Até 2010 era conhecido como o Critérium du Dauphiné Libéré, nesse ano o jornal que organizava (Dauphine Libéré) cedeu à ASO toda a responsabilidade organizacional e o nome da prova foi abreviado. Decorre anualmente, durante a primeira metade de junho na antiga província de Dauphiné, uma antiga região de França marcada pela sua montanha.
A corrida teve a sua 1ª edição em 1947, criada por Georges Cazeneuve, co-fundador e editor do jornal Dauphiné Libéré, ganha pelo polaco Édouard Klabinski.
Ao longo dos anos, a prova foi vencida pelas grandes 'estrelas' da modalidade. Luis Ocaña, Nello Lauredi, Charlet Mottet, Bernard Hinault e Chris Froome são os recordistas de vitórias na geral, com três conquistas.
História
últimos vencedores
2014 Andrew Talansky (USA) Garmin–Sharp
2015 Chris Froome (GBr) Team Sky
2016 Chris Froome (GBr) Team Sky
2017 Jakob Fuglsang (Den) Astana
2018 Geraint Thomas (GBr) Team Sky
2019 Jakob Fuglsang (Den) Astana
2020 Daniel Martinez (Col) EF
2021 Richie Porte (Aus) Ineos
2022 Primoz Roglic (Esl) Jumbo-Visma
2023 Jonas Vingegaard (Den) Jumbo-Visma
2024 Primoz Roglic (Slo) Red Bull-Bora-Hansgrohe
Percurso

08/06 Etapa 1 Domérat-Montlucon 189.2 Km

09/06 Etapa 2 Prémilhat- Issoire 204.6 Km

10/06 Etapa 3 Brioude-Charantonnay 202.8 Km

11/06 Etapa 4 Charmes-sur-Rhône-Saint-Péray 17.7 Km

12/06 Etapa 5 Saint-Priest-Mâcon 182.6 Km

13/06 Etapa 6 Valserhône-Combloux 139.1 Km

14/06 Etapa 7 Grand-Algueblanche-Valmeinier 1800 132.1 Km

15/06 Etapa 8 Val-d'Arc-Plateau du Mont-Cenis 133.8 Km
Há terreno para todo o tipo de ciclistas, puncheurs, barondeurs, roladores, trepadores e sprinters. O contrarrelógio está colocado a meio da prova e as duas etapas finais são de alta-montanha, onde os homens da geral irão testar as pernas e o vencedor será decidido.
É uma boa preparação para o Tour, como pretende ser.
Perfis

08/06 Etapa 1: Domérat-Montlucon 195.8 Km
Os primeiros cerca de 80-85 quilómetros da etapa são relativamente planos. Esta parte inicial é ideal para a formação de uma fuga, que deverá ganhar algum tempo em relação ao pelotão principal.
É a partir da segunda metade da etapa que o percurso se torna mais exigente. Nos últimos 85 quilómetros os ciclistas terão de enfrentar nada menos que sete subidas categorizadas. Estas subidas são curtas mas podem ser bastante íngremes, o que as torna ideais para ataques e para desgastar as pernas dos sprinters mais puros.
A última subida categorizada da etapa, a Côte de Buffon (0,6 km a 8,6%), está localizada a apenas 5 quilómetros da meta em Montluçon. Este é um ponto crucial da etapa.

09/06 Etapa 2: Prémilhat- Issoire 204.6 Km
Tal como a primeira etapa o percurso da 2ª etapa é caracterizado por um terreno ondulado. Não há grandes picos, mas sim uma sucessão de subidas e descidas ao longo de praticamente todo o trajeto. Isso significa que os ciclistas estarão em constante esforço e haverão poucas oportunidades para descansar e recuperar, de qualquer forma um sprint massivo é um cenário provável.
A etapa conta com quatro subidas categorizadas ao longo do percurso.

10/06 Etapa 3: Brioude-Charantonnay 207.2 Km
Assim como as etapas anteriores, o percurso de Brioude a Charantonnay não apresenta grandes montanhas mas é marcado por um terreno rugoso. Haverão poucas secções verdadeiramente planas, o que significa que os ciclistas estarão, pelo terceiro dia consecutivo, num constante sobe e desce.
No menu estão cinco contagens de montanha e a última, Côte du Château Jaune (1,2 km a 9,2%) localiza-se a menos de 20 quilómetros da linha de chegada.

