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Análise da Tinkoff-Saxo 2014





A Tinkoff-Saxo é uma equipa de ciclismo russa registada da Dinamarca. Compete na UCI World Tour. O “dono” da equipa é o russo Oleg Tinkov, a gestão da mesma fica entregue ex-vencedor do Tour de France Bjarne Riis. Os patrocinadores são a Tinkoff, um banco russo e a Saxo Bank, um banco de investimento dinamarquês.
A Tinkoff-Saxo é uma equipa "diferente", quando Bjarne Riis assumiu o cargo de director desportivo,no inverno de 2000, ele contratou um ex-soldado dinamarquês como consultor e juntos inovaram no tipo de treino que dão aos seus atletas e que é o mais usual na modalidade. A equipa faz estágios muito duros, quase à “moda da tropa”, com o intuito de trabalhar/moldar quatro grandes fundamentos: comunicação, lealdade, compromisso e respeito, e com isto melhorar o trabalho em equipa.

Bjarne Riis, o mentor do companheirismo na Tinkoff-Saxo
Em Janeiro Steven de Jongh foi anunciado como nova contratação da equipa para treinar Alberto Contador, obviamente com muitos dos conhecimentos que trouxe da Sky.

Dado os objectivos que Contador tinha para a época, os resultados começaram a aparecer como esperado só pela altura da Volta ao Algarve, sempre com o Tour de France em mente. Para casa Alberto levou um triunfo na quarta etapa. Contador continuou o seu bom desempenho no Tirreno–Adriatico ao vencer a classificação geral da corrida após ser o primeiro na linha de meta na quarta, e na quinta etapa.
Contador estava num excelente momento, o que o tornava um dos principais favoritos ao Tour de France, mas antes da competição francesa ainda ficou em primeiro na classificação geral da Vuelta ao País Basco, juntando a vitória na primeira etapa e em segundo no Critérium Dauphiné, onde os duelos com Chris Froome foram um dos momentos altos do ciclismo em 2014. Acabou por perder o Dauphiné para Andrew Talansky, na última etapa, onde a equipa falhou rotundamente.

No Giro d’Italia a equipa parte com Rafal Majka, como líder para atacar a vitória final na prova. O Polaco acabou em 6º. Michael Rogers vence duas etapas, a etapa 11 e a etapa 20.

Matti Breschel também inscreveu neste ano de 2014 o seu nome na lista de vencedores da equipa, ao conquistar a classificação geral do Tour de Luxembourg e as etapas número dois e número três.

Matti Breschel - Vencedor do Tour de Luxembourg
Prestes a iniciar-se a prova rainha do calendário ciclista ainda se correu a já habitual Route du Sud, prova que Nicolas Roche venceu e juntou a segunda etapa á vitória final.

Michael Valgren torna-se ainda campeão nacional dinamarquês. Território muito importante para um dos patrocinadores da equipa.

Chega a altura do Tour de France, com Contador a alinhar à partida como um dos grandes favoritos à vitória final, especialmente após o abandono de Chris Froome mas foi traído por uma queda na décima etapa. O ciclista espanhol caiu numa descida entre Petit Ballon e o Col du Platzerwasel, foi assistido pela equipa médica, ainda trocou de bicicleta e regressou ao pelotão, mas acabou por desistir.
Alberto Contador a abandonar o Tour de France
Com o abandono do seu líder de equipa foi a vez de Rafał Majka brilhar na prova. Venceu duas etapas de montanha, a décima quarta e a décima sétima, de uma forma brilhante. Juntou as etapas, à vitória da camisola às bolinhas vermelhas, que simboliza o vencedor da classificação da montanha e com isto a Saxo-Tinkoff sempre conseguiu subir ao pódio em Paris.
Majka a triunfar na décima sétima etapa - Tour 2014

Michael Rogers ofereceu ainda à sua equipa uma vitória de etapa, ao décimo sexto dia de competição, pode-se concluir que, exceptuando a queda e abandono do seu líder, foi um bom Tour da equipa!

Chega a altura do Tour de Pologne e Rafal Majka ainda mantinha a boa forma, vence a quinta e a sexta etapa, vence a classificação geral final.

Manuele Boaro volta a ter uma vitória em solo dinamarquês na terceira etapa do Danmark Rundt, à qual o seu colega Michael Valgren junta ainda o triunfo na classificação geral final. 

Michael Valgren no pódio final
Chega a altura da Vuelta a España e El Pistolero tem a sua última oportunidade da época para vencer um Grand Tour no ano. A tarefa não seria nada fácil, iria ter pela frente como principais adversários Chris Froome, Nairo Quintana, Joaquin Rodriguez e Alejandro Valverde, todos eles com GT’s no currículo à excepção do Rodriguez.

Os principais candidatos da La Vuelta 14
Mas Contador supera toda a concorrência com alguma facilidade. O abandono de Nairo Quintana acabou por ajudar a arrepiar o caminho, era menos um rival perigoso no caminho. Triunfa em duas etapas, a décima sexta e a vigésima, nas duas beneficiando do ataque de Froome, desferindo o tiro mortal a menos de 1 km a meta.

Na prova do seu país, juntou ainda a camisola do combinado.

El Pistolero terminou assim a sua época de uma forma perfeita, época a qual tinha tido um inicio muito prometedor mas com a queda podia ter ficado algo abaixo das expectativas, mas Contador demonstrou o porquê de ser um dos melhores ciclistas da actualidade. A sua recuperação quase miraculosa da lesão sofrida no Tour, é um dos factos do ano no ciclismo.

Contador El pistolero a disparar no pódio - La Vuelta 14

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