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Gent-Wevelgem (1.WT) - Antevisão

 

A Gent-Wevelgem é uma das clássicas mais importantes do calendário, sendo que muitos a colocam como o 6º monumento do ciclismo.
A  edição 2023 será a 85ª, desde de 2004 que a prova não parte da cidade que é considerada o coração espiritual do ciclismo da Flandres e que dá nome à prova, Gent. É conhecida por ser uma das clássicas do pavé que mais se adequa aos sprinters.
Tom Boonen, Rick Van Looy, Eddy Merckx, Mario Cipollini e Robert Van Eenaeme são os recordistas com três vitórias.

História

2012 Tom Boonen (Bel) Omega Pharma - Quickstep
2013 Peter Sagan (Svk) Cannondale Pro Cycling
2014 John Degenkolb (Ger) Team Giant-Shimano
2013 Peter Sagan (Svk) Cannondale Pro Cycling
2014 John Degenkolb (Ger) Team Giant-Shimano
2015 Luca Paolini (Ita) Team Katusha
2016 Peter Sagan (Svk) Tinkoff
2017 Greg van Avermaet (Bel) BMC
2018  Peter Sagan (Svk) Bora-Hansgrohe
2019 Alexander Kristoff (Nor) UAE
2020 Mads Pedersen (DEN) Trek-Segafredo
2021 Wout van Aert (BEL) Jumbo-Visma
2022 Biniam Girmay (ERI) Intermarchè-Wanty

Percurso

Ieper › Wevelgem (249 Km)



Esta é das clássicas que mais se adequa aos sprinters, no entanto, desde 2014 com a alteração do percurso a prova passou a ser menos controlável e se a meteorologia ajudar pode ser seletiva.
São 261 Km, extensão de monumento, antes do muros e pavé há a passagem por De Moeren, uma zona exposta ao vento que pode criar bordures no pelotão.
Mas o 'prato principal' começa por volta dos 165 Km de prova e estende-se por 50 Km. São 9 Hellingens no total, o último e mais complicado é o Kemmelberg a cerca de 34 quilómetros da meta. A sequência Baneberg e Kemmelberg (que tem tripla passagem) é a mais importante e aquela que pode fazer diferenças mais significativas no decorrer da prova. Destaque também para a passagem por 3 sectores (Plugstreets) de estradas não pavimentadas.
A prova terá de ser atacada longe da meta, acreditamos que será isso que vai acontecer, caso não aconteça a maioria dos sprinters podem sobreviver no grupo principal e mesmo que fiquem cortados se amenizarem perdas poderão ainda colar na frente, depende muito da representação das equipas que estarão no grupo dianteiro. O vento é sempre um fator a ter em conta na Flandres.

Helligen: 
Scherpenberg ( Km 166) 1 Km a 2.3%
Baneberg ( Km 170.5) 1.3 Km a 6%
Monteberg ( Km 176.5) 1 Km a 5.4%
Kemmelberg ( Km 178) 0.5 Km a 10% - 400 m empedrado
Monteberg ( Km 207)
Kemmelberg ( Km 208.5)
Scherpenberg ( Km 216.5)
Baneberg ( Km 221.5)
Kemmelberg ( Km 226.55) 0.8 Km a 9.9% - 200 m empedrado


Startlist 


Condições meteorológicas

Probabilidade chuva e vento moderado a forte de noroeste. Com estas condições a prova promete ser caótica.

Favoritos

Sprint massivo ou grupo seletivo?
É uma das clássicas mais complicadas de prever, o Kemmelberg está a 36 Km da meta e isso faz com que as equipas dos sprinters tenham terreno para conseguir recuperar o tempo perdido na subida. As condições meteorológicas será outro fator que vai influir e muito no desenrolar da prova. 
Dependerá muito do grupo que se irá formar na frente e como irão se entender.

Biniam Girmay
Vencedor da edição do ano passado, mas este ano não parece estar na mesma condição. Temos sérias dúvidas que possa lutar este ano, passou completamente ao lado na E3. Mas caso acabe em sprint massivo e ele esteja no pelotão, é forte candidato.

Jumbo-Visma
Como era de esperar, as abelhas apresentam um alinhamento que cobre qualquer cenário. Van Aert que venceu a E3 mesmo não sendo o mais forte para atacar a corrida de longe e sprintar, Laporte que é um plano B de luxo e o jovem fenómeno Olav Kooij para caso haja uma chega em pelotão massivo.

Soudal-Quick Step
Os lobos apostam tudo numa chegada ao sprint, trazem Tim Merlier e Fabio Jakobsen. O belga é o ciclista em melhor forma e não é um coxo neste terreno, é capaz de passar este tipo de subidas relativamente bem e não se dá mal com tempo tempestuoso, não o descartamos. Em relação a Jakobsen, consideramos que será descarregado quando as subidas se sucederem.
Esta é uma boa oportunidade para os lobos salvarem a temporada, porque têm Tim Merlier.

Alpecin-Fenix
Jasper Philipsen está em grande forma como demonstrou na De Panne. Apesar de ser um sprinter, não se dá mal neste terreno. 
Caso a corrida seja demasiado seletiva, a equipa tem Soren Kragh Andersen que está a andar muito.

Trek-Segafredo
Mads Pedersen adora distâncias longas e mau tempo, está relativamente em boa forma e caso chegue no grupo correto, o seu sprint após uma longa corrida é praticamente imbatível.
Jasper Stuyven precisa de uma corrida seletiva e caótica.

Ineos
Vão querer uma corrida seletiva. Ganna-Sheffield-Turner_Kwiatkowski são um combo perigoso, atenção a eles.

Groupama-FDJ
Arnaud Démare mostrou um bom nível na De Panne, o mesmo que escrevemos sobre Philipsen e Merlier também se aplica, pode passar estas subidas flamengas.
Stefan Kung é um dos classicomanos mais regulares da atualidade, mas para ganhar tem de chegar isolado, é dos que se dá muito bem com o mau tempo.

Matej Mohoric
Adora longas distâncias, está em boa forma e é a esperança eslovena para hoje. Mais um que vai querer uma corrida muito movimentada e certamente vamos vê-lo a atacar a dada altura num dos muros.

Arnaud De Lie
Um fenómeno. Será a principal opção da Lotto-Dstny, não é um mero sprinter, entra na mesma categoria de Démare-Philipsen-Merlier.
A inexperiência nestas distâncias é o que pode jogar contra ele.

Ivan Garcia Cortina
Foi 5º na E3, uma das surpresas da prova. Agora falta confirmar numa distância monumental, estaremos atentos ao que pode fazer aqui.

★ van Aert
 Laporte, Pedersen
 Philipsen, Merlier, Mohoric
 Démare, Kung, De Lie, Stuyven, SKA
★ Kristoff, Kooij, Ganna, Cortina, Girmay

A nossa aposta: Wout Van Aert
Joker: Arnaud De Lie

Seguir em directo:  @GentWevelgem#GWE#GentWevelgem
TV: Eurosport 1 (13:15, Lisboa)


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