11/06 Etapa 4: Charmes-sur-Rhône-Saint-Péray 17.4 Km
O contra-relógio da edição deste ano do tem praticamente metade da distância do ano passado, 17,4 quilómetros.
Esta é a etapa que pode começar a definir quem são os verdadeiros candidatos à vitória final. Um contra-relógio individual de 17,4 quilómetros é longo o suficiente para criar diferenças significativas na classificação geral, mas curto para apresentar diferenças monstruosas entre os principais candidatos.
A maior parte do percurso deste contra-relógio é terreno plano. No entanto haverá uma subida curta e íngreme localizada a meio do percurso.

12/06 Etapa 5: Saint-Priest-Mâcon 183 Km
A 5ª etapa é a última oportunidade para os velocistas antes que a corrida mergulhe na montanha. O percurso, embora não seja inteiramente plano, apresenta um perfil ondulado que acumula cerca de 1700 a 1800 metros de subida acumulada, fruto da presença de quatro subidas categorizadas: três de 3ª categoria e uma de 4ª categoria. No entanto, é o final relativamente plano que dita o tom desta etapa, especialmente os últimos 20 quilómetros que são predominantemente planos.

13/06 Etapa 6: Valserhône-Combloux 126.7 Km
Etapa muito curta (apenas 127 quilómetros de extensão), compensa com um perfil acidentado e um ganho de elevação significativo, atingindo cerca de 2485 metros.
O percurso inclui cinco subidas categorizadas, destacando-se a exigência da Côte de Mont-Saxonnex, uma subida de 1ª categoria com cerca de 5,4 km a 8,7% de inclinação média, que certamente selecionará o pelotão. Seguem-se outras subidas desafiadoras como a Côte de Domancy (2,4 km a 8,6%) e a Côte de la Cry (2,7 km a 8,2%), esta última com a linha de chegada em Combloux no seu cume. A etapa ainda apresenta a Côte de Villy-le-Pelloux (0,8 km a 8,1%) e o Col des Fleuries (5,1 km a 4,4%).
A meta em Combloux, onde Jonas Vingegaard obteve uma vitória importante no Tour de France de 2023, promete diferenças importantes. Etapa é crucial para quem aspira à vitória final no Critérium du Dauphiné.

14/06 Etapa 7 Grand-Algueblanche-Valmeinier 1800 131.6 Km

Considerada a etapa rainha desta edição, a 7ª etapa é um verdadeiro teste alpino que promete redefinir a classificação geral. Com partida em Grand-Aigueblanche e chegada no alto de Valmeinier 1800, o percurso apesar dos seus modestos 131,6 quilómetros esconde uma intensidade brutal com um acumulado de 4815 metros de ganho de elevação.
O desafio reside na sequência implacável de três subidas de Categoria Especial (HC). A primeira será o lendário Col de la Madeleine, uma ascensão de 24,6 km com uma inclinação média de 6,2%, que certamente fará uma primeira seleção no pelotão. Segue-se o temível Col de la Croix de Fer com 22,4 km a 6,9% de inclinação média.
Após estas duas subidas colossais a etapa culmina na Montée de Valmeinier 1800, uma subida final de 16,5 km com uma inclinação média de 6,7%. Embora esta última ascensão possa ser mais regular em comparação com as anteriores, apresenta trechos particularmente exigentes e será o palco onde os favoritos à vitória final tentarão consolidar ou abrir vantagens decisivas.

