consistente.

Daniel Martin

A subida final é à sua medida, tal como outros tem aqui uma hipótese de recuperar tempo. 

⭐⭐⭐ Yates

⭐⭐ Bernal, Vlasov, Evenepoel

⭐ Almeida, D. Martin, Carthy, Landa, Bilbao, Ciccone

A nossa aposta: Simon Yates

Joker: Giulio Ciccone

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