Giro d'Italia 2021 - Antevisão da 3ª etapa

Segunda oportunidade para os sprinters, a prova segue para sul mas sempre em Piemonte

Bella - Canale, 179 Km

A etapa começa em Biella, localidade conhecida por ser a porta de entrada do monte Oropa, mas desta vez o Giro irá em direção oposto, para sul.

Os primeiros 115 km são praticamente planos, mas depois do sprint intermediário em Canelli, o percurso fica acidentado, com três subidas categorizadas na região vinícola de Langhe, o Giro adora as regiões vitivinícolas. 

A primeira dessas subidas é também a mais dura, Piancanelli, logo após o sprint intermediário. Em seguida, duas escaladas de 4ª categoria: Castino e Manera. Após as três escaladas, a corrida segue em direção a outra área vinícola, Roero.  É aqui que está localizada a cidade de chegada, mas a 15 Km da meta, há uma subida não categorizada em Guarene e no topo está um sprint intermediário. O final da etapa é plano, mas com algumas curvas traiçoeiras já no último Km.

Condições meteorológicas

Dia de chuva.

15ºC a 20ºC. 

Vento fraco a moderado de norte, ou seja a favor até Castino e daí até à meta contra.

Favoritos

Dia para os velocistas versáteis, a etapa não é dura mas a parte final pode massacrar as pernas dos ciclistas. Na parte final os comboios serão essenciais na colocação do sprinter, o último Km tem algumas armadilhas.

Caleb Ewan

Esteve ausente no sprint da etapa anterior, má colocação e um comboio desorganizado são as justificações mais prováveis. O australiano não tem dado bons sinais nos últimos tempos.

A dureza dos últimos 80 Km pode jogar a seu favor, já que este ano no Poggio mostrou que está a subir como nunca.

Dylan Groenewegen

Não esteve brilhante mas para o tempo que esteve parado o seu sprint foi decente, uma melhor colocação podia ter ajudado.

O holandês preferia uma etapa menos dura.

Peter Sagan

Não foi extraordinário mas mostrou que continua a estar ali perto. Esta etapa é bem mais à sua imagem, com alguma dureza e não será de estranhar se a sua equipa endurecer a corrida de forma a eliminar alguns sprinters.

Tim Merlier

Praticamente imbatível quando a 200 metros fica na frente, tem uma aceleração formidável. Resta saber se irá aguentar a um possível endurecimento nas subidas.

Caso aguente, então será o homem a bater.

Elia Viviani

Continua a estar longe dos tempos na DQT, no entanto está melhor e num dia inspirado pode sacar uma vitória. É dos que preferia um perfil de tapa menos acidentado.

Giacomo Nizzolo

O problema de Nizzolo é que quando enfrenta sprinters do calibre de Merlier é incapaz de igualar a aceleração e depois dificilmente recupera. O percurso mais acidentado beneficia-o e tem aqui uma séria hipótese de ganhar uma etapa, porque está em boa forma.

Fernando Gavíria

Estava bem posicionado para o sprint de ontem até que Richeze, o seu lançador, elimina-o. Parece em melhor forma e seria uma grande noticia se o colombiano voltasse às vitórias.

⭐⭐⭐ Nizzolo

⭐⭐ Sagan, Merlier

⭐ Gavíria, Groenewegen, Viviani, Ewan

A nossa aposta: Giacomo Nizzolo

Joker: Fernando Gavíra

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