15/06 Etapa 8 Val-d'Arc-Plateau du Mont-Cenis 133.3 Km
A 8ª e última etapa parte deVal-d'Arc e chega ao Plateau du Mont-Cenis, em mais uma jornada de distância curta, apenas 133 quilómetros mas com 3500 metros de subida acumulada.
O percurso é marcado por diversas subidas categorizadas desde o início, que, embora não sejam tão icónicas quanto as da etapa anterior, contribuem para o desgaste acumulado e para a dureza do dia. Destacam-se passagens como a Côte d'Aiton (3ª categoria), a Côtes de Saint-Georges-d'Hurtières (2ª categoria) e o Col de Beaune (1ª categoria). A sucessão de subidas e descidas exigirá não apenas força nas pernas, mas também técnica e resistência mental.
O clímax da etapa e da corrida será a subida final ao Plateau du Mont-Cenis. Esta ascensão, classificada como 1ª categoria tem cerca de 9,6 km de extensão com uma inclinação média de 6,9%, com algumas rampas complicadas. É neste cenário de paisagens majestosas e ar rarefeito que os últimos segundos serão disputados, e o ciclista mais forte e consistente ao longo da semana será finalmente coroado vencedor do Critérium du Dauphiné 2025.
Sprint
Jonathan Milan
O título de melhor sprinter do mundo está entre ele e Merlier com Philipsen à espreita. Contra a concorrência deste Dauphinè temos sérias dúvidas que tenha concorrência nos sprints massivos, pena para ele que a edição deste ano tem poucas oportunidades.
Tem um comboio de luxo: Stuyven, Theuns e Consonni.
Pascal Ackermann
Em teoria é o grande adversário de Milan, este ano venceu a Classca de Dunquerque e não fez muito mais digno de nota.
Magnus Cort
Não é um puro sprinter e por isso tem algumas etapas que se adequam a ele, a sua versatilidade é um ponto a seu favor.
Soren Wærenskjold
Não tem sido um ano fácil para o gigante norueguês com poucos momento brilhantes, mas venceu a Omloop e isso compensa bastante a pobreza do resto.
É dos poucos no pelotão com mais cabedal que Jonathan Milan, o problema são as pernas, será capaz de dar luta ao italiano?
★★★ Milan
★★ Ackermann, Cort, Wærenskjold
★ Jeannière, Penhoët, Stewart, Watson, van der Poel
GC
Tadej Pogacar
Não precisa de apresentações, tem uma fome insaciável e está no Dauphinè para ganhar e sobretudo para ganhar a batalha mental antes do grande objetivo, o Tour.
O percurso adapta-se perfeitamente, como quase todos.
Jonas Vingegaard
Começou o ano a ganhar no Algarve mas não convenceu na montanha, depois no Paris-Nice abandonou e após recuperar das mazelas tem feito trabalho em altitude. Na antevisão afirmou que está na melhor forma possível e espera fazer um bom Dauphinè.
A Visma-LAB tem também o bicampeão do Paris-Nice, Matteo Jorgenson espera fazer um bom Dauphinè e pode ser importante para o jogo tático.
Remco Evenepoel
No ano passado não andou muito no Dauphinè, deixando muitas dúvidas para o Tour mas depois foi o melhor dos humanos no Grande Boucle.
O contra-relógio é curto mas deve dar para ganhar tempo sobre a maioria dos rivais, ou não fosse o atual campeão mundial e olímpico.
Florian Lipowitz
Tem evoluído em todos os aspetos, anda bem na montanha e no contra-relógio defende-se cada vez melhor. É um ciclista que num dia inspirado pode ser perigoso para qualquer rival.
Lenny Martinez
O jovem francês continua a sua evolução e entra para este Dauphinè com aspirações a estar nos primeiros lugares. O contra-relógio é um problema, mas mesmo nessa área tem melhorado consideravelmente.
A Bahrain ainda tem Santiago Buitrago, o colombiano começou o ano a voar mas depois o gás acabou.
Carlos Rodriguez
Na antevisão mostrou confiança e espera estar bem já aqui. Vai ter de se defender no contra-relógio para depois na montanha ser um dos melhores, as subidas longas beneficia-o.
Enric Mas
Não sabemos o que esperar do maiorquino, mas sabemos que vai perder tempo considerável no contra-relógio.
Guillaume Martin
A mudança de equipa foi positiva, lidera a Groupama-FDJ e o objetivo é o top-10. Vai ser penalizado no contra-relógio.
Max Poole
Vem do Giro, a forma é boa e com muita rodagem, o problema é a fadiga acumulada mas historicamente quem faz esta sequência não se sai muito mal.
O contra-relógio não é problema, defende-se bem e na montanha vai tentar aguentar-se com os melhores, um dos candidatos ao top-10.
Paul Seixas
Mega-talento com apenas 18 anos e por isso é o nosso joker.
Romain Bardet
The Last Dance.
Arruma a bicicleta neste Dauphinè, não leva estrela mas merece uma menção.
★★★★★ Pogacar
★★★★ Vingegaard
★★★ Evenepoel
★★ Jorgenson, Lipowitz, Martinez
★ Mas, C. Rodriguez, Buitrago, G. Martin , Poole, Seixas
A nossa aposta: Tadej Pogacar
Joker: Paul Seixas
TV: Eurosport
Post a Comment